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Drones e satélites auxiliam monitoramento de lavouras

Drones e satélites auxiliam monitoramento de lavouras

Recursos do sensoreamento remoto estão sendo empregados para monitorar os sistemas de produção no campo. Com isso, pesquisadores estão conseguindo observar o grau de adoção de boas práticas conservacionistas e acompanhar o desempenho desses sistemas. Para isso, o pesquisador Júlio Franchini, da Embrapa Soja, está combinando imagens de satélite e de drones para incrementar as avaliações sobre o manejo de solo em uma área de 250 mil hectares.

O objetivo é criar padrões para monitorar em tempo real o que está ocorrendo no campo. Para isso, o cientista está estabelecendo critérios para diferenciar detalhes dos sistemas de produção adotados e, no futuro, automatizar o processo. Nas imagens é possível identificar as culturas utilizadas e detalhes de manejo como, por exemplo, se a área foi gradeada ou escarficada. “Poderemos dispensar a vistoria a campo, que ainda é necessária, e assim ampliar a escala que hoje está sendo aplicada no norte do Paraná, para as demais regiões”, explica Franchini.

“As imagens de satélite cobrem uma área extensa, mas nem sempre permitem boa visibilidade, por causa das nuvens”, comenta o cientista. Por isso, o trabalho é completado com imagens produzidas com drones.

A resolução das imagens de satélite estão na faixa de dez metros enquanto as de drones chegam a cinco centímetros. “Com os drones, sobrevoamos a 500 metros de altitude e, por isso, não há a interferência das nuvens para obtermos mais detalhes. Conseguimos ter uma visão muito aproximada da realidade, ou seja, como os produtores estão conduzindo seus sistemas de produção”, relata.

Comparando os dados de imagem obtidos em 2018 com os de 2019, Franchini pretende, identificar o quanto os resultados de pesquisa e as ações de transferência de tecnologia estão impactando na melhoria dos sistemas de produção. “Nossa ideia é melhorar a adoção de práticas conservacionistas de manejo do solo, começando pelo Paraná e depois expandir para outras regiões”, destaca.

Uma prática cuja adoção tem aumentado é o uso do consórcio de milho segunda safra com braquiária. “Nas imagens obtidas após a colheita do milho é possível identificar as áreas de consórcio com braquiária, uma vez que sua coloração verde é facilmente distinguida em relação às áreas de milho solteiro”, revela.

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Sensoriamento remoto e estresses na soja

Um trabalho conjunto entre a Embrapa e o Grupo Aplicado ao Levantamento e Espacialização de Solos (GALeS) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) está empregando sensoriamento remoto para o monitoramento de estresses na cultura da soja.

As instituições estão desenvolvendo índices, ferramentas e indicadores para recomendar o melhor uso das ferramentas digitais e das novas tecnologias (internet das coisas, geoprocessamento, sensoriamento remoto, monitoramento à distância). “Nosso objetivo com o uso dessas novas ferramentas é orientar um conjunto de práticas de manejo alicerçadas em parâmetros de resposta da planta a um determinado fator, a um determinado estresse ou condição de produção”, relata o pesquisador José Renato Bouças Farias, chefe-geral da Embrapa Soja.

Nas três últimas safras, a Embrapa avaliou o uso das ferramentas digitais no sistema de produção agrícola com foco em déficit hídrico e em aspectos nutricionais da soja, com e sem deficiência de potássio, um dos principais nutrientes exigidos pela leguminosa. “O sensoriamento remoto tem grande potencial, mas antes de chegar a uma aplicação no mercado é preciso investimento em pesquisa para que consigamos ter reprodutibilidade em um modelo a ser aplicado”, explica o geógrafo Luis Guilherme Teixeira Crusiol,doutorando em agronomia pela UEM.

Câmeras termais identificam plantas sem água

Nos drones, a Embrapa Soja tem usado, também, câmeras termais que captam espectros de luz mais amplos se comparados às imagens das convencionais, que registram apenas a luz visível. Essa tecnologia é empregada no monitoramento de plantas em situação de seca. Com isso, os equipamentos e sensores podem monitorar a condição hídrica da planta, por meio de imagens que são imperceptíveis ao olho humano.

“Avaliamos e acompanhamos a condição hídrica da planta, por meio da utilização de câmeras termais, usando a temperatura como resposta à condição hídrica da planta”, explica Farias. “Isso é possível porque a planta que sofre falta de água apresenta temperatura mais elevada do que aquela que recebe água continuamente”.

Os pesquisadores pretendem criar parâmetros de identificação e, com eles, desenvolver modelos e rotinas que vão definir como a condição encontrada está associada a um determinado comportamento e resposta da planta. A previsão é que a tecnologia permita monitorar o potencial produtivo da cultura, estimar quebras de safra; prever rendimentos; monitorar a condição de suprimento de água pelo solo; identificar problemas no manejo do solo e no armazenamento de água, entre outras possibilidades. “O dado obtido com o sensoriamento remoto vai ajudar a definição de determinado manejo ou prática para resolver o problema ou prevenir para que não ocorra nas safras seguintes”, prevê o pesquisador.

 

Fonte: Embrapa
Como a Robótica está Presente no Manejo Agrícola e Florestal?

Como a Robótica está Presente no Manejo Agrícola e Florestal?

Foto: Beefpoint

Não é novidade que o desenvolvimento de máquinas cada vez mais inteligentes estão, aos poucos, tornando diversos processos mais eficientes. Nesse sentido, já existem indícios de que, grande parte das atividades desempenhadas por pessoas será massivamente substituída por robôs até o final do século, o que demandará uma reconfiguração das relações de trabalho.

Do mesmo modo, o uso da robótica no manejo agrícola e florestal está ganhando espaço, o que vem causando impactos significativos na produção de alimentos e insumos em todo mundo. Como principais benefícios, as tarefas mais complexas poderão ser executadas de forma autônoma, rápida e precisa. Portanto, auxiliará no desenvolvimento de lavouras e florestas, medindo a performance e identificando deficiências, doenças, pragas ou qualquer alteração abiótica.

Neste artigo, vamos entender melhor como a robótica pode ser utilizada tanto no manejo agrícola quanto no florestal. Confira!

Agricultura

A tecnologia vem potencializando a agricultura nos últimos anos, fazendo com que os processos sejam mais eficientes, o que resulta em redução de custos e aumento da produtividade. Desde a inclusão de maquinário agrícola, até hoje, com a inclusão de robôs, o manejo agrícola tem muito a ganhar com os novos recursos. Veja, a seguir, alguns exemplos da aplicação de robótica nesta atividade!

Drones

Os drones, que são veículos aéreos não-tripulados, podem desempenhar uma série de atividades na agricultura, tais como monitorar a ocorrência de pragas e doenças, pulverizar pontos específicos e de difícil acesso na plantação e auxiliar no manejo da irrigação.

Entretanto, a tendência é que esses dispositivos evoluam ainda mais e se tornem cada vez mais autônomos, aumentando a precisão e auxiliando em todas as etapas do ciclo produtivo.

Tratores Autônomos

A ideia do trator autônomo é não depender que tenha um tratorista conduzindo o veículo presencialmente. . Essas ações seriam coordenadas de forma remota por meio de um iPad, notebook ou smartphone.

Isso possibilita que o responsável possa supervisionar várias máquinas de forma simultânea, cuidar de outras tarefas ou até mesmo operar outro veículo.

Conexão

Além de máquinas autônomas, o objetivo da inclusão da robótica no cenário agrícola é levar a Inteligência Artificial e a Internet para o campo.

Apesar dessa realidade parecer um pouco distante, a projeção é que em breve as máquinas e os dispositivos estejam conectados a uma base de dados única, facilitando a gestão e a tomada de decisão.

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Manejo florestal

Do mesmo modo, no manejo florestal é cada vez mais comum vermos o avanço da tecnologia caminhando para uma maior inclusão da robótica. Veja a seguir, algumas tendências!

Monitoramento das copas das árvores

Sabemos que um profissional não consegue observar por completo uma árvore, a menos que possua recursos para isso. Por essa razão, já estão sendo desenvolvidas alternativas, como os drones, capazes de sobrevoar a superfície da floresta a baixas altitudes, mas sem causar grandes perturbações. Dessa forma, será possível coletar dados de composição do ar acima da vegetação de forma muito mais acessível.  Quando equipado com softwares específicos, também conseguem fornecer dados com precisão e agilidade.

Robôs Capazes de Escalar Árvores

Um dos grandes desafios do monitoramento florestal é explorar e coletar dados em diferentes camadas da árvore, principalmente se tratando de árvores maiores.  Por isso, pesquisadores já estão desenvolvendo dispositivos que escalam imitando o movimento de animais. A ideia é controlar o dispositivo para coletar o máximo de informações possíveis sobre toda a extensão da árvore. Esses robôs já têm sido utilizados em tarefas como a poda dos ramos das árvores quando se quer manejar a floresta para produção de madeira para serraria.

Robôs na Produção de Clones

Hoje, os robôs já são capazes de realizar cortes precisos em miniestacas de eucalipto e realizar o plantio. No futuro é possível que todas as etapas da produção clonal das mudas de eucalipto sejam realizadas por robôs.

Microfones e Câmeras para o Monitoramento Ambiental

Outra aplicação prática da robótica no manejo florestal é a inclusão de sensores com câmera e microfones para identificação automática de espécies de animais. As informações serão enviadas via antenas instaladas em pontos altos da floresta para uma central de dados acessível pela internet. A identificação das espécies fica a cargo de um sistema de inteligência artificial treinado para reconhecer padrões visuais e acústicos de animais típicos de uma região.

Esses são apenas alguns exemplos de como a robótica afeta e afetará ainda mais o manejo agrícola e florestal nas próximas décadas. Com isso, o caminho será cada vez mais a digitalização e automação. Portanto, para se adaptar a tais mudanças é preciso que o profissional esteja sempre em busca de conhecimento e inovação.

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Por que usar a meteorologia no Agronegócio? Saiba agora mesmo!

Por que usar a meteorologia no Agronegócio? Saiba agora mesmo!

No cenário atual, várias são as práticas que contribuem com o sucesso da atividade agrícola. No entanto, para obter o sucesso na produção, minimizando os riscos, é preciso aplicar e dominar algumas tecnologias em sua gestão.

Dentre esses recursos, o uso da meteorologia no agronegócio está se fazendo cada vez mais presente na rotina de fazendeiros, engenheiros agrônomos e agrícolas. Afinal, a agricultura é uma atividade que está diretamente ligada às condições climáticas e, qualquer imprevisto pode colocar em risco o lucro da propriedade.

Neste artigo vamos conhecer a importância de utilizar o recurso no agronegócio, demonstrando que as informações obtidas pelos sistemas meteorológicos são essenciais para a tomada de decisão e pelo bom desempenho da produção.

Se interessa pelo assunto? Então continue a leitura!

Como funciona o monitoramento meteorológico?

Já é sabido que o desenvolvimento de culturas e lavouras depende diretamente de boas condições de solo e do clima de uma determinada região. Por essa razão, tentar ter bons resultados desconsiderando fatores como a quantidade de chuva, umidade e composição do solo e a taxa de incidência solar pode ser considerada uma atitude equivocada. Isso pois, tais fatores interferem diretamente no processo produtivo.

Desse modo, é essencial que o produtor ou profissional responsável, independentemente do tamanho da propriedade, tenha acesso ao maior número de informações possíveis sobre o ambiente e o clima na região na qual esteja localizada.

Assim, o monitoramento meteorológico fornece os dados com rapidez, melhorando o desempenho da atividade agrícola.

Para isso, é preciso que o responsável pela tomada de decisões sobre manejo tenha acesso aos dados referentes ao clima atualizado. Isso pode ser feito a partir do acompanhamento pela internet ou aplicativos (vou falar sobre alguns deles na próxima semana!). No entanto, caso deseje informações personalizadas, existem empresas que fornecem dados exclusivos para uma determinada propriedade, de acordo com as suas características em tempo real.

Qual é a importância da meteorologia para o agronegócio?

Vamos fazer um exercício: imagine perder tudo que está sendo cultivado em uma safra devido à falta de informações referentes a previsão do tempo e a mudanças no comportamento climático inimagináveis para um período. Quando não há a aplicação da meteorologia no agronegócio, falta planejamento e os riscos são altos. Nesses casos, o prejuízo financeiro pode ser uma preocupação a mais para o produtor.

Por esses e outros motivos, é sempre melhor saber qual o comportamento climático nos próximos dias. Dessa maneira, o responsável pelas ações pode adotar medidas preventivas contra pragas variadas ou em relação à colheita em períodos em que os níveis de precipitação serão muito altos, por exemplo.

Do mesmo modo, se a previsão é de pouca chuva para o próximo ano, é possível planejar um sistema de irrigação adequado ao plantio e às necessidades hídricas de uma cultura ou mesmo alterar a forma como são aplicados os defensivos na plantação.

Portanto, não é possível pensar em trabalho no campo sem pensar em meteorologia, tanto para grandes quanto para pequenos produtores.

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Principais benefícios da previsão do tempo na agricultura

A seguir, conheça quais são, de fato, os benefícios dos acessos aos dados fornecidos pela meteorologia para o agronegócio.

Redução de custos

O orçamento de um empreendimento rural é fundamental para uma boa gestão, afinal, conseguir pagar as contas, obtendo lucro com a produção, são os principais objetivos de todos os produtores. O monitoramento do comportamento do clima atua, então, fornecendo dados importantes para que o produtor possa tomar as melhores decisões em relação ao manejo, evitando o desperdício financeiro. Assim, o dinheiro será todo investido em ações que trarão resultados mais acertados para a produção.

Planejamento da produção

Mais do que entender os eventos climáticos de uma dada estação, a meteorologia auxilia na previsão do comportamento de compras do consumidor. Dados sazonais podem indicar que tipo de produto as pessoas de uma determinada região estão mais dispostas a comprar e por isso, é possível direcionar os investimentos para a produção de itens que terão boa saída e bom preço em uma época do ano.

Melhora do posicionamento de mercado

Em um ambiente competitivo, graças a utilização de máquinas modernas e de tecnologia no agronegócio, a atividade deixou de ser obsoleta, passando a ser uma tendência na economia nacional. Portanto, mais do que aplicar tecnologia, profissionais que desejam sair na frente e se destacar no mercado, entender a previsão de eventos futuros auxilia a enxergar as melhores possibilidade de crescimento na propriedade.

Otimização do cultivo

Com acesso a dados cada vez mais precisos em relação ao tempo é possível otimizar a produção, extraindo o máximo nas condições ideais. Com isso, os próprios trabalhadores ganham mais confiança em suas funções pois sabem que estão agindo da maneira adequada.

Aumento da produtividade

Profissionais e produtores que têm acesso às informações climáticas referentes a sua região e no cenário nacional produz mais e melhor. Com isso, consegue otimizar o uso de recursos e mão de obra, obtendo mais lucros, além de fechar os melhores contratos.

Como vimos, não há dúvidas da importância da utilização da meteorologia no agronegócio. Afinal, as condições climáticas são responsáveis por grande parte das perdas na produção em fazendas. Como você não tem controle sobre elas, é essencial que você as preveja. Quem não se prepara para superar esses obstáculos perde espaço para concorrentes e não alcança os resultados que deseja. Por isso, você deve utilizar essa solução quanto antes em sua rotina de trabalho.

Gostou desse assunto e quer acesso a mais dicas como esta? Continue acessando o blog e tenha acesso a conteúdo atualizados nas áreas de agricultura, tecnologia e floresta!

Embrapa lança método de avaliação de potássio para soja e cultivar de feijão no Show Rural

Embrapa lança método de avaliação de potássio para soja e cultivar de feijão no Show Rural

Foto aérea da Vitrine de Tecnologias da Embrapa no Show Rural

A Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) apresentará na 31ª edição do Show Rural Coopavel, que será realizada de 04 a 08 de fevereiro, em Cascavel (PR), quase 50 inovações tecnológicas e dois lançamentos: o Fast-K, método de diagnóstico nutricional de soja realizado a campo e a BRS FP403, cultivar de feijão preto de alto rendimento.

A Embrapa estará presente no Show Rural por meio de 10 unidades pesquisa (Embrapa Arroz e Feijão, Embrapa Clima Temperado, Embrapa Gado de Corte, Embrapa Gado de Leite, Embrapa Instrumentação, Embrapa Mandioca e Fruticultura, Embrapa Pantanal, Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, Embrapa Soja e Embrapa Suínos e Aves). As inovações trazem incrementos para segmentos, como: produção animal, genética, sistemas de produção sustentáveis de grãos, hortaliças, frutas, entre outros. As tecnologias serão apresentadas em três diferentes ambientes na Casa da Embrapa, na Vitrine de Tecnologias e na Vitrine de Tecnológica de Agroecologia “Vilson Nilson Redel”.

Além disso, os participantes poderão visitar a Livraria da Embrapa que irá comercializar cerca de 160 títulos de diferentes temáticas a preços acessíveis. Os visitantes também poderão interagir com os pesquisadores da Embrapa na Estação do Conhecimento, local em que serão promovidas 35 palestras sobre sete diferentes temas.

LANÇAMENTOS
Fast-K – método de avaliação de potássio a campo para a cultura da soja

O potássio (K) é o segundo nutriente mais exigido e também o segundo mais exportado pela cultura da soja. Esta alta exportação (cerca de 20 kg/ha de K2O para cada tonelada de grãos) pode levar à redução da disponibilidade de K no solo, caso os produtores não reapliquem quantidades de fertilizantes potássicos compatíveis com as exportadas.  Para aprimorar o manejo nutricional da cultura, a Embrapa desenvolveu uma ferramenta rápida para a avaliação do teor de K nas folhas de soja, de fácil utilização e interpretação e que permite ao produtor ter tempo hábil para tomar decisões em relação ao uso de insumos agrícolas de modo a evitar perdas e garantir a produtividade.

O “Método para determinação da concentração foliar de potássio (K) em condições de campo na cultura da soja” dispensa o uso de técnicas laboratoriais para a diagnose foliar (método padrão), eliminando a possibilidade de defasagem entre a amostragem, o preparo da amostra no laboratório e a emissão do resultado, que pode dificultar a tomada de decisão, em muitos casos tornando tardia a correção da deficiência.

Feijão de grão preto BRS FP403

É uma cultivar com alto rendimento, potencial de 4,7 mil quilos por hectare. Apresenta ciclo normal de crescimento (85-95 dias) e é recomendada para cultivo em 19 estados brasileiros. A BRS FP403 tem uma boa arquitetura de raizes com sistema radicular bastante vigoroso e tolerante a murcha de fusarium e Podridão-radicular-seca. Os seus grãos são graúdos com alta qualidade industrial. Possui plantas com porte semi prostrado e inserção de vagens altas em relação ao solo proporcionando adaptação à colheita mecânica direta.

Destaques

iLPF em realidade virtual: um dos destaques da Casa da Embrapa será a possibilidade de vivenciar o sistema de integração lavoura-pecuária-floresta por meio da realidade virtual. Utilizando um óculos de realidade aumentada, o visitante verá a transformação de uma área degradada, com baixa capacidade de produção, em uma área produtiva e sustentável. O público também poderá adquirir as publicações da Embrapa para diferentes sistemas de produção.

Kit para monitoramento de insetos na soja: o kit reúne um pano de batida, uma caderneta de campo para monitoramento de insetos, um manual de identificação de insetos-pragas e um folder com informações gerais sobre Manejo Integrado de Pragas da Soja. O kit foi organizado para facilitar a aquisição de um produto completo para monitoramento de pragas na lavoura de soja. Diferente da tradicional ficha de monitoramento, a caderneta de campo foi planejada no formato de bolso para facilitar o registro, transporte e manuseio dos dados a campo por parte dos usuários. Nela também têm orientações de como realizar amostragens, além dos níveis de ação que devem ser considerados para tomada de decisão. O kit será comercializado na Livraria da Embrapa.

Sensoreamento remoto e aplicação na produção agrícola –  Na Vitrine de Tecnologias da Embrapa também estão previstas demonstrações de ferramentas de sensoreamento remoto no monitoramento de estresses na cultura da soja e indicadores para se ter o melhor uso das ferramentas digitais e das novas tecnologias no sistema de produção agrícola.

Ideias for Milk – A Embrapa também irá participar do Show Rural Digital com um painel enfocando o Ideias for Milk, iniciativa realizada anualmente pela Embrapa Gado de Leite, em que congrega um hackathon (Vacathon) e um desafio de startups. O objetivo é apresentar soluções digitais para os problemas da pecuária de leite. O painel será realizado no dia 7 de fevereiro e terá a participação de quatro startups vencedoras nas edições do Ideas for Milk. Ao final da exposição, haverá uma mesa redonda, debatendo sobre a Agricultura 4.0 e a revolução digital no campo.

Casa da Embrapa

Na área animal, os destaques são a produção de suínos em família sem uso coletivo de antimicrobianos e a compostagem, desidratação e biodigestão como alternativas para a destinação correta de animais mortos nas propriedades rurais. Na área de grãos, serão apresentadas uma coleção de sementes de feijão e tecnologias para o sistema de produção de soja. O visitante poderá se atualizar sobre temas que podem comprometer a produtividade da cultura da soja, como pragas, doenças, plantas daninhas e manejo da fertilidade solo.

Variedades de abacaxi, banana e mandioca da Embrapa, além da rede RENIVA que possibilita a produção em larga escala de manivas-semente de mandioca com qualidade genética e fitossanitária estarão sendo demostradas. Outra novidade são os nanopigmentos magnéticos. Diferentemente de um pigmento tradicional em que a cor consiste na característica mais marcante, os nanopigmentos magnéticos, além da cor, respondem à aplicação de um campo magnético externo por meio de um imã, o que lhes dá novas características. O uso desse material pode ocorrer em diversos setores, especialmente na agricultura, mas também na biomedicina, na farmacologia e até mesmo na indústria têxtil e cosmética.

Vitrine de Tecnologias

Na Vitrine da Embrapa serão apresentadas variedades para as culturas da soja, feijão e mandioca. Na cultura da soja, a Embrapa apresenta as cultivares convencionais, BRS 511, BRS 284 e BRS 283, as transgênicas BRS 413 RR, BRS 433 RR, BRS 388 RR, BRS 399 RR, e com tecnologia Intacta, BRS 1001 IPRO, BRS 1003 IPRO, BRS 1007 IPRO e BRS 1010 IPRO. Todas apresentam ótimo desempenho e resistência às principais doenças que atacam a cultura.

Também serão apresentadas as variedades de feijão, com grãos do tipo preto, carioca e especial: BRS Esteio, BRS Esplendor, BRS FC104, BRS FC402, BRS Estilo, BRS Ártico, BRS Embaixador, BRSMG Realce e a BRS FP403, cultivar em lançamento. Além de grãos, experimentos com a cultura da mandioca foram implantados com variedades apropriadas para o Centro-Sul do país. Serão apresentadas as mandiocas de mesa, BRS 396 e BRS 399, além da mandioca para indústria BRS CS01.

Estação do Conhecimento

A Vitrine de Tecnologias da Embrapa abriga ainda a Estação do Conhecimento, onde estão programadas mini-palestras com orientações práticas. A ideia é facilitar a interação do produtor com a equipe técnica da Embrapa. Confira a agenda do dia na Vitrine de Tecnologias da Embrapa ou no site especial da Embrapa no Show Rural.

Vitrine Tecnológica de Agroecologia

Nesse espaço, a Embrapa em conjunto com uma rede de parceiros, demonstrará os princípios da Agroecologia e a diversidade de cultivos, onde se empregam técnicas com baixo impacto ambiental, acessíveis aos agricultores, com diferentes fontes de renda e possibilidades de agregação de valor. Como destaque da Embrapa, será apresentada uma prensa manual para silagem, um sistema de irrigação alternativo de baixo custo em garrafas PET, e uma câmara de multiplicação rápida com as manivas em brotação.

Texto: Andrea Vilardo e Lebna Landgraf (MTb 2903/PR)

Por Embrapa.

Extrativistas mapeiam açaizais na Reserva Chico Mendes

Extrativistas mapeiam açaizais na Reserva Chico Mendes

 Durante três meses populações tradicionais identificaram pés de açaí nativo e aprenderam como organizar a produção e a comercialização do fruto com a participação das associações locais.

Três mil açaizais nativos da espécie Euterpe precatoria Mart. identificados e localizados pelos extrativistas da Reserva Extrativista (Resex) Chico Mendes no município de Epitaciolândia (AC) somam juntos uma previsão de 21 toneladas para a safra de 2019. Este foi o resultado apresentado, no início de dezembro, no encontro final da atividade “Serviços técnicos para mapeamento participativo de populações nativas de açaí-solteiro na Resex Chico Mendes”, realizada pelo Bem Diverso no Território da Cidadania de Alto Acre Capixaba.

O mapeamento busca ajudar as populações tradicionais de parcela da Resex Chico Mendes localizada no município de Epitaciolândia a organizar a produção do açaí nativo para venda, com a parceria da Associação dos Moradores e produtores da Resex Chico Mendes, em Brasileia e Epitaciolândia (AMOPREBE), da Embrapa Acre, de gestores do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) e de técnicos da Universidade Federal do Acre (UFAC).

“Temos a oportunidade de a produção do açaí nativo das comunidades tradicionais vir a ser um produto essencial para a economia dos extrativistas”, declarou a engenheira agrônoma e coordenadora da atividade pela UFAC, Professora Andréa Alechandre.

A atividade de campo para a localização geográfica dos pés de açaí durou cerca de um mês e resultou no mapa com a indicação de cerca de 3 mil açaizais, cerca de 100 por produtor. Os dados colhidos também apresentam uma estimativa para a safra de 2019, que começa com a colheita em no mês de maio até meados de agosto.

“Trabalhamos com uma previsão de estoque de 21 toneladas de fruto, o que daria uma renda de R$ 40 mil, nos valores atuais”, sistematizou a Andréa Alechandre. Ela ainda explicou que a previsão tem como base metade dos pés de açaí, “pois na floresta não é garantido que todas as árvores frutifiquem todos os anos”.

Açaí-solteiro e o fortalecimento das comunidades tradicionais

As atividades de formação do mapeamento começaram há três meses a partir da definição dos núcleos de base, grupos familiares extrativistas interessados em comercializar o açaí. Foram formados seis núcleos num somatório de trinta famílias produtoras, que localizaram e identificaram os pés de açaí, com auxílio do GPS, após treinamento em oficinas de mapeamento coletivo.

O analista da Embrapa Acre Daniel Papa acompanhou as atividades em campo e ressaltou que a utilização dos equipamentos de GPS na fase de mapeamento do pés de açaí não foi o principal desafio. “Muitos extrativistas já conhecem a tecnologia, encontrada na maioria dos celulares atualmente. Para os participantes, o que mais chamou atenção foi a valorização do trabalho de campo, levando em consideração o conhecimento local dos produtores”, explicou .

A atividade ainda promoveu capacitação voltada a estimativa de estoque e planejamento da produção e comercialização de frutos do açaí com a participação das associações locais; além de oficina de boas práticas de manejo com utilização de equipamentos de coleta sem escalada.

Segundo Alechandre, o principal avanço foi o envolvimento das famílias para a que houvesse um novo impulso para organização da venda da produção local. “Ao mostrar o atual cenário de comercialização do fruto, o preço praticado no mercado e a capacidade de produção local observamos o estímulo dos produtores a retomarem as atividades. Existem outras famílias que querem se envolver no trabalho e as que já fizeram seu mapeamento querem aumentar o número de açaizais mapeados”.

A espécie Euterpe precatoria Mart. também é conhecida como açaí-do-amazonas, açaí-da-mata ou açaí-de-terra-firme. Nativo da região oeste da Amazônia brasileira – com predomínio nos estados do Acre, Rondônia e sul do Amazonas -, o açaí-solteiro ainda é encontrado no Peru e na Bolívia. O açaí da região possui um único caule, chamado de estipe pelos pesquisadores, e é diferente da espécie encontrada nos estados Pará, Amapá e no Maranhão, a Euterpe oleracea Mart.. A  principal característica deste é o que os especialistas chamam de perfilhamento ou brotação: o estipe da palmeira multiplica-se rapidamente e dá origem a vários outros caules na mesma planta.

Saiba mais sobre o Projeto Bem Diverso.

Por Embrapa.