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Tabela de adubação: conheça sobre esse assunto!

Tabela de adubação: conheça sobre esse assunto!

Sabemos que o desenvolvimento inadequado das plantas está ligado a diversos fatores como a falta de nutrientes no solo. Diante disso, a adubação surge como solução. Neste artigo vamos abordar tudo que precisa saber para fazer uma tabela de adubação e alcançar o sucesso em sua lavoura.

Acompanhe!

 

Tabela de adubação: conheça sobre esse assunto!

 

Assim como os seres humanos, as plantas precisam de nutrientes para que cresçam e se desenvolvam de maneira saudável. No setor agrícola, muitas vezes é necessário utilizar fertilizantes NPK para fazer a reposição de alguns desses elementos nas plantações.

No entanto, podem surgir dúvidas sobre as vantagens desse tipo de reposição e quais tipos de fertilizantes NPK disponíveis para a produção agrícola são os mais recomendados.

Neste artigo vamos abordar tudo que precisa saber. De sua importância a análise da tabela. Continue a leitura.

 

Solos e Nutrição de Plantas

 

O que é adubação?

A adubação consiste em um processo que tem por finalidade repor nutrientes que auxiliam no crescimento das plantas. Dessa forma, ela é responsável por promover a boa fertilização no solo para que o cultivo se desenvolva de forma adequada.

Em síntese, a adubação tem como objetivo primordial manter ou aumentar no solo a disponibilidade dos nutrientes e o teor de matéria orgânica.

Isso porque a incorporação desses nutrientes ajuda a restituir aqueles perdidos pelo solo em processos de lixiviação, erosão, complexação, imobilização, fixação, volatilização e, de absorção pelas plantas.

 

Quais são os tipos de adubo?

Os adubos podem ser divididos em dois tipos: orgânicos ou naturais e químicos ou inorgânicos. Independentemente do tipo de adubação. O objetivo será sempre fornecer NPK (nitrogênio, fósforo e potássio) para as plantas.

 A principal diferença entre os naturais e os químicos é o tempo de absorção dos nutrientes. Com a fertilização orgânica, as plantas absorvem os minerais de maneira mais lenta. Já com a adubação inorgânica essa absorção é mais rápida no entanto, a atuação do adubo orgânico é mais duradoura.

adubo orgânico é composto de matéria de origem vegetal ou animal e melhora a qualidade da terra, privilegiando a oxigenação das raízes.

Os adubos químicos são oriundos da extração de minérios ou do petróleo e os seus nutrientes já começam a ser absorvidos pelas plantas no momento da adubação. Como ele não penetra na terra, o que não é absorvido acaba sendo desperdiçado.

 

Adubos NPK

Cada componente do fertilizante NPK exerce uma função. O nitrogênio (N) é o responsável pelo crescimento e desenvolvimento de raízes, caules e folhas.

A planta absorve, ainda no começo da vida, a maior parte do nitrogênio de que precisa e o armazena em seus tecidos de crescimento. Ele é recomendado para estimular a brotação e o enfolhamento e é ótimo para folhagens e gramados.

O fósforo (P) é fundamental na formação da clorofila e aumenta a capacidade da planta para absorver os elementos férteis do solo, uma vez que age no desenvolvimento radicular.

Ele tem papel essencial na qualidade dos frutos e maturação das sementes. Devendo ser mais utilizado em culturas com o objetivo de criação de raízes, aumento de floradas e frutificação e produção de sementes. Não menos importante é o potássio (K), que contribui na formação de tubérculos e rizomas, fortalece os tecidos vegetais e ainda aumenta a resistência contra a seca.

 

 

Cálculo de adubação – análise de solo

No geral, para realizar o cálculo de adubação, é necessário se basear nas tabelas oficiais de cada Estado, onde há especificação de cada cultura.

Em síntese, elas são desenvolvidas com base nos resultados de pesquisa em adubação. Nos quais são determinadas faixas de nutrientes do solo. Que podem ser classificadas em muito baixo, baixo, médio, alto ou muito alto.

No caso do fósforo e do potássio, é necessário verificar em que faixas os teores da análise de solo são incluídos. Feito isto, é mostrada uma recomendação de P2O5 e K2O, em kg/ha.

Para exemplificar, vamos utilizar uma análise do solo que mostra os seguintes resultados:

 

Cálculo de adubação

(Fonte: Agronomia Gismonti)

 

E esta tabela para soja, utilizada no estado do Paraná.

Cálculo de adubação 1

(Fonte: Agronomia Gismonti)

 

Cálculo de adubação – cultura de soja

Nosso cálculo de adubação será baseado na cultura de soja.  Em primeiro lugar, podemos verificar que pela análise do solo, o teor de fósforo (P) é igual a 3,2 mg/dm³ e para o potássio (K) é 24 mg/dm³ ou 0,06 cmolc/dm³.

Nota-se que a tabela recomendada para esta faixa (assinaladas), N = 0, P2O5 = 70 a 80 kg/ha e K2O = 90 kg/ha. Portanto, a relação NPK é 00-75-90. Utilizamos 75 que é a média de 70-80.

No entanto, para simplificar essa relação, dividimos por 10, e teremos: 00-7,5-09. Já multiplicando esta relação por 3 teremos: 00-22-27. Por fim, é uma formulação de fertilizantes que pode ser aplicada.

 

Quantos kg/ha?

A princípio, se é preciso 90 kg/ha de K2O, então (90/27) x 100 = 333 kg. Arredondamos para uma aplicação de 340 kg/ha. Portanto, esses 340 kg/ha x 22 (garantia de P2O5 da fórmula) divididos por 100 vão fornecer 75 kg/hade P2O5.

No entanto, se multiplicarmos a relação por 2 teremos uma outra formulação: 00-15-18. Para achar a quantidade: (75/15) x 100 = 500 kg/ha.

Dessa forma, esses 500 kg/ha x 18 (garantia de K2O na fórmula) divido por 100 vai fornecer 90 kg/ha de K2O. Quanto ao P2O5, 500 kg/ha x 15 dividido por 100 é igual a 75 kg P2O5/ha.

 

Qual a quantidade de NPK por planta?

Os adubos NPK têm diferentes fórmulas. Com quantidades variadas dos nutrientes e que devem ser utilizados de acordo com a necessidade de cada planta. Os fertilizantes NPK mais conhecidos são:

  • NPK 4-14-8 (quatro partes de nitrogênio, 14 partes de fósforo e oito partes de potássio): ideal para espécies que produzem flores e frutos. Como hibisco, azaleias, violetas e cítricos. Os fabricantes dizem que essa formulação é ideal para ser aplicada no momento do plantio e no preparo do solo devido ao seu alto teor de fósforo;
  • NPK 10-10-10 (partes iguais dos três elementos): essa fórmula é destinada a espécies que não florescem e não produzem frutos, como as samambaias. Também é ideal para plantas já formadas e pode ser usada em flores, folhagens, hortaliças e frutíferas;
  • NPK 15-15-20 (15 partes de nitrogênio, 15 partes de fósforo e 20 partes de potássio): essa fórmula é rica em potássio e considerada bem prática. Uma vez que pode ser usada também no cultivo hidropônico, indicada especialmente para hortas

Existe ainda o mercado de fórmulas preparadas especialmente para determinadas espécies de plantas ornamentais. Como violetas, orquídeas, rosas e samambaias.

 

Como usar o adubo NPK?

Primeiro, deve-se ter em mente qual é a época em que cada planta mais demanda os nutrientes. Por exemplo, durante os meses de outono e inverno, as plantas diminuem suas atividades e precisam de menos adubo. Ou seja, os meses chuvosos são os ideais para o uso de fertilizante NPK nos demais, recomenda-se a adubação natural.

As adubações devem ser realizadas antes do período de florescimento e após a colheita ou poda, para compensar as perdas de nutrientes.

O excesso de químicos pode interferir no metabolismo da planta. Prejudicando seu desenvolvimento e provocando, inclusive, queimaduras. Deve-se respeitar as instruções e recomendações feitas pelos fabricantes.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como pudemos acompanhar no texto, a adubação são indispensáveis na plantação de diversas culturas. Entre eles, podemos citar os fertilizantes NPK como os mais influentes em todo o processo.

Diante disso, o cálculo de adubação assume um papel determinante para o sucesso de uma lavoura, uma vez que, indica a quantia ideal de nutrientes necessários para que ela cresça de forma saudável.

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Escrito por Michelly Moraes.

 

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