(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
Novo fertilizante orgânico tem grande ganho de produtividade

Novo fertilizante orgânico tem grande ganho de produtividade

 

Cientistas agrícolas da Universidade de Gana e uma empresa privada, a HJA África, desenvolveram um novo fertilizante orgânico que pode ajudar os agricultores a aumentar o rendimento das culturas em um mínimo de 40%. O vinagre de madeira do Organic Farming Aid (OFA) é um intensificador de crescimento completo que também controla as condições de pragas e fungos que afetam várias culturas.

O fertilizante líquido pode ser aplicado em vegetais como repolho, pimentão, tomate, cebola e cenoura; frutas, bem como culturas de árvores, como cacau e manga. O produto foi apresentado na quinta Conferência Orgânica da África Ocidental (WAOC) na Universidade de Gana (UG) na última quinta-feira.

Em uma apresentação no WAOC na semana passada, o CEO da HJA África, Henry Abraham, disse que “este produto é uma maneira relativamente mais barata para os agricultores aumentarem o tamanho da produção das plantas e oferecerá acesso a preços acessíveis, fertilizante que fará melhorias sustentáveis para a agricultura em Gana”, completa.

Matrícula no curso de Avanaços

 

Ele disse que os resultados de recentes ensaios científicos independentes do produto foram excelentes em fazendas, incluindo fazendas infestadas de pragas. “Em um teste, nosso produto aumentou em mais de 40% a produtividade e superou o fertilizante NPK padrão, enquanto custou menos de um décimo do equivalente a NPK. E a combinação de NPK e OFA deu resultados ainda melhores”, indica.

Abraham indicou que a OFA ofereceria uma oportunidade para os agricultores ganenses, muitos dos quais não puderam acessar os fertilizantes subsidiados pelo governo, para aumentar o rendimento e os lucros das suas colheitas. “E os agricultores em melhor situação que já usam fertilizantes podem aumentar ainda mais sua produtividade complementando seus fertilizantes existentes com OFA, em muitos casos, além de reduzir seus gastos gerais com insumos”, conclui.

Fonte: Agrolink

Fungos podem reduzir dependência de fertilizantes

Fungos podem reduzir dependência de fertilizantes

A introdução de fungos no trigo aumentou sua absorção de nutrientes essenciais e poderia levar a novas variedades de culturas ‘inteligentes para o clima’, de acordo com um novo estudo. Pesquisadores da Universidade de Leeds, no Reino Unido, mostraram uma associação entre trigo e fungos do solo que poderia ser usada para desenvolver novas culturas alimentares e sistemas agrícolas que dependem menos de fertilizantes, reduzindo sua contribuição para a crescente crise climática.

É a primeira vez que se mostra que os fungos, que formam associações com as raízes das plantas, fornecem quantidades significativas de fósforo e nitrogênio a uma colheita de cereais. Os fungos continuaram a fornecer nutrientes sob níveis mais altos de dióxido de carbono (CO2) previstos em 2100, o que tem implicações importantes para a segurança alimentar futura.

A pesquisadora principal, Katie Field, da Escola de Biologia da Universidade de Leeds e do Instituto Global de Alimentos e Meio Ambiente, disse que “os fungos podem ser uma nova ferramenta valiosa para ajudar a garantir a segurança alimentar futura contra as crises climáticas e ecológicas. Esses fungos não são uma bala de prata para melhorar a produtividade das culturas alimentares, mas têm o potencial de ajudar a reduzir nossa dependência atual de fertilizantes agrícolas”.

Leia também:
-> Novas tecnologias para controle da mancha amarela em trigo
-> Tecnologias são necessárias para atender demanda do trigo

A agricultura é um dos principais contribuintes para as emissões globais de carbono, em parte devido a importantes contribuições como fertilizantes. Enquanto a produção de carne contribui muito mais para o aquecimento global do que o cultivo, a redução do uso de fertilizantes pode ajudar a reduzir a contribuição geral da agricultura para as mudanças climáticas.

 

 

Fonte: Agrolink

Bactérias substituem fertilizantes químicos sem causar impacto ambiental

Bactérias substituem fertilizantes químicos sem causar impacto ambiental

Pesquisadores do Laboratório Nacional de Biorrenováveis (LNBR), do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), estudam bactérias que promovem o crescimento das plantas. Como foram isolados do solo, esses organismos têm potencial para serem usados como fertilizantes sem causar a poluição das águas e alterações prejudiciais ao próprio solo, como pode ocorrer com fertilizantes químicos.

estudo coordenado por Juliana Velasco, pesquisadora do LNBR-CNPEM, foi apresentado durante o Workshop Biopharma and Metabolomics, no dia 26 de junho na FAPESP. O projeto é um dos que são financiados no âmbito de um acordo de cooperação entre a FAPESP e a Agilent Technologies.

Depois de isolar bactérias do solo, a equipe de Velasco começou a identificar os chamados compostos orgânicos voláteis (COVs), produtos decorrentes do metabolismo das bactérias que promovem o crescimento de plantas. “O objetivo agora é investigar e entender como o metabolismo da planta se altera por conta dessas moléculas sinalizadoras”, disse Velasco à Agência FAPESP.

Leia também: Conservação do solo e o papel das florestas
Leia também: Planeta perde 24 bilhões de toneladas de solo fértil por ano, alerta ONU

Na primeira fase do trabalho, foram usadas duas espécies de plantas modelos, a Arabidopsis thaliana e a Setaria viridis. Os pesquisadores selecionaram cepas bacterianas que mais contribuíram para o crescimento dessas plantas e agora as testam em arroz, ainda em laboratório.

“A princípio, a substituição total de fertilizantes químicos é impossível. Mas com certeza podemos diminuir consideravelmente o uso deles quando utilizamos produtos biológicos”, disse Velasco.

A meta é desenvolver um bioproduto que possa ser aplicado no solo em forma sólida (como pó) ou líquida, a princípio em culturas como cana-de-açúcar, milho e arroz. Tecnologias semelhantes já são usadas para a fixação de nitrogênio.

Este texto foi originalmente publicado por Agência FAPESP de acordo com a licença Creative Commons CC-BY-NC-ND. Leia o texto completo.

 

Fonte: CicloVivo