(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
Capim amargoso: aprenda a fazer o manejo eficiente!

Capim amargoso: aprenda a fazer o manejo eficiente!

A presença de ervas daninhas nas plantações são muito indesejadas, já que elas atrapalham o crescimento das plantas já cultivadas. O capim-amargoso é uma planta daninha que pode causar danos gigantes à produtividade. Neste post vamos abordar como realizar o controle eficiente do capim margoso.  Venha Comigo!

 

Capim amargoso: aprenda a fazer o manejo eficiente!

 

Lidar com uma planta daninha que se reproduz rapidamente é um problema que o agricultor faz de tudo para evitar.

Ainda, quando é observada a resistência da planta a alguns dos principais herbicidas do mercado, como o glifosato, por exemplo, tudo se torna um grande pesadelo, o que dificulta ainda mais seu controle.

Esse é o caso do Capim amargoso (Digitaria insularis) que possui alta capacidade de propagação, e, consequentemente, potencial de competição com o cultivo principal, prejudicando a produtividade da safra em um piscar de olhos.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

O que é o capim-amargoso?

O capim-amargoso (Digitaria insularis) é uma erva daninha muito frequente nas plantações do Brasil, infestando comumente lavouras, pastagens, gramados, pomares, terrenos baldios, beiras de estradas e jardins. Atualmente, estima-se que ele infeste uma área de 8,2 milhões de ha em território nacional.

Essa planta invasora é uma espécie nativa de regiões tropicais e subtropicais da América. Além do nome capim-amargoso, ela também recebe o nome de capim-flecha, capim-açu, capim-pororó e milheto-grande.

 

O que são plantas daninhas?

Plantas daninhas são plantas que competem com as plantas cultivadas por água, luz e nutrientes. Além disso, estas plantas são hospedeiras de pragas, doenças e nematoides o que aumenta o custo na produção.

Existem dois tipos de prejuízos das plantas daninhas. O primeiro é o dano direto:  quando se desenvolvem junto com a cultura, principalmente nos estágios iniciais, competindo diretamente por luz, água, nutrientes e espaço.

E o segundo é o dano indireto, que ocorre, por exemplo, na colheita. Especificamente em soja, a infestação dificulta a operação. Existem inúmeras espécies de plantas daninhas presentes nas lavouras de grãos, cereais e demais cultivos de todo o mundo.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Suas principais características são:

  • Rápida germinação;
  • Crescimento e florescimento rápidos;
  • Produção elevada de sementes;
  • Sistema radicular abundante;
  • Grande capacidade de absorver nutrientes e água do solo;
  • Rápida disseminação;
  • Fácil propagação;
  • Resistentes às variações ambientais;
  • Podem liberar toxinas prejudiciais ao desenvolvimento da cultura;
  • Reduzem a qualidade dos grãos;
  • Provocam maturação desuniforme da cultura;
  • Dificultam a colheita.

 

Principais características do capim-amargoso

O capim-amargoso é uma planta perene com capacidade de formar perfilho.  Possui um sistema radicular composto por rizomas curtos que acumulam grandes quantidades de amido, produz sementes pilosas durante todo o ano e se dispersam facilmente pelo vento, podendo alcançar longas distâncias.

 

Danos causados pelo capim-amargoso

O capim-amargoso compete com as culturas por água, luz e nutrientes, Além disso, estas plantas são hospedeiras de pragas, doenças e nematoides o que aumenta o custo na produção.

A presença dessa espécie deve ser monitorada nas lavouras durante a safra, safrinha e entressafra, pois o descaso com a ocorrência dessa planta na lavoura pode levar a um forte aumento na população de D. insularis e consequentemente a sérios prejuízos na produtividade e aumento nos custos de produção.

A produtividade da soja é inversamente relacionada à intensidade de infestação dessa espécie na lavoura e o capim amargoso em competição com a soja reduz em até 44% a produtividade.

 

Manejo do capim-amargoso

Para realizar o manejo do capim-amargoso, a entressafra é o momento ideal, já que nesse período existe um número maior de opções a serem utilizadas.

O manejo para o controle do capim-amargoso é bom somente quando a aplicação é realizada em estágio de desenvolvimento precoce. Porém, os herbicidas podem ser utilizados em duas modalidades, pré e/ou pós-emergência.

 

Pré-emergência

No período de pré-emergência, a aplicação do herbicida é feita após a semeadura e antes da emergência do capim-amargoso.

A inclusão de pré-emergentes em diferentes etapas no manejo dessa planta é fundamental, principalmente em áreas com grandes infestações.

Seu uso traz um ótimo custo-benefício ao produtor, já que diminui a necessidade de aplicações em pós-emergência e previne a seleção de plantas resistentes.

Os herbicidas mais eficazes nesse caso são:

  • Alachlor;
  • Clomazone;
  • Diuron;
  • diuron + hexazinona;
  • pendimenthalin;
  • s-metolachlor;
  • flumioxazin;
  • diclosulam;
  • imazethapyr;
  • sulfentrazone;
  • trifluralin.

 

Pós-emergência

pós-emergência consiste na aplicação do herbicida após a emergência dessa erva daninha. O recomendado é que a aplicação ocorra em plantas com até três perfilho (por volta de 35 dias). Em relação ao controle tardio, há demanda de aplicações sequenciais.

Neste estágio de desenvolvimento, para o controle do capim-amargoso, os principais herbicidas utilizados são:

  • Cletodim;
  • Haloxyfop;
  • Glifosato;
  • Paraquat;
  • glufosinato de amônio

Um ponto importante no uso desses herbicidas é que, se não houver o uso racional, é possível que o capim-amargoso crie resistência ao glifosato e aos graminicidas, no que chamamos de resistência múltipla.

 

Outros Métodos

As chances de maior controle das plantas daninhas resistentes são maiores com medidas preventivas, ou seja, antes delas aparecerem. Existem diferentes formas de manejar o capim-amargoso:

  • Rotação de culturas, com rotação de herbicidas.
  • Utilizar sementes isentas de infestantes resistentes.
  • Acompanhar as mudanças na flora.
  • Evitar a reprodução e disseminação inicial de plantas daninhas.
  • Realizar a limpeza de tratores, implementos, colheitadeiras e semeadoras.

 

Resistência do capim-amargoso

O capim-amargoso apresenta resistência ao glifosato, que é o principal herbicida utilizado no cultivo de soja para o controle de ervas daninhas. Isso dificulta o controle dessa planta, principalmente nos cultivos de soja no Brasil.

E, apesar da elevada pressão de seleção de graminicidas sobre populações de capim-amargoso, atualmente ainda se lida com resistência a apenas um mecanismo de ação.

Para que este problema não se alastre para essas regiões, e para que as áreas onde já se instalou sejam manejadas corretamente, cabe a pesquisadores, técnicos e produtores desvendar e aplicar medidas para o manejo eficiente com o objetivo de reduzir perdas na produtividade devido à presença dessas plantas na lavoura.

 

Tecnologia, aliada no combate ao surgimento do capim amargoso

É preciso ter conhecimento sobre o capim amargoso para evitar perdas de produtividade. O uso de tecnologias digitais pode ser um grande aliado no momento da identificação e manejo de plantas daninhas.

Um dos desafios encontrados pelos produtores é a apuração de locais com focos de capim amargoso. Para solucionar esse problema, o sensoriamento remoto aéreo é uma ótima opção.

Imagens de satélite apoiam o produtor na identificação de variabilidades no desenvolvimento da lavoura. O uso da tecnologia no controle de plantas daninhas, torna o processo rápido e mais fácil, onde inclusive a mão de obra se torna mais barata.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

O capim-amargoso é uma planta perene com alta capacidade de dispersão pelo vento e com excelente adaptabilidade as diferentes regiões brasileiras

O agricultor vivencia diversos desafios para garantir a saúde e a boa produtividade da sua lavoura, assim como a qualidade dos produtos.

Entre eles está o controle de plantas daninhas resistentes, que são difíceis de conter e precisam de estratégias e produtos eficientes. Sendo assim, é fundamental o correto manejo para proporcionar níveis adequados de controle dessa planta daninha.

Espero que, com essas dicas passadas aqui, você consiga realizar um manejo eficiente do capim-amargoso na condução da lavoura!

 

Pós-graduação Fitossanidade

As 8 principais doenças do arroz e como manejar!

As 8 principais doenças do arroz e como manejar!

Você sabe os principais aspectos das doenças que podem afetar a cultura do arroz? Veja, nesse texto como esses conhecimentos podem te auxiliar na construção do seu manejo integrado de doenças do arroz.

 

As 8 principais doenças do arroz e como manejar!

 

O arroz é um dos alimentos que são indispensáveis para a maioria dos brasileiros. O que o torna fundamental a questões relacionadas à segurança alimentar do Brasil.

Assim como na segurança alimentar de outros países que tem esse grão como base da dieta de sua população. Como por exemplo da China.

Ao analisar o 8º levantamento da safra de grãos realizado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Observa-se o aumentou de 3,9% da produção de arroz em relação a última safra (19/20), totalizando 11.6 mil toneladas produzidas.

Isso junto ao aumento tanto da área total produzida. Com pouco mais de 1,6 mil ha (1,3%), e da produtividade média do arroz em 6,88 kg/ha (2,6%).

Mas tais resultados só possível realmente quando adotado um bom plano de manejo integre diferentes áreas do conhecimento. O que envolve saber desde, as épocas adequadas para semeadura, as formas de cultivar, manejo de adubação, entre outros.

Para saber um pouco mais desses assuntos recomendo a leitura do seguinte texto: Plantação de Arroz: o que Você Precisa Saber!

Tendo escolhas de manejo influencia em um grau maior ou menor incidência e severidade de doenças do arroz. Você conhece ou já ouvi falar de quais dessa lista?

  1. Brusone;
  2. Escaldadura da folha;
  3. Queima das bainhas;
  4. Podridão do colmo;
  5. Mancha das bainhas;
  6. Manchas de glumas;
  7. Carvões do arroz;
  8. Vírus do enrolamento da folha.

Esses são alguns exemplos de doenças do arroz que podem afetar a cultura em maior ou menor escala de impacto como falaremos mais adiante.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

1. Brusone (Pyricularia oryzae / Magnaporhte oryza)

A brusone é a doença do arroz já considerada como sendo um clássico da cultura. Muito devido a sua ampla ocorrência e agressividade independente do sistema de cultivo.

O agente causal dessa doença foi por muito tempo o fungo classificado como Pyricularia oryzae. Porém seu nome cientifico mais atualizado é Magnaporhte oryza.

Suas condições de desenvolvimento ótimo ocorrem em temperaturas na faixa de 26 ºC a 28 ºC sob condições de umidade relativa do ar maior de 90%. Situação comum no início do dia com a formação de orvalho, neblinas e chuvas fracas.

Outro fator que reflete a agressividade dessa doença é devido ao fungo da brusone conseguir infectar e colonizar todas as partes da planta.

Porém os sintomas mais típicos são os de manchas foliares. Que vai se iniciar com pequenos pontos de coloração castanha. Passando a castanho avermelhado com halo amarelado.

Posteriormente, essas pequenas manchas evoluem para uma lesão alongada de bordas irregulares de coloração marrom, centro esbranquiçado onde surge os corpos de frutificação do fungo.

Esses corpos de frutificação são responsáveis por produzir esporos do fungo para serem dispersos. E assim atingir outras plantas sadias ou outras partes de uma planta já infectada.

Onde a infecção que ocorrer no nó logo abaixo da panícula é comumente conhecida por brusone do pescoço. Causando assim dano direto na produção do arroz.

 

2. Escaldadura da folha (Rhynchosporium oryzae)

A escaldadura da folha é outra doença fúngica tão importante e bem relatada afetando os cultivos de arroz.

O gente causa dessa doença é o fungo Rhynchosporium oryzae. E quando presente no arroz se expressa com sintomas típicos que se assemelha uma escaldadura.

Dizer que uma planta tem aspecto de escaldado, é o mesmo que dizer, que a planta sofreu injúrias que lembre os danos causados por água quente. O que resulta em um aspecto de esbranquiçado ou palhoso nas folhas.

Além da formação típica de áreas concêntricas que atribuem aparência de franjado às lesões da doença de escaldadura do arroz.

Suas condições climáticas favoráveis de desenvolvimento são em temperaturas entre 20 ºC e 27 ºC. Mas otimizado a temperaturas menores e nas fases finais do perfilhamento e emborrachamento do arroz.

A agressividade com que essa doença compromete a área foliar do arroz interfere diretamente no potencial fotossintético da cultura.

 

3. Queima das bainhas (Rhizoctonia solani)

A doença do arroz queima das bainhas é uma doença que tem ganhado importância. E preocupado devido ao aumento de sua incidência e consequentemente de seus danos.

Muito disso é devido as mudanças dos sistemas de cultivo de arroz junto ao uso de materiais com arquitetura de elevado perfilhamento o que favorece o microclima para a ocorrência da doença.

Seu gente causal é o fungo de solo, Rhizoctonia solani. O qual também afeta uma ampla gama de outras culturas de interesse a agricultura, causando sintomas típicos de tombamento.

No arroz esse patógeno pode desenvolver sintomas nas bainhas das folhas e nos colmos. Apresentando manchas irregulares com aspecto de queimado.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Outro aspecto que dificulta o manejo dessa doença em diversos cultivos como o arroz é o fato desse fungo produzir estruturas de resistências.

Essas estruturas de resistências, também chamada de esclerócio, podem permanecer no solo por até dois anos.

O esclerócio além de contribuir diretamente com a sobrevivência e permanência dessa doença nas áreas de cultivo de arroz. Também pode ajudar na disseminação da doença seja por meio água da chuva ou irrigada. Ou com atividades de revolvimento do solo.

 

4. Podridão do colmo (Sclerotium oryzae)

A doença do arroz conhecida como podridão do colmo já presenta um caráter de importância secundária. Sendo mais expressiva quando associada a doença anterior, queima das bainhas.

Assim como a doença que falamos anteriormente, a podridão do colmo também é causada por um fungo de solo que produz esclerócios. Nomeado Sclerotium oryzae.

Que nos momentos iniciais da doença é característico por pequenas lesões escuras. De forma irregular, na bainha externa, próximo ao nível da água em sistemas de arroz irrigado.

Essas lesões vão evoluir até o apodrecimento da região da bainha. O que vai contribui significativamente para o acamamento das plantas de arroz.

 

5. Mancha das bainhas (Rhizoctonia oryzae)

Já a doença do arroz que vamos falar agora, a mancha das bainhas, apresenta um uma importância histórica em algumas regiões produtoras no Brasil. Dado a introdução de matérias susceptíveis a essa doença na época.

Seu agente causal é identificado como Rhizoctonia oryzae. O qual comumente pode ser confundido com patógeno causador da queima das bainhas, Rhizoctonia solani.

Mas os sintomas expressos pela doença em questão, são de manchas ovais bem delimitadas nas bainhas. E que com o passar do tempo, pode adquirir coloração branca acinzentada e bordas marrons.

Apesar das diferenças entre os sintomas das duas doenças, em uma situação pratica no campo diferenciá-las pode ser um pouco mais complicado do que parece.

Assim se for necessário uma identificação mais precisa da doença que está ocorrendo na área de cultivo. Recomendada se o envio amostra para laboratórios de diagnose de doenças de plantas.

 

6. Manchas de glumas

A doença do arroz manchas das glumas, diferente das doenças vista até o momento. Pode estar associada a mais de um patógeno fúngico ou bacteriano.

Os microrganismos causadores desse complexo irão variar em função do local de infeção na planta de arroz e as condições climáticas do ambiente.

Assim temos como possíveis agentes causais das manchas das glumas os fungos: Bipolaris sp., Pyricularia oryza, Alternaria padwickii, Phoma sp., Nigrospora spp, Epicocum spp., Curvularia lunata e Fusarium sp.

Em relação aos microrganismos patogênicos bacterianos temos: Ervinia sp. e Pseudomonas fuscovaginae.

Sendo as condições ambientais que favorecem a ocorrência dessa doença sob condições de temperaturas menores (15 – 20ºC) somado a umidade relativa elevada.

Outro fator agravante de severidade é se essas condições coincidirem com os períodos de emborrachamento e floração da planta de arroz.

Os sintomas causados nas glumas são característicos por manchas de tons marrom avermelhado. Podendo se limitar a parte superior ou inferior das glumas manchas esbranquiçadas.

Por se tratar de uma gama microrganismos causadores dessa doença os efeitos e sintomas podem ser do mais variados.

Desde afetar diretamente na qualidade do grão para a indústria até a sanidade e vigor das sementes utilizadas nos próximos cultivos.

 

7. Carvões do arroz

Apesar das doenças que iremos falar agora não serem tão expressivas por não afetar a planta de arroz em aspectos produtivo. Vai causar danos significativos em relação a qualidade dos grãos.

O agente causal da doença conhecida como carvão do grão ou cárie é o fungo de nome cientifico Telletia barclayana.

O nome carvão é devido ao aspecto da massa pulverulenta de esporos formada pelo fungo. A qual é produzida dentro do ovário durante a fase de maturação fisiológica da semente.

Seu esporo também é conhecido por teliósporo, a estrutura de resistência responsável pela sobrevivência do patógeno quando as condições do ambiente não estiverem favoráveis.

Outro sintoma que é caracteriza quando há a formação de massa preta dentro das glumas ou direto no grão. O que remete a um “dente com cárie”.

Outro fungo que afeta a qualidade dos grãos de arroz e que pode ser em algumas situações confundido com o carvão é a doença chamada falso carvão ou carvão verde.

Doença do arroz a qual tem ganhado importância nos últimos anos devido a introdução de cultivares hibridas de alto rendimento. Mas que se mostram susceptíveis a essa doença.

O falso carvão é causado pele fungo Ustilaginoidea virens. O qual é característico por afetar as glumas produzindo uma massa de esporos de forma globosa.

 

8. Vírus do Enrolamento da Folha (RSNV – Rice stripe necrosis vírus)

A última doença que iremos comentar antes de falar sobre o manejo integrado das doenças do arroz, é um patossistema que vem demonstrando potenciais de perda para a cultura do arroz.

Essa doença é causada por um vírus conhecido pela sigla RSNV.  Que vem do inglês Rice stripe necrosis vírus, pertencente ao grupo dos Benuvirus.

Assim como em outras viroses de planta essa doença vai se caracterizar pela presença de estrias cloróticas e retorcimento das folhas e das panículas até a morte de plântulas

As plantas de arroz também podem apresentar aspectos de nanismos, perfilhamento excessivo e esterilidade das glumas.

Todas essas características de sintomas são reflexo de toda a bagunça bioquímica. Causada pelo vírus desde a infecção, colonização e sua reprodução dentro da planta.

O que por sua vez impacta em importantes reduções no rendimento e qualidade dos grãos de arroz.

Uma parta muito importante do ciclo dessa doença é no momento da transmissão do vírus. Que apresenta um fungo conhecido por Polymyxa graminis como seu vetor.

Sua transmissão ocorre, pois, esse fungo é um parasita obrigatório que coloniza os tecidos das raízes da planta de arroz, sem causar doença.

Até por isso que a campo essa doença ocorrer em padrões de manchas espalhas pela área de cultivo. O chamado sintoma em reboleira.

 

Manejo integrado das doenças do arroz

A intenção aqui está longe de esgotar as informações desses oito patossistemas que afetam cultura do arroz.

Mas espero que tenha ficado claro a importância de se ter boas informações sobre a doença do arroz que se deseja manejar na área de cultivo.

Pois assim, conforme for o histórico de doenças do local, você já pode realizar ações que iram atrasar ou dificultar a ocorrência das doenças do arroz.

Por exemplo, se você deseja iniciar o cultivo de arroz em uma área que antes havia um plantio de tomate. E que teve ocorrência de podridão radicular. Obviamente nesse local haverá mais chances de se ter problemas com a queimas das bainhas do arroz.

Com isso você pode tentar buscar cultivares que tenham algum nível de resistência a esse patógeno, ou pensar em qual sistema de cultivo a doença será desfavorecida.

 

O clima

Outro fator que envolve a escolha do local de cultivo é o conhecimento dos climas prevalentes de cada região em cada época do ano.

Esse tipo de informação somado aos conhecimentos das condições ideias de temperatura e humidade de cada um dos patógenos. Pode indicar as melhores épocas de plantio que te ajude a driblar os estádios críticos do arroz com a maior incidência de dada doença.

Isso também pode ser utilizado na construção de fermentas de sistemas de previsão e aviso que através do monitoramento do clima pode indicar o momento de se entrar com medidas do controle na área.

 

Ferramentas e métodos de monitoramento

Sendo assim, é inevitável falar de manejo integrado sem mencionar as ferramentas e métodos de monitoramento que podem ser aplicados nas mais divergentes áreas da agronomia.

A exemplo da importância inquestionável de se fornecer e manter um bom equilíbrio nutricional para a planta.

Uma vez que planta mais saudáveis conseguem se defender melhor do ataque de possíveis patógenos, assim como ocorre para os animais.

No caso da planta de arroz devemos nos atentar no balanço principalmente do macronutriente nitrogênio (N) pois em excesso vai prolongar a fase vegetativa.

O que vai acabar favorecendo a ocorrência de doença foliares como a brusone, escaldadura, queima e mancha das bainhas e carvão.

E quanto o assunto adubação nitrogenada logo devemos pensar no teor de matéria orgânica que temos no solo de cada área de cultivo.

Onde um solo com sua fase biológica bem estabelecida e equilibrada, ou seja, presença de uma matéria orgânica com seu processo de decomposição mais estável.

O que lhe confere naturalmente o fornecimento gradual de todos os nutrientes que a planta necessita assim como proporciona condições de elevada diversidade de microrganismo no solo.

Microrganismo como Trichoderma sp. que já são ampla mente utilizados como agentes de controle biológico. Devido a sua alta capacidade de colonizar o solo e parasitar as estruturas de resistências de outros fungos patogênicos que sobre vivem no solo.

Esse manejo biológico somado a técnica de rotação de cultura dentro de uma mesma área de cultivo favorece ainda mais o controle de patógenos que sobrevivem no solo ou resto de cultura.

Isso se feito um bom levantamento do histórico e diagnoses das doenças presentes na área. Pois assim fica mais fácil escolher espécies que não são hospedeira do mesmo agente causal de uma doença.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Espero que com a leitura desse artigo tenha te auxiliado a entender como é importante pensar nos mais diferentes aspectos da sua produção de maneira integrada.

Pois pensando dessa forma você conseguira evitar muitos problemas e danos que pode ter principalmente quando falamos de doenças do arroz.

Se quiser ler mais artigos como esse e de outros assuntos de seu interesse continue navegando em nosso blog. E deixe seu comentário abaixo sobre o que achou desse conteúdo.

Além de acompanhar todas as novidades através do perfil da Agropós do Instagram e outras redes sociais.

Escrito por João Verzutti.

Pós-graduação Fitossanidade

Veja 6 formas de como acabar com o pulgão nas plantas!

Veja 6 formas de como acabar com o pulgão nas plantas!

Neste post você saberá mais como acabar com o pulgão nas plantas, as alternativas de como combatê-los com ênfase nos métodos ecológicos.

Os pulgões são pequenos insetos capazes de ocasionar danos em plantas e prejudicar o seu desenvolvimento.

Multiplicam-se com facilidade em condições de temperatura alta e baixa precipitação. São principalmente afetados pelas condições nutricionais da planta infestada.

Boa leitura!

 

Veja 6 formas de como acabar com o pulgão nas plantas!

 

O que é o pulgão?

O pulgão é um pequenos inseto, que se alimenta sugando a seiva das plantas e se multiplicam com bastante rapidez.

Os pulgões secretam substâncias açucaradas que atraem formigas e favorecem o desenvolvimento de fungos que cobrem a superfície das plantas, dificultando a respiração e a fotossíntese do vegetal.

Alguns podem transmitir doenças às plantas, causando sérios prejuízos econômicos para agricultores em geral.

O pulgão pode afetar toda a planta, principalmente folhas e botões. Os sintomas são: descoloração, amarelamento, enrolamento e enrugamento das folhas, subdesenvolvimento de flores, frutos e de toda a planta.

Das cerca de 4.000 espécies conhecidas, pelo menos 250 causam perdas agrícolas. Eles se alimentam da seiva das plantas, perfurando os vasos condutores.

Além dos prejuízos diretos, os pulgões ainda são transmissores de doenças entre as plantas e favorecem o surgimento de fungos.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Seu ciclo reprodutivo é bastante interessante, sendo que nos meses mais quentes do ano as fêmeas produzem outras fêmeas partenogeneticamente. Isto é, sem fecundação e de maneira vivípara.

Enquanto no outono, ocorrendo o acasalamento entre machos e fêmeas, e tornam-se ovíparos.

Podem aparecer em qualquer época do ano. Mas os períodos mais propícios são a primavera, o verão e o início do outono.

Precisam ser controlados logo que notados, pois multiplicam-se com rapidez.

Os pulgões podem apresentar diversas cores, de acordo com a espécie, entre o marrom, o verde, o amarelo, o vermelho, o cinza e o preto.

Os principais predadores naturais dos pulgões são as joaninhas. Mas há inúmeros outros inimigos naturais capazes de predá-los.

 

Principais danos causados pelo pulgão

Os danos ocasionados pelo ataque do pulgão nas plantas, podem ser diretos, por meio da sucção de seiva e do efeito tóxico da saliva, ou indiretos, pela transmissão d espécies do vírus.

O tipo e a severidade dos danos diretos variam de acordo com a espécie. A intensidade do ataque e o estádio de desenvolvimento da planta no momento da infestação.

No cultivo de hortaliças, por exemplo, os danos diretos são provocados devido ao succionamento contínuo de seiva, que prejudica o crescimento da planta atacada, causando o encarquilhamento das folhas.

O ataque por pulgão em espécies de cereais, tem o poder de reduzir substancialmente a produção de grãos.

 Os efeitos sistêmicos de sua saliva tóxica retardam o crescimento de raízes e prejudicam o perfilhamento.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Os principais componentes de produção afetados são números de espigas, de grãos por espiga e peso total de grãos.

Desse modo, os danos causados pelo pulgão é um problema de âmbito mundial, com grande impacto econômico em cereais de inverno.

Uma vez que, a produção de grãos pelo atrofiamento de raízes, redução do perfilhamento e pelo aumento da suscetibilidade do hospedeiro a fungos patogênicos e outros estresses ambientais.

A identificação correta das espécies de pulgões que estão atacando a cultura é a primeira etapa para o sucesso e uso adequado de práticas de controle.

Esta prática implicará na redução de danos diretos e de incidência de viroses.

A seguir podemos conferir os métodos de como acabar com o pulgão nas plantas e na lavoura!

 

Como acabar com o pulgão nas plantas?

Há uma diversidade muito grande de pulgões na natureza, porém há também diversos métodos do seu controle.

Onde podemos destacar as seguintes espécies:

O pulgão-dos-cereais (Schizaphis graminum), pulgão-da-folha (Metopolophium dirhodum), pulgão-da-raiz (Rhopalosiphum rufiabdominale), pulgão-da-espiga (Sitobion avenae), pulgão-da-aveia (Rhopalosiphum padi), pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis), pulgão-amarelo (Sipha flava), pulgão verde (Myzodes persicae), entre outros.

 

Métodos de controle do pulgão

Abaixo vamos citar os 6 principais métodos de controle que podem ser utilizados para acabar com o pulgão nas plantas:

 

Controle biológico

controle biológico: é um fenômeno natural entre organismos vivos que formam cadeias de relações complexas entre vegetais (produtores) e as diversas castas de animais (consumidores). Resultando em equilíbrio de populações e em comunidades estáveis. Esse controle é realizado principalmente pela joaninha.

 

Caldas naturais

Caldas feitas à base de fumo, cinzas de madeira e calda de sabão são as mais comuns.

 

Controle mecânico

O controle mecânico para matar pulgões e também cochonilhas, pode ser feita a eliminação manualmente com ajuda de um chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e álcool, ou vinagre, em partes iguais ajuda a retirar os pulgões das folhas. Isso pode ser feito semanalmente.

 

Preparos homeopáticos

Os preparados homeopáticos, sendo executados com preparados homeopáticos na forma de nosódios. Que nada mais é que o bioterápico preparado com o próprio causador do dano, no caso o pulgão.

 

Controle químico

O controle químico é feito através de inseticidas de ação rápida, de baixo preço e de fácil aplicação, ainda é o método preferido por muitos agricultores. Atualmente, há preocupação quanto à escolha de métodos mais permanentes e menos agressivos ao ambiente, destacando-se as práticas culturais, que facilitem a sobrevivência dos inimigos naturais. Quando o uso de inseticidas for necessário, deve-se dar preferência a produtos seletivos a predadores e a parasitóides.

 

O MIP

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é o conjunto de boas práticas agrícolas que implica no monitoramento da população de insetos e combina métodos e estratégias de controle, visando evitar o dano econômico.

 

Plataforma Agropós

 

A importância do manejo adequado do pulgão

Neste post abordamos que os pulgões são pragas que podem afetar uma infinidade de culturas agrícolas. Causando danos diretos ou serem vetores de viroses.

Além disso, indicamos medidas de manejo que podem te ajudar no combate ao pulgão na sua cultura.

Para se controlar o pulgão é necessário primeiramente fazer o monitoramento da sua lavoura e se no início. A realizar a eliminação de plantas hospedeiras.

Uma vez que, os pulgões em geral acabam prejudicando o desenvolvimento da planta.

Isso ocorre devido à sucção de grande quantidade de seiva, além do retardamento do crescimento da planta, ao sugar a seiva ocasionam danos como o encarquilhamento das folhas.

O diagnóstico precoce é importante para a escolha do melhor método de manejo.

Vale lembrar a importância do manejo preventivo deste tipo de praga. Que é eliminar daninhas, uso de tela anti-afídeo em casa-de-vegetação e armadilhas amarelas atrativas.

O controle biológico deve sempre ser a principal alternativa, favorecendo o equilíbrio e a presença de inimigos naturais como por exemplo joaninhas.

Escrito por Juliana Medina.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Pulverizador agrícola: conheça os tipos!

Pulverizador agrícola: conheça os tipos!

O pulverizador tem um papel fundamental para a produção agrícola, uma vez que é utilizado para distribuir agroquímicos, nutrientes e fertilizantes na lavoura. Por entender sua importância preparamos esse artigo para mostrar os principais tipos de pulverizador agrícola.

Venha Comigo!

 

Pulverizador agrícola: conheça os tipos!

 

O papel dos pulverizadores agrícolas na agricultura é fundamental. Uma boa safra está diretamente relacionada ao controle de pragas, doenças e insetos, assim como depende da ação de nutrientes que garantam a fertilização adequado do plantio.

A tecnologia desenvolvida para o aperfeiçoamento de pulverizadores tem promovido avanços inovadores em benefício do produtor agrícola.

Escolher o equipamento ideal, pode ser um desafio, afinal existe uma série de fatores que devemos levar em consideração no processo de compra. Portanto, se você quer escolher o seu, mas ainda tem dúvidas, leia até o final. Vamos lá?

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Qual a função do pulverizador agrícola?

Os pulverizadores são equipamentos que pulverizam. Ou seja, fazem a distribuição sobre a plantação de uma substância líquida em partículas minúsculas. Esse processo é muito importante pois facilita a absorção das substâncias e a sua correta pulverização.

Os pulverizadores não servem apenas para distribuírem agrotóxicos, mas também são muito utilizados na hora de nutrir e fertilizar as lavouras.

O principal objetivo de um pulverizador é garantir que esse produto seja distribuído na mesma medida e em uma quantidade correta nos locais necessários.

 

Como era o processo de pulverização antigamente?

O desenvolvimento dos equipamentos de aplicação teve um salto a partir de meados do século XIX. Antes disso, as técnicas utilizadas consistiam em esfregar ou lavar a planta com o auxílio de panos ou escovas embebidos com a solução química.

Era comum também a utilização de alguns tipos de regadores para facilitar a uniformidade da distribuição e a velocidade da aplicação.

Foram desenvolvidos equipamentos em que espanadores especiais funcionavam com um mecanismo de bombas e tanques sobre rodas. Passou-se, também, a utilizar seringas, mais tarde aperfeiçoadas com válvulas que possibilitavam o bombeamento intermitente do produto.

A partir daí, as inovações fora aplicadas sobretudo em projetos relacionados à energia da pressão de bombeamento e à eficiência na produção de gotas. A evolução da tecnologia dos bicos proporcionou um aumento significativo na qualidade da pulverizadores agrícolas.

  Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

A importância do pulverizador agrícola

O pulverizador é um instrumento importantíssimo para as lavouras, principalmente para as de grande escala.

O pulverizador permite aumentar a eficiência da lavoura e aplicar a quantidade exata de produto na plantação independentemente do tipo da substância.

Além disso, esse equipamento também auxilia no processo de redução de gastos com os insumos na lavoura.

Sem dúvidas, o pulverizador é importante para todo o processo de desenvolvimento de uma lavoura e pode ser um dos principais aliados do produtor agrícola.

 

Quais são os tipos de pulverizadores?

No mercado, há modelos de pulverizadores para atender todos os tipos de demanda. Falaremos um pouquinho sobre cada um deles, para que você possa conhecer mais sobre o assunto.

Os pulverizadores podem ser manuais ou motorizados. Veja os principais tipos de pulverizadores a seguir:

 

Pulverizador costal

O pulverizador costal é muito utilizado por pequenos, médios e grandes agricultores. Isso se deve ao fato de que é mais prático e pode ser empregado em diversos tipos de cultivos.

Esse equipamento pode ser encontrado em sua versão manual, na qual você precisa acionar a bomba com uma alavanca para realizar a pulverização.

Também é encontrado em sua forma elétrica, que funciona com o auxílio de uma bateria, pulveriza o cultivo sem maiores esforços.

Além disso, é possível encontrar esse tipo de pulverizador em sua versão 2 em 1. Isso quer dizer que é possível utilizá-lo manualmente, além de sua forma elétrica.

 

 

Pistola pulverizadora de pressão

Consiste em um sistema de ar comprimido disponível nas versões manual e elétrica. Usando o gatilho da pistola é disparado, gera pressão no equipamento, que esguicha o defensivo na lavoura.

O primeiro modelo é indicado apenas para quem vai trabalhar em hortas, pomares e jardins de área pequena.

 

Pulverizador autopropelido

O pulverizador autropropelido ou automotriz é voltado para lavouras com áreas extensas. Possui barras de tamanhos variados e tanques grandes, capazes de armazenar altas quantidades de calda. Por isso, costuma ser utilizado em tratores.

Como possuem um nível avançado de tecnologia, com uso de sensores e softwares, os pulverizadores autropropelidos são conhecidos pelo alta precisão na pulverização.

 

Atomizador

O atomizador é uma espécie de pulverizador agrícola que joga o produto em alta velocidade. Esse tipo de equipamento é recomentado para o cultivo e árvores frutíferas e em terrenos que não é possível o uso de outros métodos.

Outra questão importante é que o atomizador pode ser utilizado em ambientes internos e externos. Isso faz com que o equipamento seja muito versátil.

Vale frisar que não é recomentado o seu uso em cultivos frágeis, que não suportam altas velocidades de ar.

 

De barra

Como o próprio nome já diz, esse tipo de pulverizador possui uma barra com muitas pontas para pulverização que podem ser montadas em um trator. É altamente recomendado para grandes lavouras e precisam de manutenções eficientes.

 

Pulverização aérea

A pulverização aérea pode ser realizada com o uso de drones, helicópteros e aviões agrícolas, cada um com suas especificidades. Assim, podem ser consideradas as seguintes particularidades:

  • Drones: para aplicações de precisão, em áreas específicas de difícil acesso;
  • Helicópteros: alternativa aos aviões pela menor velocidade e maior proximidade da cultura;
  • Aviões: sua rapidez operacional o faz o mais indicado para grandes áreas de cultivo.

 

Como escolher seu pulverizador agrícola?

Para escolher o pulverizador agrícola que melhor atende as suas necessidades, é necessário pensar nas seguintes questões:

 

Cultura

Pensar na sazonalidade da sua lavoura e sua extensão é um item básico na escolha do seu pulverizador agrícola. Isso porque a forma como a cultura se comporta e como seu trabalho pode ser otimizado mudam a cada tipo de aplicação ou tipo de pulverizador agrícola.

 O mesmo vale para os bicos dosadores dos pulverizadores em barra. Outro item a ser considerado é a época de aplicação de cada produto, que varia conforme a cultura e a facilidade de mobilidade do pulverizador.

 

Área de pulverização

Simplesmente, quanto maior a área, mais capacidade de armazenamento é necessária. Sendo assim, o pulverizador agrícola a ser escolhido ou a quantidade de equipamentos a serem comprados têm que ser coerentes com a área a ser cultivada. Pense em tudo isso no momento de escolher o pulverizador agrícola.

Dica extra: a relação entre a quantidade de insumo a ser dissolvido em água pode ser feita com a ajuda de um engenheiro agrônomo ou um profissional de agronomia.

 

Considere a viabilidade econômica do equipamento

Deve-se levar em conta a relação entre o valor da compra e o ganho estimado com a produção. Além disso, é importante considerar aspectos funcionais, como por exemplo a durabilidade do equipamento.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

A aplicação de defensivos agrícolas nas lavouras, com o auxílio do pulverizador, é de fundamental importância para a agricultura, já que é através deste equipamento que se consegue fazer o controle de pragas e doenças, tornando viável a produção agrícola.

Para escolher o melhor pulverizador para sua cultura é necessário conhecer os diferentes tipos, a necessidade da cultura e a viabilidade econômica. Em caso de dúvidas o ideal é que o produtor consulte um profissional da área.

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade

Pulgão: saiba o que é e como combatê-lo!

Pulgão: saiba o que é e como combatê-lo!

O que é o pulgão? Existe cerca de 1,5 mil espécie de pulgões que atacam as mais diversas espécies de plantas cultivadas. O problema é que, se não for tratada precocemente, pode colocar seriamente em risco a sua produção agrícola. Neste post vamos abordar o que é os pulgões e como combatê-los.

Venha Comigo!

 

Pulgão


 

O que é pulgão?

Pertencentes à família Aphidoidea, popularmente conhecidos como pulgões ou afídeos são pequenos insetos, possuem no máximo 5 mm de comprimento e multiplicam-se com facilidade em condições de temperaturas alta, baixa precipitação.

São principalmente afetados pelas condições nutricionais da planta infestada. Os pulgões em geral acabam prejudicando o desenvolvimento da planta. Isso ocorre devido à sucção de grande quantidade de seiva.

Além do retardamento do crescimento da planta, ao sugar a seiva ocasionam danos como o engruvinhamento das folhas.

Grande parte das espécies de pulgões excretam substância ‘melada’ (açucarada e pegajosa) que favorece o desenvolvimento de fumagina. Entretanto, não podemos esquecer que os pulgões também são vetores de vírus para as culturas.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Pulgões na colheita

Durante a primavera e o verão, os pulgões são geralmente as maiores preocupações dos produtores agrícolasDos danos que esses insetos podem gerar nas plantações, podemos destacar os seguintes:

  • Eles sugam os nutrientes das plantas, então afetam o desenvolvimento delas, o que pode gerar deformações e fazê-las murchar.
  • Eliminam uma secreção grudenta como um subproduto de sua digestão, deixando as folhas e os frutos pegajosos. Como resultado, a sujeira se acumula nas plantas, além de diminuir seu valor comercial.
  • Eles podem eliminar substâncias tóxicas em sua saliva, o que leva à deformações nas folhas.
  • Alguns afídeos são vetores do chamado vírus do mosaico do pepino (CMV).

 

Características morfológicas

Uma característica muito particular desta família é que seus indivíduos podem ser muito diferentes em termos estéticos.  Ou seja, as várias espécies de afídeos apresentam características morfológicas muito variadas.

Em geral, os pulgões são caracterizados por seu tamanho diminuto. Uma vez que atingem apenas alguns milímetros de comprimento na fase adulta.

 

Características morfológicas do pulgão

 

Seu corpo é macio e geralmente tem um formato ovoide, sem distinção visível entre a cabeça, o abdômen e o tórax. Dependendo da espécie, quatro a seis antenas segmentadas e três ocelos podem ser identificados.

Nos indivíduos alados, observamos dois pares de asas membranosas e transparentes. As asas dianteiras são muito maiores que as asas traseiras, apresentam uma borda espessa. E, geralmente, alguma mancha ou estigma.

 

Ciclo biológico desses insetos

Os pulgões e produzem-se por partenogênese telítoca, em que cada fêmea dá origem a 2 – 4 ninfas/dia um total de 46 – 48 ninfas, que se desenvolvem mediante sucessivas mudas.

O ciclo biológico completo do pulgão é o seguinte: o período ninfa varia de 5 a 6 dias, durante o qual são verificados 4 instares. Os períodos reprodutivos e pós-reprodutivos variam respectivamente, de 15 – 23 dias e 3 a 4 dias.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Ataque dos pulgões

Os pulgões iniciam seu ataque em reboleiras, a partir da colonização de alados migrantes. E, posteriormente se dispersam por toda lavoura.

As folhas atacadas ficam mais escuras e brilhantes, e adquirem formas arredondadas, com os bordos virados para baixo, em forma de campânulas (encarquilha mento de folhas).

Os ponteiros atrofiam e as plantas apresentam desenvolvimento reduzido e crescimento retardado (enfezamento da cultura).

 

Pulgões: diferentes tipos e forma de controle

Os diversos insetos que englobam a família dos pulgões são divididos de acordo com seu hábito alimentar: os que se alimentam de plantas da mesma família são chamados de monófagos e os que se alimentam de plantas de diferentes famílias são chamados de polífagos.

São classificados por subtipo, sendo que cada um tem certa predileção por determinadas culturas:

 

Pulgão algodoeiro

O pulgão do algodoeiroAphis gossypii, é um inseto de tamanho pequeno, medindo cerca de 1,3 mm de comprimento e de coloração variável do amarelo-claro ao verde escuro. Entre os adultos predomina a cor verde escura. Vivem sob as folhas e brotos novos das plantas sugando a seiva.

A capacidade de reprodução desses insetos é enorme e processa-se por partenogênese, isto é, sem a participação do macho. Nas populações de pulgões ocorrem formas aladas e ápteras.

À medida que a população começa a crescer de maneira muito intensa, levando à falta de alimento, aparecem as formas aladas, que voam para outras plantas, para iniciarem novas colônias.

Os danos ocasionados é o carquilha mento das folhas e deformação dos brotos, prejudicando seriamente o seu desenvolvimento, uma vez que a planta torna-se sensivelmente depauperada. A forma de controle é fazer uso de inseticidas sistêmicos específicos.

 

 

Pulgão do milho

O pulgão do milho ataca as partes jovens da planta, como o cartucho e as gemas florais, mas pode atacar o pendão também.

O principal dano causado por esta praga estão relacionados à transmissão do vírus do mosaico, que pode ocorrer com qualquer densidade de população. Principalmente quando as formas aladas estão presentes, já que transmissão do vírus se dá por via mecânica, através da picada de prova.

Quanto aos danos as populações do inseto ficam sobre as folhas, quando em altas densidades, provocando murchamento das mesmas em época de seca, em virtude da intensa atividade de sucção.

Quando ocorre a infecção da planta pela transmissão do vírus, estas apresentam sintomas no limbo foliar na forma de um mosaico de cor verde claro sobre um fundo verde escuro.

A forma de controle seria tratamentos de sementes, o uso de métodos culturas e a eliminação de hospedeiros nativos do pulgão que sejam compatíveis para o vírus (poáceas de forma geral) são medidas eficientes.

 

Pulgão da espiga

Os pulgões são insetos pequenos (1,5 a 3,0 mm), de corpo mole e piriforme, com antenas longas. O aparelho bucal é do tipo picador-sugador e o desenvolvimento paurometabólico. São altamente prolíficos e reproduzem-se por viviparidade e partenogênese telítoca. Vivem sobre a planta em colônias formadas por adultos (fêmeas) alados e ápteros e por ninfas de diferentes tamanhos.

O pulgão-da-espiga, embora possa ocorrer em baixa densidade no afilamento, aparece em maior número nas folhas, junto com o pulgão-da-folha, preferindo se instalar nas espigas.

Os danos dos pulgões podem ser ocasionados diretamente, através da sucção da seiva e de suas consequências no rendimento de grãos, como diminuição de tamanho, número e peso de grãos.

Um dos principais danos indiretos é a transmissão de um agente fito patogênico que reduz o potencial de produção do trigo, o Vírus do Nanismo Amarelo da Cevada (VNAC). O controle pode ser:

  • Biológico: efetuado por patógenos, como Enthomophthora sp. É recomendada a utilização de técnica que favoreça a ação dos predadores Eriopis connexa Cycloneda sanguinea e também dos parasitóides Aphidius sp, Praon sp e Ephedrus sp;
  • Químico: fazer uso de inseticidas registrado para as culturas, seletivos aos inimigos naturais.

 

Pulgão verde

Pulgão verde (Aphis spiraecola) ocorre, principalmente, no início da fase vegetativa e em plantas jovens. O inseto alimenta-se da seiva e injeta substâncias tóxicas que diminuem o crescimento das árvores.

 

pulgão verde

 

Danos diretos na cultura por se alimentar da seiva, prejudicam o crescimento da planta, deformação de tecidos, necroses principalmente ao longo das nervuras e folhas encarquilhadas.

Danos indiretos podem ocorrer devido à transmissão de viroses. Como por exemplo o mosaico da cenoura (Carrot mosaic virus – CtMV), causando redução da produtividade das plantas infectadas.

Quanto ao controle existem vários inimigos naturais predominando o parasitóide Aphidius sp. e os predadores Cycloneda sanguineaPseudodoros sp. e Alegrapta sp., que proporcionam bom controle deste pulgão.

 

Manejo e controle de pulgões

O desafio do agronegócio brasileiro está na difusão de métodos sustentáveis para o manejo de pragas, trazendo para o dia-a-dia do produtor as inovações tecnológicas. E, assim, manter as cadeias produtivas competitivas no mercado.

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é um conjunto de boas práticas agrícolas que implica no monitoramento da população de insetos e combina métodos e estratégias de controle como cultural, biológico, físico, legislativo, mecânico e químico, visando evitar o dano econômico.

A visita semanal à lavoura para reconhecer e monitorar a quantidade de pragas, em cada parte da planta, permite decidir sobre o controle no momento correto. Evitando danos, perdas e prejuízos na produção.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Neste artigo abordamos sobre o pulgão e os danos que ele pode ocasionar em sua cultura. Além disso, abordamos medidas de manejo que podem te auxiliar no combate ao pulgão na sua cultura.

Pronto para acabar com o pulgão na lavoura? Tente identificar quais são as áreas e os tipos de cultivo afetado. Além de qual subtipo de pulgão está presente na sua plantação. Em caso de dúvidas chame um especialista da área.

Se você gostou desse conteúdo e te ajudou e esclareceu suas dúvidas. Comente e compartilhe em suas redes sociais!

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade