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Adubação: os diferentes tipos e técnicas!

Adubação: os diferentes tipos e técnicas!

Chamamos de adubação o processo de cultivo extremamente importante para diversas áreas da agricultura, seja a produção de alimentos ou fins de plantio.

Essa etapa tem o objetivo de aumentar a disponibilidade de determinados nutrientes no solo. Neste artigo vamos discutir sobre os diferentes tipos de adubo e como aplica-lo da forma correta.

Venha Comigo!

 

Adubação: os diferentes tipos e técnicas!

 

O que é adubação?

A adubação é um processo de extrema importância numa plantação, já que é responsável pela qualidade dos produtos cultivados.

A prática nutre a planta com substâncias necessárias para seu crescimento saudável, e isso se reflete na produtividade e lucratividade do produtor.

Para que uma planta cresça de maneira saudável, ela necessita de elementos essenciais. Através do ar, ela retira o carbono, o oxigênio e o hidrogênio.

Os demais compostos são absorvidos do solo através de suas raízes. E, como o solo nem sempre possui todos eles em quantidade suficiente, muitas vezes é necessária uma complementação.

 

 

Importância da adubação para agricultura

A agricultura é a atividade que garante a produção mundial de alimentos e outros produtos utilizados no dia a dia das pessoas.

Para atender a demanda atual, altos níveis de produtividade devem ser tingidos. Fazendo com que aplicações de adubos, corretivos e fertilizante sejam essenciais.

Além do esgotamento natural das propriedades nutricionais existentes no solo. As chuvas e as regas também eliminam boa parte dos nutrientes, fazendo com que eles precisem ser repostos.

Uma boa maneira de fazer isso é alternando os adubos orgânicos e os químicos. De acordo com a formulação, época do ano e espécie da planta.

Ressaltamos que muito mais importante do que adubar, é preciso adubar sempre. Assim, além de deixá-la com mais vigor e beleza, aumentará sua resistência a pragas e doenças.

 

Tipos de adubos

Segundo a legislação brasileira, os fertilizantes podem ser classificados em três tipos. O primeiro são os mais utilizados na agricultura de larga escala: os fertilizantes minerais ou sintéticos. Esses adubos são concentrados e de rápida assimilação pelas plantas.

Veja abaixo:

 

Fertilizante mineral

Produto de natureza mineral, natural ou sintética, obtido através de processo físico, químico ou físico-químico, fornecedor de um ou mais nutrientes de plantas.

 

fertilizante mineral

 

O fertilizante mineral é dividido em:

  • Simples: produto formado por um composto químico, contendo um ou mais nutrientes de plantas;
  • Misto: produto resultante da mistura física de dois ou mais fertilizantes minerais;
  • Complexo: formado por dois ou mais compostos químicos, resultante da reação química de seus componentes, contendo dois ou mais nutrientes de plantas.

 

Fertilizante orgânico

Uma das opções de adubo são os naturais. Eles são compostos de matéria orgânica, vegetal e animal. 

Livres de processos químicos, são extraídos de folhas, cascas, ossos e fezes de animais. O material é colocado no solo e decomposto por bactérias antes de ser assimilado pelas plantas.

Os adubos orgânicos são liberados lentamente e não possuem atuação imediata. Mas em compensação tem uma ação mais duradoura e prolongada, ao ser liberado aos poucos pelos microrganismos presentes no solo.

Acompanham diferentes fases do crescimento da planta. Oferecendo uma quantidade mínima de nutrientes constantemente.

Os fertilizantes orgânicos são divididos em:

  • Simples: produto natural de origem vegetal ou animal, contendo um ou mais nutriente de plantas, exemplo: adubação verde.
  • Misto: produto de natureza orgânica, resultante da mistura de dois ou mais fertilizantes orgânicos simples, contendo um ou mais nutriente de plantas;
  • Composto: produto obtido por processo físico, químico, físico-químico ou bioquímico, natural ou controlado, a partir de matéria-prima de origem industrial, urbana ou rural, vegetal ou animal, isoladas ou misturadas, podendo ser enriquecido de nutrientes minerais, princípio ativo ou agente capaz de melhorar suas características físicas, químicas ou biológicas.

 

Nutrição Mineral de Plantas Macronutrientes.

 

Fertilizantes organominerais

São aqueles constituídos por material orgânico enriquecidos com minerais, que são nutrientes em sua forma inorgânica para serem absorvidos de forma rápida.

Essa combinação visa, simultaneamente, o melhoramento do solo e de suas propriedades físicas, e o fornecimento de matéria-prima bruta para que a planta possa crescer de forma saudável e rápida.

Esse tipo de fertilizante age como um excelente corretivo, equilibrando o pH do solo e mantendo sua porosidade de forma ideal.

A matéria orgânica inteiriça funciona ainda como um quelante, absorvendo micronutrientes para que eles possam ser aproveitados aos poucos.

 

Uso e aplicação dos adubos

Existem diferentes técnicas que podem ser escolhidas pelo produtor. Dependendo do maquinário disponível, do tipo de fertilizante a ser utilizado e do momento em que será feita a adubação.

 

Aplicação de fertilizantes por semeadura

Essa estratégia de aplicação de fertilizantes ocorre durante o plantio, na etapa de semeadura. Nesse caso, os adubos granulados são depositados no solo pouco abaixo das sementes, nos mesmos sulcos em que elas são colocadas.

A técnica de aplicação por semeadura é indicada principalmente para solos com necessidade de fósforo. Um nutriente fundamental para o crescimento dos vegetais e que precisa ser depositado perto das raízes das plantas.

 

 

Aplicação pneumática

Utilizado para culturas que apresentam espaçamento entre linhas de plantio mais elevado (como a cana-de-açúcar), nas quais a aplicação na linha se torna mais eficiente e sem desperdício para as áreas em que as raízes não alcançariam o fertilizante absorvido pelo solo.

 

Adubação a lanço

A adubação a lanço é uma técnica que possibilita fazer a adubação antecipada total ou parcial do volume de fertilizante que uma cultura necessita.

Entre as vantagens do sistema tornar a semeadura mais rápida, o que reduz gastos já que a adubação foi feita de forma prévia e evita a operação em linha.

A técnica é realizada na superfície do solo, gerando ganho em tempo e produtividade, pois permite uma faixa de aplicação de fertilizantes a lanço de até 36m.

 

Adubação foliar

A aplicação foliar utiliza fertilizantes líquidos, próprios para essa técnica. O adubo é misturado à água e pulverizado diretamente sobre as folhas e não no solo. Como ocorre com os fertilizantes sólidos.

adubação foliar promove resultados melhores do que a adubação via solo quando é necessário suprir uma demanda nutricional da planta com mais rapidez ou em fases do crescimento da planta.

 

Irrigação

Aplicação por irrigação: essa técnica também é conhecida como fertirrigação. Consiste em aplicar os fertilizantes de forma líquida. Por meio de pivôs centrais ou por mangueiras de gotejamento.

 

Técnicas de aplicação de adubação

Embora a escolha da técnica de adubação e do fertilizante ideal dependa de muitos fatores, como as condições do solo e do clima. Ou de quais plantas estão sendo cultivadas e em que estágio de desenvolvimento elas se encontram, alguns tipos de fertilizante apresentam um ótimo desempenho quando associados a determinadas técnicas, como podemos ver:

  • A adubação junto com o plantio: ideal para fertilizantes químicos e granulados;
  • A técnica de adubação a lanço: ideal para fertilizantes químicos e granulados, orgânicos e produtos em pó para correção do solo (calcário e gesso);
  • A adubação por irrigação: essa técnica é mais recomendada para fertilizantes líquidos, uma vez que é feita junto à irrigação da lavoura;
  • E adubação por pulverização: ideal para o uso de fertilizantes foliares, também diluídos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Assim os adubos, sejam minerais ou orgânicos, são compostos que desempenham função primordial no desenvolvimento das plantas, fornecendo ao solo os nutrientes que elas necessitam para germinar e produzir folhas, sementes e frutos.

Portanto, o uso consciente e o emprego de técnicas agrícolas adequadas são a chave para o aumento da produtividade agrícola. E, consequentemente, a redução do custo dos alimentos.

Escrito por Michelly Moraes.

Conservação do solo: 10 benefícios dessa prática!

Conservação do solo: 10 benefícios dessa prática!

A conservação do solo busca o equilíbrio ecológico em geral do sistema produtivo. É necessário levar em conta que a resiliência natural das propriedades solo, sendo que por si só é muito lenta.

A complexidade dos processos de degradação dos solos deve-se aos inúmeros fenômenos biológicos e físico-químicos envolvidos. Por este motivo, a conservação do solo pode ser conceituada como um conjunto de ações. Que visam proporcionar o restabelecimento das condições de equilíbrio e sustentabilidade existentes anteriormente em um sistema natural.

Nesse artigo vamos aprofundar mais esse assunto e conhecer a importância desse tema para o agronegócio brasileiro.

 

  Conservação do solo: 10 benefícios dessa prática!

 

Importância da conservação do solo

Segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura FAO, os solos agrícolas do mundo vêm se degradando a uma taxa de 0,1% ao ano.

Esses estudos apontam a perda de cinco milhões de hectares de terras aráveis por ano devido as más práticas agrícolas, secas e pressão populacional.

Além desses fatores, inúmeras ações antrópicas de exploração inadequada dos recursos naturais, como a retirada da vegetação nativa e falta de planejamento de conservação do solo.

Para se ter o perfeito entendimento da importância da conservação do solo, é necessário a reconhecer que o solo é vivo. Ele é composto por microorganismos, insetos e pequenos mamíferos. A função deles no solo é a ciclagem de nutrientes, tornando o solo saudável, e também na entrada de ar e água no solo.

A ciclagem de nutrientes é de extrema importância para o solo e as plantas, ela devolve todos os nutrientes que a ela foram investidos quando viva.

Com a porosidade, quando chove parte da água infiltra-se na terra e vai penetrando até encontrar uma camada impermeável.

Quanto mais poroso for o solo, melhor é a sua estrutura, infiltrando mais água sofrendo menores chances de erodir.

Há várias práticas que auxiliam a conservação do solo, são elas: rotação de culturas, plantio de adubos verdes, sistema plantio direto, entre outros.

Mas quais benefícios que alcançamos por conservar o solo? Confira a seguir!

 

 

Benefícios da conservação do solo

Primeiramente, a conservação do solo, é um conjunto de práticas, que contribuem com processos aleloquímicos que podem realizar o controle de doenças e favorecer os ciclos biológicos do solo.

Além disso, proporciona uma série de benefícios econômicos, ambientais e sociais, auxiliando reestruturação do solo com agregados. Disponibilizando matéria orgânica, dessa forma, incrementando fertilidade do solo.

Nesse sentido, podemos destacar 10 benefícios que a conservação do solo traz:

  • Melhora das condições físico-químicas do solo;
  • Aumento da atividade biológica, da estabilidade da estrutura do solo;
  • Aumento da matéria orgânica;
  • Eliminação ou redução das operações de preparo do solo;
  • Redução do uso de herbicidas;
  • Redução do uso inseticidas e fungicidas;
  • Aumento da produtividade das lavouras,
  • Eficiência no uso de fertilizantes;
  • Maior disponibilidade de água no solo, pela maior infiltração da água das chuvas;
  • Redução de solos erodidos.

Então, como alcançar essa estrutura em solos agrícolas e intemperizados, como é caso do solo brasileiro?

Há várias práticas conservacionistas que auxiliam o produtor nessa árdua tarefa, vamos conferir algumas práticas que são grandes aliadas para alcançar esse resultado.

 

Solos no Brasil

 

Rotação de culturas

Essa técnica, consiste em utilizar o método de alternância de diferentes cultivos, levando a melhorias dos atributos químicos, biológicos e físicos do solo, com redução da degradação do meio ambiente, além de uma maior produtividade.

As espécies são selecionadas de acordo com alguns critérios, como possuir diferente suscetibilidade a pragas e doenças e apresentar necessidades nutricionais diferentes.

Uma vez adotada, a rotação de culturas, reduz de forma eficiente os impactos ambientais causados pela monocultura. Que é produção agrícola de apenas uma cultura, que causa a degradação física, química e biológica do solo e o desenvolvimento de pragas.

 

Cobertura com palhada

A palhada é formada pelos restos do plantio colhido anteriormente. Os galhos, folhas e raízes são triturados e pulverizados de volta ao solo.

Desse modo, a palhada ajuda a reduzir a erosão do solo, ajuda a manter a temperatura ideal para as plantas, aumenta disponibilidade de água no solo.

Uma ótima opção de palhada, são os adubos verdes. Que ao absorverem os nutrientes do solo. Contribuem para a redução das perdas por lixiviação, amenizando os impactos da agricultura. Trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.

 

Cobertura com palhada para a conservação do solo

 

Sistema de plantio direto

O sistema plantio direto (SPD) é uma forma de manejo sustentável dos sistemas de produção agrícola. Sendo o mais indicado para o manejo dos solos tropicais, como é no caso dos solos brasileiros.

O SPD é bastante utilizado como uma forma de produzir alimento sem causar tanta exaustão no solo.

Dessa forma, o principal objetivo desse sistema é promover a conservação do solo, evitando, assim, seu esgotamento e equilibrando o sistema produtivo.

 

plantio direto

 

A adubação verde

A adubação verde melhora a fertilidade do solo, porque mobiliza os nutrientes das camadas mais profundas, os deixando disponíveis para o próximo cultivo da cultura de interesse econômico.

Desse modo, os adubos verdes, ao absorverem os nutrientes do solo, contribuem para a redução das perdas por lixiviação.

Assim, o uso da adubação verde é uma forma viável de amenizar os impactos da agricultura. Trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.

 

O plantio em curvas de nível

O plantio em curvas de nível, é a produção usando linhas que têm diferentes altitudes, respeitando o contorno do terreno.

Trata-se da medida mais básica que visa à conservação do solo. Ele se opõe ao chamado plantio “morro abaixo”.

Outras técnicas similares são o terraceamento (formação de terraço) e o plantio em faixa com diferentes tipos de cobertura vegetal. Que podem ser usadas juntamente ao plantio em curvas de níveis.

Essa técnica auxilia na redução da erosão dos diferentes tipos de solos causados pelo impacto das gostas de chuva. Que podem acarretar grandes danos, quando não adotado o plantio dessa forma.

 

Conservação do solo na realidade do produtor rural

A conservação do solo compreende várias observações do campo agronômico. E essas observações diferenciam processos e fatores de degradação do solo e de como controlar esse processo.

 

Plataforma Agropós

 

Dessa forma, as ações e interações químicas, físicas e biológicas que afetam a capacidade do solo e a sua produtividade devem sempre serem levadas em consideração pelo produtor.

Vimos nesse artigo, que a qualidade de um solo como a sua capacidade de manter o crescimento vegetal. Inclui fatores como: agregação, atividade de microorganismos, matéria orgânica, capacidade de retenção de água, taxa de infiltração, disponibilidade de nutrientes, etc.

Dentro desse contexto, a avaliação da qualidade do solo para monitorar a sua conservação e recuperação quando necessário. Constitui um dos grandes temas da ciência do solo atualmente.

Várias são as metodologias que têm sido empregadas para acessar a qualidade, cabe ao produtor adequá-las para sua realidade.

Escrito por Juliana Medina.

Adubação orgânica: conheça a sua importância!

Adubação orgânica: conheça a sua importância!

Você já parou para pensar o que é adubação orgânica e qual sua importância? Neste artigo você encontrara as repostas corretas, além de conhecer diferentes tipos de adubação.

Venha comigo, conhecer a importância da adubação orgânica para a agricultura!

 

Adubação orgânica: conheça a sua importância!

 

O adubo orgânico é constituído de resíduos de origem animal e vegetal como folhas secas, gramas, restos vegetais, restos de alimentos, esterco animal e tudo mais que se decompõem. É um insumo muito utilizado na agricultura, principalmente por quem prefere usar apenas produtos naturais.

Esses materiais sofrem decomposição e podem ser produzidos pelo homem por meio da compostagem.

Tanto no campo quanto nas cidades ainda é comum o desperdício de resíduos que, sem qualquer custo, podem ser reaproveitados para produzir compostos, realizando a ciclagem de nutrientes e misturas naturais destinadas a melhorar a matéria orgânica do solo e, consequentemente, favorecer a nutrição e o crescimento das plantas.

 

Origem do adubo orgânico

Animal: o adubo orgânico de origem animal mais conhecido é o esterco que é formado por excrementos sólidos e líquidos dos animais e pode estar misturado com restos vegetais.

Sua composição é muito variada. São bons fornecedores de nutrientes, tendo o fósforo e o potássio rapidamente disponível e o N fica na dependência da facilidade de degradação dos compostos

Vegetal: o adubo orgânico de origem vegetal é grande a quantidade de restos vegetais remanescentes das safras. O arroz e o trigo deixam de 30 a 35%, e o algodão, cana, milho cerca de 50 a 80% da massa original em forma de resíduo orgânico.

Sua função de fornecedor de nutrientes, como de quase todos os outros resíduos, depende basicamente do material empregado em seu preparo.

 

 

Vantagens no uso da adubação orgânica

No que diz respeito a agricultura orgânica em termos de vantagens e benefícios, adubação orgânica favorece:

 

Efeitos condicionadores

Aumenta a CTC: a matéria orgânica acha-se em estado amorfo e exibe uma superfície muito maior do que a argila, consequentemente, uma capacidade de troca muito superior à das argilas.

Melhora a agregação do solo: atua como agente cimentante de partículas do solo, formando agregados bastante estáveis. A matéria orgânica pode reter de 4 a 6 vezes mais água do que seu próprio peso, diminuindo a erosão.

Temperatura: devido a propriedade de armazenar água, a matéria orgânica é má condutora de calor, diminuindo as oscilações de temperatura durante o dia.

Plasticidade e coesão: a matéria orgânica diminui o efeito negativo da consistência plástica e pegajosidade dos solos argilosos molhados.

 

Efeitos sobre os nutrientes

Disponibilidade: a matéria orgânica é fonte de nutrientes, pois, durante o processo de transformação, vários elementos vão sendo liberados, principalmente o N, S, e P. Contudo esta liberação, geralmente, não preenche a necessidade das plantas a menos que seja aplicada em grande quantidade.

Fixação do P: diminui a fixação. Os colóides orgânicos são predominantemente eletronegativos. Os ânios orgânicos formam Fe(OH)2 com o ferro e Al(OH)2 com o Alumínio, complexos imóveis, com o Fe e Al imobilizados pela M.O. aumenta a disponibilidade do P.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Classificação de adubos orgânico

 

Adubação verde

Adubação verde é uma técnica agrícola que promove a reciclagem de nutrientes do solo por meio do plantio de determinadas espécies de plantas, preferencialmente as espécies que pertencem à família das leguminosas, gramíneas, crucíferas ou de cereais a fim de tornar o solo mais fértil.

 

Adubação verde

 

As plantas desta família apresentam em suas raízes nódulos, em consequência da penetração de bactérias do gênero Rizóbium, que vão até as células corticais da raiz provocando a formação destes nódulos. A planta fornece hidratos de carbono às bactérias e recebem em troca compostos nitrogenados.

São consideradas ótimas para adubação verde por apresentarem:

  • São ricas em nitrogênio
  • Possuem raízes ramificadas e profundas
  • Família numerosa e encontrada em grandes diversidades de clima e solo.

Segundo o Instituto Brasileiro de Florestas (IBF), esta técnica visa por exemplo, a melhora da capacidade produtiva do solo; aumento da sua fertilidade e garantia de produtividade e maior renda para os produtores. A escolha da espécie para realização dessa prática é de grande importância, sendo que cada uma apresenta características próprias

Tipos de plantas usadas na adubação verde:

 

Resíduos originados da agroindústria:

 

Vinhaça

A composição da vinhaça depende do modo de produção do álcool, sendo mais rica em nutrientes nas usinas que produzem o álcool a partir de mel residual da fabricação do açúcar que nas destilarias independentes.

Vinhaça é usada como adubo principalmente na cultura da cana-de-açúcar, onde já se comprovou seu efeito benéfico no aumento da produtividade agrícola e na longevidade da cana.

Além de ser uma excelente fonte de potássio, a vinhaça é também fonte de vários outros nutrientes, como nitrogênio, cálcio, magnésio, zinco e cobre. A vinhaça é recomendada conforme a fertilidade do solo e o tipo de mosto responsável por sua obtenção.

 

Torta de filtro

A torta de filtro apresenta alto teor nutricional já no primeiro ano de aplicação, a torta de filtro é capaz de liberar grande quantidade dos seus nutrientes no solo. Outra boa característica é sua capacidade de reter água e de manter a umidade do solo.

 

Bokashi

O Bokashi é um adubo orgânico concentrado, rico em nitrogênio, fosforo e potássio, para a substituição dos fertilizantes químicos tradicionais.

São um fermentado com organismos vivos que acelera a decomposição da matéria orgânica, colocando à disposição das plantas minerais importantes ao seu desenvolvimento.

Além dessa vantagem em relação ao composto de volumoso comum, seu preparo é rápido de 7 a 21 dia. Desenvolvido no Japão é muito utilizado na agricultura natural e orgânica. Pode ser aplicado no solo de plantio, como em cobertura.

Seus benefícios:

  • Melhora as condições físicas químicas e biológicas do solo;
  • Favorece o ambiente para que as raízes e microrganismos se beneficiem mutuamente;
  • Absorvem substâncias de difícil assimilação
  • Secretam substâncias nutritivas

 

Compostagem

A compostagem é uma técnica sustentável de fertilização do solo. Ela pode ser feita com parte dos resíduos orgânicos, sejam eles de origem urbana, doméstica, industrial, agrícola ou florestal.

Conhecida como o processo de reciclagem do lixo orgânico. Transforma a matéria orgânica encontrada no lixo em adubo natural, que pode ser usado na agricultura.

 

Compostagem

 

É um processo controlado de decomposição microbiana de oxidação e oxigenação de uma massa heterogênea de matéria orgânica no estado sólido e úmido. Sua finalidade é obter mais rapidamente e em melhores condições a estabilização da matéria orgânica.

Na compostagem além de se evitar a poluição e gerar renda. Faz com que a matéria orgânica volte a ser usada de forma útil.

O lixo orgânico, muitas vezes, é descartado em lixões, ruas, rios e matas, poluindo o meio ambiente. Além disso, o acúmulo de resíduos orgânicos a céu aberto favorece o desenvolvimento de bactérias, vermes e fungos que causam doenças nos seres humanos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, o adubo orgânico ou adubação orgânica são todos aqueles produtos provenientes de resíduos de origem vegetal, urbano ou industrial e animal. Que possuam altos teores de componentes orgânicos.

Além do ganho econômico para o produtor, para o solo há muitas vantagens melhorando as propriedades, físicas, químicas e biológicas. As plantas irão absorver facilmente os nutrientes disponíveis em um solo orgânico, sem produtos químicos. Que podem prejudicar o meio ambiente e comprometer o solo e as plantas.

Escrito por Michelly Moraes.

O que é adubação verde? Como melhorar o solo!

O que é adubação verde? Como melhorar o solo!

O que é adubação verde? A adubação verde, traz múltiplos benefícios para o sistema produtivo, como principal, o incremento na fertilização dos solos agrícolas.

O que é adubação verde?

Adubação verde é uma técnica agrícola que promove a reciclagem de nutrientes do solo por meio do plantio de determinadas espécies de plantas. Preferencialmente espécies que pertencem à família das leguminosas e gramíneas, a fim de tornar o solo mais fértil.

A adubação do solo pode ser aprimorada com a utilização da adubação verde, quer ver como?

Primeiramente, vamos para a definição:

Bem como, visa recuperar solos degradados, melhorar solos pobres e conservar os que já são apresentam boa produtividade.

Essa técnica pode ser utilizada na agricultura em geral.

 

 

O que é adubação verde e a fertilidade do solo?

A adubação verde melhora a fertilidade do solo, porque mobiliza os nutrientes das camadas mais profundas, os deixando disponíveis para o próximo cultivo da cultura de interesse econômico.

Desse modo, os adubos verdes, ao absorverem os nutrientes do solo, contribuem para a redução das perdas por lixiviação.

Da mesma forma, o uso dessa adubação é uma forma viável de amenizar os impactos da agricultura. Trazendo maior fertilidade aos solos agrícolas e sustentabilidade ao sistema de produção.

Vejamos a seguir, as vantagens da utilização de adubos verdes e de como seus efeitos podem refletir positivamente na fertilidade do solo.

 

Vantagens da adubação verde

Com efeito, a adubação verde possui muitas vantagens nos sistemas agrícolas. Como, evita o desenvolvimento indesejado de ervas daninhas e diminui as perdas de água no solo.

Logo, a necessidade de se investir em adubos químicos, controle de plantas daninhas e o uso de manejo para descompactar o solo é reduzido consideravelmente.

Conheça as principais vantagens da adubação verde:

  • Aumento do teor de matéria orgânica;
  • Maior disponibilidade de nutrientes;
  • Maior capacidade de troca de cátions efetiva do solo;
  • O favorecimento da produção de ácidos orgânicos, de fundamental importância para a solubilização de minerais;
  • Descompactação do solo;
  • Diminuição dos teores de Al, com isso, aumento na absorção de fósforo nos solos;
  • Incremento da capacidade de ciclagem e mobilização de nutrientes lixiviados ou pouco solúveis que estejam nas camadas mais profundas do perfil do solo;
  • Redução de pragas e doenças;
  • Combate de nematoides;
  • Aumento da microbiota benéfica dos solos;
  • Controle das plantas daninhas.

Vejamos a seguir como a adubação age no solo.

 

Checklist agrícola

 

Mas como a adubação verde age no solo?

O processo de nutrição do solo por meio desta técnica, age como um arado biológico, uma vez que, com suas raízes criam galerias e macroporos, após sua decomposição.

Essas galerias favorecem o crescimento de microorganismos nas camadas mais profundas, rompendo as barreiras físicas do solo.

Algumas espécies de adubos verdes, possuem relação biótica ou associativa com os microorganismos benéficos do solo.

Um exemplo, é a adubação verde à partir de plantas leguminosas. Essas plantas favorecem a absorção de nitrogênio do solo, com auxílio das bactérias (rizóbio) alojadas em suas raízes.

Essas bactérias são especializadas em metabolizar o nitrogênio no solo, ou seja, elas têm a capacidade de absorver o nitrogênio presente na atmosfera e fixá-las no solo.

Dentro das plantas utilizadas para adubação verde, está presente também, as gramíneas, elas possuem alto poder de associação com fungos presentes no solo, formando as micorrizas.

Desse modo, com as hifas formadas à partir dessa associação, aumenta o sistema radicular da planta e consequentemente, o seu aumento da absorção de nutrientes e água do solo.

 

Escolha da adubação verde

Na escolha do adubo verde, é preciso estar atento quanto as condições que interferem diferentemente sobre o rendimento das espécies.

Estas é uma das razões por que há diferenças entre o comportamento das espécies para adubação, quando plantadas em diferentes locais.

Umas dessas condições, seria a do solo. A baixa fertilidade, por exemplo, é um diferencial na produtividade.

Desse modo, a escolha pode se dar devido à maior habilidade da espécie em capturar nutrientes que estejam numa condição menos disponível às plantas.

Em razão disso, o conhecimento sobre o comportamento dessas espécies deve ser regionalizado.

Isso para que seja feito a escolha com maior potencial de produção de biomassa, de reciclagem de nutrientes e que melhor se ajuste ao sistema agrícola adotado na produção de culturas comerciais.

Além disso, ainda deve ser considerada a taxa de decomposição do adubo verde, que irá regular a intensidade da liberação dos nutrientes imobilizados na biomassa e que serão absorvidos, na sequência, pela cultura já em crescimento ou cultivada na sucessão.

 

Quais espécies utilizar para a adubação ?

As principais espécies para adubação verde são:

  1. Crotalária (Crotalaria juncea)
  2. Guandu (CajanusCajan)
  3. Girassol (Helianthus Annuus)
  4. Feijão de Porco (Canavalia ensiformis)
  5. Macuna Anã (Macuna deeringiana)
  6. Macuna preta (Macuna aterrima)

 

Quais espécies utilizar para adubação verde?

Foto: RPAnews

 

Como visto acima, a escolha do adubo verde deve levar em conta alguns fatores, como a possibilidade de acréscimo de nitrogênio proveniente da fixação biológica nas leguminosas, bem como, a capacidade de fornecimento de biomassa.

 

Como plantar os adubos verdes

Há duas formas de se plantar os adubos verdes, que seria por meio do plantio consorciado. Juntamente com a cultura de interesse ou o plantio no local, que seria antes da implantação da lavoura.

A adubação verde pode ser realizada com a deposição sobre o solo do material do adubo verde podado (mulch), bem como, o adubo verde pode ser incorporado ao solo.

A escolha da forma da inserção do adubação verde, pode influenciar na temperatura do solo e a melhor retenção da sua umidade com a cobertura, como também a proteção do solo e economia de trabalho.

A decomposição vai variar quanto o tamanho dos fragmentos dessas plantas, quando picadas no manejo ou quanto sua incorporação do solos.

 

Custo da implantação

Embora toda atividade agrícola exija um custo para implantação e condução. No cultivo de adubos verdes esse custo é relativamente baixo e promove aumentos significativos na produção agrícola.

O investimento nessa atividade pode ser facilmente diluído no seu sistema de produção. Se analisado os inúmeros benefícios que esta prática pode trazer para sua lavoura a longo prazo.

Porém, primeiro passo é o bom planejamento, você deve levar em conta todos os seus gastos com a adubação verde.

Para chegar em uma conta redonda dos custos com a implantação da adubação verde, você terá que pôr na ponta do lápis, as despesas com:

  • Preparo do solo;
  • Aquisição de sementes ou mudas;
  • Compra de insumos;
  • Maquinário;
  • Plantio e condução da adubação verde;
  • Incorporação ou depósito do adubo verde no solo.

Por fim, depois de tudo quantificado é hora de verificar se é viável economicamente a prática da adubação verde em sua propriedade.

Lembrando sempre que para alcançar as vantagens oferecidas pelas adubação verde, é necessário um bom planejamento.

 

Plataforma Agropós

 

Prática da adubação verde x sustentabilidade

A prática da adubação verde possibilita a recuperação, manutenção e melhoria dos atributos físicos, químicos e biológicos do solo. Trazendo produtividade e redução de custos com adubação química e controle de plantas daninhas.

Nesse artigo foi apresentado como a adoção da adubação verde pode colaborar com os sistemas produtivos aumentando a sustentabilidade do agronegócio brasileiro.

Contudo, espero ter contribuído com uma prática consciente de cultivo, através da adubação verde.

Com características que promovem a reciclagem, recuperação, proteção, melhoramento da fertilidade do solo.

Escrito por Juliana Martins.