Nesse artigo vamos passar para você os principais conceitos sobre o herbicida seletivo, para que você possa aproveitar ao máximo e aplica-los na prática.
É muito importante conhecer sobre a seletividade dos herbicidas, pois ela depende de fatores relacionado à planta, ao herbicida e às condições ambientais.
Esse parece um assunto corriqueiro para muitos, mas ainda é parte de grandes dúvidas.
Vamos juntos?
Herbicida seletivo, o que é?
Na produção agrícola, seletividade de herbicidas é a base para o sucesso do controle químico de plantas daninhas.
Desse modo, a base da seletividade aos herbicidas é o nível diferencial de tolerância das culturas e das plantas daninhas a serem controladas.
Assim, quanto maior a diferença de tolerância entre a cultura e a planta daninha, maior a segurança de aplicação.
O herbicida seletivo elimina as espécies daninhas enquanto a cultura permanece vegetando, tolerando o tratamento.
A seletividade não é um processo simples, uma vez que, muitos fatores de planta e de ambiente estão envolvidos.
O estádio de desenvolvimento e suas características são fatores importantes na seletividade dos herbicidas e no controle de plantas daninhas.
Por isso, erros cometidos, tais como escolha imprópria do produto, época de aplicação, dose ou equipamento podem anular a diferença entre espécies tolerantes e susceptíveis e ambas podem ser prejudicadas.
Formas de utilização dos herbicidas seletivos
Quase todos os herbicidas devem ser aplicados em um momento em específico para que o controle e a seletividade sejam otimizados.
Portanto, saber quando aplicá-los para obter o efeito desejado é essencial para o uso adequado e racional do controle químico.
A classificação quanto à época de aplicação reflete a eficiência de absorção por diferentes estruturas das plantas.
Aqueles aplicados ao solo são normalmente absorvidos pelas raízes ou por estruturas subterrâneas antes. Durante ou imediatamente após a emergência.
Já aqueles aplicados à parte aérea das plantas são preferencialmente absorvidos pelas folhas.
Épocas de aplicação de herbicidas
A época de aplicação de herbicidas é definida para melhores resultados. Sendo de modo geral, as seguintes definições de épocas de aplicação:
Os Herbicidas aplicados em pré-plantio incorporado (PPI): Refere-se aos produtos que são aplicados ao solo e que posteriormente precisam de incorporação mecânica ou através de irrigação.
Os Herbicidas aplicados em pré-emergência (PRÉ): A aplicação é feita após a semeadura ou plantio. Mas antes da emergência da cultura, das plantas daninhas ou de ambas.
E os Herbicidas aplicados em pós-emergência (PÓS): Em aplicações em pós-emergência, o produto deve ser absorvido em maior parte via foliar.
Tipos de seletividade de herbicidas
Para que seja mais fácil a compreensão dos tipos de seletividades de herbicidas. Vamos dividir os tipos de seletividade em fatores relacionados à planta, ao herbicida e ao ambiente.
Os fatores relacionados à planta podem ser: estádio de desenvolvimento, mecanismos de absorção diferencial, mecanismos de translocação diferencial e o metabolismo diferencial.
Fatores relacionados ao herbicida: seletividade e a estrutura molecular, referência à dose, as formulações, seletividade e o modo de aplicação.
Fatores relacionados ao ambiente: seletividade e a textura do solo, seletividade e a água disponível no solo, seletividade e as condições ambientais.
Porém além dos herbicidas seletivos, existem também os herbicidas não seletivos.
No próximo tópico vamos saber um pouco mais sobre eles.
Herbicida não seletivo
Herbicidas não seletivos são aqueles de amplo espectro de ação. Capazes de matar ou danificar severamente todas as plantas.
O Glyphosate e sulfosate são herbicidas não seletivos registrados para dessecação de manejo das plantas daninhas em áreas de semeadura direta. Enquanto paraquat, diquat e amônio-glufosinato são mais utilizados para dessecação pré-colheita.
Em função do largo espectro de espécies de plantas afetadas por esses herbicidas. Os mesmos são considerados não seletivos.
Vale ressaltar que, nenhum herbicida pertence rigidamente a nenhum dos grupos. Uma vez que a seletividade é função da interação entre diferentes fatores, como já citamos.
Um ponto importante de se falar quando o assunto é herbicidas e principalmente dentro desse grupo que é muito utilizado na agricultura atual. É quanto ao uso de EPI’s, é necessário ter atenção redobrada.
Uma vez que, os EPI’s são Equipamentos de Proteção Individual, que têm por finalidade diminuir os riscos de contaminação do trabalhador na aplicação de defensivos agrícolas e deve ser utilizado em todas e quaisquer atividades de risco de contaminação.
Herbicida seletivo sistêmico
O herbicida sistêmico é aquele que se movimenta, que é conduzido no interior da planta, pelo xilema ou floema, ou por ambos.
São produtos químicos capazes de penetrar na planta e serem tóxicos em processos vitais específicos, por isso são altamente seletivos, prontamente assimilado e translocado pela planta.
Alguns exemplos de herbicidas sistêmicos são: 2,4-D, Glifosato, Imazethapyr, Flazasulfuron, Nicosulfuron e o Picloram.
O herbicida sistêmico é transportado no interior da planta até atingir o local de ação desejado, sendo geralmente absorvido pelas folhas e raízes.
Assim, o herbicida sistêmico não precisa de cobertura total da superfície foliar, o que possibilita o uso de gotas maiores.
Entretanto, é necessário um tempo após a aplicação para que estes produtos sejam absorvidos pelas plantas daninhas.
Usar ou não o herbicida seletivo?
A seletividade se expressa de forma variada para cada combinação específica cultura – planta daninha e é normalmente bastante específico.
Portanto, talvez o mais correto fosse julgar se determinado tratamento. E não um herbicida especificamente é seletivo para determinada cultura.
Por isso tem que ser bem avaliado antes da tomada de decisão. Onde, um profissional da área poderá avaliar melhor cada situação e realidade.
Uma vez que, o uso de herbicidas pode prevenir a interferência das plantas daninhas principalmente no início do ciclo. Período durante o qual as plantas daninhas causam normalmente as maiores perdas nas culturas.
Porém, como tudo há limitações quanto ao uso de herbicidas. Pois todos herbicidas possuem certo grau de toxicidade para o ser humano e para outras espécies de plantas e animais.
Embora a tendência atual seja de que os novos herbicidas lançados no mercado apresentem um menor grau de toxicidade para o ser humano e o ambiente. Ainda existem preocupações com relação aos casos de intoxicação registrados em aplicadores e manipuladores desses produtos.
A utilização de herbicidas demanda equipamento adequado de aplicação e proteção, além de operador treinado.
Portanto, é de suma importância a compreensão do sistema como um todo e em sua integralidade. Para saber a necessidade da utilização ou não de herbicidas, quando e como utilizar.
Escrito por Juliana Medina.