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Defesa sanitária do Acre está em alerta

Defesa sanitária do Acre está em alerta

Fiscais fazem barreiras na fronteira com a Bolívia e Peru para tentar impedir a entrada de um fungo. A doença atinge o cacau e o cupuaçu.

A defesa sanitária do Acre está em alerta. Fiscais fazem barreiras na fronteira com a Bolívia e Peru para tentar impedir que um fungo perigoso entre no país.

São 6.395 quilômetros de fronteira entre o Brasil, o Peru e a Bolívia. E toda esta área está em situação de alerta fitossanitário por conta da ameaça da monilíase do cacaueiro. Uma doença causada pelo fungo Moniliophthora roreri, que ainda não foi registrado no Brasil. Mas o órgão responsável pela defesa agropecuária da Bolívia confirmou uma área contaminada no departamento de Pando, a apenas 55 quilômetros de Brasileia, no Acre.

“Como nós temos poucos plantios de cacau, o problema vai ser maior no cupuaçu, já que essa doença ataca os plantios de cacau e também do cupuaçu e aqueles que existem na natureza”, diz Pedro Arruda Campos, coordenador de identificação de pragas -Idaf/AC (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre)

O principal sintoma da doença é uma lesão escura na casca do fruto com formação de grande quantidade de um pó esbranquiçado que se desprende facilmente. “A monilíase é tão perigosa para a cultura do cacau e do cupuaçu porque ela ataca diretamente o fruto. É a parte comercial dessa planta. Ela causa sintomas que danificam o fruto. Pode causar prejuízos de 50% a 100% ao produtor”, diz Ligiane Amorim, engenheira agrônoma do Idaf/AC (Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre).

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Assista
Videoaula: Diagnose de Doenças Florestais – Prof. Acelino Alfenas
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Doença pode chegar ao Brasil
Seu Francisco Ocivaldo produz cacau e cupuaçu em Senador Guiomard, em uma área de dois hectares e meio. Nunca tinha ouvido falar da doença, até uma equipe do Idaf – Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal do Acre, visitar a propriedade. A inspeção na lavoura mostrou que está tudo bem.

“Mas essa observação dos frutos é importante, porque na hora que aparecer um sintoma parecido a gente precisa vir checar”, diz Ligiane Amorim, engenheira agrônoma do Idaf/AC.

A disseminação natural da praga pode se dar pelo vento, chuva ou córregos. Daí a preocupação por estar tão próximo do território brasileiro. Além das visitas nas áreas rurais, a fiscalização foi intensificadas também nas barreiras próximas as regiões de fronteira. Aqui as cargas são vistoriadas e os motoristas recebem orientações sobre a doença.

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Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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“Como uma forma de inibir mesmo a entrada desse produto. Se entrar, chega aqui, a gente vai, infelizmente, é sequestrar esse produto e dar fim nele. Tocar fogo, enterrar, fazer alguma coisa”, diz Pedro Arruda Campos, coordenador de Identificação de Pragas do Idaf/AC.

Se a vigilância sanitária ou os agricultores encontrarem frutos doentes, eles precisam ser eliminados porque ainda não existe nenhum produto aprovado para combater a doença no Brasil.

Veja a reportagem:

Fonte: Globo Rural

Produção de maracujá reduzida motiva pesquisa sobre pragas

Produção de maracujá reduzida motiva pesquisa sobre pragas

Equipe do IFC busca solução para problema que afeta agricultores e consumo.

Imagem: NSC TV/ reprodução

Por NSC TV | G1

Em Araquari, no Norte catarinense, a produção de maracujá reduziu tanto nos últimos anos que motivou uma pesquisa científica. O trabalho representa esperança para agricultores e qualidade para o consumidor final, como mostrou o Jornal do Almoço.

“A casca mais espessa, fruto deformado e pior, não tem produção de polpa, não tem produção de suco. Então, com isso, não tem como o agricultor comercializar sua produção”, comentou o engenheiro agrônomo Rodrigo Martins Monzani.

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Araquari produzia até o início dos anos 2.000 mais de 1,6 mil toneladas de maracujá por ano, era a cidade com a maior produção da fruta em Santa Catarina. Com a disseminação de uma praga, atualmente, não passa de 600 toneladas por ano.

Menos mudas
A técnica agrícola Cláudia Aparecida Floriano produz mudas que são vendidas aos agricultores da cidade. Ela chegou a comercializar 44 mil mudas. Atualmente, não passa da metade, porque o pé de maracujá, para dar lucro precisa produzir por ao menos três anos. O problema é que a praga mata a planta logo depois do primeiro ano.

“Os produtores vão deixando do maracujá e vão buscando outras culturas, aí diminui a produção a campo, diminui a produção de mudas”, explicou.

Enquanto isso, pesquisadores do Instituto Federal Catarinense (IFC) tentam encontrar soluções, porque o Brasil é o maior produtor da fruta no mundo e mesmo que o estado represente só 3% da produção nacional tem sua relevância. Os pesquisadores querem saber quais se adaptam às condições de Araquari, se são resistentes às praga.

Qualidade para consumidor
Eles medem o tamanho, a espessura da casca, o rendimento da polpa e o teor de açúcar. Mesmo que as pesquisas ainda estejam longe encontrar uma conclusão, há um maracujá que está se adaptando muito bem à região, a cultivar Catarina, desenvolvida pela Epagri no sul do estado.

Fonte: G1

Cápsulas biodegradáveis são usadas no controle biológico de pragas

Cápsulas biodegradáveis são usadas no controle biológico de pragas

Cápsulas biodegradáveis são usadas no controle biológico de pragas

Método é apontado como mais eficiente do que o tradicional. As cápsulas são distribuídas com o uso de drones em Barra Bonita (SP).

Cápsulas são colocadas em pontos pré-estabelecidos (Foto: Reprodução/TV TEM)

Por Nosso Campo, TV TEM

O formato e o tamanho lembram uma bola de tênis. As cápsulas podem ser feitas de diferentes materiais, como celulose e bagaço de cana, e vêm sendo usadas em canaviais no município de Barra Bonita (SP).

A bióloga e agrônoma Gabriela Silva diz que as cápsulas podem ser usadas em muitas lavouras, não só nos canaviais. É possível, por exemplo, o emprego nas lavouras de milho, soja e tomate.

Raphaella Gomes, diretora de inovação de uma empresa que produz os derivados da cana-de-açúcar, é uma das clientes do projeto. Ela diz que o sistema substitui o trabalho manual e elimina a necessidade dos copos plásticos para distribuir o material.

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Com o uso de drones, as cápsulas são colocadas com exatidão em pontos pré-estabelecidos. Cada uma tem orifícios por onde saem as vespas usadas no controle biológico.

O agrônomo Pedro Barbieri diz que o projeto facilita o controle da broca, uma larva que costuma surgir no período chuvoso e que é uma das piores pragas do canavial.

Fonte: G1

Embrapa discute prevenção e controle de pragas na agricultura em audiência no Senado Federal

Embrapa discute prevenção e controle de pragas na agricultura em audiência no Senado Federal

Embrapa discute prevenção e controle de pragas na agricultura em audiência no Senado Federal

Foto: Liliane Castelões / reprodução Embrapa

Por Embrapa Cerrados

Prevenção e controle de pragas na agricultura foi tema de audiência pública interativa, promovida, na última terça-feira (06), pela Comissão de Agricultura e Reforma Agrária no Senado Federal. O técnico e supervisor de Transferência de Tecnologia da Embrapa Cerrados Sérgio Abud foi indicado pela Diretoria-Executiva para representar a Empresa e abordou as medidas adotadas no manejo integrado de pragas (MIP).

O presidente da Comissão e requerente da audiência, senador Ivo Cassol (PP-RO) destacou a importância do conhecimento sobre as medidas a serem tomadas pelos agricultores para controlar as pragas no campo. O deputado Luiz Cláudio (PR-RO) parabenizou a iniciativa e elogiou o trabalho desenvolvido pela Embrapa que contribui para o fortalecimento do setor responsável pelo crescimento econômico do país.

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Além do representante da Embrapa, também foram palestrantes Marcos Coelho, diretor do Departamento de Sanidade Vegetal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa); Ronaldo Teixeira, diretor substituto do Departamento de Sanidade Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa; e Rogério Avellar, assessor técnico da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

O tema foi dividido em três pontos pelos palestrantes: marco regulamentador e programas de controle de pragas foram abordados pelos representes do Mapa; o assessor da CNA falou sobre a necessidade de fortalecer a assistência técnica e extensão; e a parte técnica ficou por conta da Embrapa.

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Contribuições da pesquisa – Sérgio Abud apresentou um panorama da agricultura brasileira, que é baseada em mais de 300 espécies de cultivos. Estima-se que sejam exportados 350 tipos de produtos para 180 mercados internacionais. A agricultura representa 25% do PIB do país e gera 37% da força de trabalho. A produção brasileira, em 2017, foi de 241 milhões de toneladas de grãos, 36 bilhões de litros de leite, 41 milhões de toneladas de frutas e 27 milhões de toneladas de carne.

Nos últimos 40 anos, o país venceu a insegurança alimentar e tornou-se um dos maiores exportadores de alimentos. Para que isso fosse possível, os resultados das pesquisas transformaram solos ácidos e pobres em nutrientes em solos férteis e foram desenvolvidos sistemas de produção vegetal e animal, adaptados às condições de um país tropical.

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“Nenhum outro país teve sua agricultura avançando de forma tão determinada na direção da sustentabilidade. Nos últimos 10 anos a agricultura expandiu com a diminuição nas emissões de gases de efeito estufa e do desmatamento”, enfatizou Abud.

A agricultura brasileira é intensiva com ocupação das lavouras no espaço e no tempo, podendo ter até três safras ao ano. Isso reflete na maior incidência de pragas, já que há mais alimentos no campo e mais tempo para a multiplicação dessas pragas. O complexo de pragas dentro do sistema de produção incluem plantas invasoras, insetos, fungos, nematoides, ácaros, bactérias e vírus.

Além dessas pragas que estão no sistema de produção, segundo a Sociedade Brasileira de Defesa Agropecuária, existem 150 pragas exóticas ausentes do Brasil que já estão em países da América do Sul e são consideradas “ameaças fitossanitárias”. De acordo com Abud, há muitas informações para os problemas já existentes no Brasil, mas são necessárias muitas pesquisas para o país se preparar para as pragas ainda inexistentes no país.

“O Brasil tem uma extensão continental, com vários ambientes e com respostas diferenciadas. No mundo existem 600 pragas exóticas que a qualquer momento poderão estar aqui e nós não temos pesquisas com essas pragas. Precisamos de recursos para dar continuidade às pesquisas já existentes, para levar a informação sobre o manejo integrado de pragas ao produtor e para melhorar a segurança para a contenção dessas pragas exóticas e seu controle quando entrarem no Brasil”, declarou.

Manejo integrado – ao falar sobre o Manejo Integrado de Pragas (MIP), Abud ressaltou que a base do manejo depende da identificação da praga alvo e uma das principais estratégias de controle é o monitoramento da lavoura. O produtor precisa interpretar os dados do monitoramento, entender os níveis de controle, conhecer as condições ambientais para que possa tomar decisão do que fazer para o combate às pragas.

O controle químico não é a única alternativa do MIP. As outras opções são o controle cultural, controle biológico, controle comportamental, controle genético e controle varietal. O controle biológico, como exemplificou Abud, preserva os inimigos naturais que irão combater a praga e o controle cultural tem o objetivo de eliminar a oferta de alimentos para as pragas, principalmente fora do período da lavoura.

Como exemplo de estratégia de monitoramento na lavoura, Abud citou o uso de ferramentas digitais que auxiliam na tomada de decisão em grandes propriedades. Essas ferramentas facilitam a identificação de pragas, geram planilhas eletrônicas e têm transmissão de dados em tempo real e determinação de posicionamento global (GPS). A Embrapa em parceria com a empresa Qualcomm está criando processadores que serão utilizados nessas ferramentas digitais.

Para comparar as mudanças nos sistemas de produção, Abud usou as imagens de um quebra-cabeça e de um cubo mágico. No primeiro, a agricultura é baseada em mesmo cultivo nas mesmas áreas e é necessário encaixar cada pecinha do quebra-cabeça para poder tomar a decisão do que fazer e como fazer da forma mais econômica e mais sustentável.

No cubo mágico, a agricultura é mais intensificada e integrada com outras culturas em sucessão, o que permite um ambiente desfavorável às pragas, evitando o crescimento populacional. Essa mudança também permite sair do manejo exclusivamente químico e da calendarização no uso do inseticida, para o uso do controle biológico. O produtor, nesse caso, tem condições de tomar uma decisão mais técnica e assertiva.

“O produtor vai saber que se mexer mal uma peça, ele pode interferir em outra. No modelo do MIP, utilizando conhecimento, ciência, monitoramento, integração para tomar uma decisão com recomendação técnica, será possível produzir com custo menor e manter as tecnologias por um período mais longo”, afirmou o representante da Embrapa.

Acesse aqui o vídeo da Audiência Pública

Fonte: Liliane Castelões | Embrapa Cerrados