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Tecnologia de aplicação para redução de pragas!

Tecnologia de aplicação para redução de pragas!

Com o uso maior de defensivos na produção agrícola, as pragas podem se tornar resistentes, fazendo com que o seu controle seja prejudicado ou até mesmo impossibilitado.

Pragas são todos os agentes invasores do ponto de vista da entomologia (insetos, ácaros, lesmas e caracóis) e da fitopatologia (fungos, bactérias, vírus etc) e também as plantas daninhas.

A resistência dessas pragas acontece quando há o uso indiscriminado de produtos agroquímicos por muito tempo, o que faz com que os agentes se tornem imunes aos seus princípios ativos, criando uma população mais forte e mais difícil de ser controlada.

O problema é que quando uma praga se torna resistente, ela prejudica a produção e aumenta a demanda por um investimento maior em soluções diferentes e eficazes.

A boa notícia é que com a adoção de algumas práticas, há a diminuição da probabilidade de aumento da incidência desses agentes, que é o tema do artigo de hoje.

Para entender melhor como isso é possível, confira, a seguir, algumas ações importantes na prevenção de pragas resistentes!

 

Tecnologia de aplicação para redução de pragas!

 

Aplicação do defensivo agrícola em doses recomendadas

Não há dúvidas que a tecnologia de aplicação de defensivos na produção agrícola reduz o número de pragas, aumentando a produção de uma forma eficiente.

No entanto, um dos problemas causadores da resistências de pragas e doenças nas culturas é o uso de doses exageradas de defensivos já que, ao longo do tempo, ele perde a eficácia a medida que as pragas se tornam mais fortes e imunes.

Para evitar perdas econômicas com o desperdício de produto e melhorar a produção, o indicado é que produtores e profissionais que lidam com a cultura sigam as recomendações de uso do defensivo, evitando o excesso.

Além dos cuidados com a dosagem, é muito importante verificar se os equipamentos de aplicação estão na regulagem correta, permitindo que apenas a dose necessária entre em contato com a superfície da folha.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 


Rotação do princípio ativo do defensivo

Outro ponto relacionado a tecnologia de aplicação de agroquímicos é o seu uso prolongado de um mesmo princípio ativo. Isso porque, ao longo dos anos, ao escolher apenas um tipo de produto para fazer o controle de determinada praga se inicia o processo de se seleção natural, fazendo com que só os indivíduos mais fortes sobrevivam e reproduzam, criando uma população cada vez mais forte.

Com isso, quando se opta pela alternância ou rotação de princípios ativos do defensivo agrícola, esse processo de seleção se torna mais lento pois passa a ser necessária a adaptação dessas pragas a outro composto pouco utilizado.

 

Plataforma Agropós

 

Aplicação de defensivos para o manejo integrado de pragas

Uma das formas mais eficazes de reduzir a incidência de pragas resistentes é o Manejo Integrado de Pragas, ou MIP. Essa tecnologia consiste em fazer com que a própria planta exerça uma resistência natural aos agentes patógenos, protegendo organismos benéficos à produção.

No MIP, primeiro deve ser feita a diagnose, ou seja, identificar corretamente a praga, identificar o que favorece a sua proliferação e os pontos críticos de controle.

Em seguida é preciso definir qual método é mais eficaz no controle e por fim, colocá-lo em prática.

 

Mancha de Calonectria

(Foto: Clonar)

 

No sistema de MIP o ideal é conciliar diversos métodos como feromônios, biopesticidas, erradicação dos hospedeiros e adubação equilibrada.

Entretanto, é relevante destacar que a escolha da ação deve levar em conta critérios técnicos, econômicos, sociais e ambientais.

Em geral, a variação das tecnologias e cuidados na aplicação para evitar o aumento da incidência de pragas varia de acordo com a necessidade de cada cultura, extensão do terreno, tipo de praga e condições climáticas.

 

Pós-graduação Fitossanidade

Embrapa estuda sistema que faz ‘check up’ de plantas no campo para prever produção, pragas e doenças na lavoura

Embrapa estuda sistema que faz ‘check up’ de plantas no campo para prever produção, pragas e doenças na lavoura

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2018/07/22/embrapa-estuda-sistema-que-faz-check-up-de-plantas-no-campo-para-prever-producao-pragas-e-doencas-na-lavoura.ghtml

Detalhamento da planta no campo feito pela Embrapa Informática Agropecuária (Foto: Arte Embrapa/Divulgação)

 

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Confira: Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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A tecnologia é capaz de reconhecer por meio de visão computacional e aprendizado o terreno, plantas, folhas e os frutos.

Os primeiros testes estão sendo realizados em uma área de milho, além de outra de uva de vinho, ambas na região. Estas culturas foram escolhidas porque agregam valor.

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Videoaula gratuita: Diagnose de doenças florestais | Professor Acelino Alfenas
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O projeto que teve início há dois anos tem parceria da Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP), e da Unicamp. O apoio financeiro na casa dos R$ 200 mil é da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

De acordo com o líder do estudo, o pesquisador da Embrapa Thiago Teixeira Santos, a proposta é construir um robô com câmeras e escâner a laser que faça uma varredura na área escolhida, o mesmo sistema usado na indústria automobilística para os veículos autônomos.

“Já estamos importando as câmeras com RGB e os sensores a laser, como dos carros autônomos”, explica o líder da pesquisa.

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2018/07/22/embrapa-estuda-sistema-que-faz-check-up-de-plantas-no-campo-para-prever-producao-pragas-e-doencas-na-lavoura.ghtml

Drone usado para avaliar plantas no campo pela Embrapa (Foto: Graziella Galinari)

Ainda segundo o pesquisador, a ideia é monitorar a lavoura com o uso de robôs com rodas e os drones.

Em certas culturas, o espaço entre um pé e outro é pequeno, o que pode dificultar o trabalho de um robô, por exemplo, sendo os drones mais viáveis neste casos.

Mas o desenvolvimento do sistema pode levar ainda a uma tecnologia embarcada nas máquinas agrícolas, que também podem em um futuro próximo realizar este mapeamento.

Por G1 Campinas e Região

Embrapa lança duas novas tecnologias para a melhoria da aplicação de produtos de controle fitossanitário nas culturas

Embrapa lança duas novas tecnologias para a melhoria da aplicação de produtos de controle fitossanitário nas culturas

Pulverização eletrostática reduz perdas e quantidade de produto aplicado – Foto: Divulgação

A Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP) lançou na 25ª Agrishow, de 30 de abril a 4 de maio em Ribeirão Preto, SP duas novas tecnologias para a melhoria da aplicação de produtos para controle fitossanitário das culturas. São elas: o acessório de eletrificação de gotas para uso em pulverizadores costais hidráulicos e o acessório de eletrificação de gotas por indução em pulverizadores tratorizados com turbina de ar, para uso em culturas arbustivas e arbóreas, como a fruticultura, incluindo o café.

De acordo com o pesquisador Aldemir Chaim, idealizador das tecnologias, “elas permitirão que a agricultura brasileira se estabeleça em um cenário de controle de pragas e doenças nas lavouras mais tecnológico e eficiente, capaz de promover maior eficiência na aplicação de produtos nas culturas, respondendo à crescente demanda da sociedade por soluções tecnológicas que determinem métodos mais eficientes de produção agrícola”.
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O tamanho da gota ideal para aplicação de defensivos agrícolas
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Com o objetivo de desenvolver sistemas revolucionários de pulverização eletrostática de baixo custo, acessíveis também ao pequeno produtor, a Embrapa desenvolve, desde a década de 90, tecnologias que aprimoram esse tipo de pulverização. Segundo Chaim, a tecnologia já foi testada em diversas culturas, e se comprovou um aumento médio de 60% na deposição de calda nas plantas. “Uma melhor deposição reduz significativamente a quantidade de calda aplicada, traduzindo-se em eficiência no controle das pragas”, salienta ele.

Ainda conforme o pesquisador, “tão importante quanto aplicar o produto correto seguindo as recomendações de um profissional, é garantir que o produto aplicado alcance os alvos biológicos desejáveis na quantidade necessária. A ausência dessa preocupação pode resultar em impactos negativos ao homem, ao meio ambiente e ao produto”.

Patentes

Novas tecnologias de pulverização eletrostática foram patenteadas pela Embrapa e licenciadas para as empresas brasileiras para promoverem os aperfeiçoamentos necessários, visando à disponibilização ao mercado consumidor.

O acessório para eletrificação de gotas para o uso de pulverizadores hidráulicos costais foi licenciado para a empresa Magnojet Indústria e Comércio de Produtos Agrícolas, em Ibaiti, PR. Este acessório vai permitir que pulverizadores hidráulicos comuns passem a operar como eletrostático. A previsão é de que o sistema hidráulico comum, quando convertido, agregue ao processo 30% a 60% de aumento de deposição nas plantas. A empresa Magnojet pretende comercializar o acessório já instalado em seu equipamento hidráulico costal.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais.
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Chaim acredita que este sistema vai propiciar a democratização da tecnologia de pulverização de ponta, fazendo com que pequenos agricultores também tenham acesso à pulverização eletrostática. “Os pulverizadores costais, que são as tecnologias mais baratas de pulverização de agrotóxicos, são muito empregados em pequenas áreas de cultivo, principalmente em olerícolas e estufas, notadamente por pequenos agricultores da agricultura familiar”, explica o pesquisador.

Já o sistema de eletrificação de gotas por indução para pulverizadores tratorizados com turbina de ar, diferentemente dos sistemas eletrostáticos disponíveis no mercado, foi desenvolvido pela Embrapa em parceria com a FM Copling em Araraquara, SP.

A tecnologia dispõe de bicos leque, fixados fora do circuito do fluxo de ar e as gotas de um conjunto de 4 bicos são eletrificadas por hastes paralelas, submetidas à alta tensão. Isso resulta em redução de número de fontes de alta tensão para alimentação do circuito, além de evitar que o conjunto eletrostático fique sujo ou entre em curto circuito, do sistema de indução eletrostática. Segundo a FM Copling, esse novo tipo de equipamento poderá ser operado com tratores com menor potência do que os antigos pulverizadores.
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Cápsulas biodegradáveis são usadas no controle biológico de pragas
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“O equipamento é rebocado por trator, possuindo ventilador para induzir o ar e otimizar o fluxo de gotas no interior da massa de folhas, proporcionando uma excelente cobertura e distribuição das gotas. Um sistema de sensores reconhece a planta alvo, liberando o fluxo ou interrompendo a pulverização entre uma planta e outra”, explica Chaim.

Resultados de uso e depoimentos de produtores em várias regiões do mundo, indicam que os equipamentos eletrostáticos promovem uma redução do volume de calda utilizada e aumento da deposição do produto nas plantas, podendo em alguns casos proporcionar também uma diminuição das aplicações, ou seja, redução no custo do tratamento fitossanitário.

“O benefício direto do aumento da eficiência de controle de pragas e doenças com a pulverização eletrostática é que ela otimiza a deposição dos defensivos nas plantas e reduz as perdas para o solo, quando comparadas com uma pulverização convencional”, salienta Chaim.

AgroTag e RenovaCalc

Na abertura da Agrishow houve também apresentações de outras duas tecnologias desenvolvidas pela Embrapa Meio Ambiente em 2017 e que estão disponíveis para consulta no estande da Empresa:

O aplicativo AgroTag, já lançado, foi projetado para a coleta de dados e informações das propriedades que, uma vez processadas na base de operações, retornam aos diversos atores da cadeia produtiva ou interessados em agricultura de baixo carbono em forma de informações estratégicas diretamente nos celulares ou tablets. Foi desenvolvido com apoio da Rede ILPF, do Instituto de Pesquisas Eldorado e da Plataforma Multi-institucional de Monitoramento das Reduções de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Plataforma ABC).

A RenovaCalc, a ser lançada em 2018, é uma ferramenta de funcionamento similar a uma calculadora, pela qual as empresas cadastradas no RenovaBio, interessadas em créditos de descarbonização (CBios), deverão detalhar parâmetros técnicos dos processos agrícolas e industriais da sua produção de biocombustíveis que geram emissões de carbono. Foi desenvolvida em parceria com o Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol (CTBE), Agroicone e Unicamp. A calculadora será disponibilizada em consulta pública pela ANP (Agência Nacional do Petróleo), a partir de maio de 2018.

Fonte: Embrapa Meio Ambiente | Eliana Lima

Tecnologias verdes de combate a fitonematoides e insetos

Tecnologias verdes de combate a fitonematoides e insetos

Embrapa participa da Agrishow 2018. Feira acontece em Ribeirão Preto (SP), de 30 de abril a 04 de maio.

Detalhe do contato dos adultos da broca do rizoma da bananeira (Cosmopolites sordidus) com dispositivo liberador – Foto: Rogerio Biaggioni Lopes

A Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, uma das unidades de pesquisa da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa, estará presente entre os dias 30 de abril e 04 de maio na 25ª Agrishow, em Ribeirão Preto (SP). Em 2018, a Unidade levará duas tecnologias de ponta para a mostra: a tecnologia Embrapa-Carbom Brasil, que associa um extrato vegetal nematotóxico formulado pela Embrapa com um biofertilizante; e um dispositivo liberador em forma de pastilha com dupla função para o controle da broca do rizoma da bananeira.

Tecnologia verde baseada na associação de extrato vegetal nematotóxico e biofertilizante

A primeira tecnologia, de autoria dos pesquisadores Thales Lima Rocha, Vera Lúcia Perussi Polez, Dilson da Cunha Costa, João Batista Teixeira e do empresário Leandro Gai Anversa, apresenta atividade nematicida superior a 97% contra o fitonematoide Meloidogyne incognita, também conhecido como Nematoide-das-galhas. Este fitopatógeno provoca alterações na raiz da planta prejudicando significativamente a produção e acarretando prejuízos anuais estimados em milhões de dólares.

As culturas mais afetadas pelo Nematóide-das-galhas são o algodão, o café, o feijão, o milho, a cana-de-açúcar, entre outros. A tecnologia foi testada em bioensaios conduzidos em casa de vegetação e diminuiu em 98% o número de ovos de M. incognita. Também foi validada em campo em duas diferentes áreas de cultivo de soja localizadas no Paraná e em Goiás, onde foi verificada a redução da densidade populacional de Meloidogyne incognita e Pratylenchus brachyurus.

“Dentre os métodos aplicados para o controle destes fitoparasitas, os nematicidas sintéticos têm sido utilizados de forma maciça, acarretando consideráveis riscos à saúde humana, animal, e ao meio ambiente. A estratégia da tecnologia Embrapa-Carbom Brasil é fundamentada na associação de extrato vegetal de alta especificidade para o controle de fitonematoides e biofertilizante resultando em uma tecnologia verde. A tecnologia oferecida contribui para a diminuição do uso de resíduos químicos presentes nos alimentos, que está de acordo com a demanda dos consumidores em obter alimentos mais seguros”, explica o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Thales Lima Rocha.

A tecnologia Embrapa-Carbom Brasil é comprovadamente termoestável (após exposição a 50º C), não citotóxica, não fitotóxica e exibe baixa ação contra organismos não-alvo na concentração que controla o fitonematoide. Deste modo, o produto pode contribuir: para a substituição de nematicidas químicos sintéticos altamente tóxicos para a saúde humana/animal e ambiental, por nematicida orgânico; para a manutenção do contínuo aumento da produtividade; para a redução da contaminação dos solos, nascentes aquíferas e lençóis freáticos, causada pela utilização de agroquímicos convencionais altamente tóxicos; para a manutenção do equilíbrio, da biodiversidade e da quantidade de organismos necessários para a fertilidade do solo; e para a produção de alimentos mais seguros.
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Cápsulas biodegradáveis são usadas no controle biológico de pragas.
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Outro ponto importante, destaca o pesquisador Thales Rocha, é que o produto pode ser utilizado por pequenos, médios e grandes agricultores bem como na agricultura familiar, incluindo a agricultura orgânica. “Desta forma, a tecnologia Embrapa-Carbom Brasil vem ao encontro da sustentabilidade ao caracterizar-se por como uma tecnologia mais limpa e segura para a saúde humana, animal e para o meio ambiente e está inserida de forma estratégica na bioeconomia, agregando valor a produtos da biodiversidade pela exploração de compostos bioativos”. O pesquisador Thales Rocha e o empresário Leandro Anversa estarão todos os dias na Agrishow 2018 explicando a tecnologia para os visitantes da feira.

Dispositivo para o controle biológico da broca do rizoma da bananeira

A segunda tecnologia é um dispositivo liberador em forma de pastilha criado pela Embrapa e pelo CABI (Centre for Agricultural and Biosciences International) na Inglaterra, a partir da combinação de um fungo entomopatogênico e um feromônio específico de atração de insetos. A combinação foi testada em laboratório e ficou comprovada a eficácia do composto para o controle da broca do rizoma da bananeira (Cosmopolites sordidus), uma das principais pragas da bananeira e que causa danos diretos aos rizomas, podendo causar até mesmo a queda das plantas, além de favorecer a invasão por outros patógenos. A praga tem ocorrência em todas as regiões do Brasil e causa a diminuição no número, peso e tamanho dos frutos. Em locais altamente infestados, a diminuição da produção pode chegar a 100%.
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Como minimizar perdas por doenças em plantações florestais
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“A formulação de ação dupla (atração do inseto-alvo pelo feromônio e infecção pelo entomopatógeno) em um dispositivo liberador para o controle da praga é uma inovação no controle de artrópodes”, relata o pesquisador Rogerio Biaggioni Lopes. “A nova estratégia necessita ainda de validação em condições de campo” salienta o pesquisador. “Além disso, a adoção do controle biológico na forma de um dispositivo totalmente biodegradável pode reduzir o uso de insumos químicos, permitindo a manutenção de outros inimigos naturais e a menor contaminação do ambiente e do agricultor”, avalia o pesquisador.

“O dispositivo desenvolvido mostrou ser tão atraente para adultos de C. sordidus quanto o rizoma da bananeira e consideravelmente mais atraente do que os pseudocaules. O armazenamento dos dispositivos liberadores utilizando-se outra tecnologia desenvolvida na Embrapa (TEV- empacotamento ativo) aumentou a vida-de-prateleira do produto em quase 10 e 6 vezes à temperatura de 25ºC e 40ºC, respectivamente”, complementa o também pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Marcos Faria. O diferencial dessa nova formulação de dupla ação é a maior exposição do inseto-alvo ao agente microbiano de controle, no caso o fungo Beauveria bassiana, sobretudo para insetos de hábito críptico, dificilmente controlados por meio de pulverizações convencionais.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais.
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Futuramente, o mesmo modelo de tecnologia poderá ser explorado para outras pragas de importância agrícola, para as quais feromônios e outras substâncias atrativas tenham sido identificadas, ou outros agentes de controle eficientes (incluindo biológicos e químicos).

Saiba mais sobre a Agrishow

A Agrishow é uma importante vitrine de tecnologia do setor agropecuário e uma excelente oportunidade para o fechamento de parcerias comerciais. No ano passado, o evento reuniu mais de 159 mil visitantes e expôs cerca de 800 marcas numa área superior a 440 mil m². É considerada uma das três maiores feiras de tecnologia agrícola do mundo e é uma iniciativa das principais entidades do agronegócio no país: Abag – Associação Brasileira do Agronegócio; Abimaq – Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos; Anda – Associação Nacional para Difusão de Adubos; Faesp – Federação da Agricultura e da Pecuária do Estado de São Paulo; e SRB – Sociedade Rural Brasileira.

Mais informações

AGRISHOW 2018 – 25ª Feira Internacional de Tecnologia Agrícola em Ação
Data: 30 de abril a 04 de maio de 2018
Local: Rodovia Antônio Duarte Nogueira, Km 321 – Ribeirão Preto (SP)
Horário: das 8h às 18h

Fonte: Irene Santana (MTb 11.354/DF) – Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Empresa brasileira usa Internet das Coisas para acabar com as pragas das fazendas

Empresa brasileira usa Internet das Coisas para acabar com as pragas das fazendas

Empresa brasileira usa Internet das Coisas para acabar com as pragas das fazendas

A empresa está desenvolvendo um aplicativo para obter maior eficiência no combate às pragas com menor custo e impacto ao meio ambiente.

Por Agência Fapesp | Reproduzido de Pequenas Empresas & Grandes Negócios

A Agrosmart, empresa de agricultura digital, quer mudar cenário de pragas e doenças (Foto: Divulgação)

O valor das perdas anuais causadas por pragas doenças na agricultura brasileira é de R$ 55 bilhões, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Agrosmart, empresa de agricultura digital sediada em Campinas, no interior de São Paulo, pretende mudar esse cenário utilizando a tecnologia da Internet das Coisas (IoT). 

A empresa está desenvolvendo um aplicativo que, conectado a uma armadilha de pragas, ajudará o produtor a aplicar o defensivo agrícola no momento certo e na quantidade exata, para obter maior eficiência no combate às pragas com menor custo e impacto ao meio ambiente.

O projeto foi um dos oito selecionados, em dezembro de 2017, em chamada do Programa PIPE/PAPPE Subvenção, resultado de acordo entre a FAPESP e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para o financiamento de pesquisa inovativa em pequenas empresas.

Coordenado pelo engenheiro agrônomo Marcus Vinicius Sato, o projeto da Agrosmart baseia-se em técnicas do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

O MIP surgiu na década de 1960 para tornar mais eficiente o controle de pragas agrícolas integrando diferentes ferramentas de controle, como defensivos químicos, agentes biológicos (predadores e bactérias, por exemplo), armadilhas luminosas e feromônios sintéticos (substâncias químicas que, à semelhança das naturais, podem atrair ou repelir os insetos).

“Vamos realizar o manejo integrado de pragas contando com inteligência artificial para qualificar e quantificar os insetos”, diz Sato. Serão usados feromônios para atrair insetos a armadilhas dotadas de sensores, estrategicamente espalhadas pela plantação.

Os sensores, conectados a sistemas eletrônicos embarcados, farão a coleta de dados, enviando-os para a internet, onde será feito o processamento das imagens, contagem e identificação dos insetos.

Internet das Coisas será utilizada para controlar pragas e doenças no campo (Foto: Divulgação)

Conforme a quantidade de insetos encontrados por metro quadrado, será recomendada, ou não, a aplicação de defensivos agrícolas. A análise desses dados chegará pronta ao agricultor, por meio de um smartphone ou tablet.

O pesquisador garante que a conexão com a internet será possível mesmo nas regiões mais distantes dos grandes centros – um dos principais desafios do projeto. “O acesso à internet em região de lavoura é muito difícil.

Em certos locais o 3G não funciona nem no centro da cidade. Mas a Agrosmart transpôs essa barreira de conectividade: temos soluções customizadas para cada região. Onde não pega o 3G recorremos à tecnologia via satélite”, explicou ele.

Mestre em Ciências do Solo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), Sato tem um bom diálogo com a equipe especializada em tecnologia da informação: antes de cursar Agronomia na Esalq, fez o curso Técnico em Mecatrônica no Colégio Técnico de Campinas (Cotuca), vinculado à Unicamp. “Essa formação está sendo útil: ajudou-me a ter uma noção básica do desenvolvimento do hardware”, afirma.

O engenheiro agrônomo, que atua na área de Pesquisa & Desenvolvimento da Agrosmart desde 2015, diz que a empresa já tinha planos de buscar apoio da FAPESP para um de seus projetos. “Escolhemos um produto para o qual ainda não existe um correspondente nacional.”

Segundo ele, no exterior já existem armadilhas inteligentes que usam tecnologia de aprendizado de máquina para identificação de insetos. Porém, elas são pouco acessíveis ao agricultor. “Pretendemos desenvolver um produto que seja viável economicamente”, afirma Sato.

A Agrosmart já tem alguns protótipos em teste e o agrônomo afirma que é alto o grau de confiabilidade do sistema, sobretudo quando são usados feromônios já estabelecidos para o inseto-alvo. “O erro máximo que registramos até agora foi de 5%”, diz Sato.

O pesquisador conta que serão feitos, também, testes com outros tipos de isca. “Parte do orçamento do projeto é para viagens. Vamos testar o sistema em propriedades de agricultores com os quais já temos relacionamento, em São Paulo, no sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.”

Ao longo dos próximos 18 meses, os pesquisadores da Agrosmart esperam ter os dados validados e o aplicativo pronto para comercialização.

Parceria com a Nasa e com a Embrapa

Fundada em 2014 por três jovens empreendedores – Mariana Vasconcelos, Thales Nicoleti e Raphael Pizzi –, a Agrosmart já tem experiência no campo da agricultura digital, oferecendo serviços de monitoramento de áreas agrícolas com sensores capazes de avaliar mais de 10 variáveis ambientais.

Associada à EsalqTec desde 2015, a empresa foi acelerada pela Baita, em Campinas. Em 2016, venceu o concurso de soluções hídricas Call to Innovation, organizado no Brasil pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), e, no mesmo ano, foi convidada para um programa de transferência de tecnologia com a Nasa, agência espacial norte-americana, na área de imagem de satélites.

Em novembro de 2017, a Agrosmart estabeleceu uma parceria com a Embrapa, para automatizar o diagnóstico e monitoramento de doenças agrícolas. O projeto está sendo desenvolvido no âmbito do “sitIoT” (junção das palavras sítio e IoT, Internet das Coisas), um ambiente colaborativo criado pela Embrapa para fomentar a agricultura digital. A Agrosmart é a primeira startup a participar da iniciativa.

A empresa instalará sensores em pés de café do campo experimental da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, interior de São Paulo, a fim de avaliar o efeito das mudanças dos níveis atmosféricos de CO2 sobre a cultura do café.

O experimento é chamado de FACE (Free Air Co2 Enrichment). Pesquisadores da Embrapa já identificaram que o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera tem efeitos deletérios sobre a cafeicultura – aumentando, por exemplo, a intensidade da ferrugem, uma das principais doenças que acometem os pés de café.

O objetivo da parceria é colocar no mercado uma tecnologia capaz de oferecer um modelo de previsão e controle de doenças agrícolas.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios