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Paraná, São Paulo e Santa Catarina registram 14 focos de ferrugem da soja

Paraná, São Paulo e Santa Catarina registram 14 focos de ferrugem da soja

Maurício Meyer - Detalhe de folha com ferrugem da soja

Detalhe de folha com ferrugem da soja (Foto: Maurício Meyer)

O Consórcio Antiferrugem registra 14 focos de ferrugem-asiática da soja, em áreas comerciais, na safra 2018/2019, sendo um em Quilombo (SC), dois em São Paulo (São Miguel Arcanjo e Itapeva) e onze no Paraná (Mariópolis, São Pedro do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon (Porto Mendes), Nova Santa Rosa, Nova Cantu, Ubiratã, Juranda, Campo Mourão, Peabiru, São João do Ivaí e Jaguariaíva).

Desde o primeiro foco registrado no último dia 31 de outubro, em Porto Mendes (PR), o número de focos vem crescendo rapidamente e em pontos bem distribuídos. De acordo com a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, a maioria das lavouras com ferrugem foram semeadas no início de setembro e encontram-se com o dossel fechado (12 lavouras estão em fase de desenvolvimento R1 e uma em V8). “O problema é que as chuvas atrasaram as semeaduras e temos soja em várias fases de desenvolvimento e, em algumas regiões, ainda estão semeando soja. Por isso, é preciso atenção para não perder o controle nessas primeiras áreas que podem gerar grande quantidade de inóculo para lavouras que ainda estão sendo semeadas”, alerta a pesquisadora.

Até agora, o ambiente tem sido favorável para a infecção do fungo, com presença de molhamento foliar. A orientação da pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy, é para que os produtores das regiões onde há registro da ferrugem que apresentam lavouras em fase de fechamento, iniciem o controle para proteger as lavouras.

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“As chuvas frequentes que favorecem a doença, muitas vezes, impedem a aplicação de fungicidas no momento ideal”, explica a pesquisadora da Embrapa. “E é importante manter a lavoura protegida, uma vez que a eficiência curativa dos fungicidas atualmente disponíveis é baixa”, alerta.

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Cláudia Godoy orienta os produtores a consultarem os resultados de eficiência dos fungicidas para o controle da ferrugem e utilizar os multissítios para aumentar a eficiência de controle.

 

Por Embrapa.

Dia de Campo na TV – Inseticida à base de vírus favorece produtividade nas lavouras

Dia de Campo na TV – Inseticida à base de vírus favorece produtividade nas lavouras

Foto: Sandra Brito

Sandra Brito -

Os trabalhos com o baculovírus para o controle da lagarta-do-cartucho na Embrapa Milho e Sorgo tiveram início em 1984. Atualmente, o banco de baculovírus conta com 22 isolados eficientes contra a lagarta do cartucho amostrados em diversas regiões do Brasil. O inseticida é apresentado em forma de pó molhável e não causa danos ao meio ambiente.

A lagarta-do-cartucho é a principal praga do milho e do sorgo e ataca também outras culturas, como soja, algodão e hortaliças. O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Fernando Hercos Valicente ressalta que controlar pragas que atacam o milho e o sorgo é um grande desafio. “O desenvolvimento desse produto biológico foi feito à base do agente Baculovirus spodoptera e é indicado para controlar a lagarta-do-cartucho nas culturas em que ela ocorre. Este inseticida tem melhor eficácia para controle da lagarta em campo, quando estas têm no máximo até um centímetro de comprimento. Testes de biossegurança comprovaram que esses vírus são inofensivos a microrganismos, plantas, vertebrados e outros invertebrados que não sejam insetos.

O Dia de Campo na TV vai apresentar a lagarta-do-cartucho em diferentes instares, estágios de crescimento, e como o inseticida é preparado para aplicação no campo. Também vai falar sobre os cuidados para armazenar o produto, que tem um ano de validade. “Este prazo permite ao produtor planejar o uso do inseticida ao longo da safra, desde que sejam observadas as condições de armazenamento ideais”, diz Valicente.

A Embrapa Milho e Sorgo possui acordo de parceria com empresas que produzem os inseticidas biológicos à base de microrganismos. No Brasil existem duas biofábricas de Baculovirus spodoptera. Em Uberaba-MG, o CartuchoVit é produzido pela Vitae Rural. E, em Cruz Alta-RS, o VirControl Sf é produzido pela Simbiose.

Lagartas-do-cartucho resistentes transferem proteína Bt para seus descendentes

Lagartas-do-cartucho resistentes transferem proteína Bt para seus descendentes

Lagarta-do-cartucho, principal praga do milho

Estudos com a espécie Spodoptera frugiperda, a lagarta-do-cartucho, detectaram uma das proteínas Bt encontradas em cultivares transgênicas de milho – a Cry1F – nos ovos dos seus descendentes. Assim, antes mesmo que as lagartas eclodam, os embriões já podem ter sido expostos à proteína se a geração anterior se alimentou do milho Bt. Essa proteína é tóxica ao inseto, no entanto, com sua presença desde a fase de ovos, pode aumentar as chances de selecionar indivíduos resistentes.

“Descobrimos que a exposição da principal praga do milho a uma das proteínas Bt já começa no embrião, o que pode contribuir para a pressão de seleção da resistência”, explica a pesquisadora Simone Martins Mendes, da área de Entomologia da Embrapa Milho e Sorgo (MG). A descoberta, inédita e publicada em setembro na revista científica americana Plos One, pode indicar novos caminhos para entender a rápida seleção da resistência dessa praga às tecnologias transgênicas.

“Em outro trabalho, [publicado em 2016 na revista científica europeiaEntomologia Experimentais et Applicata] mostramos que, em quatro gerações de seleção em laboratório, é possível selecionar lagartas resistentes a essa mesma proteína”, reitera a pesquisadora. “Na verdade, temos acompanhado a velocidade da seleção da resistência dessa espécie de praga às proteínas do Bt expressas no milho transgênico nas condições tropicais de cultivo. Já entendemos que muitos são os fatores que podem contribuir para esse quadro”, adianta Simone Mendes.

artigo publicado na Plos One não é o primeiro trabalho científico que mostra o processo de transmissão da proteína Bt para os ovos de insetos. A pesquisadora Debora Pires Paula, da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia (DF), detectou anteriormente a proteína Cry1Ac nos ovos de outro lepidóptero, o inseto Chlosyne lacinia, popularmente conhecido como lagarta-do-girassol, após o consumo da proteína pelos parentais, e também em ovos da joaninha predadora Harmonia axyridis. “Contudo, a Spodoptera frugiperda é a principal espécie-alvo da tecnologia Bt no milho que apresentou quebra de resistência à tecnologia para populações coletadas em 2012”, relata a cientista.

O mecanismo de resistência

De acordo com a engenheira agrônoma Camila Souza, autora do estudo que foi tema de dissertação de mestrado no programa de pós-graduação em Entomologia na Universidade Federal de Lavras (Ufla), a resistência a pragas é um dos principais efeitos indesejáveis da expressão de genes cry em culturas Bt e é considerada uma das principais ameaças ao uso sustentável das tecnologias transgênicas.

“As implicações que os processos de transferência da proteína Bt podem ter na evolução da resistência a insetos e até mesmo em organismos não alvo, como nos inimigos naturais, permanecem desconhecidas. Todavia, precisam ser investigadas, pois esses resultados mostram que os organismos não alvo podem ter acesso à proteína tóxica não somente por via direta, por meio de uma presa exposta à proteína, mas também indiretamente, pelos descendentes que ainda não tiveram contato por meio da ingestão da proteína”, demonstra.

A resistência pode ser caracterizada quando uma população de um inseto deixa de ser controlada pela toxina presente na planta transgênica e consegue sobreviver durante todo o ciclo, alimentando-se dessa planta e se reproduzindo. “Naturalmente existem indivíduos nas populações da praga que sobrevivem às proteínas do Bt. Porém, em condições normais, ou seja, sem a exposição constante às plantas transgênicas, a frequência com que esses indivíduos ocorrem é baixa. O processo de seleção da resistência nada mais é que o aumento da frequência de ocorrência desses insetos na população”, explica a pesquisadora Simone Mendes. “No caso do presente estudo, observamos que existe o sequestro da proteína Cry1F da planta Bt para a prole descendente, sendo que essa proteína é transferida dos pais para os ovos”, conclui.

Segundo a autora do estudo, a agrônoma Camila Souza, a alimentação de lagartas com folhas de milho contendo a proteína Cry1F, mesmo que apenas por cinco dias, de acordo com a metodologia utilizada, propiciou o sequestro e a transferência da proteína Bt das plantas para a geração seguinte. “A detecção da proteína Cry1F nos ovos de Spodoptera frugiperda, depois da exposição dos pais à proteína tóxica, confirma que as larvas são capazes de sequestrar a proteína presente nas folhas de milho e transferi-la para a sua prole. Em condições de campo, essa exposição pode ocorrer durante todo o ciclo de desenvolvimento do inseto. Por isso, são necessários estudos para entender todas essas interações no processo de seleção da resistência”, complementa a engenheira-agrônoma.

O trabalho comprovou também que ambos os sexos do inseto têm a capacidade de transmitir a proteína Bt aos descendentes. “Quando ambos os pais foram expostos à proteína, a concentração de Cry1F sequestrada nos ovos foi significativamente maior (quase o dobro) em relação a quando apenas o macho ou a fêmea foram expostos à proteína”, enfatiza Souza.

Importância da área de refúgio é comprovada cientificamente

Após vários ciclos de seleção

Após a seleção

Indivíduos em destaque na cor vermelha: lagartas resistentes à proteína Bt. Na cor azul, suscetíveis

Foram avaliadas populações de lagartas resistentes à proteína Cry1F com ambos os sexos expostos à mesma proteína; lagartas resistentes com apenas o macho exposto à Cry1F; lagartas resistentes com apenas a fêmea exposta; e lagartas suscetíveis não expostas à proteína que serviram como tratamento-controle. Todas as populações avaliadas – resistentes e suscetíveis – foram expostas à proteína no final da fase de desenvolvimento larval. A quantificação da proteína Cry1F nos ovos foi realizada no Laboratório de Bioquímica e Biologia Molecular da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília (DF).

Os resultados mostram que houve diferença significativa em relação à sobrevivência larval quando lagartas resistentes e suscetíveis foram expostas à proteína Cry1F. “Obviamente, a população suscetível apresentou 100% de mortalidade. Contudo, entre as lagartas resistentes, a sobrevivência variou entre 85% e 90%, em média, sendo que os insetos completaram o ciclo de desenvolvimento. Esses resultados mostram que a característica de resistência entre a população resistente foi mantida e que a população suscetível continuou sendo controlada pela proteína Cry1F. Foi verificado também que essa proteína não teve efeito prejudicial na reprodução e longevidade”, explica Camila Souza.

“Nossos resultados contribuem para o entendimento da evolução da resistência e reforçam a importância do uso adequado de áreas de refúgio (veja acima figuras que ilustram a pressão de seleção), uma vez que, quando ambos os sexos resistentes são expostos à proteína, o sequestro e a transferência para os ovos são potencializados”, cita a autora. Refúgio é uma área, dentro da lavoura, onde se planta o milho sem a tecnologia Bt. Seu papel é reduzir a exposição dos insetos-praga ao mecanismo de ação dos transgênicos. Os insetos que nascem na área de refúgio continuam suscetíveis à toxina transgênica e podem se acasalar com os resistentes e, assim, diluir a população de indivíduos que desenvolveram resistência.

“Se imaginarmos a existência das áreas de refúgio em proporção adequada, haveria maior possibilidade de somente um dos pais ser exposto à proteína, reduzindo a exposição embrionária. Além disso, o acasalamento com os indivíduos suscetíveis vindos da área de refúgio teria papel fundamental na redução da exposição dos embriões à proteína de forma prematura. As implicações que esses processos podem ter na evolução da resistência a insetos e no manejo de culturas Bt permanecem desconhecidas, e as consequências da transferência de proteínas Bt precisam ser estudadas”, destaca a pesquisadora.

Como funciona o Bt

Um dos principais problemas surgidos após a ampla adoção do milho Bt foi a seleção de insetos-alvo resistentes às proteínas tóxicas que até então controlavam as principais pragas da cultura, como a lagarta-do-cartucho. O milho Btexpressa uma ou mais proteínas da bactéria Bacillus thuringiensis, que possuem atividade inseticida contra os insetos-alvo.

No Brasil, o primeiro evento de milho transgênico foi liberado para uso comercial pela Comissão Técnica Nacional de Biossegurança (CTNBio) em 2008. “Nesses dez anos de utilização da tecnologia transgênica em milho, houve grandes transformações do manejo de praga da cultura”, avalia a pesquisadora Simone Martins Mendes.

Segundo dados de agosto de 2018, da Consultoria Céleres, publicados no documento “20 anos da adoção da biotecnologia agrícola no Brasil: lições aprendidas e novos desafios”, a área plantada com cultivares de milho geneticamente modificado atingiu 107,3 milhões de hectares na última safra, considerando o acumulado entre as safras de verão e de inverno. “A velocidade de adoção do milho transgênico ultrapassou o patamar de 90% da área total da safra de inverno, em apenas dez temporadas de liberação comercial”, informa a consultoria.

“O risco potencial para a evolução da resistência é alto para a lagarta-do-cartucho porque o sistema de produção no Brasil tem sobreposição temporal e espacial do milho Bt. No campo, essas culturas estão expostas à população de Spodoptera frugiperda, sendo que a pressão de seleção é intensa em cada geração da praga, aumentando o risco de seleção de indivíduos resistentes”, diz a agrônoma Camila Fernandes.

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Preservação da tecnologia

Segundo a engenheira-agrônoma, para prolongar a eficácia de culturas Bt é essencial desenvolver uma gestão estratégica para atrasar a evolução da resistência de pragas aos transgênicos. Uma das principais estratégias apontada pela pesquisa é a utilização da chamada alta dose (elevada expressão, nas cultivares, da proteína Bt) juntamente com a adoção da área de refúgio, impedindo a evolução da resistência. Outro método para o manejo da resistência é a introdução de eventos transgênicos piramidados, ou seja, a combinação de diferentes genes em um só híbrido provendo controle independente contra a mesma praga. As proteínas Vip3a20, por exemplo, possuem características importantes como a resistência a insetos em que a proteína Cry já não faz mais efeito.

A execução do trabalho foi viabilizada por meio da parceria de diversas instituições, como a Embrapa Milho e Sorgo, a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, a Universidade de Minnesota, nos Estados Unidos, e a Universidade Federal de Lavras.

Por Embrapa.

Uso de bioestimulantes no milho é defendida em congresso

Uso de bioestimulantes no milho é defendida em congresso

Professor João Domingos Rodrigues, da Unesp

O uso de biorreguladores no milho com os objetivos de minimizar os estresses bióticos e abióticos e maximizar a produtividade da cultura foi defendido pelo professor João Domingos Rodrigues, da área de Fisiologia Vegetal e da Produção da Unesp (Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu), durante o XXXII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, realizado no mês de setembro em Lavras-MG. Os biorreguladores ou reguladores vegetais são compostos constituídos por hormônios vegetais que podem ser aplicados diretamente nas plantas, em concentrações calculadas, para alterar seus processos vitais e estruturais em busca de maior produção.

A justificativa, segundo o professor, é oferecer condições às culturas para atingir o potencial genético produtivo em um cenário de instabilidade climática. “Com os problemas do clima, como melhorar as respostas da fisiologia das plantas, principalmente às relativas à fotossíntese e à produtividade?”, indagou Rodrigues. De acordo com ele, uma das formas é a minimização desse estresse, com a utilização dos biorreguladores. “A mistura hormonal em concentrações calculadas composta de citocina, auxina e giberelina promove um efeito sinérgico”, disse.

“Todos nós conhecemos a importância da adubação. Os minerais, na forma iônica, são importantes para a ativação de enzimas. Porém, a síntese dessas enzimas depende dos hormônios e esses, às vezes, são menos utilizados. Dessa forma, como devemos ter plantas bem equilibradas do ponto de vista nutricional, devemos também ter plantas muito bem equilibradas hormonalmente. Devemos ter em mente que o que realmente determina a produção é a fotossíntese, cujo processo podemos manipular”, defendeu.

As vantagens de se usar os reguladores vegetais, como fundamentais para o metabolismo e o crescimento vegetal, foram expostas: aumentar a produtividade; favorecer a fotossíntese e o transporte e acúmulo de açúcares nos drenos e diminuir os efeitos dos estresses. “São fundamentais em todos os estádios fenológicos das plantas. Os reguladores não devem ser vistos como mais um produto foliar ou como mais um produto de acabamento, mas como fundamentais para o equilíbrio hormonal que leva ao aumento dos processos produtivos”, disse.

A relevância dos hormônios no processo produtivo e a equação desejada por produtores, em que o aumento da produtividade significa uma maior expressão do potencial genético das culturas, associado a um menor número de perdas, foi então apresentada. “As interações entre os hormônios vegetais têm como objetivo promover o balanço hormonal adequado, possibilitando aumentar a eficiência das culturas e maximizando a expressão do potencial genético das plantas”, concluiu. Abaixo, conheça alguns dos principais efeitos fisiológicos de três hormônios promotores do desenvolvimento vegetal: as citocinas, as auxinas e as giberelinas, apresentados pelo professor Rodrigues.

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Auxinas

Promovem o alongamento celular e crescimento do caule;

Inibem a queda de folhas e frutos;

Divisão celular do tecido cambial;

Diferenciação do tecido vascular (xilema e floema);

Melhoram na partição e no movimento de assimilados por ação do transporte no floema;

Promovem maior crescimento das partes florais;

Controlam a abscisão.

 

Citocininas

Promovem a divisão celular;

Promovem a diferenciação celular:

Promovem maior brotação de gemas;

Expandem folhas e cotilédones (Fonte/Dreno);

Retardam a senescência foliar, mantendo a síntese proteica e diminuindo a presença de radicais livres;

Provocam maior desenvolvimento dos cloroplastos, com aumento na síntese de clorofila e da enzima Rubisco, responsável pela transformação do CO2 em carboidratos;

Estimulam maior abertura dos estômatos;

Interferem na fotossíntese aumentando sua intensidade e com isso a produtividade.

 

Giberelinas

Promovem o crescimento do caule;

Favorecem maior germinação de sementes;

Impulsionam produção de enzimas, que atuam nas reservas das sementes, visando a maior germinação;

Promovem a fixação e o crescimento de frutos;

Divisão e alongamento celular;

Retardam a degradação da clorofila.

Segundo informações do professor João Domingos Rodrigues, no Brasil, por causa da legislação vigente, temos poucos reguladores vegetais registrados para a cultura do milho. O único registrado, tendo na sua composição os três hormônios promotores visando o seu efeito sinérgico, tem o nome comercial de Stimulate® da empresa Stoller do Brasil. Existe outro produto comercial, registrado para o milho, mas com apenas um hormônio promotor, no caso a giberelina, de nome comercial Progibb®, da empresa Sumitomo Chemical.

Por Embrapa.

Novo aplicativo monitora crescimento e reprodução do rebanho leiteiro

Novo aplicativo monitora crescimento e reprodução do rebanho leiteiro

Nova versão também permite acompanhar o crescimento e o peso das novilhas e bezerras (Foto: Gisele Rosso)

O bom gerenciamento do rebanho de bezerras e novilhas em uma propriedade leiteira influencia significativamente na fase produtiva. Durante o período de crescimento, o produtor precisa manter o peso do animal para que ele não perca o potencial genético de toda sua vida reprodutiva. “É importante controlar o desempenho para que o animal possa entrar em reprodução e criar com um peso adequado”, explica André Novo, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste (SP).

A ferramenta Roda do Crescimento, desenvolvida pela Embrapa e integrada ao aplicativo Roda da Reprodução, permite que o produtor de leite gerencie os animais de recria, indicando se as bezerras e as novilhas estão abaixo ou acima do peso ideal desde o dia do nascimento até chegar à fase reprodutiva. “A do crescimento complementa o funcionamento da Roda da Reprodução, de forma similar, permitindo que o produtor, que já está acostumado com a versão atual do aplicativo, possa usar essa nova funcionalidade de forma tranquila”, afirma o pesquisador Marcos Visoli, da Embrapa Informática Agropecuária (SP).

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Para usar o recurso, o produtor precisa inserir o número de todas as bezerras e novilhas e seus respectivos pesos e datas de nascimento. O aplicativo utiliza cinco cores: azul para animais de até um ano; amarelo, sem idade e sem peso ideais; cinza, sem idade e com peso; vermelho, com idade e sem peso; e verde, com idade e peso adequados. Para facilitar o trabalho dos produtores rurais, a integração dos dados do rebanho é automática, permitindo o gerenciamento completo das fases de reprodução e crescimento.

Na Roda do Crescimento são colocadas as bezerras de até 12 meses e as novilhas que não entraram em reprodução, da mesma forma e na mesma cor do quadro do processo reprodutivo. A principal diferença é que o quadro do crescimento tem 24 meses e as bezerras são classificadas por peso e idade, aptas ou não para a cobertura. Quando são inseminadas ou cobertas, as fêmeas passam a integrar novamente o quadro da reprodução.

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Os ícones das bezerras e das novilhas são diferentes de acordo com peso, idade, raça e previsão de idade ao primeiro parto. Animais acima do peso adequado são identificados com um triângulo voltado para cima. Animais com peso ideal recebem um círculo e são identificados com um triângulo voltado para baixo.

Com o recurso, o produtor consegue acompanhar o crescimento das bezerras e fazer interferências para evitar que o animal chegue à fase reprodutiva abaixo do peso ideal para assegurar que a reprodução ocorra na hora certa e que haja lucro com a atividade leiteira. “A lógica é colocar todo o rebanho de uma forma visual para o pecuarista tomar decisões gerenciais”, afirma André Novo.

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O aplicativo está disponível gratuitamente para dispositivos com sistema operacional Android. Lançado em 2016, a Roda da Reprodução já tem cerca de 12 mil usuários cadastrados, sendo 73% deles no Brasil. A Embrapa também elaborou um manual que explica detalhadamente como usar a ferramenta, que tem versões em inglês, espanhol e francês.

 

Por Globo Rural.