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Acácia negra: entenda o que é e para que serve!

Acácia negra: entenda o que é e para que serve!

Essa é uma árvore ornamental e tem o fruto em forma de vagem torcida. Ela pode crescer até 6 metros de altura e possui 4 metros de diâmetro. As folhas são pequenas e lineares. Mas, você sabe para que serve a acácia negra?

Descubra!

 

Acácia negra: entenda o que é e para que serve!

 

Acácia negra

Uma das espécies vegetais exóticas que se destacam economicamente no Rio Grande do Sul é a Acacia mearnsii, conhecida popularmente como acácia-negra.

Essa planta apresenta uma grande importância socioeconômica. Principalmente, na região do Vale dos Sinos, onde é estimado que de 40 mil famílias vivam dessa cultura.

No Brasil, a plantação de acácia-negra tem característica multifuncional. Ou seja, tem ação recuperadora dos solos de baixa fertilidade, através da fixação de nitrogênio, permite o plantio consorciado de culturas agrícolas e presta-se à criação de gado em seu interior. De suas árvores, utiliza-se a casca e a madeira, para fins industriais.

 

 

Benefícios de cultivo

O cultivo de florestas de acácia-negra se tornou uma atividade econômica atrativa. Por gerar benefícios para diversos produtores, destacando-se:

  • Geração de renda;
  • Redução da jornada de trabalho;
  • Aproveitamento de áreas com uso restrito para agricultura;
  • Integração com outros cultivos agrícolas e com a pecuária.

 

Características da acácia negra

As 1.200 a 1.300 espécies do gênero Acacia (Família Mimosácea) estão distribuídas naturalmente pelo mundo, exceto na Europa e Antártida. O gênero é característico de regiões.

Acacia mearnsii De Wild, ou acácia-negra, ocorre naturalmente no sudeste da Austrália, especialmente na região costeira, em declives adjacentes aos planaltos da região de Sydney, no Estado de Nova Gales do Sul, até o extremo sudeste do Estado da Austrália do Sul e em áreas de baixa e média altitude do Estado da Tasmânia.

A folhagem adulta é de cor verde-escura, daí o nome acácia-negra, com brotos suavemente amarelos. As folhas são bipinadas, com 8 a 21 pares de pinas, cada um com 15 a 70 pares de folíolos. Estes medem 1,5 a 4,0 mm de comprimento por 0,5 a 0,7 mm de largura.

A folhagem das mudas apresenta de 4 a 8 pares opostos de pinas, de coloração verde-escuro. E cada pina é formada por 20 a 25 pares de folíolos oblongos. As inflorescências são panículas terminais hermafroditas, de cor amarelo-creme.

 

Importância econômica

O plantio da acácia negra é economicamente importante para as propriedades pequenas nas regiões de plantio. Especialmente no Rio Grande do Sul, onde cerca de 60% da produção é realizada por pequenos produtores que plantam e colhem a acácia na entressafra e associada a outras produções.

Para muitos produtores é a principal fonte de renda rural. E para outros ainda, o plantio de acácia é a atividade principal.

Mesmo considerando-se apenas o processo de produção primária do ciclo da acácia, que é o preparo do solo, o plantio, a trato da cultura, o descascamento, a derrubada, o corte e o baldeio da madeira e da casca. O cultivo da acácia é responsável pela geração de milhares de empregos diretos e indiretos e o sustento de muitas famílias que vivem da cultura da acácia.

 

Importância ambiental

A produção de acácia-negra também é muito importante do ponto de vista ambiental sob o ponto de vista ambiental. Pois o cultivo de acácia é responsável pela incorporação ao solo de matéria orgânica além de fixar nitrogênio atmosférico.

Estas duas capacidades da cultura da acácia são responsáveis pela manutenção e proteção produtiva do solo, no entanto é fundamental o estudo do ciclo de nutrientes em cada região. Pois a alternância entre plantio e colheita podem comprometer o ciclo de nutrientes e a produtividade.

 

Nutrição Mineral de Plantas: Macronutrientes.

 

Utilizações comerciais desta espécie

Agora vamos ver a utilizações comerciais das partes descartadas desta espécie vegetal. Vamos lá?

 

Cascas de acácia negra

A casca dessa espécie vegetal é muito conhecida como uma importante fonte de taninos. Estes metabólitos secundários são compostos produzidos por certas espécies vegetais, com o intuito de proteger a planta contra o ataque de animais e insetos.

Os taninos são notoriamente conhecidos pela capacidade em precipitar proteínas. Desta forma, são muito empregados na indústria coureira, no curtimento de couros e peles, permitindo maior resistência do couro frente às abrasões.

Os taninos obtidos das cascas da acácia-negra também são empregados nas mais diferentes finalidades, como na perfuração do solo para exploração petrolífera, na produção de agentes anticorrosivos, na indústria de cana de açúcar e álcool, na produção de sanitizantes, na clarificação de cervejas e vinhos.

 

Madeira de acácia negra

A madeira vem tendo destaque por ser mais rentável, já que é exportada em quase sua totalidade como cavacos para as indústrias de celulose Kraft no Japão.

A madeira de acácia-negra é matéria-prima de qualidade não apenas para a fabricação de celulose. Mas também de rayon (seda artificial), papel, chapas de aglomerados e energia (carvão vegetal e carvão ativado).

 

Folhas e flores de acácia negra

Quantidades importantes de nutrientes podem retornar ao solo pela deposição das folhas e das flores sobre ele, principalmente pela capacidade de fixar nitrogênio atmosférico. Assim fertilizando e recuperando solos degradados e permitindo o cultivo consorciado da acácia negra com as culturas agrícolas e silviculturas.

As folhas são mais predominantes na serrapilheira devolvida ao solo do que as flores, mas isso se deve em parte à sazonalidade das flores, que não estão presentes o ano todo.

As folhas são ricas em nitrogênio, cálcio, fósforo, potássio e magnésio, as flores apresentam esses mesmos nutrientes, porém em menores quantidades.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portando, o cultivo da acácia negra tem grande importância econômica, social e ambiental para a sociedade moderna.

A facilidade com que a planta se adapta a locais com diferentes características de solo e seu rápido crescimento fazem com que ela seja muito utilizada. Sendo todas suas partes aproveitadas e reaproveitadas para as mais diversas finalidades.

Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário e acompanhe nosso blog e fique por dentro dos próximos artigos!

Escrito por Michelly Moraes.

 

Elabore um plano de manejo florestal em 10 passos!

Elabore um plano de manejo florestal em 10 passos!

Plano de manejo florestal é um documento técnico mediante o qual se estabelece o zoneamento e as normas que devem presidir o uso da área e o manejo dos recursos naturais, inclusive a implantação das estruturas físicas necessárias à sua gestão. Neste artigo vamos discutir sobre o que é e como elaborar o Plano de manejo florestal. Além de conhecer seus benefícios.

Acompanhe!

 

Elabore um plano de manejo florestal em 10 passos!

 

O que é plano de manejo florestal?

manejo florestal sustentável é um conjunto de técnicas usadas para capturar recursos naturais sem danificar o meio ambiente, garantindo a continuação e renovação destes recursos permitindo o seu uso constante.

Contribui para a manutenção e utilização de maneira adequada da cobertura florestal e favorece o desenvolvimento de técnicas de análises quantitativas nas decisões sobre composição, estrutura e localização de uma floresta.

De maneira que esta forneça benefícios ambientais, econômicos e sociais, na quantidade e na qualidade necessária, mantendo a diversidade e garantindo a sustentabilidade da floresta.

Além do mais, o manejo pode conciliar a colheita dos produtos florestais com a conservação da biodiversidade da floresta, garantindo, assim, uma fonte de recursos de igual tamanho para as próximas gerações.

 

 

Quais são os benefícios do manejo florestal

O objetivo do manejo florestal é abastecer as unidades de produção de carvão com madeira de eucalipto em regime sustentável, baixo custo e alta qualidade. As vantagens de se utilizar as técnicas de manejo florestal são:

  • Continuidade da produção: a adoção do manejo garante a produção de madeira na área indefinidamente e requer a metade do tempo necessário na colheita não-manejada.
  • Rentabilidade: os benefícios econômicos do manejo superam os custos. Estes benefícios decorrem do aumento da produtividade do trabalho e da redução dos desperdícios de madeira.
  • Segurança de trabalho: as técnicas de manejo diminuem drasticamente os riscos de acidentes de trabalho.
  • Respeito à lei: o manejo florestal é obrigatório por lei. As empresas que não fazem manejo estão sujeitas a diversas penas. Embora a ação fiscalizadora tenha sido pouca efetiva até o momento, é certo que essa situação vai mudar. Recentemente, têm aumentado as pressões da sociedade para que as leis ambientais e florestais sejam cumpridas.
  • Conservação florestal: o manejo da floresta garante a cobertura florestal da área, retém a maior parte da diversidade vegetal original e pode ter pequeno impacto sobre a fauna, se comparado à colheita não-manejada.
  • Oportunidades de mercado: as empresas que usam as técnicas de manejo florestal são também beneficiadas, pois, sustentabilidade gera bons créditos como o selo verde, por exemplo, boa reputação no mercado e na sociedade.

 

O que é plano de manejo florestal sustentável (PMFS)?

O manejo florestal sustentável prioriza a permanência da floresta “em pé”, já que essa existência garante a sobrevivência econômica da atividade florestal.

A aplicação das técnicas de manejo florestal sustentável tem a finalidade de reduzir os impactos da exploração e possibilitar a sustentabilidade da produção florestal através do controle e planejamento da colheita e do monitoramento do crescimento da floresta.

É fundamental ter o conhecimento da equipe de engenharia ambiental que faz o estudo de levantamento das espécies de madeireiras que possibilite harmonizar os conceitos de fitossociologia (estudo das características, distribuição, relações, classificação de comunidades vegetais naturais).

Tudo isso engloba as distribuições espacial e diamétricas das espécies. Os responsáveis pelo manejo devem respeitar o aspecto social da floresta e as práticas de regeneração, além de considerar a biodiversidade para que o manejo seja realizado com sucesso.

 

Manejo florestal sustentável comunitário

É o manejo florestal elaborado e realizado por uma comunidade, que acerta os interesses comuns e divide as tarefas e os ganhos entre todos. De maneira isolada, fica difícil e custoso para uma família elaborar e protocolar um PMFS.

Unidas, as famílias têm maior poder para negociar contratos, conseguir assistência técnica, etc. O manejo de uso múltiplo propõe que as comunidades possam usufruir dos benefícios florestais, durante todo o ano, respeitando os períodos de colheita e descanso da floresta.

Este manejo garante também a continuidade de remuneração às famílias, pois os períodos de safra dos diversos produtos se alternam.

 

Benefícios

Com o manejo florestal comunitário, o produtor também economiza tempo e dinheiro, pois, as despesas para elaboração do Plano de Manejo Florestal Sustentável são menores, já que se elabora somente um Plano para todo o grupo.

O crédito adquirido junto aos órgãos de financiamento também pode ser maior quando requisitado por uma comunidade.

Os benefícios ecológicos também são muito importantes, principalmente em comparação com roça e pasto: com o manejo, a floresta se mantém, abriga animais silvestres, protege o solo contra erosão, protege os rios e nascentes, ajuda a diminuir a incidência de fogo na região, etc.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Elaboração de plano de manejo sustentável?

Hoje trago a todos vocês uma roteiro básico para elaboração de um plano de manejo florestal esse roteiro segue a nossa legislação. Seguir são descritos os passos para elaboração de um plano de manejo florestal:

 

1º Passo – Informações gerais

  • Categoria do plano de manejo florestal;
  • Titularidade da floresta: floresta pública ou particular
  • Tipo de vegetação predominante: floresta estacional semi decidual, floresta Estacional decidual, floresta ombrófila densa, floresta ombrófila aberta;
  • Estado da floresta manejada: floresta primária ou secundária.

 

2º Passo – Responsáveis técnicos

 

3º Passo – Objetivos do plano de manejo

Exemplos:

  • Maximizar a produção de toras para serraria, garantindo a perpetuidade da produção florestal ao longo dos ciclos de corte, com a máxima eficácia e eficiência;
  • Desenvolver o manejo de produtos florestais não-madeireiros em escala industrial e/ou junto às comunidades;
  • Buscar parcerias com as instituições de pesquisa nacionais e internacionais para desenvolvimento de pesquisas ligadas aos diferentes temas relacionados ao manejo florestal.

 

4º Passo – Justificativa técnica e econômica

Sintetizar as técnicas de manejo utilizadas no plano e a análise econômica do produto ou dos produtos obtidos do manejo florestal.

 

5º Passo – Informações sobre a propriedade

  • Localização da área;
  • Região;
  • Estado;
  • Municípios abrangidos;
  • Marcos limites da área (Norte, Sul, Leste e Oeste);
  • Coordenadas geográficas;
  • Forma de acesso à área;
  • Área a ser manejada.

 

6º Passo – Descrição do ambiente

  • O meio físico;
  • O meio biológico;
  • E o meio socioeconômico.

 

7º Passo – Uso atual da terra

Macro zoneamento da área a ser manejada. Elaboração do mapa da área com:

  • Hidrografia;
  • Altitude;
  • Divisão das Unidades de Produção Anual (UPA).

 

8° Passo – Descrição dos recursos florestais (inventário florestal)

  • Metodologia utilizada;
  • Resultados;
  • Análise florística;
  • Estrutura e densidade;
  • Capacidade produtiva.

 

9º Passo – Informações sobre o manejo florestal

  • Fundamentos do manejo florestal sustentável;
  • Sistema silvicultura;
  • Espécies florestais a serem manejadas;
  • Espécies florestais a serem protegidas;
  • Regulação da produção (Intensidade de corte, produção da floresta, Ciclo de corte inicial, Estimativa de produção anual);
  • Descrição das atividades da colheita florestal em cada UPA (Elaboração de mapas contendo o local das estradas, abertura e manutenção das estradas, corte e traçamento das árvores, planejamento do arraste, carregamento e transporte das toras, tratamentos silviculturais pós colheita.

 

10º Passo – Considerações

  • Investimentos e custos do manejo florestal;
  • Identificação e elaboração dos impactos ambientais e sociológicos;
  • Medidas de proteção das florestas.

 

Certificação do manejo florestal

A certificação de Manejo Florestal garante que a floresta é manejada de forma responsável, de acordo com os princípios e critérios da certificação FSC. 

Todos os produtores podem obter o certificado, sejam pequenas, grandes operações ou associações comunitárias. Essas florestas podem ser naturais ou plantadas, públicas ou privadas.

A certificação de manejo florestal pode ser caracterizada por tipo de produto: madeireiros, como toras ou pranchas; ou não madeireiros, como óleos, sementes e castanhas.

Desde 1996 a Sociedade Brasileira de Silvicultura SBS em parceria com algumas associações do setor, instituições de ensino e pesquisa, organizações não-governamentais e com apoio de alguns órgãos do governo, vem trabalhando com um programa voluntário denominado Cerflor  Programa Brasileiro de Certificação Florestal, que surgiu em agosto de 2002, para atender uma demanda do setor produtivo florestal do país.

 

certificação florestal

O processo de certificação florestal pode ser resumido em etapas sendo elas;

  • Contato inicial: a operação florestal entra em contato com a certificadora;
  • Avaliação: consiste em uma análise geral do manejo, da documentação e da avaliação de campo. O seu objetivo é preparar a operação para receber a certificação. Nesta fase são realizadas as consultas públicas, quando os grupos de interesse podem se manifestar;
  • Adequação: após a avaliação, a operação florestal deve se adequar às não conformidades (quando houver);
  • Certificação da operação: a operação florestal recebe a certificação. Nesta etapa, a certificadora elabora e disponibiliza um resumo público;

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Entende-se que o manejo é uma atividade econômica oposta ao desmatamento, pois não há remoção total da floresta e mesmo após o uso o local manterá sua estrutura florestal.

O manejo bem feito segue três princípios fundamentais: deve ser ecologicamente correto, economicamente viável e socialmente justo. Com isso a elaboração do plano de manejo florestal é de extrema importância, uma vez que bem planejada e monitora.

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Escrito por Michelly Moraes.

 

Certificação florestal: entenda o que é e quais os benefícios!

Certificação florestal: entenda o que é e quais os benefícios!

A certificação da gestão florestal, é um “selo de garantia”, atribuído por uma entidade independente, reconhecendo a gestão responsável das florestas, de acordo com exigentes critérios ambientais, sociais e económicos. Neste Post vamos abordar sobre o conceito e os benefícios da certificação.

Venha Comigo!

 

Certificação florestal: entenda o que é e quais os benefícios!

 

O que é certificação florestal?

Certificação Florestal é um processo no qual as empresas do setor de base florestal se voluntariam para serem auditadas por uma terceira parte, que são as certificadoras.

Estas são responsáveis por atestar se toda a cadeia produtiva da companhia atua com base nas boas práticas de manejo florestal e seguindo determinados padrões internacionais que asseguram que os aspectos sociais e ambientais do manejo sejam considerados.

A certificação confirma a conduta de gestão das operações florestais e industriais baseada em três pilares: o econômico; o social e o ambiental.

 

O que é certificação florestal?

 

A certificação da floresta é uma garantia de origem da madeira que serve para o comprador ter a opção de escolher um produto diferenciado e com valor agregado. Atingindo um público mais exigente.

 

O que é o CERFLOR?

O CERFLOR é um programa nacional de certificação florestal, desenvolvido pelo Sistema Brasileiro de Avaliação de Conformidade (SBAC) implantado, gerenciado e acreditado pelo INMETRO.

Esse programa originou-se da alta demanda pela certificação florestal, impulsionado pela crescente preocupação com a conservação dos recursos naturais.

O CERFLOR também possui reconhecimento internacional através do Programme for the Endorsement of Forest Certification Schemes (PEFC). Entre as normas que compõem o programa e são certificáveis podemos citar:

  • A NBR 14789: Manejo florestal Princípios, critérios e indicadores para plantações florestais;
  • A NBR 14790: Manejo florestal Cadeia de custódia;
  • E a NBR 15789: Manejo florestal Princípios, critérios e indicadores para florestas nativas.

 

 

Tipos de certificação florestal

Principais sistemas de certificação florestal Segundo o Sistema Nacional de Informações Florestais (SNIF) são:

 

PEFC (Program for the Endorsement of Forest Certification Schemes)

O PEFC ou Programa para o Mútuo Reconhecimento de Sistemas de Certificação Florestal, é uma iniciativa que estabelece um quadro de referência para o reconhecimento mútuo dos processos nacionais de certificação florestal.

Selo - Certificação Florestal

De forma a promover uma gestão florestal economicamente viável, ecologicamente adequada e socialmente benéfica.

Assegurando ao consumidor de produtos florestais que está a adquirir produtos provenientes de florestas geridas de forma sustentável.

 

FSC (Forest Stewardship Council)

O FSC é uma organização internacional sem fins lucrativos fundada com o objetivo de apoiar a gestão, ambientalmente adequada, socialmente benéfica e economicamente viável, de florestas do mundo inteiro através da certificação independente da gestão florestal e da marcação de produtos florestais certificados.

Selo - Certificação Florestal

Funciona como um acreditador de programas de certificação florestal, garantido níveis de desempenho consistentes.

A certificação florestal FSC é um processo através do qual a execução das operações florestais é avaliada com base em 10 princípios e 56 critérios do FSC para a Gestão Florestal.

Os quais servem como base para o desenvolvimento de standards de gestão florestal específicos para cada região.

 

Quais são as modalidades de certificação FSC?

Existem algumas modalidades de certificação florestal sendo eles Manejo Florestal (FM); Cadeia de Custódia (CoC); Manejo Florestal (FM);

  • Madeira Controlada (CW): Atesta que empresas manejam a floresta de maneira responsável, de acordo com os princípios e critérios da certificação FSC;
  • Cadeia de Custódia (CoC): Atesta a rastreabilidade da matéria-prima que sai da floresta (ou seja, os produtos que levam o selo de cadeia de custódia foram de fato produzidos a partir de matérias-primas florestais certificadas pela modalidade “manejo florestal”).
  • Madeira Controlada (CW): Atesta que produtos florestais provenientes de florestas não certificadas evitam fontes controversas. Madeira Controlada FSC somente pode ser associada com produtos florestas certificados FSC, que sãos etiquetados como de Fontes Mistas.

 

Qualidade e Uso da Madeira

 

Vantagens da certificação florestal

A certificação florestal é um processo voluntário, focado no mercado, que apresenta benefícios ambientais, sociais e Econômico:

 

Ambientais

Conservação da biodiversidade e manutenção de serviços do ecossistema, contribuindo para fixação de carbono, filtração de partículas do ar, regulação dos fluxos de água e proteção dos solos contra erosão;

 

Sociais

Criação de empregos, melhoria das condições de segurança e saúde no trabalho e envolvimento com as comunidades locais.

 

Econômico

Em termos econômicos, a certificação florestal promove e dá visibilidade a produtos que resultam de uma gestão responsável.

Os produtos “amigos” do ambiente tendem a ser mais procurados por parte dos consumidores, podendo até ser vendidos a preços superiores.

A certificação florestal facilita ainda questões legais e administrativas, relacionadas com a origem legal da madeira e produtos derivados, assim como o acesso dos produtores aos mercados.

 

5 passos para conseguir o selo/certificação?

O processo de certificação florestal é composto por diversas etapas. Veja abaixo cada uma delas;

 

1 – Possuir fornecedores certificados

Para a certificação de cadeia de custódia, é imprescindível que a empresa possua fornecedores de matéria-prima certificada.

Se inicialmente a operação não possui um fornecedor certificado pelo FSC, ela poderá indicar em seu processo de certificação quais são os potenciais fornecedores certificados.

Lembrando que a permissão para a utilização da marca do FSC, contudo, somente será possível após a evidência de aquisição de materiais certificados.

Outro ponto importante a destacar é que as normas do FSC não proíbem uma empresa certificada de continuar trabalhando com fornecedores não-certificados.

 

2 – Implementar um sistema de gestão da cadeia de custódia FSC

A empresa candidata à certificação deverá se preparar para a certificação, adequando ou implementando um sistema de controle eficiente que garanta o cumprimento de todos os requisitos aplicáveis das normas do FSC para cadeia de custódia.

É necessário definir os procedimentos para o controle e gestão do sistema de cadeia de custódia da organização, garantindo que os mesmos são adotados por todos os envolvidos no processo.

 

3 – Estabelecer e implementar um plano de treinamento

A organização precisará desenvolver um plano de treinamento cobrindo todos os requisitos normativos aplicáveis, e implementá-lo no que diz respeito ao treinamento efetivo dos colaboradores envolvidos em cada etapa do processo de cadeia de custódia.

 

4 – Passar por auditoria de certificação

Após implementar o sistema de gestão da cadeia de custódia FSC conforme as normas aplicáveis, o empreendimento já estará apto a passar pela auditoria de certificação, que será realizada por uma entidade certificadora credenciada pelo FSC.

No contato inicial com a certificadora, a organização deverá preencher alguns formulários contendo informações sobre a sua atividade e sobre o seu sistema de gestão da cadeia de custódia.

Além de assinar a proposta de certificação para que seja feito o agendamento da auditoria.

 

5 – Aguardar a emissão do certificado

Após ser aprovada em auditoria, o próximo passo é aguardar a emissão do certificado e do código de licença para que possa utilizar o selo FSC e vender produtos como sendo certificados pelo FSC.

Este prazo varia conforme a certificadora, e pode levar aproximadamente de 10 a 60 dias para ser emitido.

Ao receber o número da certificação, a empresa conclui a etapa de obtenção da certificação FSC, e inicia uma nova etapa: a manutenção de sua certificação.

 

Plataforma Agropos

 

Conclusão

Como visto no texto a certificação pode resultar em inúmeros benefícios direta e indiretamente para os diferentes grupos relacionados à atividade florestal.

Ou seja, para os empreendedores (empresas ou instituições), para as comunidades e populações locais, para os consumidores, para o poder público, e para os trabalhadores e as gerações futuras.

Neste artigo abordamos sobre a importância da certificação florestal e passo a passo de como conseguir. Em caso de dúvidas Durante essas etapas, o ideal é procurar um profissional da área.

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O que é inventário florestal? Saiba mais sobre o assunto!

O que é inventário florestal? Saiba mais sobre o assunto!

Você já se perguntou o que é inventario Florestal? Neste artigo você irá entender passo a passo o que é essa técnica e quais os benefícios desse procedimento.

Venha comigo!

 

O que é inventário florestal? Saiba mais sobre o assunto!

 

O inventário florestal é a atividade realizada para obter informações qualitativas e quantitativas de povoamentos florestais através da coleta de dados em campo. A metodologia utilizada para aquisição destas características depende de inúmeros fatores.

Tem por objetivo gerar informações sobre os recursos florestais naturais e plantados, para fundamentar a formulação, implementação e execução de políticas públicas de desenvolvimento, uso e conservação, geração de relatórios para empresas, bem como a gestão desses recursos, através de informações suficientes, confiáveis e periodicamente atualizadas.

 

 

Tipos de inventário florestal

Os principais tipos de inventário são:

O Inventário Florestal Nacional: São inventários extensivos que cobrem países inteiros, visando fornecer as bases para a definição de políticas florestais e para a elaboração de planos de desenvolvimento e uso das florestas.

O Inventário Florestal Regional: Realizado em grandes áreas com o objetivo de embasar planos estratégicos de desenvolvimento regional, adoção de medidas visando preservar certas espécies, estudos de viabilidade de empresas florestais.

E o Inventário Florestal de Área Restrita: São os mais comuns e constituem a maioria dos inventários florestais. Em geral, visam determinar o potencial florestal para utilização imediata ou embasar a elaboração de planos

 

As principais doenças bióticas da eucaliptocultura no Brasil

 

Planejamento no inventário florestal

O Inventário é a base para o planejamento do uso dos recursos florestais. Através dele é possível a caracterização de uma determinada área e o conhecimento quantitativo e qualitativo das espécies que a compõem. Podendo fornecer diversas informações, dentre elas:

  • Estimativa de área;
  • Descrição da topografia;
  • Mapeamento da propriedade;
  • Descrição de acessos;
  • Facilidade de transporte da madeira;
  • Estimativa da quantidade e qualidade de diferentes recursos florestais;
  • Estimativa de crescimento (se o inventário for realizado mais de uma vez).

 

Elaboração de um projeto de inventário florestal

O Inventário Florestal Nacional tem abrangência sobre todo o território brasileiro, para reportar informações sobre os recursos florestais. O projeto está estruturado em cinco componentes, sendo eles:

  • Profissional;
  • Tabela de produção
  • Coleta no campo;
  • Processamento de dados;
  • Interpretação de dados e escrita;

 

Profissional

É importante ter um profissional habilitado para tal, uma vez que o Inventário Florestal não é simples como pode parecer no primeiro momento. Os profissionais requisitados são os engenheiros florestais, mas há casos específicos em que Engenheiros Agrônomos e Biólogos também podem fazê-lo, onde se especializam na área através de uma pós graduação.

 

Análise da área

É importante o objetivo do seu inventário estar bem claro. É um Inventário Florestal com o objetivo de corte raso na área? Vou fazer um plano de manejo ou alguma outra atividade extrativista sustentável? Qual a fitofisionomia da área (cerrado, floresta amazônica, etc)? Tem bons acessos à área-alvo? O que a legislação me solicita?

Uma boa análise da área perpassa pela coleta de dados secundários (disponíveis em outros meios) e dados primários (coletados). Portanto, recomenda-se que o profissional contratado tenha conhecimentos em SIG/Geoprocessamento, para maior assertividade do planejamento.

Lembrando que o mapeamento permitirá as estimativas envolvendo diferentes tipologias florestais e suas respectivas áreas, sendo de extrema importância para o monitoramento da cobertura florestal.

 

Tabela de Produção

Constitui a base do manejo florestal, pois expressa o comportamento de uma espécie ao longo do tempo, em um determinado sítio, submetida a um regime de manejo definido, desde a implantação até o final da rotação.

Neste método são apresentadas as estimativas dos parâmetros dendrométricos das árvores e dos povoamentos de uma espécie, por sítio e idade, para um determinado sistema de manejo.

Dessa maneira, pode-se avaliar uma floresta a partir da identificação do sítio, espécie e idade, obtendo-se as informações necessárias diretamente na tabela de produção.

 

Coleta de dados em campo

Amostragem

Após o planejamento no qual são definidos os objetivos, os parâmetros mais importantes do Inventário Florestal e o tipo de amostragem a ser realizado, parte-se para a execução que compreende a interpretação de imagens e os trabalhos de campo.

Essa fase, serão necessários os equipamentos de campo (fita métrica, suta, hipsômetro, prancheta, GPS, máquina fotográfica, etc), vestimenta adequada ao clima/localidade e veículo para deslocamento.

 

Coleta de dados em campo

 

Nos trabalhos de campo, as equipes devem ser convenientemente preparadas para a realização de tarefas como a localização das unidades de amostras, e a obtenção das variáveis de interesse. As mais frequentes variáveis obtidas em campo são:

Altura: a altura considerada vai da base da árvore até a primeira bifurcação significativa. Esta informação pode ser obtida por meio de qualquer instrumento baseado em relações trigonométricas, como Haga, Blume-Leis, dentre outros.

Diâmetro: o diâmetro é tomado a 1,30 m do solo, podendo ser obtido por meio de um aparelho chamado Suta ou por fita diamétrica.

Distância: pode ser empregada a metodologia do Vizinho Mais Próximo (VMP), que consiste em considerar as distâncias das árvores a pontos pré-determinados e aplicar os processos de mensuração e identificação àquelas que estão mais próximos deles.

Deve-se considerar as árvores mais próximas por classes de diâmetro, que permitirá melhores inferências sobre a estrutura vertical da floresta. É necessário medira distância que vai do centro às árvores mais próximas, sendo que essa distância pode ser medida com trena.

 

Processamento dos dados

É importante saber qual a ferramenta você utilizará para processar estes dados. Sendo algumas das opções disponíveis sendo elas;

Editores de planilhas sendo o mais comum o Microsoft Excel, os editores de planilhas são importantes por facilitarem a digitação dos dados coletados em campo e inserção das fórmulas estatísticas;

Software Mata Nativa é o software que realiza todos cálculos de inventário florestal e análise fitossociológica, com aplicação efetiva em todos os biomas brasileiros.

Além do software ele possui uma versão para dispositivos móveis, que agiliza a coleta de dados em campo e elimina o processo de digitação das fichas de campo, diminuindo o tempo de elaboração do projeto e consequentemente reduzindo o custo do inventário florestal.

O software permite, dentre muitas análises, realizar diagnósticos qualitativos e quantitativos de formações vegetacionais, análises fitossociológicas completas, elaborar inventários e planos de manejo, monitorar a floresta através de inventários contínuos acompanhando o crescimento e desenvolvimento das espécies e analisando as características de valoração e exploração florestal.

Treesoftware empresa com soluções que englobam a área de inventário florestal. A empresa também possui solução mobile, facilitando a vida de quem atua no campo.

 

Interpretação dos dados e escrita no inventário florestal

A coleta de dados no inventário florestal é um processo minucioso que quando realizado através de anotações em fichas de campo, requer tempo, tanto para anotações quanto para digitalização dos dados obtidos.

 A interpretação dos dados é um profissional habilitado ter sido contratado é o diferencial, pois neste momento será feita toda a interpretação dos dados colhidos e processados, seguido da escrita, na qual irá descrever detalhadamente o que os dados significam e como eles devem ser aplicados para se alcançar o objetivo definido logo no início do projeto.

 

Plataforma Agropos

 

Conclusão

Entende- se que o Inventário Florestal é a principal ferramenta para diagnose e prognose das condições produtivas ou protetivas de uma floresta.

É através dos resultados oriundos da medição feita para o Inventário Florestal que se tomam decisões sobre a viabilidade de empreender ou não em uma localidade com cobertura de floresta. Além disso, o Inventário Florestal nos dá as principais informações que precisamos para conservar e manejar nossa área florestal.

Escrito por Michelly Moares.

Inventário florestal: tudo sobre essa atividade!

Inventário florestal: tudo sobre essa atividade!

O inventário florestal consiste no uso de fundamentos da teoria de amostragem para a determinação ou estimativa das características quantitativas ou qualitativas da floresta.

Desde já é uma das atividades mais importantes. Afinal é por meio dele que se avalia o estoque de madeira existente. Dando suporte para tomada de decisões estratégicas e de planejamento das atividades de exploração e do manejo propriamente dito.

Tais como: espécies a explorar, intensidades e ciclos de corte, tratamentos silviculturas a serem conduzidos, necessidade de plantios de enriquecimento.

 

Inventário florestal

 

Portanto, para obtenção de resultados, o inventário florestal conta com as inovações tecnológicas. Absorvendo rapidamente estas novidades. Além de tornar os trabalhos de inventários mais rápidos e precisos.

Representam uma boa economia de recursos financeiros. Tanto para as indústrias como para os profissionais autônomos.

 

 

O que é inventário florestal?

Inventário florestal é a aplicação de técnicas de medição para se obter informações das espécies existentes numa determinada área. Com ele se obtém informações a respeito da cobertura vegetal e exprime características qualitativas e quantitativas de espécies distribuídas em florestas.

Um inventário florestal completo pode fornecer várias informações, dentre elas:

  • Estimativa de área;
  • Descrição da topografia;
  • Mapeamento da propriedade;
  • Descrição de acessos;
  • Facilidade de transporte da madeira;
  • Estimativa da quantidade e qualidade de diferentes recursos florestais;
  • Estimativa de crescimento (se o inventário for realizado mais de uma vez).

Os inventários florestais podem ser classificados em diversos tipos de acordo com seus objetivos, abrangência, forma de obtenção dos dados, abordagem da população no tempo e grau de detalhamento dos seus resultados. De acordo com a descrição a seguir:

 

 

Objetivos do inventário florestal

Inventário de cunho tático: são inventários realizados para atender a demanda de uma empresa florestal. Tais como conhecimento da dinâmica da floresta, elaboração de plano de manejo e exploração florestal.

Inventário de cunho estratégico: são utilizados para instruir o poder público na formulação de políticas de conservação. Desenvolvimento e uso dos recursos florestais.

 

Quanto à abrangência no inventário florestal

Inventário florestal nacional: são inventários extensivos que cobre um país inteiro. Visa fornecer as bases para a definição de políticas florestais e para a elaboração de planos de desenvolvimento e uso das florestas.

Inventário florestal regional: realizado em grandes áreas. Tem como objetivo embasar planos estratégicos de desenvolvimento regional. Adoção de medidas para preservar espécies e também estudos de viabilidade para empresas florestais

E o inventário florestal de área restrita: no geral, têm a finalidade de determinar o potencial florestal para utilização imediata ou embasar a elaboração de planos de manejo. Fundamentais para uma extração legal.

 

Quanto a obtenção de dados no inventário florestal

Amostragem: constituem a grande maioria dos inventários florestais. Através deste inventário, observam-se apenas uma parte da população e obtém-se uma estimativa dos seus parâmetros. A qual traz consigo um erro de amostragem.

Geralmente é utilizado em grandes populações. Especialmente quando os resultados devem ser obtidos no menor espaço de tempo. Pelo menor custo e com a precisão desejada.

Tabela de produção: constitui a base do manejo florestal. Pois expressa o comportamento de uma espécie ao longo do tempo. Em um determinado sítio, submetida a um regime de manejo definido, desde a implantação até o final da rotação.

Neste método são apresentadas as estimativas dos parâmetros dendrométricos das árvores e dos povoamentos de uma espécie. Por sítio e idade, para um determinado sistema de manejo.

Dessa maneira, pode-se avaliar uma floresta a partir da identificação do sítio, espécie e idade, obtendo-se as informações necessárias diretamente na tabela de produção.

 

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Trabalhos realizados em campo: após o planejamento no qual são definidos os objetivos. Os parâmetros mais importantes do Inventário Florestal e o tipo de amostragem a ser realizado. Parte-se para a execução que compreende a interpretação de imagens e os trabalhos de campo.

Nos trabalhos de campo, as equipes devem ser convenientemente preparadas para a realização de tarefas como a localização das unidades de amostras. E a obtenção das variáveis de interesse.

 

As mais frequentes variáveis obtidas em campo são:

Altura: a altura considerada é a comercial, que vai da base da árvore até a primeira bifurcação significativa. Esta informação pode ser obtida por meio de qualquer instrumento baseado em relações trigonométricas, como Haga, Blume-Leis e outros.

Diâmetro: o diâmetro é tomado a 1,30 m do solo. Podendo ser obtido por meio de um aparelho chamado suta ou por uma fita diamétrica.

Distância: pode ser empregada a metodologia do Vizinho Mais Próximo (VMP). Que consiste em considerar as distâncias das árvores a pontos pré-determinados e aplicar os processos de mensuração e identificação àquelas que estão mais próximos deles.

Deve-se considerar as árvores mais próximas por classes de diâmetro. Que permitirá melhores inferências sobre a estrutura vertical da floresta.

É necessário medir a distância que vai do centro às árvores mais próximas. Tal distância pode ser medida com trena, sendo importante para o cálculo que cada árvore ocupa dentro do espaço amostral.

Sanidade aparente: diz respeito ao aspecto externo da árvore em que se avalia a qualidade do fuste o qual poderá apresentar características indesejáveis como ataque de insetos, apodrecimentos, ocos ou deformações.

 

Resultados detalhados 

Inventário exploratório: este tipo de inventário é aplicado em geral em grandes áreas em nível de estado ou país.

Inventários florestais de reconhecimento: fornecem informações generalizadas que permitem identificar e delimitar áreas de grande potencial madeireiro. Detectar áreas que sejam passíveis de uso indireto (recreação, lazer), indicar áreas com vocação florestal, dentre outros.

E os inventários florestais de semi detalhe: Este tipo de levantamento é realizado com base nos resultados do inventário florestal de reconhecimento. Sendo suas principais características:

  • fornece estimativas mais precisas relacionadas aos parâmetros da população florestal;
  • ter escala compatível com o nível de informações que se quer obter;
  • permitir a definição de áreas para exploração florestal através de talhões de tamanhos variáveis normalmente entre 10 e 100 ha.

 

Inventário florestal nacional

O Brasil ocupa aproximadamente 8,5 milhões de quilômetros quadrados, dos quais cerca de 55% são cobertos por florestas.

Essas florestas têm importância ambiental e socioeconômica para o país. Assim como para o planeta, pela sua contribuição global na oferta de serviços ambientais. Tais como a conservação da biodiversidade e o sequestro de carbono.

Em nível nacional, o uso e a conservação dos recursos florestais são de importância estratégica para o país

Nesta forma o Inventário Florestal Nacional – IFN é uma ação coordenada pelo Serviço Florestal Brasileiro, que visa à produção de informações estratégicas sobre os recursos florestais do país.

Trata-se de um levantamento de dados em campo, em nível nacional. Que trará um conjunto de informações que contribuirão na formulação de políticas públicas e projetos de uso, conservação e recuperação dos recursos florestais.

O IFN está sendo implementado progressivamente em partes do território nacional.

 

Inventário florestal

 

O objetivo principal do IFN

O objetivo principal do IFN é produzir informações sobre as florestas naturais e plantadas, a cada cinco anos. Para subsidiar a formulação de políticas públicas, visando ao uso, à recuperação e à conservação dos recursos florestais.

Os trabalhos de implementação do Inventário Florestal Nacional visam ao cumprimento do Código Florestal, Artigo 71 da Lei Nº 12.651 de maio de 2012. Que preconiza que “A União, em conjunto com os Estados, Distrito Federal e os Municípios, realizará o Inventário Florestal Nacional. Para subsidiar a análise da existência e qualidade das florestas do País, em imóveis privados e terras públicas”.

O IFN produzirá informações sobre aspectos como a estrutura e composição das florestas, estoques de madeira, biomassa e carbono, saúde e vitalidade. Assim como sobre os padrões de mudança desses aspectos ao longo do tempo, pela comparação das estimativas obtidas de medições sucessivas.

Essas estimativas servirão para apoiar a formulação de políticas nacionais e regionais, com base em dados atualizados e confiáveis. Para ajudar a identificar estratégias e oportunidades para o uso sustentável dos recursos florestais e para manter a sociedade informada sobre a situação das florestas do país.

 

Principais tipos de inventários florestais

Existem vários tipos de inventário florestal, sendo eles classificados como;

Inventário florestal convencional: o tipo mais comum de inventário, é realizado apenas para obtenção do volume total de madeira (estoque);

Inventário florestal continuo: é realizado anualmente em plantios comerciais com objetivo de analisar as mudanças ocorridas na floresta durante certo período de tempo. Permitindo determinar a idade técnica de colheita e gerar dados de modelagem de crescimento e da produção florestal.

Este procedimento faz uso exclusivo de parcelas permanentes, ou seja, ano a ano as mesmas árvores são mensuradas em cada realização do inventário, captando com precisão as mudanças ocorridas na floresta.

Inventário florestal qualitativo: é realizado para avaliar a qualidade dos plantios efetuados pela empresa responsável pela implantação das florestas. Neste caso a amostragem é feita em linha com idade próxima aos 3 meses, obtendo-se o índice de sobrevivência das mudas.

A altura também pode ser um indicador da qualidade do plantio, sendo está avaliada entre 9 a 12 meses. Plantios mais homogêneos apresentam menor variabilidade entre as alturas. 

Inventário de sobrevivência: realizado logo após o plantio para identificar a taxa de sobrevivência das mudas e determinar se existe a necessidade da realização de um replantio ou outros tratos silviculturas.

Inventário pré-corte: é realizado antes da colheita florestal, com alta intensidade amostral objetivando determinar o estoque de madeira com maior precisão.

No caso de empresas é realizado nos talhões definidos pelo plano de corte, porém pode ser realizado em toda a floresta, principalmente para produtores rurais que pretendem comercializar a madeira com base nas informações obtidas através deste inventário.

Inventário para planos de manejo sustentável: extremamente necessário para a elaboração de um Plano de Manejo de florestas inequiâneas, possui alto grau de detalhamento.

 

Inovações tecnológicas no inventário florestal

Nos últimos anos diversas novidades tecnológicas vêm sendo apresentadas permitindo que os inventários florestais sejam realizados de forma mais ágil e eficiente.

Alguns exemplos dessas tecnologias são o uso de tabletes na coleta de dados em campo, aplicativos para coleta de dados, sensores, sistema de monitoramento online e inteligência artificial.

Especialistas afirmam que mesmo investindo em equipamentos e tecnologias. Os custos da medição do inventário acabam ficando entre 20% e 50% mais baratos que o método convencional devido a agilidade que se consegue alcançar no inventário florestal.

 

Tablets na coleta de dados em campo

Diversas empresas florestais utilizam tablets ao invés da tradicional prancheta. Atualmente existem no mercado tablets robustos como o Tab Active 2 da Samsung. Que possuem maior durabilidade em campo, baterias com mais capacidade e resistência à quedas, exposição ao sol, chuva, lama e poeira.

 

Aplicativos para coleta de dados

Os aplicativos de coleta ajudam a prevenir erros pois são otimizados para interpretar os dados que são inseridos pelos operadores, visto que são considerados os valores das medições anteriores para que não seja possível a inserção acidental de medidas absurdas.

Desta forma, o sistema “aprende” baseado nas informações da população qual o range de dados esperado, evitando ainda no campo, que dados errados sejam coletados.

 

Sensores

Boa parte da tendência tecnológica consiste na utilização de sensores de diversos tipos, colocados no campo e conectados com a internet. Também usa-se drones e até dados de satélites para obter informações da floresta.

Essas tecnologias funcionam de maneira autônoma, ou podem ser controladas remotamente. E ainda possuem taxas de atualização da informação muito maiores. Com dados semanais, diários e, em certos casos, diversas vezes no mesmo dia.

 

Sistemas de monitoramento online

Integram diversas ferramentas, como as citadas acima, numa plataforma para acompanhamento online. Esses sistemas podem combinar dados de maneira a criar uma visão geral do ativo florestal para que o gestor possa monitorar o andamento das equipes que estão em campo. O desenvolvimento das árvores, gerar relatórios técnicos, planejar intervenções, entre outras atividades, sem a necessidade de se locomover até a floresta.

 

Inteligência artificial

Redes neurais artificiais (RNAs) são sistemas massivos e paralelos, compostos por unidades de processamento simples que computam determinadas funções matemáticas (Braga et al., 1998).

Utilizando um conjunto de exemplos apresentado, as RNAs são capazes de generalizar o conhecimento assimilado para um conjunto de dados desconhecidos.

Elas têm, ainda, a capacidade de extrair características não explícitas de um conjunto de informações que lhes são fornecidas como exemplos.

Um projeto de redes neurais consiste em pré-processamento, processamento e, por fim, um pós-processamento dos dados.

Os problemas tratáveis por meio de redes neurais podem ser divididos em três tipos principais:

  • Aproximação de função
  • Classificador de padrões
  • Agrupamento de dados

Um exemplo de aplicação dessas inovações é a empresa Eldorado Brasil, uma indústria que tem adotado modernas práticas de mercado ao utilizar a inteligência artificial no inventário florestal. A companhia iniciou testes com a tecnologia de Redes Neurais Artificiais (RNA) no inventário florestal, permitindo estimativas quantitativas e qualitativas das árvores de eucalipto, de maneira mais eficiente e precisa.

Desenvolvido pela Eldorado a partir de um convênio com alunos de doutorado e pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, a empresa está utilizando RNA para três aplicações principais: redução de tempo na medição da altura de árvores, da forma das árvores e no número de parcelas de inventário por área de plantio.

Com isso diminuíram o custo na coleta de informações e melhoraram a assertividade das estimativas geradas.

Observando as ferramentas citadas acima como um todo, tem-se um cenário em que um sistema online para monitoramento do ativo florestal, que permite gerar ordens de serviço, e conta ainda com o uso de tabletes robustecidos, beneficia tanto a um gestor quanto um operário em campo, que tem acesso a uma ferramenta digital para agilizar seu trabalho.

 

Como elaborar um projeto de inventário florestal

O inventário florestal nacional tem abrangência sobre todo o território brasileiro, para reportar informações sobre os recursos florestais. O projeto está estruturado em cinco componentes. Sendo eles:

  • Profissional;
  • Tabela de produção
  • Coleta no campo;
  • Processamento de dados;
  • Interpretação de dados e escrita;

 

Profissional

É importante ter um profissional habilitado para tal. Uma vez que o inventário florestal não é simples como pode parecer no primeiro momento.

Os profissionais requisitados são os engenheiros florestais. Mas há casos específicos em que engenheiros agrônomos e biólogos também podem fazê-lo, onde se especializam na área através de uma pós-graduação.

 

Análise da área

É importante o objetivo do seu inventário estar bem claro.  E um inventário florestal com o objetivo de corte raso na área?

Vou fazer um plano de manejo ou alguma outra atividade extrativista sustentável?

Qual a fitofisionomia da área (cerrado, floresta amazônica, etc)?

Tem bons acessos à área-alvo?

O que a legislação me solicita?

Uma boa análise da área perpassa pela coleta de dados secundários (disponíveis em outros meios) e dados primários (coletados).

Portanto, recomenda-se que o profissional contratado tenha conhecimentos em SIG/Geoprocessamento. Para maior assertividade do planejamento.

Lembrando que o mapeamento permitirá as estimativas envolvendo diferentes tipologias florestais e suas respectivas áreas. Sendo de extrema importância para o monitoramento da cobertura florestal.

 

Tabela de produção

Constitui a base do manejo florestal, pois expressa o comportamento de uma espécie ao longo do tempo. Em um determinado sítio, submetida a um regime de manejo definido, desde a implantação até o final da rotação.

Neste método são apresentadas as estimativas dos parâmetros dendrométricos das árvores e dos povoamentos de uma espécie, por sítio e idade, para um determinado sistema de manejo.

Dessa maneira, pode-se avaliar uma floresta a partir da identificação do sítio, espécie e idade, obtendo-se as informações necessárias diretamente na tabela de produção.

 

Amostragem

Após o planejamento no qual são definidos os objetivos, os parâmetros mais importantes do Inventário Florestal e o tipo de amostragem a ser realizado. Parte-se para a execução que compreende a interpretação de imagens e os trabalhos de campo.

Essa fase, serão necessários os equipamentos de campo (fita métrica, suta, hipsômetro, prancheta, GPS, máquina fotográfica, etc), vestimenta adequada ao clima/localidade e veículo para deslocamento.

Nos trabalhos de campo, as equipes devem ser convenientemente preparadas para a realização de tarefas como a localização das unidades de amostras, e a obtenção das variáveis de interesse. As mais frequentes variáveis obtidas em campo são:

Altura: a altura considerada vai da base da árvore até a primeira bifurcação significativa. Esta informação pode ser obtida por meio de qualquer instrumento baseado em relações trigonométricas. Como Haga, Blume-Leis, dentre outros.

Diâmetro: o diâmetro é tomado a 1,30 m do solo, podendo ser obtido por meio de um aparelho chamado Suta ou por fita diamétrica.

Distância: pode ser empregada a metodologia do Vizinho Mais Próximo (VMP). Que consiste em considerar as distâncias das árvores a pontos pré-determinados e aplicar os processos de mensuração e identificação àquelas que estão mais próximos deles.

Deve-se considerar as árvores mais próximas por classes de diâmetro. Que permitirá melhores inferências sobre a estrutura vertical da floresta. É necessário medira distância que vai do centro às árvores mais próximas, sendo que essa distância pode ser medida com trena.

 

Plataforma Agropos

 

Processamento dos dados

É importante saber qual a ferramenta você utilizará para processar estes dados. Sendo algumas das opções disponíveis sendo elas;

Editores de planilhas sendo o mais comum o Microsoft Excel, os editores de planilhas são importantes por facilitarem a digitação dos dados coletados em campo e inserção das fórmulas estatísticas;

Software Mata Nativa é o software que realiza todos cálculos de inventário florestal e análise fitossociológica, com aplicação efetiva em todos os biomas brasileiros.

Além do software ele possui uma versão para dispositivos móveis. Que agiliza a coleta de dados em campo e elimina o processo de digitação das fichas de campo. Diminuindo o tempo de elaboração do projeto e consequentemente reduzindo o custo do inventário florestal.

O software permite, dentre muitas análises, realizar diagnósticos qualitativos e quantitativos de formações vegetacionais, análises fitossociológicas completas, elaborar inventários e planos de manejo, monitorar a floresta através de inventários contínuos acompanhando o crescimento e desenvolvimento das espécies e analisando as características de valoração e exploração florestal.

Treesoftware empresa com soluções que englobam a área de inventário florestal. A empresa também possui solução mobile, facilitando a vida de quem atua no campo.

 

Interpretação dos dados e escrita no inventário florestal

A coleta de dados no inventário florestal é um processo minucioso que quando realizado através de anotações em fichas de campo. Requer tempo, tanto para anotações quanto para digitalização dos dados obtidos.

A interpretação dos dados é um profissional habilitado ter sido contratado é o diferencial. Pois neste momento será feita toda a interpretação dos dados colhidos e processados. Seguido da escrita, na qual irá descrever detalhadamente o que os dados significam. E como eles devem ser aplicados para se alcançar o objetivo definido logo no início do projeto.

 

Conclusão

Dessa forma, entende- se que o processo de inventário florestal é realizado de maneira amostral. Ou seja, são delimitadas frações da floresta, também chamadas de parcelas amostrais. E a partir destas parcelas, é realizada a coleta das informações de todas as árvores que estiverem dentro da área delimitada.

As informações coletadas como o diâmetro a altura do peito (DAP) e a altura total das árvores servirão posteriormente de entrada em modelos matemáticos e estatísticos para obtenção de diversas variáveis de interesse florestal. Dentre elas o volume das árvores em m³, que depois serão extrapoladas para o ativo como um todo.

Portanto são de extrema importância., pois são eles que ditam quão saudável está o crescimento florestal, bem como a taxa de rentabilidade do ativo.

Logo, isto significa que quanto mais informações forem obtidas em campo. Maior será o conhecimento do gestor ou investidor acerca de seu ativo. Fazendo com que intervenções na florestas ocorram de maneira mais precisa, efetiva e assertiva.

Assim, como a maior parte das inferências sobre o ativo florestal. Acontecem em cima de informações coletadas em campo. Torna-se imprescindível realizar um bom treinamento das equipes de coleta, e ao mesmo tempo garantir que tais equipes estejam equipadas com as melhores tecnologias e instrumentos de medição.

Escrito por Michelly Moraes.