Os feijões são mundialmente reconhecidos por sua riqueza nutricional e versatilidade culinária. O que talvez poucas pessoas não sabem é origem do feijão e sua importância econômica. Neste artigo vamos abordar tudo sobre esse assunto. Quer saber tudo sobre?
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O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de feijão, depois de Myanmar e Índia, respectivamente. Típico produto da alimentação brasileira, é cultivado em todas as regiões, além de ser um dos alimentos mais antigos do mundo.
Os estados do Paraná, Minas Gerais e Bahia se destacam como produtores de feijão-comum (Phaseolus vulgaris), com uma produção que corresponde a quase 50% do total nacional.
Além do papel relevante na alimentação do brasileiro, o feijão é um produto de grande importância econômica e social, principalmente por conta da mão de obra empregada durante o ciclo da cultura.
O que é o feijão?
Feijão é uma leguminosa e é um dos principais grãos fornecedores de proteína na alimentação dos brasileiros. Além disso, possui boas quantidades de carboidratos, substância que garante a energia necessária para o funcionamento do corpo. E é também uma ótima fonte de ferro, vitaminas do complexo B e fibras.
Ao todo, existem 14 tipos de feijão disponíveis para consumo. No Brasil, os mais utilizados são a carioquinha, o preto, o de corda, o jalo, o branco, o rosado, o fradinho, o rajado e o bolinha. Além desses, o azuki, o roxo, o moyashi, o verde e o vermelho completam a lista, proporcionando uma variedade considerável de opções para os consumidores.
O prato mais comum utilizado com o feijão é a tradicional feijoada, que consiste em um guisado de feijão com carne, geralmente acompanhado de arroz. Esse prato, por sua vez, caracteriza-se como um dos principais ícones da culinária brasileira no mundo.
Importância do feijão
A cultura do feijão é uma das mais importantes para a alimentação da população do Brasil. Além disso, para facilitar as variações do nosso clima e solos, a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) vem desenvolvendo programas de pesquisa e melhoramento genético, com o objetivo de disponibilizar ao mercado cultivares adaptadas às diferentes condições de clima e solo do Brasil.
Diversas formas de feijão são cultivadas no mundo inteiro. No entanto, poucos povos souberam tirar tanto proveito desse alimento como o brasileiro. De fato, essa iguaria está presente na culinária dos nossos vinte e sete estados, principalmente acompanhada do arroz. Além disso, também é utilizada com carnes, na forma de sopas, caldos, baião de dois, acarajé, feijão-tropeiro, dobradinha, salada, guisado, ensopado, feijoada, tutu à mineira e muitos outros pratos tradicionais.
Cultura do feijão: a origem do grão
São diversas as hipóteses que visam explicar a origem e domesticação do feijoeiro. Uma delas é que o feijão teria sido domesticado na Mesoamérica, há cerca de 7.000 a.C. E disseminado posteriormente pela América do Sul.
Por outro lado, achados arqueológicos de feijões domesticados na América do Sul, mais especificamente no Peru há cerca de 10.000 a.C. São indícios de que o feijoeiro teria sido domesticado na América do Sul e então levado para a América do Norte.
Dados mais recentes sugerem a existência de três centros primários de diversidade genética do feijão. Tanto para espécies silvestres como cultivadas:
- Mesoamericano – do sudeste dos Estados Unidos até o Panamá, tendo como zonas principais o México e a Guatemala;
- Sul dos Andes – abrange desde o norte do Peru até as províncias do noroeste da Argentina e
- Norte dos Andes – da Colômbia e Venezuela até o norte do Peru.
Além dos centros primários nos Estados Unidos, é possível identificar também outros centros secundários em algumas regiões da Europa, Ásia e África. Nesse sentido, os feijões estão entre os alimentos mais antigos do mundo, com seus registros estando diretamente associados aos primeiros acontecimentos da história da humanidade.
No antigo Egito e na Grécia, por exemplo, os feijões simbolizavam a vida. Além disso, faziam parte das festas gastronômicas dos romanos, e sua importância para esse povo era tão grande que os usavam até mesmo como pagamento de apostas.
Feijão no Brasil
Por volta do século XVI, os índios chamavam o feijão de “comanda” e o consumiam com farinha. Atualmente, as três espécies de feijão mais cultivadas no Brasil são as seguintes:
Primeiramente, o feijão-comum (Phaseolus vulgaris), também conhecido como “carioca”; em segundo lugar, o feijão macassar (Vigna unguiculata), comum principalmente nas Regiões Norte e Nordeste; e por fim, o feijão-guandu (Cajanus cajan), muito utilizado na alimentação de animais.
O ciclo curto da cultura possibilita o plantio de até três safras durante a temporada no Brasil. De fato, nas Regiões Sul e Sudeste, o plantio da 1ª safra ocorre de agosto a dezembro, com colheita entre os meses de novembro e abril.
Já nas Regiões Centro-Oeste, Nordeste e Norte, o plantio é realizado entre outubro e fevereiro, com a colheita ocorrendo de janeiro a maio.
Em relação à 2ª safra, nas Regiões Sul e Sudeste, o plantio vai de janeiro a abril, e a colheita ocorre entre março e agosto. Já na Região Centro-Oeste, Norte e Nordeste, o plantio ocorre entre os meses de janeiro e junho, com a colheita entre março e setembro.
Por fim, o plantio da 3ª safra nas Regiões Sul e Sudeste acontece de março a junho, com a colheita entre junho e outubro. Já nas Regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste, o plantio é realizado entre abril e junho, e a colheita ocorre de junho a outubro.
Conclusão
É indiscutível que o feijão é um produto de alta importância econômica e social no País. De fato, o produto exerce grande valor sob o ponto de vista alimentar, além de ser uma alternativa econômica viável para a exploração agrícola em pequenas propriedades. Também se destaca como uma atividade essencial para a ocupação de mão de obra menos qualificada nas diversas regiões rurais brasileiras.
Neste artigo, portanto, pudemos conhecer melhor a origem do feijão e sua importância tanto para a alimentação quanto para a economia do País. E, com isso, esperamos que tenham gostado do artigo sobre a origem do feijão, que, sem dúvida, revela aspectos fundamentais de sua relevância para o Brasil.
Escrito por Michelly Moraes.