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Por que Pando, um dos maiores organismos vivos do mundo, está morrendo

Por que Pando, um dos maiores organismos vivos do mundo, está morrendo

Nem elefante, nem baleia – o maior organismo vivo do mundo, na visão de alguns cientistas, é o bosque Pando — Foto: Pixabay

Para o visitante desprevenido, Pando não passa de um bonito bosque composto por árvores de álamo. Ele é, porém, mais que isso: alguns cientistas consideram-no o maior e mais pesado organismo vivo do mundo.

Ele fica perto do lago Fish, em Utah, nos Estados Unidos. Estima-se que tenha 14 mil anos, e sua área chega a 43 hectares (algo como 43 campos de futebol).

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Mas o que explica esse rótulo de maior “organismo vivo”?

“Na realidade, todas as árvores são apenas uma”, explica Paulo Rogers, geólogo e professor do Departamento de Ecologia da Universidade Estadual de Utah.

Pando, que significa “eu me espalhei” em latim, também é conhecido como “o bosque de uma única árvore”.

Uma árvore clonada

Os álamos podem viver entre 100 e 130 anos — Foto: Lance Oditt/BBC

Os álamos podem viver entre 100 e 130 anos — Foto: Lance Oditt/BBC

Os bosques de álamo se reproduzem de duas maneiras. Uma delas ocorre quando uma árvores madura deixa cair suas sementes, que acabam por germinar.

A outra, mais comum, acontece quando elas liberam os brotos de suas raízes, dos quais nascem novas árvores – essas são chamadas de clones.

Pando não é o único bosque “clone”, mas é o mais extenso. Estima-se que o organismo pese cerca de 13 milhões de toneladas.

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Por que ele está morrendo?

O geólogo Paulo Rogers publicou um estudo que aponta que, nos últimos 40 anos, Pando parou de crescer e teve seu tamanho reduzido. Algumas imagens aéreas do local mostram zonas em que não há mais árvores.

Paul Rogers se dedica a monitorar a vida do Pando — Foto: Lance Oditt/BBC

Paul Rogers se dedica a monitorar a vida do Pando — Foto: Lance Oditt/BBC

Rogers não tem uma estimativa sobre a velocidade da redução de Pando, mas, segundo ele, nos próximos 10 anos o tamanho do bosque terá diminuído “significativamente”.

Normalmente, os álamos vivem entre 100 e 130 anos. O problema é que eles estão morrendo sem que uma nova geração de árvores surja.

“É como se fosse uma cidade de 47 mil habitantes e todos tivessem 85 anos”, diz Rogers.

Segundo sua pesquisa, a principal causa de Pando não conseguir se expandir é que a área concentrou um grande número de cervos e vacas que comem os brotos antes que eles consigam crescer.

“Devemos começar a reduzir o número de animais que comem as árvores”, diz o pesquisador. “Se o bosque morrer, todas as espécies que dependem dele vão desaparecer também.”

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Ele pode sobreviver?

A presença de veados, cervos e vacas tem ajudado a diminuir o bosque Pando — Foto: Lance Oditt/BBC

A presença de veados, cervos e vacas tem ajudado a diminuir o bosque Pando — Foto: Lance Oditt/BBC

Para Rogers, a solução para Pando seria aumentar as cercas que protegem algumas áreas do bosque, bem como trabalhar com os agricultores para ajudar a remover as vacas da área florestal e até mesmo sacrificar alguns dos cervos.

A ideia, segundo o geólogo, seria dar um “descanso” para Pando se recuperar.

“À primeira vista, é um simples bosque, mas, quando você descobre que é apenas um organismo, você se sente incrível por estar aqui”, diz. “Aprender sobre Pando nos ajuda a aprender a viver em nossa Terra.”

Por BBC News Brasil.

Dia de Campo na TV – Inseticida à base de vírus favorece produtividade nas lavouras

Dia de Campo na TV – Inseticida à base de vírus favorece produtividade nas lavouras

Foto: Sandra Brito

Sandra Brito -

Os trabalhos com o baculovírus para o controle da lagarta-do-cartucho na Embrapa Milho e Sorgo tiveram início em 1984. Atualmente, o banco de baculovírus conta com 22 isolados eficientes contra a lagarta do cartucho amostrados em diversas regiões do Brasil. O inseticida é apresentado em forma de pó molhável e não causa danos ao meio ambiente.

A lagarta-do-cartucho é a principal praga do milho e do sorgo e ataca também outras culturas, como soja, algodão e hortaliças. O pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo Fernando Hercos Valicente ressalta que controlar pragas que atacam o milho e o sorgo é um grande desafio. “O desenvolvimento desse produto biológico foi feito à base do agente Baculovirus spodoptera e é indicado para controlar a lagarta-do-cartucho nas culturas em que ela ocorre. Este inseticida tem melhor eficácia para controle da lagarta em campo, quando estas têm no máximo até um centímetro de comprimento. Testes de biossegurança comprovaram que esses vírus são inofensivos a microrganismos, plantas, vertebrados e outros invertebrados que não sejam insetos.

O Dia de Campo na TV vai apresentar a lagarta-do-cartucho em diferentes instares, estágios de crescimento, e como o inseticida é preparado para aplicação no campo. Também vai falar sobre os cuidados para armazenar o produto, que tem um ano de validade. “Este prazo permite ao produtor planejar o uso do inseticida ao longo da safra, desde que sejam observadas as condições de armazenamento ideais”, diz Valicente.

A Embrapa Milho e Sorgo possui acordo de parceria com empresas que produzem os inseticidas biológicos à base de microrganismos. No Brasil existem duas biofábricas de Baculovirus spodoptera. Em Uberaba-MG, o CartuchoVit é produzido pela Vitae Rural. E, em Cruz Alta-RS, o VirControl Sf é produzido pela Simbiose.

Uso de bioestimulantes no milho é defendida em congresso

Uso de bioestimulantes no milho é defendida em congresso

Professor João Domingos Rodrigues, da Unesp

O uso de biorreguladores no milho com os objetivos de minimizar os estresses bióticos e abióticos e maximizar a produtividade da cultura foi defendido pelo professor João Domingos Rodrigues, da área de Fisiologia Vegetal e da Produção da Unesp (Universidade Estadual Paulista, Campus de Botucatu), durante o XXXII Congresso Nacional de Milho e Sorgo, realizado no mês de setembro em Lavras-MG. Os biorreguladores ou reguladores vegetais são compostos constituídos por hormônios vegetais que podem ser aplicados diretamente nas plantas, em concentrações calculadas, para alterar seus processos vitais e estruturais em busca de maior produção.

A justificativa, segundo o professor, é oferecer condições às culturas para atingir o potencial genético produtivo em um cenário de instabilidade climática. “Com os problemas do clima, como melhorar as respostas da fisiologia das plantas, principalmente às relativas à fotossíntese e à produtividade?”, indagou Rodrigues. De acordo com ele, uma das formas é a minimização desse estresse, com a utilização dos biorreguladores. “A mistura hormonal em concentrações calculadas composta de citocina, auxina e giberelina promove um efeito sinérgico”, disse.

“Todos nós conhecemos a importância da adubação. Os minerais, na forma iônica, são importantes para a ativação de enzimas. Porém, a síntese dessas enzimas depende dos hormônios e esses, às vezes, são menos utilizados. Dessa forma, como devemos ter plantas bem equilibradas do ponto de vista nutricional, devemos também ter plantas muito bem equilibradas hormonalmente. Devemos ter em mente que o que realmente determina a produção é a fotossíntese, cujo processo podemos manipular”, defendeu.

As vantagens de se usar os reguladores vegetais, como fundamentais para o metabolismo e o crescimento vegetal, foram expostas: aumentar a produtividade; favorecer a fotossíntese e o transporte e acúmulo de açúcares nos drenos e diminuir os efeitos dos estresses. “São fundamentais em todos os estádios fenológicos das plantas. Os reguladores não devem ser vistos como mais um produto foliar ou como mais um produto de acabamento, mas como fundamentais para o equilíbrio hormonal que leva ao aumento dos processos produtivos”, disse.

A relevância dos hormônios no processo produtivo e a equação desejada por produtores, em que o aumento da produtividade significa uma maior expressão do potencial genético das culturas, associado a um menor número de perdas, foi então apresentada. “As interações entre os hormônios vegetais têm como objetivo promover o balanço hormonal adequado, possibilitando aumentar a eficiência das culturas e maximizando a expressão do potencial genético das plantas”, concluiu. Abaixo, conheça alguns dos principais efeitos fisiológicos de três hormônios promotores do desenvolvimento vegetal: as citocinas, as auxinas e as giberelinas, apresentados pelo professor Rodrigues.

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Auxinas

Promovem o alongamento celular e crescimento do caule;

Inibem a queda de folhas e frutos;

Divisão celular do tecido cambial;

Diferenciação do tecido vascular (xilema e floema);

Melhoram na partição e no movimento de assimilados por ação do transporte no floema;

Promovem maior crescimento das partes florais;

Controlam a abscisão.

 

Citocininas

Promovem a divisão celular;

Promovem a diferenciação celular:

Promovem maior brotação de gemas;

Expandem folhas e cotilédones (Fonte/Dreno);

Retardam a senescência foliar, mantendo a síntese proteica e diminuindo a presença de radicais livres;

Provocam maior desenvolvimento dos cloroplastos, com aumento na síntese de clorofila e da enzima Rubisco, responsável pela transformação do CO2 em carboidratos;

Estimulam maior abertura dos estômatos;

Interferem na fotossíntese aumentando sua intensidade e com isso a produtividade.

 

Giberelinas

Promovem o crescimento do caule;

Favorecem maior germinação de sementes;

Impulsionam produção de enzimas, que atuam nas reservas das sementes, visando a maior germinação;

Promovem a fixação e o crescimento de frutos;

Divisão e alongamento celular;

Retardam a degradação da clorofila.

Segundo informações do professor João Domingos Rodrigues, no Brasil, por causa da legislação vigente, temos poucos reguladores vegetais registrados para a cultura do milho. O único registrado, tendo na sua composição os três hormônios promotores visando o seu efeito sinérgico, tem o nome comercial de Stimulate® da empresa Stoller do Brasil. Existe outro produto comercial, registrado para o milho, mas com apenas um hormônio promotor, no caso a giberelina, de nome comercial Progibb®, da empresa Sumitomo Chemical.

Por Embrapa.

Novo aplicativo monitora crescimento e reprodução do rebanho leiteiro

Novo aplicativo monitora crescimento e reprodução do rebanho leiteiro

Nova versão também permite acompanhar o crescimento e o peso das novilhas e bezerras (Foto: Gisele Rosso)

O bom gerenciamento do rebanho de bezerras e novilhas em uma propriedade leiteira influencia significativamente na fase produtiva. Durante o período de crescimento, o produtor precisa manter o peso do animal para que ele não perca o potencial genético de toda sua vida reprodutiva. “É importante controlar o desempenho para que o animal possa entrar em reprodução e criar com um peso adequado”, explica André Novo, chefe de Transferência de Tecnologia da Embrapa Pecuária Sudeste (SP).

A ferramenta Roda do Crescimento, desenvolvida pela Embrapa e integrada ao aplicativo Roda da Reprodução, permite que o produtor de leite gerencie os animais de recria, indicando se as bezerras e as novilhas estão abaixo ou acima do peso ideal desde o dia do nascimento até chegar à fase reprodutiva. “A do crescimento complementa o funcionamento da Roda da Reprodução, de forma similar, permitindo que o produtor, que já está acostumado com a versão atual do aplicativo, possa usar essa nova funcionalidade de forma tranquila”, afirma o pesquisador Marcos Visoli, da Embrapa Informática Agropecuária (SP).

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Para usar o recurso, o produtor precisa inserir o número de todas as bezerras e novilhas e seus respectivos pesos e datas de nascimento. O aplicativo utiliza cinco cores: azul para animais de até um ano; amarelo, sem idade e sem peso ideais; cinza, sem idade e com peso; vermelho, com idade e sem peso; e verde, com idade e peso adequados. Para facilitar o trabalho dos produtores rurais, a integração dos dados do rebanho é automática, permitindo o gerenciamento completo das fases de reprodução e crescimento.

Na Roda do Crescimento são colocadas as bezerras de até 12 meses e as novilhas que não entraram em reprodução, da mesma forma e na mesma cor do quadro do processo reprodutivo. A principal diferença é que o quadro do crescimento tem 24 meses e as bezerras são classificadas por peso e idade, aptas ou não para a cobertura. Quando são inseminadas ou cobertas, as fêmeas passam a integrar novamente o quadro da reprodução.

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Os ícones das bezerras e das novilhas são diferentes de acordo com peso, idade, raça e previsão de idade ao primeiro parto. Animais acima do peso adequado são identificados com um triângulo voltado para cima. Animais com peso ideal recebem um círculo e são identificados com um triângulo voltado para baixo.

Com o recurso, o produtor consegue acompanhar o crescimento das bezerras e fazer interferências para evitar que o animal chegue à fase reprodutiva abaixo do peso ideal para assegurar que a reprodução ocorra na hora certa e que haja lucro com a atividade leiteira. “A lógica é colocar todo o rebanho de uma forma visual para o pecuarista tomar decisões gerenciais”, afirma André Novo.

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O aplicativo está disponível gratuitamente para dispositivos com sistema operacional Android. Lançado em 2016, a Roda da Reprodução já tem cerca de 12 mil usuários cadastrados, sendo 73% deles no Brasil. A Embrapa também elaborou um manual que explica detalhadamente como usar a ferramenta, que tem versões em inglês, espanhol e francês.

 

Por Globo Rural.

Como corrigir a deficiência de zinco na lavoura de café

Como corrigir a deficiência de zinco na lavoura de café

O encurtamento dos internódios é um dos sintomas de deficiência de zinco no cafezal (Foto: Reprodução/TV Globo)

Como corrigir a deficiência de zinco no cafezal? Um telespectador do programa Globo Rural, da TV Globo, pediu ajuda para resolver o problema. Segundo o agrônomo Leonardo Oliveira, plantas com desequilíbrio de zinco, tanto falta quanto excesso do nutriente, apresentam sintomas que são fáceis de reconhecer como o encurtamento dos internódios da planta e a redução do tamanho das folhas. O especialista em café recomenda fazer uma análise foliar para confirmar o diagnóstico. No caso de falta de zinco, a correção pode ser feita com a aplicação de adubo no solo ou nas folhas. Para o agrônomo, a pulverização permite uma distribuição melhor do zinco e também melhora o custo para o produtor. Caso haja excesso de zinco, deixe de aplicar o nutriente e espere que a planta cresça para entrar novamente em equilíbrio. Confira a reportagem no link abaixo: Aderval mudanças

Reportagem produzida e exibida pelo programa Globo Rural, da TV Globo, no dia 01 de julho de 2018.

 

Por Globo Rural.