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A importância das auxinas para as plantas!

A importância das auxinas para as plantas!

Neste post vamos falar tudo que você precisa saber sobre o hormônio auxinas. Para um bom crescimento e desenvolvimento vegetal, não basta apenas água, luz e nutrientes em quantidades suficientes para a planta, é preciso que ela apresente equilíbrio hormonal para que possa alcançar todos os seus estádios de desenvolvimento sem prejudicar nenhuma fase.

Venha Comigo!

 

A importância das auxinas para as plantas!

 

A auxina é um hormônio vegetal produzido pelas células meristemáticas e está relacionado a diversos efeitos fisiológicos.

Charles Darwin observou em seus estudos a ação do fototropismo em alpiste e anos depois, outros pesquisadores confirmaram que o crescimento da curvatura do caule vegetal era influenciado por alguma substância química.

Até que em 1926, Fritz Went descobriu a auxina, a substância responsável por promover o alongamento do coleótipo.

 

 

O que é auxina?

A auxina é um importante hormônio vegetal que atua regulando o crescimento e desenvolvimento da planta. É produzida em folhas jovens e primórdios foliares, sendo também encontrada em sementes, flores e frutos.

auxinas

Sua movimentação dentro da planta é lenta e ocorre normalmente nas células parenquimáticas associadas aos vasos condutores.

Seu tip o mais comum é o AIA (ácido indol-3-acético). Esse fitormônio atua inibindo o crescimento das gemas laterais e promovendo a dominância apical. 

 

Características da auxina

Listamos algumas das características desse hormônio:

  • seu transporte é polarizado, ou seja, ocorre da extremidade do caule para a raiz;
  • uma diminuição da concentração de auxinas durante o trajeto do hormônio pela planta;
  • a maior concentração está no caule. Na raiz, ela é bem mais baixa;
  • o transporte é feito pelo parênquima;
  • sua produção é feita no ápice dos caules, nas folhas jovens e nas sementes;
  • uma dominância apical nesse hormônio.

 

Efeitos da auxina nas plantas

Os efeitos dos hormônios vegetais dependem da sua concentração e local de atuação. Então, listamos os principais efeitos controlados pela auxina, veja a seguir:

 

Fototropismo

O fototropismo é um movimento de curvatura que a planta realiza em resposta à luz. Observa-se o crescimento do vegetal em resposta a um estímulo, que nesse caso é uma fonte luminosa.

A importância desse crescimento está no fato de que a luz é fundamental para vários processos realizados pela planta, como a realização da fotossíntese e afloração.

 

Fototropismo

 

Quando uma fonte luminosa surge de maneira unilateral, iluminando apenas um lado do caule de uma planta, acontece a migração da auxina para o lado não iluminado.

 

Fototropismo

 

Nesse local, a auxina atua para levar ao alongamento das células. Com o alongamento celular mais rápido no lado não iluminado e, consequentemente, um crescimento diferencial, observa-se a curvatura da planta. A redistribuição da auxina é mediada por um fotorreceptor.

O fototropismo pode ser negativo ou positivo. Quando falamos em fototropismo positivo, estamos referindo-nos ao crescimento em direção à fonte luminosa. O fototropismo negativo é o crescimento no sentido contrário à fonte luminosa.

 

Dominância apical

As auxinas atuam nos genes das células vegetais, estimulando a síntese de enzimas que promovem o amolecimento da parede celular, possibilitando a distensão das células.

 

auxinas     

A forma do corpo de muitas plantas, principalmente as do grupo perene é definida pela ação hormonal. A gema apical, que atua no crescimento longitudinal do caule, produz auxina na superfície para inibie as gemas laterais, deixando-as dormentes.

Eliminando-se a gema apical, o crescimento passará a ser promovido pelas gemas laterais ativadas pela ausência de auxina. O vegetal apresentará, então, forma copada: pouca altura e mais galhos.

 

Geotropismo

Geotropismo, também conhecido como gravitropismo, é definido como a resposta da planta em relação à gravidade. O nome vem de “geo”, que significa “terra” e “tropismo”, movimento da planta desencadeado por um estímulo externo. Essa resposta pode ser positiva ou negativa

O geotropismo é causado pela distribuição desigual do hormônio vegetal auxina. Quando a planta está posicionada horizontalmente, o caule recebe concentrações mais elevadas de auxina, favorecendo o crescimento do caule e inibindo o desenvolvimento da raiz.

auxinas     

Consequentemente, a porção inferior do caule cresce mais rapidamente, no sentido oposto à direção da força da gravidade. Assim, dizemos que o caule apresenta geotropismo negativo, enquanto as raízes apresentam geotropismo positivo.

Esse processo é essencial e crítico durante os primeiros estágios da germinação, ocorrendo porque as raízes são mais sensíveis à auxina do que os caules.

 

Desenvolvimento de fruto

Na natureza, é comum o desenvolvimento de ovários sem que tenha havido a formação das sementes. É o caso da banana. A auxina existe na parede do ovário e também nos tubos polínicos é que garante o crescimento do fruto.

     

Artificialmente, é possível produzir frutos partenocárpicos por meio da aplicação de auxinas diretamente nos ovários, retirando-se previamente os estames para evitar polinização. Isso é feito para se obter uvas, melancias, e tomates sem sementes.

 

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Divisão Celular

As auxinas estimulam a proliferação da grande maioria de tipos de células.

 

Abscisão

A folha jovem tem a capacidade de sintetizar níveis de auxinas relativamente altos; durante a senescência, a síntese de auxinas no limbo foliar diminui consideravelmente, o que promove o rompimento do pecíolo na camada de abscisão.

Durante a senescência, ao mesmo tempo que diminui o fluxo de auxinas no pecíolo, ocorre um aumento na produção de etileno na região de abscisão. A queda no nível de auxinas aparentemente torna as células da região de abscisão mais sensíveis à ação do etileno.

O etileno também inibe o transporte de auxinas no pecíolo e provoca a síntese e o transporte de enzimas que atuam na parede celular (celulases) e na lamela média (pectinases).

A dissolução parcial ou total da parede celular e da lamela média torna a região de abscisão enfraquecida, do ponto de vista mecânico. Basta neste momento um vento moderado para causar a quebra do feixe vascular e completar a separação da folha do restante da planta.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Portanto, compreendemos que esse hormônio é um importante para o vegetal que atua regulando o crescimento e desenvolvimento da planta. É produzida em folhas jovens e primórdios foliares, sendo também encontrada em sementes, flores e frutos.

A auxina atua de diversas formas sobre as plantas. O efeito das auxinas depende da sua concentração e do local onde atua como citado acima.

Espero que esse artigo tenha ajudado entender um pouco mais sobre esses efeitos sobre o vegetal. Gostou de saber mais sobre o assunto?  Deixe seu comentário

 

Microrganismos compõem o sistema imunológico do solo e impactam a saúde das plantas

Microrganismos compõem o sistema imunológico do solo e impactam a saúde das plantas

Novas descobertas sobre a relação da composição e o funcionamento de comunidades microbianas complexas do solo durante a interação com a planta revelaram que os microrganismos do solo são fundamentais, uma vez que, dentre as diversas funções desempenhadas pelo microbioma – conjunto de microrganismo do solo, estão o efeito na fisiologia e metabolismo da planta, a aquisição de nutrientes, a tolerância contra estresses abióticos – tolerância ao frio ou a seca, além de proteção contra patógenos.

Conforme o chefe de P&D da Embrapa Meio Ambiente (Jaguariúna, SP), Rodrigo Mendes, que estuda o uso de técnicas avançadas de biologia molecular no esclarecimento de mecanismos envolvidos na supressão específica de doenças do solo, “o conjunto desses benefícios resultam no crescimento e desenvolvimento de plantas de forma produtiva e saudável”.

A comunidade microbiana do solo interage com a planta, ajuda na aquisição de nutrientes para seu crescimento  – fixam nitrogênio, disponibilizam nutrientes do solo como fósforo, entre outros, age na tolerância contra a seca, presença de substâncias tóxicas entre outras, além de proteger contra o ataque de doenças.

Para o pesquisador, em busca de uma agricultura sustentável, os microbiomas podem desempenhar um papel importante, já que no caso da proteção de plantas contra doenças causadas por patógenos de solo, os solos supressivos, que suprimem o aparecimento de populações de patógenos, são um exemplo de como o entendimento dessa proteção representa uma possibilidade na redução do uso de pesticidas.

Se houver um surto de alguma doença na planta, a biota do solo pode desenvolver mecanismos que barrem essa doença, normalmente aumentando a população de determinados microrganismos antagônicos.

Se for implementado um cultivo de outras plantas que não sejam susceptíveis ao ataque daquela doença por várias safras, e depois voltar a cultivá-la, a proteção volta a se manifestar, agindo mesmo como se o solo tivesse desenvolvido uma “vacina” contra aquele patógeno.

Da mesma forma que o sistema imunológico humano é dividido em imunidade natural (resposta imune inata) e imunidade adaptativa (resposta imune adquirida), os solos supressivos compartilham de características semelhantes. Também existem dois tipos de supressão de doenças de solo – a supressão geral, baseada na atividade microbiológica e a competição do microbioma do solo, universal a todos os solos e a supressão específica, atribuída pela ação de microrganismos específicos do microbioma contra um determinado patógeno.

Rodrigo explica que a supressão específica age como uma vacina. Ela é induzida após um surto da doença em campos cultivados sucessivamente por uma mesma cultura. Com o estabelecimento da supressão específica, mesmo se mantendo a planta hospedeira suscetível na presença do patógeno do solo, o nível da doença é drasticamente reduzido, já que quando a planta não tem imunidade para aquela doença, pode ser colocado um microrganismo ou um conjunto de microrganismos que tornarão este solo capaz de inibi-lo naquela cultura.

“É interessante notar que se em um novo ciclo for introduzida uma cultura que não é hospedeira da doença, a supressão específica pode se dissipar, mas retorna rapidamente quando a cultura hospedeira da doença é reintroduzida no mesmo campo”, diz o pesquisador. Assim, a supressão geral de solos (imunidade já existente) é uma resposta rápida e não específica que oferece a primeira linha de defesa do hospedeiro contra a invasão de um patógeno.

Por outro lado, a supressão específica de doenças do solo e a resposta imune adquirida em humanos precisam de uma exposição prévia ao patógeno, específica a um agente infeccioso e é ativado pelo contato com o patógeno despertando a memória do sistema de defesa. No caso das plantas, a defesa é mantida pelo enriquecimento e ativação de membros específicos do microbioma que antagonizam o patógeno.

O uso de técnicas avançadas de biologia molecular busca explicar mecanismos envolvidos na supressão específica de doenças de solo. No primeiro contato do patógeno com a planta, ocorre a liberação de metabólitos que provocam reações na planta e no microbioma que ocupa a rizosfera, que é a região onde o solo tem contato direto com o sistema radicular da planta.

A interação complexa entre o patógeno, a planta e o microbioma resulta na reestruturação do microbioma da rizosfera e na ativação de funções que blindam o sistema radicular contra a invasão do patógeno.

Esse fenômeno de supressão específica, descrito em várias regiões do mundo em diferentes culturas ,sugere que pode existir uma abordagem universal para engenheirar microbiomas de solos supressivos com a finalidade de diminuir a dependência de pesticidas.
Similarmente ao uso de vacinas em humanos, a resposta imune adquirida de solos pode ser explorada para o desenvolvimento de estratégias para manipular o microbioma dos solos em benefício da saúde das plantas. “Essa mudança de abordagem pode contribuir para a segurança alimentar”, acredita o pesquisador.

Cristina Tordin (MTB 28499)
Embrapa Meio Ambiente

Por: Embrapa

Embrapa estuda sistema que faz ‘check up’ de plantas no campo para prever produção, pragas e doenças na lavoura

Embrapa estuda sistema que faz ‘check up’ de plantas no campo para prever produção, pragas e doenças na lavoura

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2018/07/22/embrapa-estuda-sistema-que-faz-check-up-de-plantas-no-campo-para-prever-producao-pragas-e-doencas-na-lavoura.ghtml

Detalhamento da planta no campo feito pela Embrapa Informática Agropecuária (Foto: Arte Embrapa/Divulgação)

 

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Confira: Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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A tecnologia é capaz de reconhecer por meio de visão computacional e aprendizado o terreno, plantas, folhas e os frutos.

Os primeiros testes estão sendo realizados em uma área de milho, além de outra de uva de vinho, ambas na região. Estas culturas foram escolhidas porque agregam valor.

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Videoaula gratuita: Diagnose de doenças florestais | Professor Acelino Alfenas
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O projeto que teve início há dois anos tem parceria da Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP), e da Unicamp. O apoio financeiro na casa dos R$ 200 mil é da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).

De acordo com o líder do estudo, o pesquisador da Embrapa Thiago Teixeira Santos, a proposta é construir um robô com câmeras e escâner a laser que faça uma varredura na área escolhida, o mesmo sistema usado na indústria automobilística para os veículos autônomos.

“Já estamos importando as câmeras com RGB e os sensores a laser, como dos carros autônomos”, explica o líder da pesquisa.

https://g1.globo.com/sp/campinas-regiao/noticia/2018/07/22/embrapa-estuda-sistema-que-faz-check-up-de-plantas-no-campo-para-prever-producao-pragas-e-doencas-na-lavoura.ghtml

Drone usado para avaliar plantas no campo pela Embrapa (Foto: Graziella Galinari)

Ainda segundo o pesquisador, a ideia é monitorar a lavoura com o uso de robôs com rodas e os drones.

Em certas culturas, o espaço entre um pé e outro é pequeno, o que pode dificultar o trabalho de um robô, por exemplo, sendo os drones mais viáveis neste casos.

Mas o desenvolvimento do sistema pode levar ainda a uma tecnologia embarcada nas máquinas agrícolas, que também podem em um futuro próximo realizar este mapeamento.

Por G1 Campinas e Região