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Software antecipa estágios da soja

Software antecipa estágios da soja

Pesquisadores do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA), da Argentina, da Faculdade de Agronomia da Universidade de Buenos Aires e do Conselho Nacional de Investigacões Científicas e Técnicas da Argentina (Conicet) apresentaram um modelo de software simples e dinâmico que antecipa os estágios de desenvolvimento e crescimento da soja.

Segundo Alan Severini, especialista em ecofisiologia de culturas no INTA, “é importante que os agricultores antecipem a ocorrência de períodos críticos, porque determinam o rendimento das culturas”.

O software  CRONOSOJA é um modelo simples e dinâmico que trabalha com informações sobre o fotoperíodo e a temperatura de 34 variedades de soja para prever o florescimento (R1), o início do preenchimento de grãos (R5) e a maturidade fisiológica (R7). “Nós nos concentramos nas cultivares mais representativas do mercado de soja na Argentina, Uruguai e Paraguai”, disse Severini.

Nesse sentido, Daniel Miralles, especialista em lavouras de grãos da FAUBA, afirmou que  “este modelo é uma ferramenta essencial para o diagrama do plantio da lavoura, selecionando uma cultivar e uma localidade específicas”.

Prever cada um dos estágios que ocorrem nas lavouras de grãos, e em particular no caso da soja, é fundamental para identificar os momentos críticos que definem o rendimento. “Esta informação visa atingir a maior produtividade em cada ambiente”, disse Miralles.

Essa ferramenta ajuda a prever o momento de ocorrência dos diferentes estágios de crescimento (ontogenético), tanto em dias como em unidades térmicas. “A Cronosoja possui auxílios didáticos e simples, vinculados aos processos que ocorrem ao longo do ciclo da colheita e ao manejo que pode ser aplicado em cada uma dessas etapas”, afirmou o especialista do INTA.

 

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Fonte: Agrolink

Investidores apostam em futuro sustentável para agricultura

Investidores apostam em futuro sustentável para agricultura

À medida que a indústria agrícola se preocupa com tudo, desde alimentos geneticamente modificados até mudanças climáticas, os investidores de impacto estão cada vez mais apostando em um futuro sustentável pós-química na agricultura.  A biotecnologia relacionada à agricultura, como biofertilizante e microbioma, é vista como a coisa mais empolgante para a agricultura sustentável no próximo ano.

Os investidores esperam que as inovações na Ag Biotech ofereçam melhor rendimento e maior nutrição, limitando a pegada de carbono da indústria. A biotecnologia agrícola foi escolhida por 58% dos investidores como a vertical com a qual mais se entusiasma em 2020, segundo um relatório recente da Agfunder, à frente do gerenciamento inovador de alimentos e fazendas. Os cientistas estão tentando utilizar micróbios para impulsionar o crescimento das culturas e desenvolver pesticidas alternativos, como inseticidas de base biológica.

“A pressão de consumidores e governos está impulsionando a demanda por produtos produzidos de forma ética e as empresas estão lutando para reagir, o que apresenta oportunidades de interrupção”, disse Danny O’Brien, CEO da Idea 2 Scale & Field Academy, no relatório Agfunder.

Gigantes do agronegócio e startups estão correndo para melhorar a segurança alimentar com novas tecnologias. A Deere & Co., a BASF e a Bayer, proprietária também da Monsanto, adquiriram 11 empresas de agtech nos últimos cinco anos, incluindo a Boragen, uma empresa de desenvolvimento de moléculas com foco em fungicidas.

Os investidores privados são especialmente atraídos por biofertilizantes e biopesticidas. O capital de risco global gastou um recorde de US $ 194 milhões no espaço neste ano, quase cinco vezes em relação ao ano passado. O braço de capital de risco da BASF investiu na série C de US $ 85 milhões da startup de biopesticidas sediada em Santa Monica, Provivi, em outubro, o maior negócio no espaço este ano, de acordo com o PitchBook Data.

Fonte: Agrolink

Compactação do solo durante a semeadura aumenta as chances de doença

Compactação do solo durante a semeadura aumenta as chances de doença

A expectativa de normalização das chuvas no Centro-Oeste anima e relembra que ainda temos muita lavoura a semear e, portanto, um prazo a cumprir.  Mas, cuidado, a pressa para recuperar o tempo perdido na implantação das lavouras pode gerar problemas. Frequentemente agricultores e consultores procuram os laboratórios e instituições de pesquisa após a semeadura trazendo algumas plantas com sintomas de murcha, tombamento ou mal desenvolvidas, tentando compreender porque as plantas não se desenvolvem normalmente. E muitas vezes a resposta é que as doenças são apenas oportunistas. As enfermidades em plantas logo após a semeadura, em geral, revelam problemas de manejo do solo, principalmente relacionados à compactação, dificultando o desenvolvimento normal do sistema radicular e predispondo as plantas a toda sorte de doenças.

Evitar as doenças custa muito menos e é muito mais eficaz do que tentar controlar depois que elas ocorrem. E pensando em doenças de solo, que são causadas por microrganismos habitantes naturais do solo, pouco ou nada podemos fazer depois de constatada a doença. Por isso, nesta fase de semeadura, a principal atitude para evitar doenças consiste em evitar a compactação do solo.

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E como evitar a compactação do solo? Durante a semeadura, é importante evitar a operação e o trânsito de máquinas na lavoura com solo muito úmido, principalmente em solos argilosos. O produtor sabe, mas não custa lembrar: operações agrícolas com solo muito úmido promovem a compactação do solo, o processo de descompactação é difícil, e solo compactado predispõe as plantas a doenças. A compactação pode ocorrer tanto pela pressão dos pneus do maquinário agrícola sobre o solo, como também nos sulcos de semeadura, pela ação do facão de distribuição do adubo e/ou pelos discos de semeadura, promovendo o espelhamento das paredes do sulco e facilitando assim o acúmulo de água, o que favorece a ocorrência de doenças.

Algumas doenças de solo favorecidas pela compactação são: podridão da raiz e da haste da soja causada por Phytophthora sojae, que causa o escurecimento ascendente, a partir da base da haste, subindo homogeneamente na planta até as ramificações da haste principal. O tombamento de pré e pós emergência causado por Rhizoctonia solani, que causa o estrangulamento do colo da planta, com lesões circulares a elípticas marrom-avermelhadas, que se tornam alongadas e deprimidas. E a podridão cinza da haste e da raiz causada por Macrophomina phaseolina. Esta doença é observada mais no final do ciclo, devido a antecipação da maturação (maturação forçada) nas reboleiras com a doença.

Além dessas, solos mal conservados em geral predispõem as plantas a diversas outras doenças, como as doenças-de-final-de-ciclo, o mofo-branco, e as nematoses. O cuidado com a estrutura e conservação do solo pode fazer com que muitas doenças não ocorram ou não atinjam o limiar de dano. Essas informações reforçam que muito do êxito nas lavouras, está relacionado ao nosso cuidado com o solo.

 

Fonte: Embrapa

Fungos podem reduzir dependência de fertilizantes

Fungos podem reduzir dependência de fertilizantes

A introdução de fungos no trigo aumentou sua absorção de nutrientes essenciais e poderia levar a novas variedades de culturas ‘inteligentes para o clima’, de acordo com um novo estudo. Pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, mostraram uma associação entre trigo e fungos do solo que poderia ser usada para desenvolver novas culturas alimentares e sistemas agrícolas que dependem menos de fertilizantes, reduzindo sua contribuição para a crescente crise climática.

É a primeira vez que se mostra que os fungos, que formam associações com as raízes das plantas, fornecem quantidades significativas de fósforo e nitrogênio a uma colheita de cereais. Os fungos continuaram a fornecer nutrientes sob níveis mais altos de dióxido de carbono (CO2) previstos em 2100, o que tem implicações importantes para a segurança alimentar futura.

A pesquisadora principal, Katie Field, da Escola de Biologia da Universidade de Leeds e do Instituto Global de Alimentos e Meio Ambiente, disse que “os fungos podem ser uma nova ferramenta valiosa para ajudar a garantir a segurança alimentar futura contra as crises climáticas e ecológicas. Esses fungos não são uma bala de prata para melhorar a produtividade das culturas alimentares, mas têm o potencial de ajudar a reduzir nossa dependência atual de fertilizantes agrícolas”.

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A agricultura é um dos principais contribuintes para as emissões globais de carbono, em parte devido a importantes contribuições como fertilizantes. Enquanto a produção de carne contribui muito mais para o aquecimento global do que o cultivo, a redução do uso de fertilizantes pode ajudar a reduzir a contribuição geral da agricultura para as mudanças climáticas.

 

 

Fonte: Agrolink

O georreferenciamento na agricultura: conheça essa técnica!

O georreferenciamento na agricultura: conheça essa técnica!

O georreferenciamento é uma tecnologia bastante utilizada pelo setor agrícola. Além de ser uma exigência para a regularização de propriedades rurais, também é essencial para a implantação da agricultura de precisão.

A ideia dessa tecnologia é determinar a exata posição geográfica de um imóvel rural e o tamanho de sua área a partir de um mapeamento que identifica vértices do seu perímetro ao sistema geodésico brasileiro.

O georreferenciamento deve ser feito por profissionais capacitados em topografia e certificados pelo CREA e INCRA. Com o emprego desse recurso, é possível saber a exata localização da propriedade dentro de uma área sem que restem dúvidas.

Desde 2016, esse método passou a ser empregado pelo INCRA como forma de garantir a legalidade das propriedades. É também primordial para obter a Certidão de Cadastro de Imóvel Rural (CCIR).

Continue a leitura para saber mais sobre esse recurso, sua importância para a agricultura de precisão e suas vantagens para a produtividade agrícola!

 

O georreferenciamento na agricultura: conheça essa técnica!

 

Como é feito o georreferenciamento ?

O georreferenciamento de propriedades agrícolas pode ser feito de diferentes formas, dependendo do tipo e do tamanho da propriedade, por exemplo.

Locais de difícil acesso demandam métodos diferenciados de análise, como os veículos aéreos não tripulados (drones) para a realização da leitura. Já em áreas em que profissionais podem circular sem nenhuma dificuldade, é mais comum o uso do GPS de mão.

Em ambos os casos, quando a leitura é feita, são desenvolvidos mapas que levam em consideração os pontos levantados e os cálculos de tamanho de propriedade.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Utilização do georreferenciamento

O georreferenciamento também é amplamente utilizado para atribuir coordenadas reais em imagens aéreas, tais como imagens de satélites ou coletadas via aeronaves tripuladas e até não tripuladas (VANTS), neste caso é necessário a coleta de pontos de controle em campo.

Embora, os pontos de controle devem possuir coordenadas reais, geralmente obtidas via GNSS. Esses pontos devem ser alocados em locais de fácil identificação na imagem, tal como o cruzamento entre duas estradas ou determinado canto de uma cerca.

Outra característica desejável em relação aos pontos de controle, é que devem estar bem distribuídos na área de estudo, e assim garantir que toda imagem apresente elevada qualidade de georreferenciamento.

O georreferenciamento só se torna útil se a imagem tiver qualidade de mapa. Se a imagem não possuir representação ortogonal, ou seja, isenta de deslocamentos radiais, apropriada ortorretificação deve ser aplicada a essa imagem antes do georreferenciamento.

A criação de pirâmides é desejável em situações em que se trabalha com arquivos raster com elevada dimensão e há necessidade de alterar o nível de zoom com frequência. As pirâmides melhoram o desempenho de exibição do raster.

Elas são uma versão redesenhada do Raster original e pode conter muitas camadas (Figura abaixo), cada camada sucessiva é redesenhada em uma escala 2:1 (ESRI, 2018).

 

 Exemplo de dois níveis de pirâmides feitas a partir do Raster original.

 

Entrada e saída de dados

As funções para entrada e saída de dados são os meios pelos quais um SIG se comunica com o mundo exterior. Dentre os principais dispositivos para entrada de dados geográficos citam-se:

  • GNSS (sistemas de posicionamento global por satélite);
  • Estação total (levantamentos topográficos);
  • Scanner (formato raster);
  • Mesas digitalizadoras (formato vetorial);
  • Mouse (digitalização em tela);
  • Teclado (digitação manual de coordenadas).

 

Identificação dos pontos do georreferenciamento

Para o georreferenciamento é necessário à identificação de pontos de controle bem distribuídos na região, a seguinte expressão informa o número de pontos necessários para o georreferenciamento de acordo com a ordem da transformação, mas em geral, quanto maior a quantidade de pontos coletados, melhor será o georreferenciamento, sobretudo em imagens aéreas, em que a identificação da posição exata dos pontos de controle na imagem pode ser complicada:

De acordo com a fórmula anterior, para uma transformação de 1ª ordem é necessário no mínimo três pontos de controle. Em imagens que já tenham qualidade de mapa apenas a transformação de 1ª ordem deve ser suficiente para georreferencia-la. Em determinadas situações, em que, distorções mais complexas estão presentes pode ser necessário aplicar transformações de ordens superiores (ex: 2ª ordem, 3ª ordem, splines). Se esse for o caso, muitas vezes é recomendado atribuir a imagem como inadequada para aplicações em SIG e buscar outra fonte de dados.

Para o georreferenciamento de prudentopolis.tif, foi utilizado à transformação de 1ª ordem (Figura 45). Os parâmetros das funções (uma função para coordenada x e outra para y) de transformação são obtidos através de ajuste por mínimos quadrados das unidades de mapa (metros, quilômetros) em relação as unidades de visualização em tela (pixels).

 

Georreferenciamento

Representação da transformação de 1ª ordem.

 

Em que:

x = contagem de colunas no espaço da imagem.

y = contagem de linhas no espaço da imagem.

x’= valor horizontal no espaço de coordenadas.

y’ = valor vertical no espaço de coordenadas.

A = tamanho horizontal da célula em unidades de mapa.

B = termo de rotação.

C = valor de x’ no centro da célula superior esquerda.

D = termo de rotação.

E = tamanho vertical negativo das células em unidades de mapa.

F = valor de y’ no centro da célula superior esquerda.

 

Tecnologias de geoprocessamento aplicadas no monitoramento e manejo de plantas

 

Georreferenciamento na agricultura de precisão

A agricultura de precisão tem como objetivo adotar medidas de manejo partindo do princípio de que o ambiente onde são cultivadas as lavouras não são uniformes. Para isso, analisa peculiaridades de cada região, propriedade e tipo de cultura.

Um dos princípios da agricultura de precisão é o georreferenciamento em regiões estratégicas, que pode ser feito tanto por meio de GPS quanto com o auxílio de drone. Nesse sentido, são levantados pontos de amostragem permitindo a sua localização espacial. Com a confecção de mapas inteligentes é possível monitorar de perto a evolução (ou regressão) de uma praga, por exemplo.

Do mesmo modo, o georreferenciamento também pode ser usado para obter amostras de solo em pontos demarcados. A produtividade de uma área também pode ser obtida por meio dessa tecnologia. Assim, tais dados são armazenados, interpretados e cruzados com outras informações para gerar ações diferenciadas em cada ponto da propriedade, como a aplicação em taxa variável. Isso permite que a agricultura de precisão trate os problemas sem excessos ou déficits.

 

Plataforma Agropós

 

Vantagens para a gricutura

Entretanto, apesar de muitos produtores enxergarem a exigência do georreferenciamento como um entrave burocrático, a verdade é que esse método pode trazer diversos benefícios para gestão da propriedade rural, tais como:

  • Melhoria na mobilidade no campo já que, conhecendo a propriedade é preciso fazer um melhor aproveitamento da área;
  • Aumento do controle da lavoura e produtividade a partir de um planejamento mais preciso;
  • Melhoria na gestão do agronegócio, sem a necessidade de estar presente fisicamente na propriedade;
  • Maior lucratividade uma vez que se elimina os desperdícios de insumos;

De forma geral, o georreferenciamento tem muito a acrescentar na gestão de um negócio rural. No entanto, é preciso que ele seja feito por um profissional capacitado para tanto.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental