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Nova Instrução Normativa para combater doença grave na produção de cítricos

Nova Instrução Normativa para combater doença grave na produção de cítricos

Isso torna a legislação mais aplicável e próxima à realidade enfrentada pelos citricultores e valoriza a produção com qualidade

No último dia 11, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento publicou em Diário Oficial a Instrução Normativa (IN) nº 21, que substitui a IN nº 37. A novidade traz algumas mudanças nos critérios e procedimentos para a manutenção dos quatro status fitossanitários relativos ao cancro cítrico: área sem ocorrência da praga, área livre da praga, área sob mitigação de risco (SMR) e área sob erradicação.

O cancro cítrico é considerada uma uma das mais graves doenças da citricultura brasileira, ela ataca todas as variedades e espécies de citros e é extremamente difícil de controlar. Manifesta-se por lesões em folhas, frutos e ramos, e quando em altas severidades pode provocar a queda de frutos e folhas com sintomas. As lesões podem ter variações nas suas características, podendo ser confundidas com outras doenças e pragas.

Com isso, as principais mudanças na programação de certificação para os produtores de fruta de mesa, o SMR, são:
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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• Os frutos com cancro removidos podem ser destinados à indústria de suco: Possibilidade de remoção com cancro cítrico, colhidos de talhões com até 1% de frutos sintomáticos, no packing house.

• Permissão de processamento/beneficiamento de frutos produzidos em área de SMR em estado vizinho, desde que este também esteja no SMR. Neste caso, o transporte deve ocorrer em veículo fechado ou coberto, lacrado e acompanhado da Permissão de Trânsito de Vegetais (PTV).

• Possibilidade de que, dentro de áreas de SMR, sejam reconhecidas propriedades sem cancro cítrico – isso não elimina a necessidade da adoção das medidas de manejo integrado para as propriedades sem a doença. Para esse reconhecimento é necessário comprovar que o cancro cítrico não está presente no pomar por meio de vistorias atestadas pelo responsável técnico do pomar.

A partir de agora, a IN permite duas metodologias para as áreas que adotam a erradicação como medida de controle. A erradicação das plantas doentes, pulverização com cobre num raio de 30m e inspeções mensais e a eliminação da planta doente e de todas contidas num raio de 30m e inspeções a cada 60 dias.

Fonte: Folha Vitória

Saiba como combater a lagarta-do-cartucho da lavoura de milho

Saiba como combater a lagarta-do-cartucho da lavoura de milho

Essa lagarta é uma das piores pragas que atacam lavouras de milho, causando danos desde a fase de brotação das plantas até o espigamento.

Em 2017, Minas Gerais bateu recorde na colheita de milho. O estado produziu 14 milhões de toneladas do grão, um aumento de pouco mais de 16% de produtividade, de acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). Mas vira e mexe os produtores enfrentam dificuldades na lavoura, algumas pragas como a lagarta-do-cartucho são de tirar o sono. Mas você sabe como combate-las?

A plantação de milho na fazenda do produtor Aroldo, em Marilac (MG), ocupa uma área de sete mil metros quadrados. De longe dá gosto de ver o milharal, mas de perto a visão não é nada agradável. Os grãos estão sendo atacados por uma praga. Nessa lavoura o prejuízo é tão grande que quase todos os pés de milho existem folhas cortadas. Isso é uma praga conhecida como lagarta-do-cartucho, que significa que faltaram alguns cuidados no manejo com o grão.

Assista a reportagem na íntegra:

Mosca da carambola está erradicada em 11 municípios de RR e frutos estão livres para exportação, diz governo

Mosca da carambola está erradicada em 11 municípios de RR e frutos estão livres para exportação, diz governo

Aderr informou que continuam em quarentena os municípios de Uiramutã, Pacaraima, Normandia e Amajari. Praga conhecida como Mosca da Carambola impede a exportação de frutas desde 2010.

A mosca da carambola (Bactrocera carambolae) é uma praga quarentenária que pode causar prejuízos à agricultura brasileira (Foto: Danilo Nascimento/Embrapa/Reprodução)

Onze municípios de Roraima estão liberados para comercializarem frutas como o caju e a manga para o Amazonas e demais estados do Brasil, informou a Agência de Defesa Agropecuária de Roraima (Aderr) nessa quarta-feira (16). A praga conhecida como Mosca da Carambola impedia a exportação de frutas desde 2010.

A medida foi publicada por meio de resolução pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Diário Oficial da União.

Segundo a Aderr, a comercialização de frutas foi permitida aos municípios de Alto Alegre, Boa Vista, Cantá, Caracaraí, Mucajaí, São João da Baliza, Caroebe, São Luís do Anauá, Rorainópolis, Bonfim e Iracema.

Com isso, os municípios de Uiramutã, Pacaraima, Normandia e Amajari permanecem em quarentena.

Segundo o coordenador de Defesa Vegetal da Aderr, Luiz Estrella, o estado estava impedido de exportar frutas passíveis de hospedar a praga desde 2010.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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“Durante estes oito anos em que ficamos impedidos de exportar esses frutos, deixamos de ganhar R$ 20 milhões mensais, que poderão ser retomados a partir de agora”, enfatizou.

Estrella lembrou que o município de Boa Vista já era considerado livre da praga por conta das propriedades da região estarem adequadas a Instrução Normativa 28, estabelecida pelo Mapa, que promove as regras para exportação de frutos.

O texto determina que o produtor crie uma unidade de produção para o acompanhamento de um responsável técnico que fará o monitoramento de armadilhas para pegar a mosca dentro da propriedade.

“Com base na análise desta propriedade, o profissional concede um selo declarando se aquela área está livre da praga. Muitos podem considerar uma burocracia, mas é necessário para garantir a rastreabilidade do produto para que assim se conheça sua origem, dando mais credibilidade”, disse.

Para garantir que a praga não volte a se espalhar, a Resolução 3 estabelece a capital de Roraima como zona tampão, exceto nas comunidades indígenas pertencentes à reserva São Marcos e ao município de Bonfim, até o limite com o município de Cantá.

“É uma área estabelecida com o objetivo de filtrar os impactos negativos das atividades que ocorrem fora dela, no caso a da mosca da carambola”, conclui Luiz Estrella.

Mosca da carambora
Segundo a Embrapa, a mosca da carambola é considerada a principal barreira fitossanitária nas exportações da fruticultura nacional devido aos países importadores estabelecerem restrições à aquisição de frutos hospedeiros da praga.

A origem do inseto é o Sudeste Asiático, sendo considerada espécie invasora no Brasil, Suriname, República da Guiana e Guiana Francesa. Os danos ocorrem em várias frentes.

O ataque da mosca da carambola ameaça a produção, pois os frutos infestados têm seu desenvolvimento afetado e caem precocemente, ou seja, o produtor tem perda direta.

Ainda de acordo com a Embrapa, as medidas para o controle da praga acabam aumentando os custos da produção e a depreciação do fruto infestado implica no menor valor comercial e frutos que se conservam por menos tempo nas prateleiras, porque apodrecem precocemente.

Fonte: G1

Professor da AgroPós toma posse na Academia Brasileira de Ciências

Professor da AgroPós toma posse na Academia Brasileira de Ciências

Acelino integra a ABC desde dezembro de 2017, mas a cerimônia de posse aconteceu no último dia 09.

Imagem: Cristina Lacerda/ABC

Acelino Couto Alfenas é um dos 19 membros recém-empossados na Academia Brasileira de Ciências (ABC). A cerimônia de diplomação aconteceu no Museu do Amanhã, no Rio de Janeiro, na última quarta-feira (09). O título de Membro Titular destinado a Acelino é vitalício e concedido a cientistas brasileiros ou estrangeiros, radicados no Brasil há mais de dez anos, com destacada atuação científica e tecnológica no país.

Acelino passou a integrar a ABC em 06 dezembro de 2017, na área de Ciências Agrárias, após eleição realizada por uma Comissão de Seleção da Academia. O novo membro da ABC é Engenheiro Florestal, mestre em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Ph.D. em Patologia Florestal pela Universidade de Toronto, no Canadá, professor e pesquisador do Departamento de Fitopatologia da UFV e da Clonar/AgroPós, além de sócio-fundador da Clonar Resistência a Doenças Florestais, empresa graduada na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, do Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (CenTev/UFV).
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Videoaula gratuita: Diagnose de Doenças Florestais – Prof. Acelino Alfenas (UFV)
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No currículo do professor constam a coordenação e o desenvolvimento de mais de 140 projetos de pesquisa, a publicação de mais de 260 artigos científicos em periódicos de alto impacto, 12 livros e 44 capítulos de livros, além de 25 trabalhos completos e 570 resumos publicados em anais de congressos. Além disso, já orientou mais de 80 dissertações de mestrado, 48 teses de doutorado, 54 trabalhos de conclusão de curso de graduação e 76 na categoria iniciação científica. Desde 1999 é bolsista de produtividade em pesquisa nível 1A do CNPq. Em 2004, recebeu o Diploma de Mérito Florestal, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), e a Medalha de Ouro Peter Henry Rolfs do Mérito em Pesquisa, concedida pela UFV.

Imagem: Cristina Lacerda/ABC

A cerimônia de posse no Rio de Janeiro contou com a presença do  presidente da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Ildeu Moreira, da presidente do Conselho Nacional das Fundações de Amparo à Pesquisa (Confap), Zaira Turchi, do Almirante de Esquadra Bento, diretor-geral de Desenvolvimento Nuclear e Tecnológico da Marinha, do presidente da ABC, Luiz Davidovich, do ministro da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicações, Gilberto Kassab, do presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Mário Neto Borges, do presidente do Conselho Curador da FCW, Jorge Cardoso e do secretário-adjunto de C&T-RJ, Augusto Raupp. Além de seus familiares, também estiveram presentes a reitora da UFV, Nilda de Fátima Ferreira Soares, e os professores da UFV Eraldo Rodrigues de Lima e Arne Janssen. O presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais (Fapemig), Evaldo Ferreira Vilela, também participou.
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eBook: As Principais Doenças Bióticas da Eucalitpocultura no Brasil
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“Estou muito feliz, pois este foi um reconhecimento da comunidade científica brasileira. Ou seja, com esforço e dedicação consegui fazer diferença em minha área de atuação profissional”, disse o professor Acelino, que considera “a aplicação do conhecimento científico para a solução de problemas práticos e a formação de recursos humanos qualificados e preparados para o mercado” como o diferencial em seus trabalhos ao longo dos mais de 40 anos de profissão. “Sou eternamente grato aos meus orientados, funcionários, colegas brasileiros e estrangeiros, ao meu departamento, à UFV, às agências de fomento à pesquisa (CNPq, Fapemig, Finep e Vale) e, particularmente, aos meus familiares”, completou.

“Para o setor florestal a indicação do Professor Acelino representa um destaque, único para o setor, até onde eu sei, e reflete a qualidade das atividades do próprio setor, que requer informações refinadas, com alta qualidade e grande profundidade, características que estão presentes nas pesquisas conduzidas pelo Professor Acelino. Para a Engenharia Florestal, ter um de seus profissionais indicado para a Academia, é motivo de grande orgulho e reflete a qualidade dos profissionais que estão sendo formados no Brasil, em especial pela UFV”, comentou o professor aposentado da UFV e colega, Nairam Félix de Barros

A ABC foi fundada em 1916 e é uma entidade independente, não governamental, sem fins lucrativos, que tem como foco o desenvolvimento científico do país. Sua missão é contribuir no estudo de temas importantes para a sociedade que possam subsidiar cientificamente a formulação de políticas públicas.

Outros membros

Foram empossados os seguintes pesquisadores nas suas respectivas áreas de atuação:
• Ciências Matemáticas: Jose Felipe Linares Ramirez (IMPA);
• Ciências Físicas: Antonio Gomes de Souza Filho (UFC) e José Renan de Medeiros (UFRN);
• Ciências Químicas: Antonio Salvio Mangrich (UFPR) e Roberto Manuel Torresi (USP);
• Ciências Biológicas: Alicia Juliana Kowaltowski (USP) e Philip Martin Fearnside (INPA);
• Ciências Biomédicas: Amilcar Tanuri (UFRJ) e Célia Regina da Silva Garcia (USP);
• Ciências da Saúde: Celina Maria Turchi Martelli (Fiocruz-PE);
• Ciências da Terra: Dilce de Fátima Rossetti (INPE) e Milton José Porsani (UFBA);
• Ciências Sociais: Eduardo Luiz Gonçalves Rios Neto (UFMG);
• Ciências da Engenharia: Paulo Sergio Ramirez Diniz (UFRJ) e Romildo Dias Toledo Filho (UFRJ).

Os novos Membros Correspondentes são Christian André Amatore (CNRS – França), das Ciências Químicas; Christopher Michael Wood (UBC – Canadá), da área de Ciências Biológicas e Jeremy Nichol McNeil (Western University, Canadá), na área de Ciências Agrárias.

O novo Membro Institucional da ABC é o Instituto D’Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), uma instituição sem fins lucrativos que tem por objetivo promover o avanço científico e tecnológico na área de saúde, com responsabilidade social.

UFV na ABC

Da UFV, além do professor Acelino, atualmente também fazem parte como Membros Titulares da Academia, o Prof. Evaldo Vilela do Departamento de Entomologia e a Profa. Elizabeth Fontes do Departamento de Bioquímica. O professor Adriano Nunes Nesi, do Departamento de Biologia Vegetal da UFV, é Membro Afiliado da ABC para o período 2015-2019.

Mateus Dias | Comunicação AgroPós

Embrapa lança duas novas tecnologias para a melhoria da aplicação de produtos de controle fitossanitário nas culturas

Embrapa lança duas novas tecnologias para a melhoria da aplicação de produtos de controle fitossanitário nas culturas

Pulverização eletrostática reduz perdas e quantidade de produto aplicado – Foto: Divulgação

A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) lançou na 25ª Agrishow, de 30 de abril a 4 de maio em Ribeirão Preto, SP duas novas tecnologias para a melhoria da aplicação de produtos para controle fitossanitário das culturas. São elas: o acessório de eletrificação de gotas para uso em pulverizadores costais hidráulicos e o acessório de eletrificação de gotas por indução em pulverizadores tratorizados com turbina de ar, para uso em culturas arbustivas e arbóreas, como a fruticultura, incluindo o café.

De acordo com o pesquisador Aldemir Chaim, idealizador das tecnologias, “elas permitirão que a agricultura brasileira se estabeleça em um cenário de controle de pragas e doenças nas lavouras mais tecnológico e eficiente, capaz de promover maior eficiência na aplicação de produtos nas culturas, respondendo à crescente demanda da sociedade por soluções tecnológicas que determinem métodos mais eficientes de produção agrícola”.
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O tamanho da gota ideal para aplicação de defensivos agrícolas
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Com o objetivo de desenvolver sistemas revolucionários de pulverização eletrostática de baixo custo, acessíveis também ao pequeno produtor, a Embrapa desenvolve, desde a década de 90, tecnologias que aprimoram esse tipo de pulverização. Segundo Chaim, a tecnologia já foi testada em diversas culturas, e se comprovou um aumento médio de 60% na deposição de calda nas plantas. “Uma melhor deposição reduz significativamente a quantidade de calda aplicada, traduzindo-se em eficiência no controle das pragas”, salienta ele.

Ainda conforme o pesquisador, “tão importante quanto aplicar o produto correto seguindo as recomendações de um profissional, é garantir que o produto aplicado alcance os alvos biológicos desejáveis na quantidade necessária. A ausência dessa preocupação pode resultar em impactos negativos ao homem, ao meio ambiente e ao produto”.

Patentes

Novas tecnologias de pulverização eletrostática foram patenteadas pela Embrapa e licenciadas para as empresas brasileiras para promoverem os aperfeiçoamentos necessários, visando à disponibilização ao mercado consumidor.

O acessório para eletrificação de gotas para o uso de pulverizadores hidráulicos costais foi licenciado para a empresa Magnojet Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas, em Ibaiti, PR. Este acessório vai permitir que pulverizadores hidráulicos comuns passem a operar como eletrostático. A previsão é de que o sistema hidráulico comum, quando convertido, agregue ao processo 30% a 60% de aumento de deposição nas plantas. A empresa Magnojet pretende comercializar o acessório já instalado em seu equipamento hidráulico costal.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais.
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Chaim acredita que este sistema vai propiciar a democratização da tecnologia de pulverização de ponta, fazendo com que pequenos agricultores também tenham acesso à pulverização eletrostática. “Os pulverizadores costais, que são as tecnologias mais baratas de pulverização de agrotóxicos, são muito empregados em pequenas áreas de cultivo, principalmente em olerícolas e estufas, notadamente por pequenos agricultores da agricultura familiar”, explica o pesquisador.

Já o sistema de eletrificação de gotas por indução para pulverizadores tratorizados com turbina de ar, diferentemente dos sistemas eletrostáticos disponíveis no mercado, foi desenvolvido pela Embrapa em parceria com a FM Copling em Araraquara, SP.

A tecnologia dispõe de bicos leque, fixados fora do circuito do fluxo de ar e as gotas de um conjunto de 4 bicos são eletrificadas por hastes paralelas, submetidas à alta tensão. Isso resulta em redução de número de fontes de alta tensão para alimentação do circuito, além de evitar que o conjunto eletrostático fique sujo ou entre em curto circuito, do sistema de indução eletrostática. Segundo a FM Copling, esse novo tipo de equipamento poderá ser operado com tratores com menor potência do que os antigos pulverizadores.
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Cápsulas biodegradáveis são usadas no controle biológico de pragas
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“O equipamento é rebocado por trator, possuindo ventilador para induzir o ar e otimizar o fluxo de gotas no interior da massa de folhas, proporcionando uma excelente cobertura e distribuição das gotas. Um sistema de sensores reconhece a planta alvo, liberando o fluxo ou interrompendo a pulverização entre uma planta e outra”, explica Chaim.

Resultados de uso e depoimentos de produtores em várias regiões do mundo, indicam que os equipamentos eletrostáticos promovem uma redução do volume de calda utilizada e aumento da deposição do produto nas plantas, podendo em alguns casos proporcionar também uma diminuição das aplicações, ou seja, redução no custo do tratamento fitossanitário.

“O benefício direto do aumento da eficiência de controle de pragas e doenças com a pulverização eletrostática é que ela otimiza a deposição dos defensivos nas plantas e reduz as perdas para o solo, quando comparadas com uma pulverização convencional”, salienta Chaim.

AgroTag e RenovaCalc

Na abertura da Agrishow houve também apresentações de outras duas tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Meio Ambiente em 2017 e que estão disponíveis para consulta no estande da Empresa:

O aplicativo AgroTag, já lançado, foi projetado para a coleta de dados e informações das propriedades que, uma vez processadas na base de operações, retornam aos diversos atores da cadeia produtiva ou interessados em agricultura de baixo carbono em forma de informações estratégicas diretamente nos celulares ou tablets. Foi desenvolvido com apoio da Rede ILPF, do Instituto de Pesquisas Eldorado e da Plataforma Multi-institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Plataforma ABC).

A RenovaCalc, a ser lançada em 2018, é uma ferramenta de funcionamento similar a uma calculadora, pela qual as empresas cadastradas no RenovaBio, interessadas em créditos de descarbonização (CBios), deverão detalhar parâmetros técnicos dos processos agrícolas e industriais da sua produção de biocombustíveis que geram emissões de carbono. Foi desenvolvida em parceria com o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Agroicone e Unicamp. A calculadora será disponibilizada em consulta pública pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), a partir de maio de 2018.

Fonte: Embrapa Meio Ambiente | Eliana Lima