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Como a tecnologia no campo aumenta a produtividade!

Como a tecnologia no campo aumenta a produtividade!

Falar em tecnologia na agricultura já não é exatamente uma novidade. Novas soluções têm chegado ao mercado todos os dias, trazendo mais agilidade, eficiência e competitividade para os agricultores. Neste post iremos mostrar as principais tecnologia no campo.

Acompanhe!

 

Como a tecnologia no campo aumenta a produtividade!

 

É evidente que as mudanças, quando pensamos e observamos a presença da tecnologia no campo, trouxeram muito mais facilidade para o empreendedor rural.

Economizando gastos, hoje, ele é capaz de produzir com qualidade e eficiência, garantindo uma produção sem desperdícios.

Hoje, já é possível utilizar nas plantações equipamentos sofisticados como drones, robôs, softwares ou sensores de raios infravermelhos.

Esses recursos auxiliam o agricultor a incrementar a agricultura sustentável, que respeita o meio ambiente e seus recursos naturais. Por isso, neste artigo, reunimos cinco tecnologias para agricultura que podem ser úteis no seu dia a dia.

 

Importância da tecnologia no campo

A tecnologia no campo é um dos principais fatores para o sucesso de um fazendeiro. Produtores que ainda têm preconceitos com máquinas, computadores e sistemas automatizados perdem espaço facilmente para competidores.

Já se foi a época em que os fazendeiros ficavam à mercê de achismos ou previsões infundadas. Com as ferramentas e as soluções corretas, é possível, por exemplo:

Dessa forma, é essencial adotar medidas inovadoras, que garantem a qualidade da produção e aumentam a segurança do trabalhador. Atualmente, é possível aplicar a tecnologia no campo em todas as etapas, do preparo do solo até a distribuição.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Como a tecnologia no campo evoluiu?

A partir da Primeira Revolução Industrial, as máquinas começaram a ganhar cada vez mais espaço nas empresas. Como era necessário ter uma produção em larga escala, elas também foram utilizadas no campo, mecanizando processos.

Com o passar do tempo, tratores, semeadeiras e colheitadeiras foram introduzidas no dia a dia de inúmeras fazendas. Além de melhorar a qualidade dos produtos, a tecnologia no campo foi fundamental para atender às demandas dos consumidores.

Hoje em dia, existem softwares e aplicativos que podem ser utilizados no controle de qualidade de diversas culturas. E não para por aí.

 

Os benefícios da tecnologia no campo

Veja abaixo quais são as principais vantagens do uso da tecnologias no campo:

 

Capacidade de planejamento e antecipação

Em vez de depender do clima para plantar e colher, agora é possível saber a hora certa de plantar, manejar, colher e mesmo vender os produtos obtidos no campo. Assim, os produtores conseguem planejar melhor as safras.

 

Checklist agrícola

 

Acompanhamento em tempo real

Soluções de satélite, drones e softwares permitem que diferentes culturas sejam acompanhadas em tempo real.

Dessa forma, grandes espaços de plantio podem ser visualizados na tela de um celular, tablet ou computador, com uma análise de dados completa de itens como condições de solo, germinação, qualidade das sementes etc.

 

Ganho de produtividade

A agricultura exige manejo que ofereça muita produtividade para garantir a sustentabilidade dos negócios. Com a tecnologia isso é ainda mais possível, já que recursos como automação permitem mais agilidade no plantio e na colheita, por exemplo.

 

Possibilidade de projeções

Com os dados analisados, é possível fazer gráficos para traçar tendências de produção. Dessa forma, os agricultores podem estimar o volume de suas safras na próxima colheita, ou outros prazos, e isso permite o planejamento das finanças e a antecipação de diferentes situações.

 

Agilidade no manejo agrário

Não é mais preciso esperar a época de chuvas para irrigar a plantação, ou aguardar a seca terminar para começar a plantar.

 

Acesso a novidades e tendências

Uma revolução tecnológica está acontecendo e traz diferentes possibilidades para a agricultura.

Assim, com essa tecnologia e conectividade, um número cada vez maior de pessoas pode conhecer práticas e tendências que estão mudando realidades no Brasil e no mundo.

 

Principais tecnologias no campo

Novas tecnologias estão sendo apresentadas a todo momento para o mundo do agronegócio, dentro e fora do campo, acompanhando as tendências de consumo e produção. Conheça essas tecnologias:

 

Drones

O uso de drones é uma ajuda que vem do céu para o agricultor literalmente. Esse equipamento tem uma câmera acoplada e sobrevoa a plantação para captar imagens e gerar informações. Dessa forma, é possível ter um controle melhor do nível de irrigação e a incidência de pragas.

 

Drones

 

Os drones podem sobrevoar a propriedade mais de uma vez ao dia por meio de um controle remoto. Com a integração a um software, o agricultor recebe essas imagens e pode tomar as melhores decisões para a sua lavoura.

O controle de focos de incêndio e a demarcação das áreas férteis também são benefícios dessa tecnologia.

 

GPS agrícola

O GPS agrícola não só facilita o trabalho do agricultor, mas também faz com que esse esforço seja mais preciso e com que os resultados sejam melhores.

Essa tecnologia de satélite, pioneira para a agricultura de precisão, permite com que o produtor ligue seu trator e comece a trabalhar literalmente a qualquer momento.

Vale lembrar que o GPS, que significa Sistema de Posicionamento Global, já não é a tecnologia mais avançada no que diz respeito à localização.

 

Tratores, adubadoras, colhedoras de café ou pulverizadores

Guiados por geolocalização e controlados remotamente por meio de software para agricultura de precisão.

 

Sensores na agricultura

O sensoriamento remoto (SR) é caracterizado como sendo uma técnica para obtenção de informações de um objeto ou uma área sem a necessidade de contato físico com o mesmo, com essa coleta de informações sendo indireta e ocorrendo muitas vezes à longas distâncias.

Realizam o diagnóstico de variabilidade do solo (identifica porções com manchas, compactação, fluxo de pragas, diferenças climáticas e até erro no manejo de insumos).

 

Robótica na agricultura

A robótica na agricultura é um ramo que lida com a fabricação e utilização robôs no campo obtendo precisão nos resultados, maior rapidez na produção, aumento de rendimento operacional, eficiência e baixo custo de mão de obra.

 

Big Data

O Big Data é frequentemente visto como uma combinação de tecnologia e análise que pode coletar e compilar novos dados e processá-los de uma maneira mais útil e oportuna para ajudar na tomada de decisões.

A mineração de dados é o processo de computação de descoberta de padrões em grandes conjuntos de dados, envolvendo métodos na junção de inteligência artificial, estatísticas de Machine Learning e sistema de banco de dados.

 

Internet das coisas – IoT

Toda essa tecnologia em equipamentos, dispositivos e aplicativos é permeada com um elemento-chave: a conectividade.

A internet gera uma rede de informações úteis para o produtor, que consegue integrá-las e analisá-las em tempo real.

Dados como situação do solo e das pastagens, localização geográfica, previsões meteorológicas, atividade das máquinas agrícolas etc. são controlados na palma da mão do produtor, que também consegue agir estrategicamente com mais rapidez.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Podemos dizer que a tecnologia assume um papel primordial para a evolução da agricultura brasileira. Vivemos em um mundo em plena transformação. Os avanços da tecnologia no campo nas últimas décadas impulsionaram mudanças profundas.

Hoje em dia, para garantir produtividade e qualidade em seus serviços, é preciso estar sempre antenado às novidades e usá-las adequadamente.

Pensar nas possibilidades cada vez mais práticas de se trabalhar com agricultura, considerando a tecnologia no campo como uma aliada.

Escrito por Michelly Moraes.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

Imagens de satélite e a sua contribuição na agricultura!

Imagens de satélite e a sua contribuição na agricultura!

Imagine conseguir obter uma visão ampla de toda sua fazenda, talhão por talhão, que permita, em segundos, identificar aquelas áreas que apresentam menor produtividade ou cuja produtividade é superior. Neste artigo vamos mostrar que isso é possível devido ao grande avanço tecnológico chamado imagens de satélite.

Venha Comigo!

 

Imagens de satélite e a sua contribuição na agricultura!

 

As imagens de satélites são utilizadas há muito tempo pelos mais diversos setores.  Porém, foram através dos avanços tecnológicos e da redução significativa dos custos que tornaram viável a aplicação em larga escala destas tecnologias na agricultura.

As imagens de satélite agilizam a identificação e o monitoramento de fenômenos naturais, desastres ambientais, queimadas, desmatamento, condições meteorológicas e na agricultura.

Os dados que formam as imagens de satélites podem ser obtidos em sistemas passivos, por meio da captura da radiação solar refletida pela superfície da Terra. Para que tenhamos acesso às mesmas, estas devem ser enviadas para terra, por meio da conexão de antenas distribuídas ao longo da superfície.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Como as imagens de satélite podem auxiliar os agricultores?

 Os desafios da produção alimentar são grandes, mas podem ser aliviados por inovações e tecnologias que favoreçam um melhor gerenciamento do campo.

Permitir que os agricultores mapeiem, monitorem e entendam melhor suas terras ajudará a construir processos mais sustentáveis para produções agrícolas.

Com a utilização das imagens de satélite na agricultura, os estudos das lavouras podem ficar muito mais assertivos.

 

Utilização de imagens de satélite na agricultura

Na agricultura moderna, o uso da tecnologia para produzir e armazenar dados para tomada de decisão e ações em campo faz parte do agronegócio nos dias atuais.

E, dentre todas as tecnologias adotadas, o uso de imagens de satélite são amplamente utilizadas no campo, tanto em grandes propriedades, quanto em propriedades de médio e pequeno porte, sendo de grande valia para que todos alcancem a máxima produtividade.

As imagens de satélite na agricultura partem do princípio da importância do monitoramento da lavoura que todo agricultor deve ter, pois isso irá ajudá-lo a conhecer cada detalhe da propriedade para que consiga antecipar problemas, prevenir despesas e garantir melhores resultados na hora da colheita.

 

Quanto ao funcionamento?

As imagens de satélite são obtidas a partir de sensores fixados em satélites que orbitam o planeta. As imagens são registros de cenas focalizadas por sensores com resposta em frequência perfeitamente definidas do espectro.

No entanto, os sensores não conseguem captar todo o espectro, registrando apenas faixas de frequência. Analogamente, o olho humano capta uma faixa muito estreita do espectro.

Assim, são adotadas várias técnicas que codificam as frequências do espectro não-visível de modo a tornar possível a visualização de uma imagem.

Dois tipos de sensores podem ser utilizados na obtenção de uma imagem:

  • Ativos– transmitem pulsos de energia e medem a energia refletida desses pulsos pelos objetos (satélites com sensores SAR, por exemplo);
  • Passivos– medem radiações refletidas ou emitidas pelos objetos (satélites com sensores multiespectrais).

 

Imagens de satélite na agricultura – vantagens e desvantagens

Assim como as demais tecnologias voltadas para o mundo agro, as imagens de satélite trazem vantagens competitivas ao produtor. São elas:

  • Acompanhamento periódico do plantio;
  • Uso de dados para a tomada de decisão no manejo;
  • Identificação de problemas comuns na lavoura;
  • Facilidade em monitorar áreas muito grandes.

No entanto, existem algumas limitações naturais e tecnológicas no uso de imagens de satélites na agricultura:

  • As condições climáticas podem prejudicar a captação da imagem, como em dias nublados ou chuvosos, em que não consegue-se obter a imagem da lavoura;
  • A periodicidade de atualização do satélite é alta, não permitindo um acompanhamento dos dados em um curto período de tempo;
  • Precisão geográfica pode estar errada por metros;
  • Baixa resolução impede análises visuais detalhadas;
  • Pouca autonomia em relação à obtenção das imagens por parte do produtor.

 

Você sabe a importância dos Sistemas de Informação Geográficas (SIG) no agronegócio?

 

Por que utilizar imagens de satélite na agricultura?

Dessa forma, muitos são os motivos para usar imagens de satélite na agricultura. Selecionamos alguns:

 

1. Melhor análise em vários momentos do manejo da lavoura

Os dados de satélite ajudarão os agricultores a agir imediatamente em questões localizadas, como irrigação e fertilização.

Isso permitirá o monitoramento de inúmeras atividades agrícolas e servirá para maximizar a eficiência e reduzir custos. Além disso, a tecnologia Sat-Nav (Sistema de Navegação por Satélite) permitirá a fácil navegação para pontos de interesse.

As comunicações via satélite também são vitais para o trabalho agrícola, incluindo comunicação máquina a máquina em áreas onde as redes terrestres nem sempre são confiáveis.

 

2. Identificar falhas e deficiências nutricionais na lavoura

Na agricultura, o uso da imagem de satélite permite que tenhamos uma visão ampla e detalhada da lavoura no âmbito da vegetação, permitindo a análise das falhas de plantio, análise da produção de fotossíntese e produtividade das culturas.

Estes índices permitem ainda uma análise completa da superfície do solo, assim como das erosões e presença de nematoides.

 

3. Auxiliando na fertilização

No campo, existem áreas específicas que exigem mais fertilizantes de crescimento do que outras. Com a assistência dos satélites em órbita, os agricultores poderão usar apenas as quantidades necessárias de fertilizantes, o que ajudará na redução de custos e diminuirá o impacto ambiental do excesso de fertilização.

 

4. Permite maiores ganhos quanto à produtividade agrícola

O conhecimento dos aspectos geográficos via imagens de satélite ajudam o agricultor a obter ganhos importantes de produtividade na agricultura.

Parâmetros físicos, tais como índice de vegetação, declividade, recursos hídricos, logísticos e sanidade biológica podem ser obtidos a partir de serviços como NDVI.

 

5. Monitoramento em escala Global

A capacidade de monitorar as culturas em escala global será vital para prever as tendências futuras do mercado de commodities agrícolas.

Isso apresentará inúmeras oportunidades financeiras, permitindo que os investidores façam escolhas empresariais informadas.

 

O que esperar do futuro?

Podemos esperar por satélites cada vez menores, mas que fornecerão dados ainda mais precisos para a agricultura, numa velocidade ainda maior.

Há diversas pesquisas voltadas para o desenvolvimento de nanosatélites (satélites com menos de 10kg) que seriam equipados com sensores de imagens hiperespectrais, capazes de fornecer informações como qual elemento químico está mais abundante ou escasso, ou qual praga está presente na planta e o grau de contaminação da lavoura.

Assim, a tecnologia deve diminuir ainda mais o espaço de tempo entre a identificação de um problema na lavoura e a tomada de decisão para resolvê-lo, o que deve garantir ainda mais produtividade nas lavouras e economia de recursos para o produtor.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A agricultura, por sua vez, foi um dos setores que mais se beneficiaram com a evolução das tecnologias de sensoriamento remoto. Assim, como podemos constatar, muitos são os benefícios do uso das imagens de satélite na agricultura.

Portanto, mesmo com algumas desvantagens, estas imagens ajudam o produtor a entender o que, de fato, acontece com a sua lavoura, permitindo que ele faça correções e conquiste a máxima produtividade.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

Sensoriamento remoto: descubra sobre essa tecnologia!

Sensoriamento remoto: descubra sobre essa tecnologia!

Você certamente já ouviu falar em Sensoriamento Remoto (SR) e provavelmente já precisou de alguma informação gerada por esse conjunto de tecnologias no dia de hoje.

Desde a previsão do tempo para os próximos dias até o levantamento de recursos naturais ou previsão de doenças em plantas, o SR tem se tornado parte do dia-a-dia de todos.

Aqui, vamos abordar um pouco sobre o que é, como surgiu e como funciona o sensoriamento remoto.

 

Sensoriamento remoto: descubra sobre essa tecnologia!

 

O que é sensoriamento remoto? 

O termo Sensoriamento Remoto abrange toda a tecnologia usada para obter,  registrar, processar e analisar imagens e outros dados da superfície terrestre. Para tanto, são utilizados sensores remotos, isto é, distantes dos objetos na superfície terrestre, que captam e registram a energia refletida ou emitida pela superfície.

Normalmente os sistemas sensores estão instalados em plataformas terrestres, aéreas (balões e aeronaves) e orbitais (satélites artificiais).

Os sistemas sensores captam e registram a radiação eletromagnética (REM) que será posteriormente analisada e interpretada.

Nos dias de hoje, com o avanço das tecnologias empregadas, é possível obter imagens de altíssima resolução espectral e espacial.

Dessa forma, é possível utilizar o SR para levantamento de recursos naturais e mapeamentos temáticos, monitoramento ambiental, detecção de desastres naturais, desmatamentos florestais, previsões de safras, cadastramento rural, cartografia de precisão, defesa e vigilância, entre outras.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Evolução do sensoriamento remoto: da fotografia aérea aos satélites

A história do SR está muito relacionada com o surgimento da fotografia aérea no Século XIX, e seu desenvolvimento associado a assuntos militares e bélicos.

A primeira fotografia aérea foi tirada a partir de um balão em 1856.

Já em 1862, durante a guerra civil, o corpo de balonistas do exército americano usava fotografias aéreas para o reconhecimento das tropas.

As primeiras fotografias tiradas de aviões surgiram em 1909 e impulsionaram o desenvolvimento do SR na Primeira Guerra Mundial (1914-1918).

Foi nesse período que o filme infravermelho foi desenvolvido, especialmente com o objetivo de detectar camuflagem de alvos inimigos.

Além disso, foram introduzidos novos sensores, como o radar, além de melhorias nos sistemas de comunicação.

De 1860 até 1960 as imagens aéreas da superfície terrestre eram obtidas principalmente por câmeras fotográficas em aviões, dirigíveis e balões.

Já a partir de 1960, as imagens obtidas por vários tipos de satélites começaram a se tornar populares.

Durante a “Guerra Fria” entre os Estados Unidos e a União Soviética vários sensores de alta resolução foram desenvolvidos para fins de espionagem.

Na década de 1960, com a corrida espacial, houve um rápido desenvolvimento de foguetes lançadores de satélites artificiais.

Assim, é nesse período que as primeiras fotografias orbitais tiradas de satélites da superfície da Terra foram obtidas dos satélites tripulados Mercury, Gemini e Apolo.

Com o lançamento do primeiro satélite meteorológico da série Tiros (Television IR Operational Satellite), em 1960, começaram os primeiros registros sistemáticos de imagens da Terra.

Essas missões demonstraram o potencial da aquisição de imagens orbitais, incentivando o uso de satélites de coleta de dados meteorológicos e de recursos terrestres.

Em 1972 os EUA colocaram em órbita o primeiro satélite de sensoriamento remoto, ERTS-1, posteriormente renomeado para Landsat-1, a cerca de 919 km de altura.

O sensor imageador multiespectral Landsat-1 possibilitava a obtenção simultânea de quatro imagens nas faixas do espectro do visível e do infravermelho próximo e uma imagem no termal, portanto além do que era possível com o uso de filmes fotográficos.

 

Tecnologias de geoprocessamento aplicadas no monitoramento e manejo de plantas

 

Como funciona o sensoriamento remoto?

Para o funcionamento de um sistema de Sensoriamento Remoto são necessários três elementos fundamentais: a radiação eletromagnética (REM), um objeto de estudo e um sensor.

A radiação eletromagnética é a energia utilizada no SR. Ela se propaga em forma de ondas eletromagnéticas com a velocidade da luz (300.000km por segundo).

A REM é medida em frequência, em unidades de herts (Hz) e seus múltiplos e comprimento de onda, em unidades de metro e seus submúltiplos. As ondas podem ter comprimentos da ordem de bilionésimo de metro (raios cósmicos), até dimensões de quilômetros (ondas de rádio).

O objeto de estudo pode ser quaisquer objetos na superfície terrestre, como a vegetação, a água e o solo etc.

De acordo com as suas características biofísicas e químicas, o objeto reflete, absorve e transmite radiação eletromagnética em proporções que variam com o comprimento de onda.

Materiais de diferentes constituições de elementos químicos de átomos e moléculas, têm absorções e reflectâncias diferentes, resultando nas imagens em diferentes tons de cinza.

Então, as variações da energia refletida pelos objetos permitem distinguir os objetos da superfície terrestre nas imagens de sensores remotos.

Uma vez que a REM de cada comprimento de onda interage de formas e intensidades distintas com os objetos, é fundamental definir os comprimentos de onda das imagens que o sensor irá adquirir.

As imagens não são definidas num específico comprimento de onda, mas abrangendo pequenos intervalos, chamados de bandas ou faixas espectrais.

Assim, as faixas espectrais mais utilizadas no SR vão desde a região do visível (0,38 – 0,76 µm) ao micro-ondas (1 mm – 100 cm).

Contudo, como parte da REM é absorvida pela atmosfera, os intervalos em que é possível obter imagens com sensores usados no SR são mais restritos:

 

Intervalos espectrais que podem ser usados pelos sensores remotos.

Sensoriamento remoto

Tabela adaptada de Meneses & Almeida (2012)

 

A representação dos objetos nas imagens obtidas vai variar do branco (quando refletem muita energia) ao preto (quando refletem pouca energia).

 

O que são os sensores remotos?

Os sensores remotos são os equipamentos que captam e registram a energia refletida ou emitida pelos elementos da superfície terrestre.

Esses sensores podem ser portáteis ou instalados em plataformas terrestres, aéreas (aviões ou drones, por exemplo) ou orbitais (satélites artificiais).

Os sensores podem ser passivos, quando apenas registram a energia emitida ou refletida por uma objeto, ou ativos, quando também são capazes de emitir energia.

Exemplos de sensores passivos são as câmeras fotográficas, câmeras de vídeo, radiômetros e escâneres (sistemas de varredura).

Cada sensor pode captar dados de uma ou mais regiões do espectro eletromagnético a depender de suas características e finalidades.

Assim, uma câmera fotográfica, por exemplo, capta energia da região do visível e infravermelho próximo, enquanto o sensor eletrônico multiespectral TM do satélite Landsat-5, é um sistema de varredura que capta dados em diferentes faixas espectrais (três da região do visível e quatro da região do infravermelho).

Como ambos os sensores são passivos, eles dependem da luz do sol e a cobertura de nuvens pode limitar a obtenção de imagens.

Já os radares são sensores ativos que enviam pulsos de energia para a superfície, e assim obtêm imagens em qualquer condição meteorológica ou mesmo no escuro.

Os sensores também são classificados em imageadores e não imageadores.

 

Resolução dos sensores remotos

A resolução de um sensor é um aspecto importante a ser considerado, mas o termo pode representar características diferentes, como veremos a seguir.

A resolução espacial é a capacidade que um sensor tem para discriminar objetos em função do tamanho dos objetos.

Assim, um sensor com resolução espacial de 10m, por exemplo, é capaz de detectar objetos maiores que 10 m x 10 m (100 m²).

Por outro lado, uma imagem de satélite com resolução espacial de 1 m permitiria por exemplo identificar árvores de um pomar ou carros estacionados em uma rua.

Existe também a resolução espectral, que é a capacidade do sensor para discriminar objetos em função da sua sensibilidade espectral.

Quanto mais estreita for a faixa espectral da qual um sensor capta dados, maior é a possibilidade de registrar variações de energia refletida pelo objeto.

Há, ainda, a resolução radiométrica, que é a capacidade de o sensor discriminar a intensidade de energia refletida ou emitida pelos objetos.

É a resolução radiométrica que determina o intervalo de valores (ou níveis de cinza) que é possível utilizar para representar uma imagem digital.

Finalmente, existe a resolução temporal, que nada mais é do que a frequência de imageamento sobre uma mesma área ou objeto.

 

Fatores que interferem no comportamento espectral dos objetos

Alguns fatores interferem no comportamento espectral dos objetos:

Nível de aquisição de dados, isto é, a altitude da plataforma à qual está acoplado o sensor;

Método de aquisição de dados – envolve a forma como é detectada a radiação até a transformação e o processamento do sinal recebido pelo sensor;

Condições intrínsecas ao alvo – ou de sua própria natureza, como água em estado sólido ou líquido, biomassa e vigor das culturas (estágio de crescimento);

Condições ambientais – como iluminação, precipitação, inundação, poluição, desmatamento, entre outras;

Localização do alvo em relação à fonte da REM e ao sensor;

Atmosfera – dependendo do comprimento de onda, a radiação eletromagnética pode ser absorvida, refletida ou espalhada pelos constituintes da atmosfera.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Desde sua criação em meados do Século XIX até a forma como o conhecemos hoje, o sensoriamento remoto incorporou-se em diferentes aspectos da vida moderna.

O funcionamento do sensoriamento remoto baseia-se no registro das alterações na energia eletromagnética refletida pela superfícies dos objetos de interesse e captada por sensores remotos.

As tecnologias utilizadas no sensoriamento remoto foram desenvolvidas principalmente para atender primeiramente interesses militares e, posteriormente relacionada os ao levantamento e monitoramento dos recursos naturais.

Atualmente, as aplicações do Sensoriamento Remoto são ainda mais abrangentes e ele tem se tornado uma ferramenta essencial para a agricultura, silvicultura e gestão ambiental.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

LITERATURA

Meneses, P. R., & Almeida, T. D. (2012). Introdução ao processamento de imagens de sensoriamento remoto. Universidade de Brasília, Brasília.

Imagens aéreas e de sensoriamento remoto favorecem diagnóstico e tomada de decisão a campo

Imagens aéreas e de sensoriamento remoto favorecem diagnóstico e tomada de decisão a campo

Imagem produzida por drone em experimento na Embrapa Soja | Imagem: Júlio Franchini/ reprodução da Embrapa

O debate sobre o uso de imagens e de sensoriamento remoto para mapear a variabilidade de atributos do solo e das planta permeou o painel sobre Perspectivas para uso de imagens e sensores em sistemas de produção de soja, que teve a moderação do diretor de Inovação e Tecnologia da Embrapa, Cléber Oliveira Soares, durante o VIII Congresso Brasileiro de Soja, realizado de 11 a 14 de junho, em Goiânia (GO).

O professor Leandro Maria Gimenez, da Esalq/USP, centrou sua palestra no uso de sensores para avaliação de atributos do solo. O sensoriamento remoto é baseado na medição da radiação refletida ou emitida a partir de diferentes objetos (reflectância), que absorvem ou refletem a radiação do sol de diferentes maneiras. “Os sensores trazem vantagens como maior agilidade ao diagnóstico, e quando acoplados às máquinas, podem auxiliar na criação de mapas de prescrição de alguns insumos e incrementar o processo de tomada de decisão”, disse.

Gimenez abordou os aspectos agronômicos relacionados ao uso de sensores de solo. Em especial, aqueles que medem a condutividade elétrica do solo como opção para correlacionar com alguns atributos físicos e químicos e subsidiar o estabelecimento de zonas homogêneas de manejo. “Vejo como desafio grande ainda que se consiga transformar os dados disponíveis em informação e que o conhecimento gerado melhore a tomada de decisão a campo”, ressaltou.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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Para falar sobre o uso de imagens e sensores em sistemas de produção de soja, o painel contou com a experiência do professor da Universidade Estadual de Maringá, Marcos Rafael Nanni. Nanni tem pesquisas com VANT`s ou em voos tripulados, além de imagens de satélites, visando estimar atributos de solo e de plantas. O professor mostrou apreensão com a ansiedade do mercado por resultados rápidos. “Esta atitude pode atropelar ou até mesmo desqualificar uma tecnologia precocemente. Fica evidente um descompasso entre o tempo para o desenvolvimento tecnológico e as demandas do mercado,” avalia.

Nanni deu ênfase na aplicação prática do uso de sensores que medem a reflectância das plantas e as possibilidades de uso a exemplo de estimativa do estado nutricional e identificação do potencial de água nas plantas. “A ideia é discutirmos aqui o que é possível fazer com o sensoriamento remoto para resolver problemas a campo”, afirma.

Uso de imagens na pesquisa – Na safra 2017 2018, o pesquisador Júlio Cesar Franchini dos Santos, da Embrapa Soja, desenvolveu estudos com o uso de imagens, obtidas a partir de VANT`s comerciais, em áreas experimentais no Paraná. O objetivo de Franchini era mapear a variabilidade espacial das culturas e identificar correlações agronômicas, por meio das imagens fornecidas. Ele avaliou experimentos de fertilidade do solo, nematoides, ferrugem asiática, além de aplicações relacionadas ao manejo e conservação do solo. “O interessante é que conseguimos comprovar que muitos dos resultados que são obtidos em experimentos clássicos tiveram os mesmos resultados, a partir das imagens, o garante confiabilidade para a metodologia”, disse.

Fonte: Lebna Landgraf | Embrapa Soja