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O uso do SIG na elaboração de Zoneamentos Agroecológicos

O uso do SIG na elaboração de Zoneamentos AgroecológicosO que é zoneamento agroecológico?

 

É um instrumento técnico-científico construído a partir do conhecimento das potencialidades e vulnerabilidades ambientais de dada região, especialmente do comportamento e das características do clima, do solo, da vegetação, da geomorfologia, e com foco na aptidão das terras para uso agrícola. Considera também as características sociais e econômicas de cada região. Como instrumento de ordenamento do espaço da produção agrícola, delimita zonas agroecológicas, que são áreas homogêneas ou unidades ambientais ou ainda unidades básicas de trabalho para a agricultura. Assim, para cada zona delimitada é possível determinar um conjunto de diretrizes gerais e específicas que nortearão as políticas públicas e as ações de uso da terra. O ZAE é uma ferramenta dinâmica e deve ser aprimorada pela agregação de novas informações de acordo com as condições ambientais, socioeconômicas, políticas e tecnológicas.

 

O engenheiro florestal pode qualificar-se para atender este mercado, especialmente para a geração de cartas de aptidão à culturas de valor comercial, uma vez que a busca pela alta qualidade de madeira, alta produtividade, rápido crescimento e a implantação de novas áreas de cultivo de espécies florestais, devem passar pela delimitação de áreas edafoclimaticamente aptas às culturas.

 

Qual o objetivo do zoneamento agroecológico? 

Em geral o ZAE tem como objetivos fornecer subsídios para a pesquisa agrícola, assistência técnica e extensão rural, e também orientar tomadores de decisão no estabelecimento de políticas públicas em programas de desenvolvimento agrícola.

 

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O zoneamento

O zoneamento agroecológico define zonas com base em combinações de solos, fisiografia e características climáticas. Os parâmetros usados na definição são centrados nas condições climáticas e edáficas favoráveis para o desenvolvimento e produção das culturas, e nos sistemas de manejo em que estas se desenvolvem. Cada zona tem uma combinação similar de limitações e potencialidades para o uso das terras e serve como ponto de referência das recomendações delineadas para melhorar a situação existente, seja incrementando a produção ou limitando a degradação dos recursos naturais.

 

O uso do SIG

Como acontece em diversos setores, no setor florestal são possíveis aplicações dos Sistemas de Informações Geográficas (SIG) a todos os níveis. Foi principalmente a partir dos anos noventa que os SIG têm vindo a ter um número cada vez maior de utilizações dentro das atividades florestais nacionais.

O nível de aplicação mais simples e talvez o mais comum no setor florestal consiste na criação e atualização de cartografia de consulta. De fato, com a tecnologia computacional atual é possível a elaboração de cartas convencionais de grande qualidade a custos relativamente baixos, para as mais diversas finalidades. Estas potencialidades começaram a ser amplamente exploradas com a necessidade de apresentação de cartas nos estudos e projetos florestais.

 

 

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Dentro das possíveis aplicações, destaca-se também a utilização dos SIG nos trabalhos de prevenção e combate a incêndios florestais. Com base nas condições climatéricas, nas características do terreno e do coberto vegetal, é possível a criação de cartas de risco de incêndio e o estabelecimento de sistemas de apoio à vigilância e combate de fogos florestais.

A seleção das espécies florestais mais adequadas para as florestações sempre constituiu um dos maiores esforços empreendidos pelos florestais. Na verdade, muitas vezes trata-se de um problema bastante complexo, visto que se deverá ter em conta as diversas condições da área a florestar, tais como precipitação, temperatura, altitude, exposição, declive e tipo de solo, entre muitas outras. Com base nestas características é possível a criação de cartografia de aptidão para a cultura de espécies florestais, assim como a realização de análises variadas.

Os SIG podem também ser aplicados em estudos para a proteção das florestas contra pragas. Com base em registos anuais de ocorrências e nas características do coberto é possível estudar o comportamento de pragas e analisar a susceptibilidade dos povoamentos.Exemplo de zoneamento para para o Eucalyptus (grandis, dunni globulus) na região do Corede Sul, no Estado do Rio Grande do Sul. Fonte: Flores et al, (2009).

A gestão de grandes áreas de floresta produtiva e o planeamento da respectiva exploração poderão ainda ser realizados através da utilização dos SIG. Com base nas condições e características da área em causa é possível a localização de zonas ótimas para determinados tipos de exploração e a criação de mapas com as zonas a explorar e a manter. Com base na rede de caminhos e condições do terreno é possível selecionar os tipos de equipamento a utilizar e planear as operações de rechega e de transporte do modo mais eficaz e econômico.

Exemplo de zoneamento para potencial produtivo de eucalipto em Minas Gerais com o uso de alto nível tecnológico.

Fonte: Central Florestal

ONU instituiu 2020 como o Ano Internacional da Saúde Vegetal

A Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas – ONU instituiu 2020 como o Ano Internacional da Fitossanidade ou Ano Internacional da Saúde Vegetal.

A iniciativa tem como objetivo destacar a importância da união das nações para garantir a saúde das plantas, protegendo a biodiversidade e o meio ambiente, por meio de ações que favoreçam a segurança alimentar e o desenvolvimento econômico sustentável.

Conforme levantamento da ONU, as pragas e doenças das plantas afetam florestas e são responsáveis pela perda de até 40% das culturas alimentares do mundo, a cada ano, o que representa prejuízos que chegam a bilhões de dólares, tanto nas colheitas quanto na comercialização. Em função desse quadro, a Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura – FAO e o secretariado do International Plant Protection Convention proclamaram 2020 como Ano Internacional da Saúde Vegetal, buscando aumentar o reconhecimento geral sobre a importância da sanidade vegetal de modo a concretizar os objetivos do desenvolvimento sustentável.

No Brasil, o Ano Internacional da Saúde Vegetal tem recebido apoio e divulgação, especialmente pelos órgãos oficiais de defesa vegetal em âmbito nacional e nos Estados, bem como por entidades e organizações da iniciativa privada cujas atividades são voltadas para a produção de alimentos. A meta é mobilizar governos, indústrias, cientistas e sociedade civil para fortalecer a inovação científica, reduzir a propagação de pragas e aumentar nos setores públicos e privados ações e estratégias permanentes de proteção da biodiversidade e da sanidade vegetal.

Goiás reforça ações

O Governo de Goiás, por meio da Agência Goiana de Defesa Agropecuária – Agrodefesa, apoia e se empenha na divulgação do Ano Internacional da Fitossanidade. Mais do que isso, acolhe e executa as propostas formuladas no documento norteador da ONU e reforça todas as ações de defesa sanitária vegetal que já desenvolve no Estado de Goiás. Também procura estimular entidades e instituições privadas, bem como os profissionais de áreas afins, para alcance das metas e objetivos definidos pelos organismos responsáveis pela iniciativa.

O Serviço Oficial de Defesa Fitossanitária objetiva assegurar a sanidade das populações vegetais, a idoneidade dos insumos e dos serviços utilizados na agricultura e a identidade e segurança alimentar dos produtos e sub-produtos vegetais destinados aos consumidores.

 As atividades de fiscalização do trânsito intra e interestadual de vegetais, por ser importante forma de veiculação e disseminação de pragas e doenças, visa impedir a entrada e/ou a disseminação de pragas que são ameaças à agricultura goiana e nacional, assegurando a sanidade e a qualidade dos produtos vegetais com origem no estado de Goiás. Atua também na fiscalização de produtos oriundos de outros Estados e destinados à Goiás ou que tenham Goiás como trânsito.

Em suma, o trabalho dos profissionais é fundamental também para controlar ou erradicar pragas já presentes, capazes de provocar danos econômicos às lavouras e pomares, especialmente as que detêm importância econômica e social, quais sejam algodão, banana, citros, feijão, girassol, soja, tomate e uva. Além disso executa também o Programa de Mitigação de Riscos e a Certificação Fitossanitária de Origem, adotando todos os meios de controle para evitar a entrada e a disseminação de pragas e doenças nas lavouras goianas.

Agrotóxicos

Ainda no segmento da fiscalização vegetal, a Agrodefesa atua de forma continuada na fiscalização do comércio, do uso, armazenamento, prestação de serviços, responsáveis técnicos, transporte interno e embalagens vazias. Para atender esta demanda, a Agência desenvolveu o Sistema de Inteligência e Gestão Estadual de Agrotóxicos – Sigea – para monitorar e fiscalizar as atividades que lhe compete, fortalecendo, assim, as boas práticas agrícolas. Implementou também o Programa Agroativo, que é uma ferramenta de educação sanitária que facilita o cumprimento das normas para utilização de agrotóxicos nas propriedades rurais, identificando o Grau de Conformidade de seu uso.

Fonte: FAEG-FEDERAÇÃO DA AGRICULTURA DO ESTADO DE GOIÁS 

A relação entre os atributos funcionais e o inventário florestal

As formações naturais abrigam uma grande diversidade de espécies animais e vegetais, sendo assim, são de importância significativa no âmbito social, ambiental e econômico. As florestas se caracterizam por possuir uma biodiversidade significativa e uma complexidade oriunda de diversos mosaicos vegetais decorrentes de mudanças temporais e locais dos ambientes. Além dos recursos naturais disponíveis, muitos são os serviços ecossistêmicos gerados por esses ambientes, que também são fonte de produtos madeireiros e não madeireiros, fornecendo subsídios necessários para as comunidades que vivem no entorno.

Para mensurar os recursos disponíveis é empregado o inventário florestal fornecendo um conjunto de informações, que se enquadram em características quantitativas e qualitativas. As métricas quantitativas subsidiam análises como a estrutura horizontal e vertical, potencial produtivo, fitossociologia, estoque de carbono, entre outros. Em relação as métricas quantitativas podemos abordar sobre florística, sanidade, características edafoclimática, atributos funcionais, entre outros. Nesse sentido, qual a importância de se conhecer os atributos funcionais das espécies em uma floresta?

O que são os Atributos Funcionais?

manejo adequado de uma floresta propicia a conservação dos recursos presentes, bem como a prestação dos serviços ecossistêmicos, e neste contexto, os atributos funcionais vêm sendo utilizados como base para o entendimento da influência dos organismos e comunidades biológicas. Estes atributos são considerados como ferramentas que subsidiam a descrição e o entendimento das alterações que ocorrem em uma comunidade. Assim, uma característica funcional pode ser em função da resposta que o organismo dá pelo ambiente (característica resposta) ou pelos efeitos que provoca nos serviços ecossistêmicos (característica de efeito).

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Os atributos funcionais são conceituados como características de um organismo que são ditas como relevantes no que diz respeito às respostas ao ambiente. Tais características estão associadas com o crescimento, reprodução e sobrevivência de um indivíduo e assim, influem diretamente nas taxas de dinâmica e possibilidades de existência e coexistência de uma ou mais populações. Em relação as espécies vegetais, os atributos funcionais podem ser características morfológicas, ecofisiológicas, fenológicas, genéticas, bioquímicas e de regeneração. Estes atributos estão associados a duas estratégias: aquisitiva, que refere ao mecanismo de maximização dos recursos e conservativa, que se refere a maximização na eficiência do uso dos recursos.

Coleta de dados

A obtenção dessas informações é realizada com a coleta de maneira especifica para cada característica. Por exemplo, alguns são classificados por meio da literatura, outros podem ser coletados em campo, com a mensuração de folhas, caule, raízes, madeira. Dentre os atributos mais comuns, temos: o hábito das plantas (árvore, arbusto ou erva), altura, área foliar específica, deciduidade, densidade da madeira, massa de semente, espessura da casca, modo de dispersão e polinização. Contudo é importante se observar qual objetivo de coletar determinada característica, sendo que cada atributo tem uma resposta em determinado ambiente. A exemplo, a massa de sementes está relacionada a sobrevivência da espécie e a área foliar a capacidade fotossintética.

O dimensionamento dos efeitos dos atributos nos processos e serviços ecossistêmicos é definido pela diversidade funcional. Tal parâmetro está intrinsecamente relacionada com o desempenho e a preservação dos processos ecológicos de uma determinada comunidade. Assim, áreas que exibem uma alta diversidade funcional tendem a apresentar uma maior resistência, resiliência e consequentemente produtividade. Para exemplificar, considerando duas comunidades (A e B) com o mesmo número de espécies: se todas as espécies vegetais em A forem dispersas por aves, enquanto em B forem dispersas por mamíferos, aves, lagartos e pelo vento, apesar de ambas possuírem o mesmo número de espécies, B será mais diversa por apresentar espécies funcionalmente diferentes no que se refere ao tipo de dispersão.

Formas de medição da Diversidade Funcional

A diversidade funcional pode ser medida de forma categórica ou contínua, sendo que a diferença entre as alternativas está atrelada com a quantidade de informações e forma que é empreendida. As medidas categóricas são consideradas como as mais comuns e são dadas em função de grupos funcionais que estão representados na comunidade. Em relação as medidas contínuas, estas se diferem das categóricas por não considerar os grupos funcionais e sim o espaço n-dimensional que cada espécie ocupa. Assim, as medidas contínuas podem ser de dois tipos: medidas que consideram uma característica funcional ou que considera vários atributos funcionais ao mesmo tempo.

Cite-se, os parâmetros mais empregadas são: Diversidade de atributos funcionais (FAD) que é designada como a soma da distância das espécies na comunidade; riqueza funcional (Fric) que refere-se ao volume que uma espécie ocupa no espaço funcional; uniformidade ou equitabilidade funcional (Feve) que está relacionado com a distribuição da abundância ocupada pelo nicho, em outras palavras, é o somatório da distância da árvore que liga os pontos no espaço tridimensional; divergência funcional (Fdiv) que representa a dissimilaridade funcional em valores de característica que existe dentro de uma comunidade, isto é, considerando o centro da gravidade pesado pela abundância será representado pelo desvio da distância média; dispersão funcional (FDis) que é definido como a distância no espaço funcional, deslocada pelo centroide da espécie mais abundante.

Apesar de existirem muitos estudos sobre esse tema, muitas vezes, pouco se sabe do papel funcional em determinado ambiente ou local. Por isso, é relevante que se aborde sobre a temática e que na realização do inventário florestal sejam levantadas essas informações. Tais características, permitem conhecer a função que determinada espécie exerce sobre o seu habitat e como esse atributo pode mudar no decorrer do tempo.

Fonte: Mata Nativa

Inventário Florestal: do Planejamento a Execução

Inventário Florestal: do Planejamento a Execução

Quando pensamos em Inventário Florestal, os primeiros pensamentos que passa na mente de um Engenheiro Florestal é a definição de parcelas, a amostragem e quais métodos adequados a se utilizar.

Contudo, no meio profissional, as primeiras indagações são de ordem práticas, sendo o planejamento parte fundamental do Inventário Florestal.

A Primeira Conversa

A fase do planejamento inicia-se desde o contato inicial com o cliente, no qual este irá relatar suas necessidades e objetivos com o inventário. Em primeiro momento é necessário que você, engenheiro florestal, entenda quais são as reais necessidades de seu cliente, e digo isto pois em alguns casos o próprio cliente não consegue entender a necessidade de se fazer o inventário, principalmente de áreas nativas.

Recai sobre nós, técnicos da área, mostrar qual o real valor que o inventário oferece na solução das demandas do cliente, e então começarmos a planejar como melhor atender as suas expectativas.

Além do objetivo do inventário, nesta primeira conversa devemos buscar informações quanto a localização do fragmento ou projeto florestal, o tamanho total da área, a disponibilidade de mapas pré-existentes, a idade do plantio, os tratos silviculturais já existentes.

Fase do Escritório

Terminada a conversa inicial com o cliente, inicia-se o planejamento pré-campo. Os itens mais importantes para o planejamento são:

Mapeamento da área

É o instrumento básico para o planejamento do trabalho de campo do inventário. É sobre o mapeamento que as decisões de número, forma e localização das parcelas serão tomadas. Bem como as decisões práticas de campo, como quais as principais entradas no fragmento ou projeto florestal deverão ser usadas para facilitar o deslocamento em campo.

Logística

Estabeleça a cidade base, na qual exista um suporte de hotelaria e alimentação para a equipe de campo. Conheça a localização de unidades de pronto atendimento! Isto facilita o transporte e o atendimento em caso de algum imprevisto ou acidente de trabalho em campo.

A condição das estradas que chegam ao fragmento ou projeto florestal, dita qual o tipo de veículo a utilizar (tração 4×2 ou 4×4).  A condição da estrada, também altera conforme a época do ano.

Estradas com baixa manutenção, e muito irregulares não são recomendadas em épocas chuvosas. Contudo, caso o cronograma de execução do inventário não possibilite ir na época apropriada, tenha os contatos de guinchos e mecânicas disponíveis na região para auxiliar em caso de necessidade.

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Dimensionamento da equipe

O dimensionamento da equipe é parte crucial para a definição do orçamento e do cronograma de trabalho. O número de membros da equipe varia conforme a complexidade do inventário, tem-se como um número mínimo equipes de três pessoas, um anotador e dois avaliadores, é o recomendável para pequenos inventários.

Já levantamentos fitossiológicos, normalmente são encontradas equipes de no mínimo 5 pessoas, possuindo um anotador, dois responsáveis por localizar e medir as árvores, um registrando a posição geográfica das árvores, e por fim, um marcando as árvores mensuradas com as plaquetas de identificação.

O rendimento de campo para uma equipe de inventário é variável, dependendo da condição do terreno, relevo e nível de detalhamento requerido no inventário.

Na literatura encontram rendimentos para equipe de 4 pessoas de 0,8 ha/dia a 5,7ha/dia; para equipes de 5 pessoas variando de 20 a 25 ha/dia e equipes de 7 pessoas com rendimento de 10 a 15 ha/dia.

Cabe ao Engenheiro Florestal, o treinamento e coordenação da equipe para atingir maior eficiência no trabalho de campo.

Materiais de campo e EPI

Assim que se estabelece o número de colaboradores de campo, o passo seguinte é fazer a conferência na condição do material usado no campo, tanto os equipamentos de medição, quanto os equipamentos de proteção individual.

Para a seleção e escolha dos materiais de medição em campo, é importante fazer uma avaliação do número adequado para a atividade e equipe de campo, das condições de preservação dos mesmos e atentar para a calibração dos equipamentos, sempre no intuito de evitar erros de leitura.

Devo salientar a necessidade de treinamentos contínuos das equipes, para que os equipamentos sejam usados de formas mais eficientes e minimizar o erro de leitura das medições. Fazem parte do equipamento de medição, as fitas métricas e dendrométricas, as sutas, réguas graduadas ou varas telescópicas e hipsômetros.

Os materiais de proteção individuais para a atividade de inventário florestal também devem passar por uma vistoria antes de ir a campo. São materiais de proteção individuais os capacetes, perneiras, calça comprida e camisas de manga longas, protetor solar, luvas vaquetas e óculos de proteção.

Equipamentos de suporte para a atividade são de suma importância, sempre atentando para o bem-estar da equipe, como garrafa de água, comunicador, kit de primeiros socorros, lanternas, inseticida, facão e canivetes, quando necessário.

Decisões técnicas

As decisões de caráter técnicas são as decisões relacionadas com o número de parcelas e a forma, o método de amostragem a ser realizado, o grau de precisão almejado, as variáveis mensuradas entre outras. Materiais gratuitos e disponíveis no Blog Mata Nativa podem e devem ser consultados para sanar essas questões.

Fase de Campo

De posse de todo material selecionado e dimensionado, e de toda a logística previamente estabelecida, com local de hospedagem e alimentação acertados, inicia-se o trabalho de campo do inventario florestal.

É fundamental ter em mãos o mapa e croqui da área e a impressão das planilhas de campo, organizadas com as informações dos anotadores e medidores, bem como o número do fragmento, talhão ou projeto e da parcela a ser medida. Recomenda-se a impressão de um número maior de folhas das planilhas de campo para cobrir eventuais erros ou situações nas quais a planilha é danificada.

Nesta fase é primordial a supervisão do Engenheiro Florestal, no intuito de se minimizar os erros de medição, e verificar a proteção dos membros da equipe através do reforço da utilização dos equipamentos de proteção individual e coletivos.

Para isso é fundamental no início da excussão do inventario florestal, uma reunião com a equipe para passar as recomendações necessárias, afinar as técnicas necessárias e combinar as frequências dos comunicadores, os pontos de encontro e acertar os horários de almoço e café.

Em Resumo

A atividade de inventário florestal é complexa, havendo decisões técnicas e decisões práticas a serem tomadas a fim de orientar as operações de campo. A coleta de informações é fundamental para o planejamento mais eficiente, sendo o foco do engenheiro desde a primeira conversa com o cliente até a incursão de campo. Pontos práticos de logística e equipamentos devem estar acertados antes das operações de campo.

E por fim, o engenheiro deve se atentar para as instruções de uso de equipamentos e a utilização de EPI nas atividades de inventário.

Fonte: Mata Nativa

Professor da AgroPós participa de roda de conversa na UFMT

Professor da AgroPós participa de roda de conversa na UFMT

Evento é aberto ao público e as vagas são limitadas. Professor Acelino Alfenas vai falar sobre trajetória ao longo dos mais de 40 anos de profissão.

O programa de Pós-graduação em Ciências Florestais e Ambientais da Faculdade de Engenharia Florestal da Universidade Federal do Mato Grosso (UFTM) e o PET-Floresta promovem uma roda de conversa com o professor da AgroPós, Acelino Couto Alfenas. O evento vai acontecer nesta sexta-feira (15), às 14h, na sala de reuniões da FENF. As vagas são limitadas e não é necessário fazer inscrição.
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Videoaula gratuita: Diagnose de doenças florestais | Professor Acelino Alfenas
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“Do campo à Academia Brasileira de Ciências – trajetória, internacionalização, empreendedorismo, parceria público-privada e formação de recursos humanos”. Esse é o tema do evento, onde o convidado vai falar sobre a carreira e trajetória construída ao longo de mais de 40 anos como professor da Universidade Federal de Viçosa (UFV).

Acelino Alfenas é Engenheiro Florestal, mestre em Fitopatologia pela Universidade Federal de Viçosa (UFV), Ph.D. em Patologia Florestal pela Universidade de Toronto, no Canadá, professor e pesquisador do Departamento de Fitopatologia da UFV e da Clonar/AgroPós, além de sócio-fundador da Clonar Resistência a Doenças Florestais, empresa graduada na Incubadora de Empresas de Base Tecnológica, do Centro Tecnológico de Desenvolvimento Regional de Viçosa (CenTev/UFV). Desde dezembro de 2017 é Membro Titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
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eBook gratuito: As principais doenças bióticas da eucaliptocultura no Brasil
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No currículo do professor constam a coordenação e o desenvolvimento de mais de 140 projetos de pesquisa, a publicação de mais de 260 artigos científicos em periódicos de alto impacto, 12 livros e 44 capítulos de livros, além de 25 trabalhos completos e 570 resumos publicados em anais de congressos. Além disso, já orientou mais de 80 dissertações de mestrado, 48 teses de doutorado, 54 trabalhos de conclusão de curso de graduação e 76 na categoria iniciação científica. Desde 1999 é bolsista de produtividade em pesquisa nível 1A do CNPq. Em 2004, recebeu o Diploma de Mérito Florestal, do Instituto Estadual de Florestas (IEF), e a Medalha de Ouro Peter Henry Rolfs do Mérito em Pesquisa, concedida pela UFV.