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Inseticida piretróide: saiba tudo sobre o assunto!

Inseticida piretróide: saiba tudo sobre o assunto!

Os inseticidas são os defensivos agrícolas, que atuam na prevenção e controle de insetos e pragas, responsáveis por grande perda nas lavouras. Eles classificados de acordo com sua composição química. Neste post vamos falar tudo que você precisa saber sobre a classe do inseticida Piretróide.

Venha Comigo!

                              

Inseticida piretróide: saiba tudo sobre o assunto!

 

Os inseticidas são os defensivos agrícolas, que atuam na prevenção e controle de insetos e pragas. Responsáveis por grande perda nas lavouras.

Além de reduzir na produtividade, dependendo da intensidade da infestação e danos causados, os insetos podem matar a lavoura.

Os inseticidas são substâncias químicas ou biológicas e são usados para controlar doenças e plantas daninhas que afetam as culturas. Neste post vamos abordar sobre a classe piretroide, sendo o inseticida mais utilizado na agricultura.

 

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O que é inseticida piretróide?

O inseticida piretróide é um éster do ácido crisantêmico produzido pelas plantas do gênero Chrysanthemum.

Durante muito tempo, a piretrina foi utilizada no combate de insetos, primeiro por ser eficaz nessa função e agir sobre uma grande diversidade de espécies. E depois por ser pouco tóxica ao indivíduos expostos.

No entanto, ela detém propriedades que muito prejudicam sua ação. Como por exemplo, o fato de ser facilmente decomposta pela luz solar e ser instável ao ar.

É eficaz contra pulgões, lagartas, cochonilhas, moscas brancas e formigas. De acordo com estudos, os piretroides possuem uma toxicidade muito baixa para os mamíferos. Sendo extremamente seguros para utilização doméstica.

 

Origem e evolução do inseticida piretróide

Os primeiros usos destes inseticidas datam por volta de 1840 na região de Dalmácia (atualmente abrange territórios da Croácia, Bósnia e Herzegovina e Montenegro), onde um preparado de flores secas de Chrysanthemum cinerariifolium e Chrysanthemum coccineum, originárias desta região, foi utilizado no combate de mosquitos.

Hermann Staudinger e Lavoslav Ružicka em 1924 descreveram as primeiras estruturas químicas envolvidas na ação inseticida dos extratos dessas flores, estruturas nomeadas de piretrinas.

Porém, estes extratos oxidavam-se rapidamente tornando-se inativos e perdiam atividade quando expostos a luz e ao calor. Desta forma, seu uso se dava quase que, exclusivamente, no interior das residências.

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

O descobrimento das estruturas das piretrinas abriu espaço para o desenvolvimento de Piretróides 30. Equivalentes sintéticos, nomeados de algumas piretrinas naturais.

 

Utilização do inseticida piretróide

Os piretróides são utilizados em ambientes domésticos, comerciais, industriais, agrícolas, veterinário, área médica e saúde pública.

Na área agrícola, sua utilização se dá, principalmente, no controle de insetos (principalmente pulgões e carunchos) em plantações plantações e no armazenamento de grãos. No uso doméstico, o combate visa eliminar as baratas, mosquitos e formigas.

Na veterinária, se utiliza no controle de ectoparasitas, como por exemplo, carrapatos e pulgas, na medicina humana no controle de ectoparasitas como os piolhos, e na malária na saúde pública

Porém, cabe salientar que alguns piretróides como a bifentrina, cialotrina e deltametrina apresentam isômeros específicos mais potentes. Como a cis-bifentrina, a cialotrina e a cis- deltametrina. Nestes casos, as formulações comerciais são enriquecidas com estes isômeros.

 

Mecanismo de ação dos inseticidas

Existem várias formas do inseticida afetar a praga. Os principais modos de ação, são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo.

 

Modo de ação dos inseticidas

 

  • Ingestão: É absorvido pelo intestino médio, circula na hemolinfa e atinge o sistema nervoso. Inseticidas mais antigos possuíam este tipo de ação;
  • Contato: Sua ação se dá pelo contato com o corpo do inseto, penetrando na epicutícula e sendo conduzido através do tegumento, onde irá atuar sobre as terminações nervosas. Pode matar insetos-praga pelo simples contato com superfícies atingidas pelo inseticida;
  • Fumigação: O inseticida age pelas vias respiratórias, devendo ser inalado na forma de gás pelo inseto. O gás penetra através dos espiráculos e age sobre o sistema nervoso.
  • Profundidade: Inseticida capaz de atingir insetos através do tecido vegetal (ação translaminar), como sob uma folha ou dentro de um fruto;
  • Sistêmico :É aquele inseticida que, aplicado sobre folhas, troncos, ramos, raízes e sementes é capaz de ser absorvido e circular com a seiva para todas as partes da planta.

 

Diretrizes de uso do inseticida piretróide

A crescente popularidade dos inseticidas piretróides levou a um aumento do risco de transferência dos resíduos para o ecossistema, através da cadeia alimentar e via resíduos na água, frutas e vegetais.

Consequentemente, para proteger a saúde dos consumidores, foram estabelecidos limites máximos de resíduos (LMRs), que significa a quantidade máxima de resíduo de agrotóxico/medicamento veterinário que pode estar presente naquele alimento veterinários40.

Seguindo as boas práticas agrícolas/boas práticas de uso de medicamentos Os LMRs estão definidos para uma ampla gama de produtos alimentares de origem vegetal e animal e geralmente, se aplicam ao produto in natura.

 

Efeitos adversos

A utilização de pesticidas causa efeitos tóxicos nos sistemas ecológicos.

 

Efeitos adversos no meio ambiente

O inseticida piretróide podem passar para a cadeia alimentar e, por fim atingir os seres humanos. Podem-se considerar três fontes: a contaminação do solo e da água; o processo de fabricação e os produtos aplicados em vegetais e animais.

De uma maneira geral, a circulação dos tóxicos, é feita entre o ar, a água e o solo. Os piretróides são disseminados no meio ambiente, por exemplo por pulverização na agricultura e concentrados em tecidos adiposos por serem lipofílicos.

 

Efeitos adversos em animais

O inseticida piretróide ao entrarem em circulação nos sistemas ecológicos atingem organismos não-alvo. Os estudos toxicológicos confirmaram que a toxicidade para mamíferos é baixa.

Como já referido, a toxicidade para mamíferos é baixa. Indicam um baixo potencial de bioacumulação e desintoxicação.

 

Efeitos adversos em humanos

Os sinais e sintomas de envenenamento podem ocorrer em diversas formas. E os sintomas da exposição aguda aos inseticidas piretróides podem durar até dois dias.

Os inseticidas piretróides podem agir como alergenos respiratórios e da pele, provocando reacções asmáticas e de dermatite de contacto.

Outros sintomas de toxicidade aguda por inalação incluem espirros, dor de cabeça, náuseas, descoordenação, tremores, convulsões, rubor e inchaço facial, sensação de ardor e comichão. Os sintomas mais severos estão descritos em crianças e em idosos.

 

Como evitar danos à saúde e ao meio ambiente

Para tomarmos esses cuidados, devemos ficar atentos às seguintes recomendações antes, durante a após o manuseio e utilização desses produtos:

  • A aquisição de um produto deve ser feita via obtenção de um receituário agronômico, prescrito por um profissional habilitado (engenheiro agrônomo);
  • Seguir todas as recomendações sobre transporte e armazenamento dos produtos, em conformidade com a legislação e com as recomendações do fabricante/distribuidor;
  • Não colocar os produtos químicos junto a sacos de alimentos ou adubos;
  • Impedir o acesso de pessoas não autorizadas, crianças e animais ao depósito são medidas para evitar problemas antes mesmo da aplicação;
  • Realizar a leitura do rótulo e da bula antes da utilização do produto;
  • Utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) durante todo o processo de manuseio, incluindo preparo da calda e aplicação;

 

Aplicação dos inseticidas

Na prática, antes de se tomar qualquer decisão, deve-se ter em mente três questões relativas à tecnologia de aplicação: o que aplicar (qualidade do produto), como aplicar (qualidade da aplicação) e quando aplicar (momento da aplicação).

Para se definir o que aplicar, antes se tem que fazer uma análise correta do problema a controlar e qual impacto econômico e ambiental que esse problema poderá causar, se não for devidamente controlado.

Uma vez definido que é necessário fazer uma intervenção, qual o melhor produto a ser aplicado e onde esse produto deve ser depositado, ou seja, qual alvo deverá ser atingido.

É necessário bom planejamento antes do plantio, para que tudo possa ser executado no momento necessário e de forma correta.

O sucesso de uma aplicação depende da capacidade operacional da fazenda. Ou seja os equipamentos disponíveis devem permitir aplicar os defensivos de forma correta e no momento necessário.

 

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Conclusão

Portanto, os inseticidas piretróides são os grandes responsáveis pelo controle de pragas nas lavouras e até mesmo doméstica. Porém, deve haver muito cuidado na hora de se utilizar esses recursos na aplicação.

Isso porque, se forem usados de forma inadequada, podem gerar consequências para os trabalhadores, para a lavoura, para o consumidor e até mesmo para o meio ambiente.

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Escrito por Michelly Moraes.

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Veja 6 formas de como acabar com o pulgão nas plantas!

Veja 6 formas de como acabar com o pulgão nas plantas!

Neste post você saberá mais como acabar com o pulgão nas plantas, as alternativas de como combatê-los com ênfase nos métodos ecológicos.

Os pulgões são pequenos insetos capazes de ocasionar danos em plantas e prejudicar o seu desenvolvimento.

Multiplicam-se com facilidade em condições de temperatura alta e baixa precipitação. São principalmente afetados pelas condições nutricionais da planta infestada.

Boa leitura!

 

Veja 6 formas de como acabar com o pulgão nas plantas!

 

O que é o pulgão?

O pulgão é um pequenos inseto, que se alimenta sugando a seiva das plantas e se multiplicam com bastante rapidez.

Os pulgões secretam substâncias açucaradas que atraem formigas e favorecem o desenvolvimento de fungos que cobrem a superfície das plantas, dificultando a respiração e a fotossíntese do vegetal.

Alguns podem transmitir doenças às plantas, causando sérios prejuízos econômicos para agricultores em geral.

O pulgão pode afetar toda a planta, principalmente folhas e botões. Os sintomas são: descoloração, amarelamento, enrolamento e enrugamento das folhas, subdesenvolvimento de flores, frutos e de toda a planta.

Das cerca de 4.000 espécies conhecidas, pelo menos 250 causam perdas agrícolas. Eles se alimentam da seiva das plantas, perfurando os vasos condutores.

Além dos prejuízos diretos, os pulgões ainda são transmissores de doenças entre as plantas e favorecem o surgimento de fungos.

 

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Seu ciclo reprodutivo é bastante interessante, sendo que nos meses mais quentes do ano as fêmeas produzem outras fêmeas partenogeneticamente. Isto é, sem fecundação e de maneira vivípara.

Enquanto no outono, ocorrendo o acasalamento entre machos e fêmeas, e tornam-se ovíparos.

Podem aparecer em qualquer época do ano. Mas os períodos mais propícios são a primavera, o verão e o início do outono.

Precisam ser controlados logo que notados, pois multiplicam-se com rapidez.

Os pulgões podem apresentar diversas cores, de acordo com a espécie, entre o marrom, o verde, o amarelo, o vermelho, o cinza e o preto.

Os principais predadores naturais dos pulgões são as joaninhas. Mas há inúmeros outros inimigos naturais capazes de predá-los.

 

Principais danos causados pelo pulgão

Os danos ocasionados pelo ataque do pulgão nas plantas, podem ser diretos, por meio da sucção de seiva e do efeito tóxico da saliva, ou indiretos, pela transmissão d espécies do vírus.

O tipo e a severidade dos danos diretos variam de acordo com a espécie. A intensidade do ataque e o estádio de desenvolvimento da planta no momento da infestação.

No cultivo de hortaliças, por exemplo, os danos diretos são provocados devido ao succionamento contínuo de seiva, que prejudica o crescimento da planta atacada, causando o encarquilhamento das folhas.

O ataque por pulgão em espécies de cereais, tem o poder de reduzir substancialmente a produção de grãos.

 Os efeitos sistêmicos de sua saliva tóxica retardam o crescimento de raízes e prejudicam o perfilhamento.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Os principais componentes de produção afetados são números de espigas, de grãos por espiga e peso total de grãos.

Desse modo, os danos causados pelo pulgão é um problema de âmbito mundial, com grande impacto econômico em cereais de inverno.

Uma vez que, a produção de grãos pelo atrofiamento de raízes, redução do perfilhamento e pelo aumento da suscetibilidade do hospedeiro a fungos patogênicos e outros estresses ambientais.

A identificação correta das espécies de pulgões que estão atacando a cultura é a primeira etapa para o sucesso e uso adequado de práticas de controle.

Esta prática implicará na redução de danos diretos e de incidência de viroses.

A seguir podemos conferir os métodos de como acabar com o pulgão nas plantas e na lavoura!

 

Como acabar com o pulgão nas plantas?

Há uma diversidade muito grande de pulgões na natureza, porém há também diversos métodos do seu controle.

Onde podemos destacar as seguintes espécies:

O pulgão-dos-cereais (Schizaphis graminum), pulgão-da-folha (Metopolophium dirhodum), pulgão-da-raiz (Rhopalosiphum rufiabdominale), pulgão-da-espiga (Sitobion avenae), pulgão-da-aveia (Rhopalosiphum padi), pulgão-do-milho (Rhopalosiphum maidis), pulgão-amarelo (Sipha flava), pulgão verde (Myzodes persicae), entre outros.

 

Métodos de controle do pulgão

Abaixo vamos citar os 6 principais métodos de controle que podem ser utilizados para acabar com o pulgão nas plantas:

 

Controle biológico

controle biológico: é um fenômeno natural entre organismos vivos que formam cadeias de relações complexas entre vegetais (produtores) e as diversas castas de animais (consumidores). Resultando em equilíbrio de populações e em comunidades estáveis. Esse controle é realizado principalmente pela joaninha.

 

Caldas naturais

Caldas feitas à base de fumo, cinzas de madeira e calda de sabão são as mais comuns.

 

Controle mecânico

O controle mecânico para matar pulgões e também cochonilhas, pode ser feita a eliminação manualmente com ajuda de um chumaço de algodão embebido em uma mistura de água e álcool, ou vinagre, em partes iguais ajuda a retirar os pulgões das folhas. Isso pode ser feito semanalmente.

 

Preparos homeopáticos

Os preparados homeopáticos, sendo executados com preparados homeopáticos na forma de nosódios. Que nada mais é que o bioterápico preparado com o próprio causador do dano, no caso o pulgão.

 

Controle químico

O controle químico é feito através de inseticidas de ação rápida, de baixo preço e de fácil aplicação, ainda é o método preferido por muitos agricultores. Atualmente, há preocupação quanto à escolha de métodos mais permanentes e menos agressivos ao ambiente, destacando-se as práticas culturais, que facilitem a sobrevivência dos inimigos naturais. Quando o uso de inseticidas for necessário, deve-se dar preferência a produtos seletivos a predadores e a parasitóides.

 

O MIP

O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é o conjunto de boas práticas agrícolas que implica no monitoramento da população de insetos e combina métodos e estratégias de controle, visando evitar o dano econômico.

 

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A importância do manejo adequado do pulgão

Neste post abordamos que os pulgões são pragas que podem afetar uma infinidade de culturas agrícolas. Causando danos diretos ou serem vetores de viroses.

Além disso, indicamos medidas de manejo que podem te ajudar no combate ao pulgão na sua cultura.

Para se controlar o pulgão é necessário primeiramente fazer o monitoramento da sua lavoura e se no início. A realizar a eliminação de plantas hospedeiras.

Uma vez que, os pulgões em geral acabam prejudicando o desenvolvimento da planta.

Isso ocorre devido à sucção de grande quantidade de seiva, além do retardamento do crescimento da planta, ao sugar a seiva ocasionam danos como o encarquilhamento das folhas.

O diagnóstico precoce é importante para a escolha do melhor método de manejo.

Vale lembrar a importância do manejo preventivo deste tipo de praga. Que é eliminar daninhas, uso de tela anti-afídeo em casa-de-vegetação e armadilhas amarelas atrativas.

O controle biológico deve sempre ser a principal alternativa, favorecendo o equilíbrio e a presença de inimigos naturais como por exemplo joaninhas.

Escrito por Juliana Medina.

 

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Inseticidas: o uso e as técnicas corretas na agricultura!

Inseticidas: o uso e as técnicas corretas na agricultura!

Você sabe a importância dos inseticidas na agricultura? Neste artigo você irá encontrar tudo sobre o tema, além de conhecer algumas técnicas para o uso correto dos inseticidas agrícola.

Venha Comigo!

 

Inseticidas: o uso e as técnicas corretas na agricultura!

 

Os inseticidas são os defensivos agrícolas, que atuam na prevenção e controle de insetos e pragas, responsáveis por grande perda nas lavouras. Além de reduzir na produtividade, dependendo da intensidade da infestação e danos causados, os insetos podem matar a lavoura. Os inseticidas são substâncias químicas ou biológicas e são usados para controlar doenças e plantas daninhas que afetam as culturas.

Os principais modos de ação dos inseticidas são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo. Além disso, os produtos podem ser considerados fisiológicos ou de choque.

O uso excessivo dos produtos e a má utilização no manejo pode provocar contaminação tanto na produção agrícola quanto de mananciais próximos a área de aplicação. Devido a esses riscos existe uma fiscalização do órgão público com as empresas de defensivos agrícolas.

 

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Modo de ação dos inseticidas

Existem várias formas do inseticida afetar a praga. Os principais modos de ação, são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo.

 

Mecanismo de transferência do produto.

Modo de ação dos inseticidas

 

  • Ingestão: É absorvido pelo intestino médio, circula na hemolinfa e atinge o sistema nervoso. Inseticidas mais antigos possuíam este tipo de ação;
  • Contato: Sua ação se dá pelo contato com o corpo do inseto, penetrando na epicutícula e sendo conduzido através do tegumento, onde irá atuar sobre as terminações nervosas. Pode matar insetos-praga pelo simples contato com superfícies atingidas pelo inseticida;
  • Fumigação: O inseticida age pelas vias respiratórias, devendo ser inalado na forma de gás pelo inseto. O gás penetra através dos espiráculos e age sobre o sistema nervoso.
  • Profundidade: Inseticida capaz de atingir insetos através do tecido vegetal (ação translaminar), como sob uma folha ou dentro de um fruto;
  • Sistêmico: É aquele inseticida que, aplicado sobre folhas, troncos, ramos, raízes e sementes é capaz de ser absorvido e circular com a seiva para todas as partes da planta.

 

Grupos de inseticidas

Os inseticidas são comumente classificados de acordo com sua composição química. Como por exemplo;

 

Organoclorados

Constituem o grupo pioneiro dos praguicidas sintéticos. De largo uso agrícola e domiciliar, os organoclorados desempenharam papel marcante no combate a organismos nocivos ao homem, com repercussões sociais e econômicas importantes.

Beneficiado tanto o setor agrícola no sentido de aumentar a produtividade e produção de alimentos, estas moléculas matavam não somente os organismos alvo como também insetos neutros ou até mesmo benéficos ao homem.

As principais vias de absorção são as dérmicas, digestiva e respiratória, e devido a sua alta estabilidade química e alta solubilidade em gorduras, se acumula nos tecidos de animais e vegetais, e, por conseguinte na cadeia alimentar.

Também possuem alta estabilidade à ação da luz solar e temperatura ambiente. Assim, chegaram a contaminar também o homem. Sendo diversos casos de câncer atribuídos a este grupo de inseticidas.

 

Organofosforados

Os organofosforados podem ser utilizados para combater insetos sugadores, desfolhadores e alguns rizófagos. O modo de ação pode ser sistêmico ou de fumigação, mas a ação de contato é a mais importante. São biodegradáveis, com persistência curta no solo.

São biodegradáveis, sendo, portanto sua persistência curta no solo, 1 a 3 meses. O principal meio de degradação no ambiente parece ser a hidrólise sob condições de alcalinidade. Muitos inseticidas organofosforados são instáveis em pH menor que 2, sendo a maioria mais estável na faixa de pH do ambiente (pH 3-6).

É importante que estes compostos sejam estáveis em pH neutro, por causa de suas formulações em óleos concentrados, solventes miscíveis em água, grânulos inertes, para aplicação direta ou após dispersão em água.

O modo de ação é por contato e ingestão. Agem como inibidores das enzimas colinesterases, causando o aumento dos impulsos nervosos, assim podendo ocasionar a morte.

 

Carbamatos

Os carbamatos são derivados do ácido carbâmico, e tendem a ser de uso intradomiciliar em relação aos organofosforados, devido ao menor odor de algumas formulações inseticidas.

São praguicidas orgânicos derivados do ácido carbâmico. Três classes de carbamatos são conhecidos: carbamatos inseticidas (e nematicidas), carbamatos herbicidas e carbamatos fungicidas. Os carbamatos usados como inseticidas (e nematicidas) são derivados do éster de ácido carbâmico.

Com modo de ação semelhante aos organofosforados, ou seja, a inibição da enzima acetilcolinesterase, os carbamatos possuem as seguintes características:

  • Alta atividade inseticida;
  • Baixa ação residual;

 

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Piretróides

Os piretróides foram descobertos a partir de estudos que procuravam modificar a estrutura química das piretrinas naturais, e, uma vez que apresentavam maior capacidade letal para os insetos, propriedades físicas e químicas muitos superiores, maior estabilidade à luz e calor e menor volatilidade.

Os piretróides possuem alta eficiência, sendo necessário menores quantidades de ingrediente ativo, com menor risco de contaminação nas aplicações. Com isso, foram tomando rapidamente o lugar dos organofosforados.

Outra vantagem destes praguicidas é que eles admitem a sinergia, ou seja, a potencialização de sua ação através da adição de um ingrediente sinergista, aumentando ainda mais a eficiência.

São os compostos de mais rápida ação na interferência da transmissão de impulsos nervosos. Podem possuir efeito repelente, espantando os insetos ao invés de eliminá-los.

 

Reguladores de Crescimento

Os produtos inibem e troca da ecdise e a produção de quitina, inibindo o desenvolvimento dos insetos estas combinações ainda estão limitadas por apresentarem ação lenta agindo em fases restritas do ciclo de vida dos insetos muitas vezes, não protegendo as culturas quando em níveis críticos do ataque.

Entretanto existe existem benefícios grandiosos que reforçam as qualidades, como:

  • Alta eficiência biológica;
  • Baixo nível de toxicidade para mamíferos, pássaros e peixes;
  • Seletividade para a fauna benéfica.

Vale ressaltar que nem sempre este tipo de praga causa danos significativos à plantação em alguns casos, os insetos benéficos podem ser até mesmo utilizados para fazer o controle biológico de outras pragas na lavoura. Porém, é necessário acompanhar atentamente para ter a dimensão do impacto dos insetos na produção.

 

Bioinseticidas – Bacillus thuringiensis

É utilizada no controle lepidópteros e coleópteros pragas, seja na forma de bioinseticida ou como plantas transformadas expressando toxinas esta bactéria.

Esta bactéria está presente em amostras de solos de áreas cultivadas com culturas anuais ou perenes, áreas desérticas, ambientes aquáticos, superfície e interior de plantas, restos vegetais, insetos e pequenos mamíferos mortos, teias de aranha, grãos armazenados e locais inabitados

Devido à sua adaptação a diferentes habitats, Bt produz uma grande gama de substâncias que podem ser utilizadas para diversos fins, como por exemplo, controle de doenças fúngicas em plantas.

 

Aplicação dos inseticidas

Na prática, antes de se tomar qualquer decisão, deve-se ter em mente três questões relativas à tecnologia de aplicação: o que aplicar (qualidade do produto), como aplicar (qualidade da aplicação) e quando aplicar (momento da aplicação).

Para se definir o que aplicar, antes se tem que fazer uma análise correta do problema a controlar e qual impacto econômico e ambiental que esse problema poderá causar, se não for devidamente controlado.

Uma vez definido que é necessário fazer uma intervenção, qual o melhor produto a ser aplicado e onde esse produto deve ser depositado, ou seja, qual alvo deverá ser atingido.

É necessário bom planejamento antes do plantio, para que tudo possa ser executado no momento necessário e de forma correta.

APLICAÇÃO DO INSETICIDA

(Fonte: AGROPÓS, 2020)

 

O sucesso de uma aplicação depende da capacidade operacional da fazenda, ou seja os equipamentos disponíveis devem permitir aplicar os defensivos de forma correta e no momento necessário.

 

Uso inadequado de inseticidas

Prejuízo à saúde humana

A saúde das pessoas também pode ser colocada em risco pelo uso de inseticidas. Pois para aplicação desses defensivos e necessário o traje de roupas adequados, para que não haja uma contaminação. Além do excesso de agrotóxicos nas plantas comestíveis pode acarretar em diversos problemas de saúde.

 

Resistência das pragas

O uso excessivo ou inadequado de inseticidas na lavoura pode ter como consequência o efeito contrário do desejado. Em vez de aniquilar as pragas que prejudicam a plantação, o inseticida acaba fortalecendo os parasitas.

Esse problema pode ocorrer por uma série de motivos. Entre os principais, podemos citar os seguintes como por exemplo aplicação de doses acima ou abaixo das recomendadas pelo fabricante ou até mesmo erro no manejo.

Prejuízo à cultura

A aplicação de inseticidas deve, necessariamente, seguir normas que garantam a proteção do meio ambiente. Caso contrário, os prejuízos podem ser muito grandes. Isso pode estar relacionado à quantidade ou à forma de aplicação e prejudicar diversos aspectos do meio ambiente como;

  • Poluição do solo
  • Poluição da água
  • Desequilíbrio Biológico

 

Manejo integrado de pragas (MIP)

O uso das técnicas de Manejo Integrado de Pragas garante mais economia para os agricultores, que passam a gastar muito menos com defensivos agrícolas. Com uma programação baseada na análise de dados e no monitoramento das plantações, é possível reduzir o número de aplicações e ainda minimizar os estragos.

Dessa maneira, os trabalhadores também são menos expostos a esses produtos, diminuindo os riscos à saúde decorrentes da manipulação desse tipo de material. Paralelamente, o MIP ajuda na manutenção do ambiente de produção e reduz as chances de contaminação ambiental.

Outra vantagem é o baixo investimento para a realização desse manejo e, claro, a estabilidade dos índices de produtividade da lavoura.

Além disso, essas práticas podem ser implementadas em propriedades de qualquer tamanho. Porém, é preciso lembrar que os profissionais devem ser capacitados para executar o monitoramento, as análises e as aplicações de maneira segura e objetiva.

 

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Conclusão

Portanto, os inseticidas agrícolas são os grandes responsáveis pelo controle de pragas nas lavouras e consequentemente pela qualidade dos alimentos. Porém, deve haver muito cuidado na hora de se utilizar esses recursos na plantação. Isso porque, se forem usados de forma inadequada, podem gerar consequências para os trabalhadores, para a lavoura, para o consumidor e até mesmo para o meio ambiente.

Com isso o manejo integrado pragas (MIP) é possível a aplicação de técnicas apropriadas e métodos de forma tão compatível quanto possível e mantém a população da praga em níveis abaixo daqueles capazes de causar danos econômicos.

 

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Plantas inseticidas: o que são, vantagens e desvantagens!

Plantas inseticidas: o que são, vantagens e desvantagens!

Plantas Inseticidas

Com a crescente demanda pela produção de alimentos em larga escala, diminuindo os custos e o risco de prejuízos, a utilização dos defensivos se tornou cada vez mais necessária. Um dos tipos de produtos utilizados para o combate de pragas são os inseticidas, que podem ser de origem sintética, biológica ou natural e tem como principal objetivo, causar a morte ou inibir a ação de insetos que ofereçam riscos para a plantação.

O problema é que, devido ao uso excessivo e incorreto desses produtos, houve uma acumulação de substâncias tóxicas em alimentos, aumento da contaminação do solo e da água e a seleção de pragas resistentes. Por essa razão, tem surgido o interesse em substâncias com menor potencial de risco ao meio ambiente como as plantas inseticidas.

Na matéria, será abordado o que são essas plantas, como é o seu mecanismo de ação, suas vantagens e desvantagens. Confira!

 

O que são plantas inseticidas?

 

O uso de inseticidas derivados de plantas para o controle de pragas na produção agrícola já é feito há pelo menos 2 mil anos. No Brasil, durante o século 20, houve uma grande produção desses produtos fazendo com que o país virasse um exportador reconhecido em âmbito mundial. Entretanto, com o avanço dos inseticidas sintéticos,  os produtos de origem botânica foram aos poucos sendo deixados de lado.

A retomada do interesse e das pesquisas em relação às plantas inseticidas ocorreu devido a busca por alternativas menos agressivas ao meio ambiente, aos alimentos, a saúde e que também evitasse o aparecimento da resistência das pragas aos defensivos.

As plantas inseticidas são plantas que possuem algum tipo de ação que atrai, repele, inibe a ação ou até mesmo causar a morte de insetos-praga. Nesse sentido, existem ainda os  inseticidas de origem botânica que são compostos resultantes do metabolismo secundário das plantas que fazem parte da própria defesa contra insetos herbívoros.

Os princípios ativos podem estar presentes em toda planta ou parte dela e também por meio da obtenção de compostos com uma ou mais substâncias. Algumas das principais substâncias são piretrinas, rotenona, nicotina, cevadina, veratridina, rianodina, quassinoides, azadiractina e biopesticidas voláteis.

 

Como é o mecanismo de ação?

 

As plantas inseticidas podem afetar a fisiologia dos insetos a partir de mecanismos de ação que atacam receptores diferentes. A ação de um inseticida de origem botânica pode ser:

  • atraente, quando a planta possui substâncias que atraem o insetos, indicado aos predadores naturais a localização de larvas;
  • repelente, naturalmente afasta o inseto da área onde há a presença da planta;
  • deterrente, ou seja, atuam adiando ou inibindo a alimentação do inseto, levando a morte por inanição;
  • tóxico, afetam o sistema nervoso da praga, causando como hiperatividade,convulsões, tremores, podem agir como inibidores da acetilcolinesterase e levar a morte;
  • análogos hormonais de insetos agem impedindo o crescimento dos insetos a partir da interferência nas glândulas endócrinas;

O uso de plantas no combate das pragas apresenta inúmeras vantagens, mas também, alguns pontos negativos. Saiba quais são a seguir!

 

Quais são as vantagens e desvantagens do uso de plantas inseticidas?

 

Inseticidas naturais

Vantagens

 

Degradação acelerada

Por possuírem degradação rápida, principalmente quando há presença de luminosidade adequada, umidade do ar elevada e alta frequência de chuvas, esses produtos ficam menos tempo no meio ambiente, o que reduz os impactos na natureza.

Baixa toxicidade a mamíferos

A maior parte das plantas inseticidas possuem baixa toxicidade a mamíferos. Isso significa que, com o uso adequado, não prejudicam a saúde do homem, outros mamíferos e nem das abelhas;

Baixa fitotoxicidade 

Apresenta baixa toxicidade pois não causam danos a outras plantas.

https://agropos.com.br/pos-graduacao-solos-e-nutricao-de-plantas/

Ação rápida

Esses inseticidas podem matar o inseto ou parar sua atuação, de acordo com o mecanismo de ação de cada planta, imediatamente após o uso, o que faz dele uma boa opção para quem tem urgência no combate à praga.

Seletividade

Causam menos danos a insetos e ácaros benéficos devido ao seu baixo efeito residual e pela rápida degradação.

 

Desvantagens

 

Degradação acelerada

A rápida degradação que é uma vantagem, também pode ser considerada uma vantagem pois exige um maior número de aplicações para obter o controle total da praga.

Toxicidade a outros organismos

Apesar de baixo, alguns inseticidas de origem botânica podem apresentar risco de serem tóxicos aos peixes e outros insetos não-alvo.

Falta de disponibilidade no mercado

As plantas inseticidas e os defensivos que delas se originam não estão disponíveis comercialmente ou possuem um custo mais elevado em relação aos defensivos de origem sintética, o que muitas vezes inviabiliza o seu uso.

Falta de comprovação da eficácia

Ainda são poucos os estudos sobre plantas inseticidas. Por isso, nem sempre é possível ter a certeza que seu uso será eficaz para a produção agrícola.

Antes de iniciar o controle de pragas utilizando as plantas inseticidas é preciso ter em mente que, isoladamente, seu efeito é menor. Essa estratégia deve fazer parte de um manejo integrado de pragas, visando o controle de todas as variáveis que podem estar afetando a produção agrícola.

 

Matéria escrita por Janaína Campos,
Jornalista e Mestra em Extensão Rural
pela UFV