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Nova doença é observada em lavouras de milho do Paraná

Nova doença é observada em lavouras de milho do Paraná

A doença tem potencial para reduzir à metade o rendimento de grãos em híbridos de milho altamente suscetíveis (Foto: Viviane Taguchi)

Uma doença até então desconhecida no Brasil, chamada estria bacteriana do milho, foi observada em lavouras do norte, centro-oeste e oeste do Paraná, informou no dia 11 de julho, o Instituto Agronômico do Paraná (Iapar).

A doença é causada pela bactéria Xanthomonas vasicola pv. Vasculorum e tem potencial para reduzir à metade o rendimento de grãos em híbridos de milho altamente suscetíveis, de acordo com o pesquisador da entidade Adriano de Paiva Custódio.

O Iapar diz que a ocorrência foi constatada primeiramente em áreas experimentais do centro de pesquisa agrícola da Cooperativa Agropecuária Consolata (Copacol), em Cafelândia (PR). “Em 2016, percebemos plantas com lesões diferentes do que estávamos acostumados, mas não era um problema evidente e pensamos se tratar de uma doença secundária”, diz em nota o engenheiro-agrônomo Tiago Madalosso.

Foram identificadas áreas com a doença, porém sem queda expressiva de produtividade nesta safra, conforme o Iapar. Após uma série de análises de plantas doentes, o instituto notificou o Ministério da Agricultura.

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Estria bacteriana pode reduzir até pela metade a produtividade do milho, segundo pesquisadores (Foto: Reprodução/RPC)

No Paraná, a estria bacteriana do milho foi registrada nos municípios de Cafelândia, Corbélia, Nova Aurora, Palotina, Santa Tereza do Oeste, Toledo e Ubiratã (região oeste), Campo Mourão e Floresta (Centro-Oeste) e Londrina, Rolândia, Sertanópolis e Mandaguari (norte).

Avaliações preliminares constataram a doença em mais de 30 híbridos cultivados nesta segunda safra, inclusive em transgênicos, aponta o Iapar. O milho pipoca também é suscetível.

Outro pesquisador do Iapar, Rui Pereira Leite Jr., diz que as principais práticas de controle são o uso de sementes idôneas e cultivares menos suscetíveis, a desinfecção de equipamentos, a adoção da rotação de cultivos e a destruição de restos de cultura. Segundo Leite, não há produtos químicos testados para o controle da bactéria.

A doença foi verificada pela primeira vez na África do Sul em 1949. Somente em 2016 foi detectada nos Estados Unidos e em 2017, na Argentina – de onde veio para o Brasil.

 

Por Globo Rural e G1 Paraná – Caminhos do Campo

Conheça empresas que faturam alto criando insetos para a “guerra agrícola”

Conheça empresas que faturam alto criando insetos para a “guerra agrícola”

Conheça empresas que faturam alto criando insetos para a “guerra agrícola”

Impulsionado pela adoção de novas tecnologias, o segmento de controle biológico de pragas cresce 15% ao ano no país. Empresas usam até drones para espalhar minivespas e ácaros sobre as lavouras

Abelha: inseto ajuda setor de agronegócios (Foto: Reprodução)

Por Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Nuvens de insetos sobrevoando plantações costumam significar tempos difíceis para produtores agrícolas. A não ser quando esses mesmos insetos são liberados por aviões para exterminar pragas em lavouras. Conhecida como controle biológico aplicado, a técnica tem crescido exponencialmente no Brasil. “A demanda por alimentos com menos resíduos químicos é a principal razão para a popularização do segmento”, afirma a engenheira agrônoma Amália Borsari.

Atualmente, existem cerca de 50 empresas que oferecem esse tipo de serviço no país. Entre elas, está a BUG. Fundada em 2005, a startup paulista possui uma carteira composta por mais de 300 clientes — a maioria deles agricultores de cana-de-­açúcar. “Comecei a estudar o segmento enquanto fazia um mestrado em entomologia. Percebi que o mercado apresentava grande potencial comercial e ainda era pouco explorado por aqui”, afirma o sócio Diogo Carvalho, 47 anos. A startup deve fechar 2017 com um faturamento de R$ 18 milhões.


Baseadas no uso de insetos e ácaros que se alimentam de ovos e larvas de pragas, soluções de empresas como a BUG vêm sendo adotadas em conjunto com agrotóxicos. O objetivo é reduzir o uso de produtos químicos e os seus impactos sobre o solo e os lençóis freáticos, além de melhorar o grau de salubridade para agricultores e consumidores.

Conheça as técnicas para reduzir o uso de defensivos e aumentar a produção com a pós-graduação a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais.

Em tempos de incerteza econômica, a diminuição de custos (agentes biológicos exigem menos aplicações do que defensivos tradicionais) é outra característica que tem ajudado a impulsionar o crescimento do setor.

Segundo Mateus Mondin, gestor da incubadora ESALQTec, especializada em tecnologias para o agronegócio, a popularização dos drones deve dar ainda mais fôlego para empresas da área. “Estamos alterando uma cultura de uso de veneno construída ao longo de cinco décadas. O aprimoramento e o acesso a novas tecnologias tende a derrubar custos e ajudar o mercado de agentes biológicos a crescer ainda mais rapidamente”, afirma Mondin.

Três empresas de controle biológico

Promip
Fundada em 2006 pelos engenheiros agrônomos Marcelo Poletti e Roberto Konno, a empresa paulista aposta em microvespas e ácaros para combater pragas em plantações de tomate, milho e hortaliças. Em 2014, recebeu um investimento de R$ 4 milhões do FIP (Fundo de Inovação Paulista ).

Stoller
A empresa americana opera no mercado brasileiro desde a década de 1970. No ano passado, a Stoller adquiriu a Rizoflora Biotecnologia, startup mineira especializada no controle natural de nematoides (parasitas de formato cilíndrico que atacam as raízes de plantas).

Gênica
Spin-off da FertiAgro, produtora goiana de fertilizantes especiais. A empresa é sediada em Rondonópolis e comercializa sete tipos de produtos.Compostos por fungos e bactérias, seus agentes combatem pragas que atacam lavouras de grãos (soja, milho e algodão).

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Manejo de praga diminuiu em 50% o uso de inseticida

Manejo de praga diminuiu em 50% o uso de inseticida

Foto: Divulgação/ Emater

Manejo de praga diminuiu em 50% o uso de inseticida

Sustentabilidade na lavoura e boas práticas garantem qualidade ao alimento e economia.

O manejo integrado de pragas da soja, de acordo com o Instituto Emater, diminuiu em 50% o uso de inseticidas nas últimas quatro safras no Paraná até o início de 2017. O assunto foi apresentado pelo Instituto por meio da campanha “Plante o seu Futuro” que reúne práticas agrícolas para reduzir a quantidade de inseticidas na lavoura.

Segundo o Emater, o monitoramento das doenças da soja representou redução de 25% na aplicação de fungicidas. O engenheiro agrônomo Onobio Vicente Werner, técnico do EMATER, afirma que o monitoramento da ferrugem da soja possibilita que se retarde em 15 dias a entrada dos fungicidas nas lavouras. Desta forma, de acordo com o técnico, se elimina, no mínimo, uma aplicação de fungicida.

Werner diz ainda que, se todos os agricultores do estado fizessem o monitoramento da ferrugem da soja, a economia poderia chegar R$ 600 milhões em todo o estado.

Além da questão econômica, vale destacar os benefícios que a redução de fungicidas e inseticidas promove ao meio ambiente e à qualidade do alimento e à saúde do produtor.

Fonte: G1

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Especialistas da Emater e da Embrapa trabalham conscientização dos agricultores para diminuir uso de produtos químicos na produção.

Por G1 PR, Curitiba

Especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) têm visitado produtores de soja do Paraná, para divulgarem um plano de manejo de pragas.

Com a conscientização dos agricultores, segundo os agrônomos, o uso de agrotóxico nas lavouras do estado pode diminuir pela metade. Assista à reportagem.