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Abelhas: tudo sobre as espécies existentes e dicas de cuidados na criação

Abelhas: tudo sobre as espécies existentes e dicas de cuidados na criação

abelha-flor-inseto-mel-colmeia (Foto: Pierre Guezingar/CCommons)

Com um ferrão que uma picada dolorosa que assusta quem está por perto, as abelhas são essenciais para o meio ambiente. Elas também podem amedrontar animais de criação, tais como bovinos e suínos. Contudo, possuem ação polinizadora que beneficia diversas flores e plantas.

As abelhas produzem o mel, perfeito para adoçar receitas. Já a cera, feita pelas abelhas operárias, pode ser usada para a fabricação de cosméticos. E com o própolis, substância rica em vitaminas, é feito um extrato que pode ajudar a combater e diminuir sintomas de doenças. Abaixo, confira um guia de dados e dicas de especialistas para lidar com as abelhas:

Criação: dicas e cuidados
Abelhas sem ferrão na cidade ajudam o meio ambiente, diz a Embrapa. Saiba como criá-las.

Abelha sem ferrão (Foto: Jardim Botânico do Rio)

Mas se a colmeia urbana se instalar perto de um poste de luz, cuidado. O calor irrita o inseto, deixando-o agitado. Especialista indica o que fazer nesta situação para que o animal não ataque as pessoas.

Abelha rainha: saiba a importância dela para a colmeia. Se for preciso substituir uma rainha abelha de uma colmeia, é possível comprá-la. Entenda no GR Responde.

Durante os dias de inverno, a oferta de comida diminui. Por isso, é importante saber como alimentar o inseto na temporada mais fria do ano. Saiba qual tipo de comida é recomendável.

Abelhas comendo milho canjiquinha e quirera (Foto: Reprodução/TV Globo)

O pólen da planta Nim, também conhecida como amargosa, pode intoxicar as abelhas. Veja como proteger as colmeias dessa planta.

Para melhorar a produção de cera de abelhas, a Esalq tem um livro com todas as informações que o produtor precisa.

Com a criação de abelhas, o apicultor tem a possibilidade de fazer a renda vendendo mel. Um especialista dá dicas para melhorar a conservação do mel de abelha jataí.

Mel de abelha jataí (Foto: Reprodução/ TV Globo)

Se você tem uma criação de animais, é importante manter as abelhas afastadas. Elas podem sobrevoar comedouros, atacar os bichos e impedi-los de comer. Saiba como evitá-las com dicas de um especialista no GR Responde.

A mesma situação ocorre se as abelhas ficarem perto da fonte de água dos bichos: é preciso mantê-las longe. Veja como fazer.

Mas se a produção é de café, a presença inseto pode ser benéfica. Isso porque as colmeias induzem florada, aumentam rendimentos e melhoram a quantidade dos grãos. Conheça um experimento do interior de São Paulo que comprova o fato.

Abelhas polinizam flores (Foto: Marcelo Curia/ Ed. Globo)

A lavoura de milho quirera ou canjiquinha também pode ficar repleta de abelhas, pois o inseto se alimenta do grão triturado. Saiba o por quê no GR Responde.

Mas se as abelhas jataí invadiram a fazenda, há como capturá-las. Basta fazer uma armadilha com extrato de própolis como atrativo. Veja no GR Responde como fazer. 

Abelhas jataí (Foto: Reprodução/TV Globo)

As abelhas estão atacando a produção de laranjas? O importante não é aplicar um repelente, mas sim remover a colmeia. Saiba como no GR Responde.

A mesma recomendação é indicada se as abelhas começaram a prejudicar a produção de jabuticabas e o pomar.

Para saber quais plantas são visitadas por abelhas, um livro da “Série Produtor Rural” traz todos os nomes.

Mas se você precisa ter mais abelhas polinizadoras no seu jardim, listamos seis dicas que podem te ajudar nesta missão.

Colmeia de abelhas (Foto: Kamillo Kluth/Flickr)

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Confira: Pós-graduação lato sensu a distância em Gestão e Economia do Agronegócio
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Espécies
As abelhas pertencem à ordem Hymenoptera, da superfamília Apoidea e apresentam diversas espécies. Entre elas está a jataí, que não tem ferrão e se adapta bem a várias regiões do Brasil. Conheça a espécie.

Já as abelhas de orquídeas rondam a orquídea Catasetum hookeri, espécie é mais comum no Sudeste do país, principalmente nas matas do litoral paulista. O inseto macho usa o perfume da flor para atrair as fêmeas. Entenda no GR Responde.

No Pará, uma espécie de abelha foi considerada “ideal” para polinizar o açaí, podendo aumentar em até 40% a produtividade da palmeira. Conheça a a espécie Scaptotrigona postica.

Abelha da espécie Scaptotrigona postica (Foto: Giorgio Venturieri / Embrapa)

 

El Niño e La Niña: o que são, como ocorrem e por que afetam a produção agrícola

El Niño e La Niña: o que são, como ocorrem e por que afetam a produção agrícola

Que os fenômenos El Niño e La Niña podem afetar o clima brasileiro, estamos cansados de saber. Em anos de atuação desses eventos climáticos, os regimes de chuva e as temperaturas do país variam e as mudanças podem ter impacto direto na nossa agricultura. Mas o que são, de fato, esses fenômenos? Por que eles ocorrem? Como atuam em nosso território? Fizemos uma série de quatro reportagens para responder a essas perguntas.

Confira:

1 – O que são os fenômenos El Niño e La Niña

2 – Efeitos no clima e na agricultura

3 – Em que momento do ano os efeitos aparecem

4 – Motivos do aquecimento e resfriamento da água

 

Litoral do Oceano Pacífico na América do Sul (Foto: Stuart Rankin/Flickr/CC 2.0)

 

Por Globo Rural 

Novas tecnologias para controle da mancha amarela em trigo

Novas tecnologias para controle da mancha amarela em trigo

Perdas com mancha amarela podem chegar a 50% no trigo e na cevada (Foto: Flávio Santana)

A mancha amarela é uma das principais doenças do trigo na Região Sul do Brasil, favorecida pelo plantio direto que garante alimento para o fungo entre os cultivos. Na última década, ela tem aparecido com maior frequência também nos cultivos da Europa e Canadá. O cenário de mudanças climáticas deixa em alerta importantes centro de pesquisa do mundo para o aumento na incidência de doenças no trigo, com a formação de parcerias na avaliação de novas tecnologias para controle de doenças emergentes no cereal mais plantado no mundo.

Em busca de um melhor controle da mancha amarela em trigo, a Embrapa e a Universidade de Aberystwyth (Reino Unido) criaram uma rede de colaboradores, com a participação da Universidade de Curtin (Austrália), Universidade de La Plata (Argentina) e a Epamig (Minas Gerais, Brasil). O projeto vai estudar a doença visando o desenvolvimento de ferramentas de identificação e detecção precoce da doença. Serão utilizadas tecnologias de fenotipagem rápida com sensores para captura de imagens dos sintomas de estresse por doenças nas plantas em tempo real, uso de toxina para avaliar a sensibilidade das plantas à doença, caracterização de genótipos de trigo e de isolados do fungo, entre outras técnicas.

“A mancha amarela é uma ameaça emergente à produção de trigo mundial, que apresenta grande resistência aos fungicidas. O projeto visa somar estratégias de campo com resultados de laboratório permitindo o controle precoce do problema, identificando material genético mais resistente e a redução no uso de fungicidas”, conclui o pesquisador da Embrapa Trigo, Flávio Santana.

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Videoaula gratuita: Diagnose de doenças florestais | Professor Acelino Alfenas
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Equipamentos detectam sinais emitidos por plantas estressadas

De acordo com o Diretor de Pesquisas da Universidade de Aberystwyth, Luis Mur, as “tecnologias ômicas” (omics technologies – que envolvem conhecimentos de genômica, proteômica, metabolômica, fenômica, etc), têm sido utilizadas para integrar abordagens de biologia de sistemas no desenvolvimento de ferramentas de base, incluindo a bioinformática e bases de dados relevantes. “A planta estressada produz sintomas (chamados de metabólitos) que podem estar associados à defesa da planta. Entender como funcionam estes mecanismos de defesa é possível hoje através das novas tecnologias que estão sendo avaliadas pelos institutos de pesquisa em busca de soluções de longo prazo para controle das doenças no trigo”, explica o pesquisador britânico que trabalha em colaboração com a Embrapa Trigo no controle da mancha amarela.

Novas tecnologias que integram biologia e informática também estão sendo utilizadas para avaliar doenças de espiga no trigo, como giberela e brusone. Técnicas de fenotipagem estão avaliando compostos químicos em sinais emitidos por plantas infectadas por fungos de espiga no trabalho coordenado pelo pesquisador do Instituto Rothamsted (Reino Unido), David Withall. O objetivo, segundo ele, é detectar doenças nas culturas antes mesmo que os sintomas apareçam, possibilitando maior eficiência na seleção genética ou eficiência dos fungicidas.

Características da Mancha amarela do trigo

A mancha amarela do trigo é uma doença foliar que acomete lavouras em, praticamente, todas as regiões produtoras do cereal no mundo. Os danos têm sido crescentes na última década devido às oscilações climáticas que aumentam a frequência das chuvas e elevam as temperaturas durante os cultivos de inverno e primavera. Com ampla distribuição geográfica, a mancha amarela no trigo foi registrada em países da América do Sul, África e Europa, além do Canadá e Austrália.

No Brasil, a doença é mais frequente na Região Sul, causada pelo ataque do fungo Pyrenophora tritici-repentis que sobrevive nos restos culturais de gramíneas utilizadas no sistema plantio direto na palha. O fungo causa lesões na folha, reduzindo a área de fotossíntese que responde pelo rendimento de grãos na cultura. As perdas em lavouras de trigo e cevada podem chegar a 50%.

Para controle da mancha amarela têm sido utilizadas estratégias químicas (fungicidas), manejo (rotação de culturas – duas safras sem trigo ou cevada) e genéticas (cultivares resistentes). Contudo, a agressividade do fungo tem desafiado os pesquisadores na oferta de cultivares resistentes e na total eficiência dos fungicidas, resultando em falhas no controle em diferentes locais do mundo.

Assista ao vídeo produzido pelo pesquisador David Withall, do Rothamsted:

Por Embrapa