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Recolocação profissional: conheça 11 passos!

Recolocação profissional: conheça 11 passos!

Se recolocar no mercado de trabalho, sobretudo em períodos de crise, pode ser uma tarefa desafiadora que acaba gerando frustração e ansiedade em quem busca uma nova oportunidade profissional.

O termo recolocação profissional envolve um processo de análise de carreira. Ele é feito levando em conta a sua qualificação, os seus objetivos e o mercado de trabalho.

Geralmente, isso ocorre depois de uma demissão e é importante para dar suporte emocional e a orientação certa no recomeço das atividades.

 

Recolocação Profissional: Conheça 11 Passos!

 

Seja por problemas pessoais ou para melhorar a qualificação (como uma pós-graduação ou intercâmbio) a verdade é que ninguém quer ter de enfrentar a dificuldade de conseguir um novo emprego, não é mesmo?

Por isso, neste artigo, vamos listar 11 passos simples para lhe ajudar a se recolocar no mercado de trabalho sem dificuldade. Vamos lá?

 

1 – Buque se conhecer

Na hora de sair em busca de uma nova oportunidade de trabalho, é fundamental fazer uma autoanálise de sua trajetória profissional, avaliando todas as suas conquistas, pontos fortes e o que precisa ser melhorado para o próximo emprego.

Com essa consciência, fica mais fácil se posicionar de forma adequada diante dos concorrentes.

Observe a sua personalidade, habilidades e a experiência profissional que construiu até essa etapa da vida. Quais são os pontos em que você se destaca? Quais os objetivos que já conquistou?

Depois de entender quais são suas competências e prioridades, estabeleça quais são seus objetivos profissionais, destacando quais funções deseja desempenhar e em quais empresas gostaria de trabalhar.

Com isso, você pode se preparar melhor e focar apenas no que lhe interessa.

 

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 2 – Crie um bom currículo

Ele é seu cartão de visitas, excelentes profissionais são descartados no processo de recrutamento e seleção por não cuidarem desse aspecto.

Entre as opções que você encontra na internet, escolha um bom modelo de currículo, de design limpo e simples. Fique atento também aos erros de português, pois eles podem comprometer muito a sua imagem e pode te custar a vaga.

Outra dica que você pode fazer é utilizar utilizando palavras-chave que atendam a uma vaga específica, assim customizando seu currículo.

Ele deve ser objetivo, com no máximo 2 páginas.

Aposte em um modelo intuitivo, em que os dados de maior importância sejam evidentes e ressalte suas competências, habilidades e experiências profissionais e sempre faça um currículo diferente para empresas e vagas diferentes.

Tenha o currículo sempre atualizado e molde-o de acordo com as necessidades do mercado em que você atua ou deseja atuar a partir de agora.

Além disso, é importante que você esteja sempre em dia também com os perfis de suas redes sociais de negócio, como o Linkedin, para que assim os recrutadores tenham conhecimento sobre a sua experiência.

 

Você sabe qual é o perfil de profissional mais procurado pelas empresas?

 

3 – Trabalhe o marketing pessoal

A forma como você se apresenta passa muitas informações e pode impactar positiva ou negativamente em uma entrevista de emprego. Por isso, aperfeiçoar o seu marketing pessoal é algo necessário.

A sua imagem é um dos pontos de maior importância na hora de se recolocar no mercado de trabalho.

Por isso, é fundamental investir para que você seja exatamente a marca que deseja transmitir.

Além de se atentar ao dress code da empresa (ou seja, o tipo de roupa adotada no ambiente de trabalho), é fundamental cuidar da sua imagem nas redes sociais já que é cada vez mais comum que recrutadores visitem os perfis dos candidatos a uma vaga, para identificar seu posicionamento diante de diversos assuntos.

Outra dica é criar perfis em redes sociais e aplicativos profissionais, como o LinkedIn, pois, além de fazer contatos, é possível conseguir novas oportunidades de trabalho no ambiente digital.

 

4 – Rede de relacionamentos e networking

Manter a rede de relacionamentos ativa, o chamado Networking e um cuidado que todos nós devemos ter, não só quando estamos em busca de recolocação, mas durante toda a nossa vida profissional, então a mantenha atualizada sobre sua situação.

Aproveite esse círculo de relacionamentos para conseguir indicações para vagas de emprego, parcerias ou mesmo se aproximar oportunidades para se capacitar.

Sendo assim ao buscar um novo emprego, procure entrar em contato com outros profissionais, como com pessoas que você acredita que podem agregar valor à sua carreira.

Esse networking pode lhe ajudar a encontrar uma oportunidade de recolocação profissional, pois assim as suas chances de recolocação no mercado aumentam muito.

 

5 – Se informe sobre o mercado de trabalho

Você deve buscar o máximo de informações possíveis sobre a sua área de atuação, procure saber como está o mercado de trabalho e quais empresas são destaque no segmento e o que elas buscam nos profissionais.

Depois dessas informações é possível pensar em formas de voltar à ativa ou mudar para outra área com mais oportunidades.

A recolocação profissional pode assustar no primeiro momento, mas com as estratégias certas, as chances de alcançar uma ótima posição no mercado são muito positivas.

Esteja atento a novos modelos de contratação, como o trabalho temporário, isso vai ampliar suas chances de empregabilidade.

 

6 – Defina metas e objetivos profissionais

Durante o processo de recolocação no mercado de trabalho, tenha muito claro qual é seu objetivo profissional e concentre esforços em oportunidades da sua especialidade, ou seja, mantenha o foco no que realmente importa.

Para isso, é importante que você leve em conta seu aprendizado, experiências, pontos positivos e negativos, pontos de melhoria, entre outros fatores.

Depois disso você precisa estabelecer objetivos e metas profissionais, que servirão para colocá-lo no novo caminho que você deseja seguir profissionalmente.

Em cada jornada em uma empresa adquirimos novas informações e experiências que nos tornam profissionais melhores do que quando éramos no início.

 

7 – Mantenha-se motivado e calmo

É difícil recomeçar a sua jornada de trabalho, ainda mais se você estiver passando por problemas financeiros. Mesmo assim, desistir só vai aumentar os obstáculos e lhe impedir de crescer.

Por esse motivo manter-se motivado é um passo essencial e necessário nesse momento.

Por mais que este seja um momento difícil, onde os desafios são maiores e precisam ser enfrentados diariamente, é importante que você se mantenha motivado e não se vitimize.

Vitimizar pela situação não vai lhe ajudar a encontrar um novo emprego e muito menos a dar um novo rumo à sua carreira profissional.

Ao invés disso, aproveite esta situação para fazer uma autoanálise para identificar onde você errou e procurar melhorar para não os cometer novamente.

Nestas situações é importante manter a calma, respirar fundo e controlar a ansiedade, o que pode acabar prejudicando seus planos.

O que você deve fazer é ter em mente que a oportunidade, tanto pode surgir de imediato, quanto pode demorar um tempo para acontecer.

Assim, durante esse período, é fundamental que você consiga manter o equilíbrio saudável do físico, do intelectual e do emocional, pois quando a vaga de os sonhos aparecer, você estará pronto para ocupá-la.

 

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8 – Participe de eventos da sua área

Uma forma de conseguir contatos profissionais e até oportunidades de trabalho é frequentar eventos de sua área de atuação.

Nesses ambientes, além de você poder ter contato com especialistas, você pode ter acesso a novidades e informações relevantes para a recolocação no mercado de trabalho.

 

9 – Faça trabalhos freelancer

A busca por um novo emprego pode ser angustiante devido à ansiedade e até mesmo a falta de recursos financeiros.

Uma forma de conseguir dinheiro para se manter e poder ir às entrevistas e ainda fazer contatos profissionais é desenvolver trabalhos freelancer.

Se sua área permite esse tipo de trabalho ou você tem alguma habilidade relevante para oferecer, oportunidades esporádicas podem ser uma ótima opção para retornar ao mercado de trabalho.

 

10 – Organize sua vida financeira

É  muito importante que neste momento de recolocação você revise seus gastos e corte aquilo que for considerado supérfluo.

Assim você não enfrente dificuldades no futuro e seja obrigado a aceitar um emprego que talvez esteja aquém de suas expectativas, afinal você pode passar um período desempregado.

Sendo assim manter a vida financeira organizada nesta situação é fundamental, principalmente se você não tem alguma reserva ou um fundo de emergência e nem tem acesso a nenhum tipo de benefício financeiro.

É extremamente necessário estar preparado.

 

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11 – Aposte na capacitação profissional

Agora que você está em busca de recolocação profissional é a hora de ver quais competências precisa melhorar.

Faça cursos de qualificação, mantenha-se atualizado profissionalmente, por meio da realização de cursos, eventos e palestras da sua área de atuação e se possível, se inscreva em uma pós-graduação ou graduação.

Ler livros, jornais, artigos, entre muitos outros conteúdos, estejam eles relacionados à sua carreira ou não, também são ótimas opções, uma vez que tudo isso fará com que você esteja altamente preparado e torne-se um forte candidato a assumir a vaga que deseja.

Estude um novo idioma, isso pode ser um atrativo para o seu currículo e gera visibilidade no mercado de trabalho.

Com o tempo livre, enquanto busca uma recolocação, você deve aproveitar para crescer e mostrar evolução para o futuro recrutador.

Fazer cursos de especialização ou de pós-graduação é, sem dúvidas, um grande diferencial na hora de concorrer por uma vaga.

Isso porque, durante a graduação, nem sempre o profissional vê todo conteúdo relevante para a profissão de forma aprofundada. Também é útil para pessoas que desejam mudar o foco da carreira, apostando em outras funções.

Além disso, alguns setores, sobretudo ciência e tecnologia mudam constantemente, fazendo-se necessário cursos para a atualização profissional.

Com esses passos, se recolocar no mercado de trabalho será mais simples e rápido. Então não perca tempo e comece a se preparar agora mesmo!

Esperamos que essas dicas tenham ajudado de alguma maneira. Abraços!

 

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Espectroscopia facilita a caracterização química de matrizes do agronegócio brasileiro

Espectroscopia facilita a caracterização química de matrizes do agronegócio brasileiro

Foto: Sandra Brito

Um projeto da Embrapa está trabalhando para facilitar a caracterização química de importantes matrizes vegetais do agronegócio brasileiro. Trata-se da Rede NIR Embrapa, que é a rede de usuários da Espectroscopia no Infravermelho Próximo, em inglês, Near Infrared Spectroscopy (NIRS). As matrizes são as diferentes culturas (por exemplo, a braquiária, o milho, a soja e o trigo).

O objetivo principal da Rede NIR é integrar os empregados que são usuários dessa técnica, para aumentar as parcerias institucionais, otimizar a  infraestrutura analítica dos laboratórios, capacitar e ampliar os conhecimentos no uso dessa importante técnica analítica. Atualmente, a Embrapa possui 26 equipamentos NIRS, de diversas marcas, localizados nas diferentes Unidades em todo Brasil, e o projeto encontra-se em sua segunda fase.

A Rede NIR foi iniciada em 2011 e envolve uma equipe multidisciplinar da Embrapa que inclui pesquisadores, analistas, técnicos de laboratório, além de instituições de pesquisa e extensão, como o Instituto Nacional de Ciências e Tecnologias Analíticas Avançadas (INCTAA) e a Unicamp.

De acordo com a pesquisadora da Embrapa Milho e Sorgo e líder do projeto, Maria Lúcia Ferreira Simeone, o objetivo é desenvolver modelos de calibração multivariada utilizando a espectroscopia NIR para possibilitar a determinação quantitativa e qualitativa de constituintes químicos de diferentes matrizes agrícolas e de interesse das Unidades. “O trabalho é feito com precisão, rapidez, baixo custo e pouca manipulação das amostras, além de haver a minimização na geração de resíduos químicos. Objetivo esse que vem incentivar a aplicação dos princípios da química verde e da otimização de recursos e infraestrutura por parte da Empresa”, ressalta Simeone.

“Quando se tem um grande número de amostras a serem analisadas é necessário um longo tempo para a obtenção dos resultados de todos os constituintes da composição química. Além disso, é preciso haver disponibilidade de infraestrutura laboratorial necessária para a realização das análises, pessoal capacitado, custo e tempo envolvidos na aquisição de reagentes, consumíveis e manutenção de equipamentos. Com isso, muitos constituintes ou mesmo amostras deixam de ser analisados, face a todo esse processo laboratorial. Assim, a espectroscopia NIR associada à quimiometria torna-se uma excelente opção para que a Embrapa possa validar a técnica como metodologia de rotina em seus laboratórios”, acrescenta.

Para a utilização da técnica, além do equipamento NIR, é necessário a construção dos modelos de calibração. “É preciso organizar um banco de amostras, que seja representativo e que inclua toda a variabilidade amostral da população a ser estudada ou modelada, com uma ampla faixa de resultados obtidos pelo método de análise de referência. Esta etapa é crucial para o sucesso e robustez do modelo e deve ser muito bem planejada, pois como qualquer técnica analítica, o NIR também possui limitações, podendo não ser a técnica mais adequada para o uso pretendido”, pontua Simeone.

Um exemplo de sucesso nesse processo são os modelos globais para a composição química de gramíneas forrageiras, realizados com a colaboração das Unidades da Embrapa Gado de Corte, Gado de Leite, Milho e Sorgo e Pecuária Sudeste. O pesquisador Gilberto Batista de Souza, da Embrapa Pecuária Sudeste, e coordenador do plano de ação de validação dos modelos, relata que ao final do trabalho haverá um modelo consistente que inclui amostras de várias regiões do Brasil e com características bem diferentes. Por exemplo, amostras de gramíneas forrageiras em vários estágios de crescimento e sistemas de produção. “Teremos, também, a produção de um material de referência para o acompanhamento do desempenho dos laboratórios ao utilizar a técnica NIR em análise de gramíneas forrageiras”, diz Souza.

Simeone acrescenta que um dos grandes desafios que a Rede NIR está trabalhando atualmente é no desenvolvimento de um protocolo para a transferência destes modelos para as Unidades que tenham interesse nessa matriz. Para alcançar esta meta, nesta segunda fase do projeto já foram capacitados mais de 150 profissionais entre empregados da Embrapa e do setor produtivo.

“Os treinamentos propiciam aos participantes do projeto a oportunidade para o acompanhamento de todas as etapas de construção de um modelo de calibração multivariada utilizando a técnica NIR, desde o planejamento da seleção de amostras que irão compor o modelo até a sua validação final. Com isso, a Empresa vem fortalecendo parceria entre as equipes e o setor produtivo para a implementação de métodos rápidos de análise que irão permear todo o trabalho em rede previsto nos arranjos e portfólios corporativos”, afirmou a cientista.

Por Embrapa.

Adoção de tecnologias já disponíveis pode aumentar produção de uvas em Mato Grosso

Adoção de tecnologias já disponíveis pode aumentar produção de uvas em Mato Grosso

Pesquisador Reginaldo de Souza orienta o produtor, sr. Nelson, durante visita técnica – Foto: Gabriel Faria

Mato Grosso possui apenas 50 estabelecimentos agropecuários que produzem uva comercialmente para mesa ou processamento, segundo o Censo Agropecuário de 2017. Entretanto, as condições climáticas, associada à cultura sulista dos colonizadores de boa parte do estado fazem com que a viticultura tenha grande potencial. A falta de assistência técnica capacitada, no entanto, tem sido um entrave à produção.

Um exemplo são os agricultores Nélson e Cecília Maziero. Em 2005 eles começaram a produzir uva em Sinop. Sem assistência, adotaram as práticas de manejo que aprenderam no Sul do país. Porém, logo perceberam que não teriam os mesmos resultados. Buscaram informações com outro produtor em Nova Mutum, a 250 km de Sinop, e, a partir das orientações que receberam, conseguiram melhorar a produção.

Hoje vendem toda a colheita de uvas Niágara e Isabel Precoce e o vinho feito com uvas Bordô na porta da chácara, com preços até 50% mais baixos do que o cobrado nos supermercados locais e, ainda assim, recebendo mais do que o dobro do valor de comercialização em regiões produtoras do país.

Embora o negócio vá bem, a falta de assistência técnica tem limitado a produção a oito toneladas na área de um hectare onde cultivam 2.500 videiras. Número que sr. Nelson espera ver dobrado na próxima safra apenas com a mudança na forma de fazer a poda de produção. A instrução para isso ele recebeu durante uma visita de pesquisadores e técnicos que foram à sua propriedade como parte das atividades da Capacitação em Vitivinicultura que a Embrapa promoveu em Sinop de 4 a 6 de dezembro.

O curso é parte da Capacitação Continuada de Técnicos em Fruticultura e visa instruir profissionais de assistência técnica e extensão rural para que possam assistir aos produtores rurais dos municípios onde atuam.

Este módulo sobre o cultivo e processamento de uvas era uma demanda antiga, desde 2012, quando a Embrapa Uva e Vinho lançou em Sinop, na Embrapa Agrossilvipastoril, a cultivar BRS Magna, validada em Mato Grosso.

Tecnologia para regiões tropicais
Embora a produção de uvas em Mato Grosso ainda seja pequena, já há tecnologia disponível para o cultivo em regiões tropicais e que se adequam ao clima do estado. Diferentemente da região Sul, onde as plantas entram em dormência no inverno, com o calor constante, elas vegetam o ano todo. Com isso, é preciso fazer duas podas, uma de formação de galhos e outra de produção, obtendo duas safras no ano.

O pesquisador da Embrapa Uva e Vinho Reginaldo Teodoro de Souza destaca que as condições climáticas de Mato Grosso são semelhantes às da região de Jales (SP), onde a Embrapa tem um campo experimental para desenvolvimento e validação de tecnologias para a uva.

“É uma questão de condução da videira em região tropical. Todas as técnicas já estão estabelecidas. Época de poda, como controlar e como manejar a uva. Já temos até cultivares para a região. Mas deve-se tomar os devidos cuidados com relação às grandes áreas de soja plantadas e uma possível deriva de herbicidas. Um quebra vento com cercas vivas pode resolver o problema”, alerta.

Entre as cultivares recomendadas para a região estão BRS ÍsisBRS Núbia e BRS Vitória, para mesa, e BRS Magna e BRS Isabel Precoce para processamento.

De acordo com o analista da Embrapa Uva e Vinho João Carlos Taffarel, o período chuvoso é uma dificuldade para a cultura no estado, uma vez que a videira é originária de regiões mais secas. Dessa forma, o ideal é passar esse período sem produção. Porém ele garante que com o manejo adequado é possível contornar a adversidade.

“Temos de ter cuidado com melhoria da fertilidade do solo. Usar porta-enxertos adaptado a essa condição. São necessários tratamentos fitossanitários para controlar as principais doenças que causam perdas na produtividade e também morte de planta, que é o caso do míldio da videira. Cuidando desses quesitos básicos e desses detalhes do manejo, certamente se consegue ter sucesso na produção”, afirma Taffarel.

Cultivo no estado
De acordo com o IBGE, 35, dos 141 municípios do estado possuem produção comercial de uva. Isso mostra que a vitivinicultura está espalhada pelas diferentes regiões de Mato Grosso, embora a produção seja pequena e esteja longe de atender a demanda do mercado local por uvas de mesa e para produção de suco.

A coordenadora do curso e analista da Embrapa Agrossilvipastoril Suzinei Oliveira vê no interesse crescente pela cultura um grande potencial, sobretudo para pequenos agricultores familiares. Por isso, a necessidade de capacitar os profissionais de assistência técnica que darão suporte aos agricultores.

Neste curso foram abordadas desde questões de manejo de solo, escolha de cultivares e porta-enxertos, até o processamento para sucos e vinhos. Passando também pela condução das videiras e técnicas de poda. Houve ainda oportunidade para degustação das variedades de uva e de sucos.

Para o técnico agrícola da prefeitura de Paranaíta Marcelo Soares, a capacitação ajudou a sanar dúvidas que vinha tendo ao assistir dois produtores em seu município e ainda ampliou seu conhecimento sobre o manejo para a região.

“Nós que estamos na ponta, trabalhando com assistência técnica, temos que ter essas oportunidades para aprender um pouco mais sobre essas culturas que são relativamente novas na região. Não temos muito conhecimento dela adaptada para cá”, afirmou.

Novos produtores
Para quem pensa em começar a produzir uva em Mato Grosso, o pesquisador Reginaldo Teodoro de Souza aconselha a cautela. Montar as estruturas de vagar, uma vez que o investimento é alto, e, principalmente, comprar mudas de boa qualidade.

“O ideal é comprar em viveiros credenciados pela Embrapa em Minas Gerais ou no Rio Grande do Sul. Eles pegam material básico da Embrapa e produzem material livre de vírus, com boa sanidade e vendem com raiz nua. Mas é preciso se programar e um ano antes, encomendar os materiais especificando qual cultivar você quer. É perfeitamente viável enviar para cá”, aconselha.

Com base em sua experiência empírica, sr. Nelson Maziero também deixa seu recado para os interessados na cultura.

“A uva é só para quem gosta e tem amor e se dedica a isso. Não é para qualquer um, porque isso dá um trabalho monstruoso. Um trabalho muito grande. É para quem gosta mesmo. Mas vale muito a pena!”

Por Embrapa.