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Inscrições abertas para o curso de Manejo Integrado de Pragas

Inscrições abertas para o curso de Manejo Integrado de Pragas A AgroPós está com inscrições abertas para o curso de Manejo Integrado de Pragas. O Manejo Integrado de Pragas (MIP) é assunto cada vez mais discutido por produtores agrícolas devido aos resultados benéficos de controle de pragas e, por vezes, economia de aplicação de defensivos.

O controle adequado das doenças que afetam a lavoura é sempre uma grande preocupação dos agricultores. E, para evitar maiores prejuízos, é preciso adotar práticas eficientes de contenção, além de investir na capacitação das equipes de trabalho.

O uso de defensivos agrícolas ainda é muito comum no Brasil, mas é preciso ter cuidado: esses produtos químicos podem contaminar e desequilibrar o meio ambiente se forem aplicados de forma incorreta. Por outro lado, os agentes biológicos são bem mais seguros e, por isso, já estão presentes em diversas regiões do país. Nesse contexto, o Manejo Integrado de Pragas é uma alternativa ao modelo tradicional de gestão agrícola, sendo capaz de garantir mais segurança e produtividade no campo.

 

Quais são os benefícios do MIP?

O uso das técnicas de Manejo Integrado de Pragas garante mais economia para os agricultores, que passam a gastar muito menos com defensivos agrícolas. Com uma programação baseada na análise de dados e no monitoramento das plantações, é possível reduzir o número de aplicações e ainda minimizar os estragos.

Dessa maneira, os trabalhadores também são menos expostos a esses produtos, diminuindo os riscos à saúde decorrentes da manipulação desse tipo de material.

Paralelamente, o MIP ajuda na manutenção do ambiente de produção e reduz as chances de contaminação ambiental.

Outra vantagem é o baixo investimento para a realização desse manejo e, claro, a estabilidade dos índices de produtividade da lavoura.

Além disso, essas práticas podem ser implementadas em propriedades de qualquer tamanho. Porém, é preciso lembrar que os profissionais devem ser capacitados para executar o monitoramento, as análises e as aplicações de maneira segura e objetiva.

O adiamento do uso de defensivos é mais um ponto positivo. Com o MIP, os produtores conseguem retardar a entrada dos agroquímicos, por conta da proporcionalidade encontrada entre as populações de insetos benéficos e as pragas ― de modo que menos intervenções sejam necessárias.

Pesquisa estabelece controle biológico para principal praga exótica do eucalipto

Pesquisa estabelece controle biológico para principal praga exótica do eucalipto

Imagem: Francisco Santana/reprodução da Embrapa

O Brasil conta com uma forma de controle biológico para o percevejo-bronzeado, Thaumastocoris peregrinus, praga de origem australiana que causa prejuízos aos plantios de eucalipto. Esse percevejo está presente em todo o território brasileiro, causando problemas especialmente no Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais.
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Após oito anos de pesquisa, foi escolhido o parasitoide Clerucoides noackae, uma vespa de aproximadamente 0,5 mm de comprimento, como agente para uso em controle biológico clássico, que utiliza inimigos naturais da mesma região de origem da praga, oferecendo baixo risco ambiental. O principal desafio da pesquisa foi multiplicar o percevejo em laboratório, uma vez que o parasitoide precisa de seus ovos para se reproduzir.
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“No entanto, devido à inexistência de técnicas para a criação da praga em laboratório, o desenvolvimento de uma metodologia viável tornou-se imprescindível”, explica Leonardo Barbosa, pesquisador da Embrapa Florestas e responsável pela pesquisa sobre criação massal do parasitoide. Para isso, diversos testes sobre a melhor forma de criar a praga foram realizados durante três anos. “Conduzimos estudos sobre bioecologia do percevejo, avaliando o efeito de diferentes espécies de eucaliptos e temperaturas no desenvolvimento da praga”, conta Barbosa.
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A partir disso, foi definida uma técnica de criação da praga que, consequentemente, possibilitou a multiplicação do parasitoide. “Na metodologia proposta, os percevejos são mantidos em laboratório em temperatura e umidade controladas, e alimentados com ramos de eucalipto arranjados em forma de buquê preso em frasco com água. Os ovos de T. peregrinus são obtidos em tiras de papel toalha colocadas sobre os buquês de eucalipto e posteriormente utilizados para criação de C. noackae”, explica o pesquisador.

O parasitoide C. noackae se desenvolve de ovo a adulto dentro do ovo do percevejo, alimentando-se de seu conteúdo. Seu ciclo completo dura entre 15 e 17 dias, e logo após a emergência do inseto, as fêmeas são copuladas e saem em busca de novas posturas do percevejo-bronzeado para colocar seus ovos.

A criação da vespa começou na Embrapa Florestas em 2013 e as liberações têm ocorrido para fins de pesquisa, uma vez que ainda não há registro para utilização comercial no Brasil. Os parasitoides já foram liberados em plantios de eucalipto em Minas Gerais, São Paulo, Goiás, Maranhão, Tocantins, Bahia, Espírito Santo, Paraná, Rio Grande do Sul e até mesmo no Uruguai.

Os produtores também são incentivados a monitorar a presença do percevejo-bronzeado em suas plantações, para tentar identificar sua presença antes que os danos sejam mais severos. O monitoramento da praga é feito com armadilhas adesivas amarelas colocadas no tronco de árvores. As armadilhas devem ser retiradas aproximadamente 30 dias após a identificação da praga.

A introdução de C. noackae no Brasil ocorreu em 2012 por meio do Programa Cooperativo sobre Proteção Florestal (Protef), coordenado pelo Instituto de Pesquisas e Estudos Florestais (Ipef), com a participação da Faculdade de Ciências Agronômicas da Universidade Estadual Paulista “Júlio de Mesquita Filho” (Unesp), em Botucatu (SP), Embrapa e empresas do setor florestal.

O coordenador do Protef, Luís Renato Junqueira, explica que o desenvolvimento e o aperfeiçoamento do programa de controle biológico para o percevejo-bronzeado foi um desafio: “No cenário atual, o Brasil se destaca como benchmarking para o controle biológico dessa praga frente a outros países com importante representatividade florestal, como África do Sul, Argentina, Uruguai, Portugal e Espanha. Esse importante feito é resultado da integração entre universidades, centros de pesquisa e empresas florestais brasileiras, que dedicaram tempo, esforços e recursos”.

Prejuízos ao setor florestal

O percevejo-bronzeado foi introduzido no Brasil em 2008, atingindo plantios de eucalipto, gênero arbóreo mais plantado no País, responsável pelo abastecimento de indústrias de papel e celulose, energia, movelaria, entre outros. As perdas em produtividade devido ao ataque da praga variam dependendo da região, da espécie cultivada e da idade do plantio. Estudos recentes apontaram uma perda média de 14% na produção de madeira após um pico de ataque dessa praga em florestas com três anos de idade. Estimativas de produtores florestais apontam que, somente no Estado de São Paulo, entre 2010 e 2014, o prejuízo causado pelo ataque da praga tenha sido próximo a R$ 280 milhões, considerando-se apenas perdas diretas em incremento anual de madeira e produção final.

Os plantios afetados apresentam sintomas de prateamento, amarelecimento ou bronzeamento das folhas, seguidos de desfolhamento total das árvores, que, além de aumentar o risco de incêndios florestais, pode matar as árvores. Em alguns locais, a infestação do inseto atinge níveis elevados e chega a causar transtornos às comunidades vizinhas aos plantios, uma vez que os insetos podem chegar a residências e espaços públicos.

O setor florestal brasileiro de árvores plantadas tem grande importância econômica e socioambiental. Segundo a Indústria Brasileira de Árvores (Ibá), o setor, com uma área de 7,8 milhões de hectares, é responsável por 91% de toda a madeira produzida para fins industriais no País, além de contribuir para conservação, preservação e recuperação de ambientes naturais. Em 2015, estima-se que 5,6 milhões de hectares foram destinados à conservação e outros 45 mil hectares de áreas degradadas foram recuperados. Os plantios de eucalipto representam 72% da área total de árvores plantadas e apresentaram um crescimento médio anual de 2,8% nos últimos cinco anos.

Fonte: Embrapa – Katia Pichelli

Especialistas discutem inovações no controle dos nematoides

Especialistas discutem inovações no controle dos nematoides

Congresso de Nematologia debateu a ocorrência dos nematoides como um dos principais fatores limitantes de produtividade nas culturas em todo o país. Cerca de 20 representações de estados brasileiros marcaram presença na atividade. | Imagem: Paulo Lanzetta / reprodução Embrapa

Após uma semana de palestras, painéis, apresentação de trabalhos e minicurso dedicados à identificação, manejo, controle e danos causados pelos nematoides, o 35º Congresso Brasileiro de Nematologia (CBN) encerrou com visita técnica a parreirais e pomares de pessegueiros, na última sexta-feira, dia 29. Nesta edição, com o tema Nematoides: problemas emergentes e estratégias de manejo, o principal fórum nacional sobre o assunto reuniu, de 24 a 29 de junho, em Bento Gonçalves/RS, aproximadamente 400 participantes, entre pesquisadores, técnicos, produtores e estudantes.

“Com certeza os nematoides são hoje um dos principais fatores limitantes de produtividade nas culturas em todo o país, apesar de ainda serem subestimados e desconhecidos, além de difícil controle. Se a identificação for errada, o manejo não será eficiente”, pontuou o presidente do 35º CBN, Jerônimo Vieira de Araújo Filho, ao destacar a importância dos encontros anuais promovidos pela Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN).

Segundo sua avaliação, a 35ª edição apresentou vários temas técnicos importantes que abordaram desde ferramentas para o diagnóstico até novas moléculas nematicidas e formas alternativas de controle, como o biológico. Araújo Filho também destacou a importante inclusão das fruteiras de clima temperado e tropical e das grandes culturas, como o arroz e a cana-de-açúcar; fruteiras de clima temperado ainda não haviam sido contempladas nas edições anteriores. “O programa estava bastante direcionado para o Sul, mas integrou todo o país. A apresentação de problemas emergentes, como a ‘soja louca’, ou mesmo as pragas quarentenárias, sempre atraem os profissionais que buscam subsídios em outras regiões e até mesmo em outros países”, avaliou.
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Além das apresentações técnicas e discussões, a interação e o intercâmbio de experiências entre os participantes foi outro ponto ressaltado pelos organizadores. “Muitas vezes um relato dos danos da praga em uma região é mais eficaz e atrai mais a atenção dos participantes do que uma palestra sobre o mesmo tema”, comenta Araújo Filho, destacando esses momentos como um dos pontos positivos do encontro, dada a diversidade da origem dos participantes. Segundo dados da organização, nesta 35a edição, o Congresso contou com a participação de representantes de 20 estados brasileiros (Alagoas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraíba, Pernambuco, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins) e de seis países (Argentina, Bélgica, Brasil, Panamá, Paraguai e Estados Unidos).

Outro resultado importante do Congresso foi a identificação e a proposição de melhorias que podem ser lideradas pela SBN, como foi o caso nesta edição da discussão sobre uma possível certificação dos laboratórios, conforme relatado pelo vice-presidente do 35º CBN e pesquisador da Embrapa Clima Temperado, César Bauer. “A partir da apresentação do panorama da situação atual dos laboratórios responsáveis pela identificação de nematoides e dos erros que vêm acontecendo, discutiu-se a criação de um selo de qualidade, pontuou Bauer. Com o selo, busca-se qualificar o serviço de emissão de laudos de identificação de nematoides e, consequentemente, possibilitar a adoção de medidas de controle mais eficazes.

Além de possibilitar a atualização científica, o Congresso oportunizou, com a palestra de encerramento “Empreendedorismo no mundo científico: Brasil e exterior”, apresentada pelo pesquisador da Embrapa Uva e Vinho, Marcos Botton, uma nova perspectiva para os estudantes e profissionais presentes. “Nosso objetivo foi fomentar novas possibilidades, dar uma ‘chacoalhada’ nos participantes, retirando-os de sua zona de conforto”, destacou Araújo Filho. Segundo sua avaliação, a palestra apresentou novas oportunidades ajustadas à realidade atual, tanto para os estudantes como para os profissionais presentes. “Não basta mais formar, é importante fomentar novas possibilidades, caminhos alternativos. Não adianta formar mais 50 doutores e não ter espaço para todo mundo”, concluiu ele.

Premiação
Durante o jantar de confraternização do 35º CBN, na noite do dia 28 de junho, foram anunciados os nomes dos estudantes de graduação e pós-graduação premiados, bem como os vencedores do Concurso de fotografias. Confira alista premiados com fotos:

Graduação (Prêmio Anário Jaehn)

  • Angélica Sanches Melo – Reação de trigo mourisco a Meloidogyne javanica.
  • Danilo Calixto da Silva – Flutuação populacional do nematoide reniforme em sucessão e rotação de culturas na soja.
  • Leidiane Pinheiro dos Santos – Interação de nematicidas químicos e biológicos na cultura de fitonematoides

Pós-graduação (Prêmio Dimitry Tihohod)

  • Juliane V.C.L. Silva – Uso da terra e variáveis climáticas estruturam a comunidade de nematoides na Caatinga.
  • Angélica Miamoto –Suscetibilidade de Macrotyloma axillare cv Java a Meloidogyne javanica e interação histopatológica
  • Raycenne Rosa Leite – Biologia Comparada de Meloidogyne graminicola em Oryza sativa e O.glumaepatula

O 35º Congresso Brasileiro de Nematologia foi uma realização da Sociedade Brasileira de Nematologia (SBN), em parceria com a Embrapa e a Universidade Federal de Pelotas (UFPel). A próxima edição acontecerá em 2019, em Caldas Novas Goiás e contará com o apoio na organização doProfessor Fernando Godinho do Instituto Federal Goiano, Irataí-GO.

Fonte: Viviane Zanella | Embrapa

Rede nacional de pesquisadores desenvolve soluções para aplicação de defensivos na lavoura

Rede nacional de pesquisadores desenvolve soluções para aplicação de defensivos na lavoura

Redução de deriva economiza recursos e reduz impacto ambiental | Imagem: Embrapa – Sindag/ reprodução

Sensores inteligentes, modelos computacionais, avaliação de técnicas e equipamentos de pulverização são alguns dos resultados obtidos pela mais abrangente pesquisa realizada em rede no País sobre aplicação de defensivos agrícolas. O trabalho produziu modelos a serem adotados em diferentes regiões e culturas e gerou um amplo banco de dados sobre a pulverização agrícola nacional. Durante quatro anos, equipes de cientistas se debruçaram sobre o tema para identificar e apontar estratégias e tecnologias aéreas e terrestres para o controle de pragas.

O projeto “Desenvolvimento da aplicação aérea de agrotóxicos como estratégia de controle de pragas agrícolas de interesse nacional” integrou sete centros de pesquisa da Embrapa, o Sindicato Nacional das Empresas de Aviação Agrícola (Sindag), dez universidades, duas empresas de consultoria e tecnologias de aplicação e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa).

A proposta teve entre seus principais objetivos reduzir a deriva, aplicação que não atinge seu alvo. Para isso, buscou técnicas e equipamentos para melhorar a eficiência da aplicação de defensivos no combate a pragas das principais cadeias produtivas para a segurança alimentar e energética: soja, arroz, laranja e cana-de-açúcar e abrangeu quatro regiões do País: Sul, Sudeste, Centro-Oeste e Nordeste. As culturas foram selecionadas de acordo com a importância econômica e social para o País e pelos desafios que representaram para a pesquisa.
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O esforço, que contou com recursos financeiros da Embrapa, do Sindag, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), entre outros parceiros, resultou na elaboração de recomendações técnicas, desenvolvimento de novos métodos, sensores e adaptação de tecnologias, tanto para o uso de produtos químicos como biológicos.

A adoção de estratégias como essas contribui para aplicações mais eficientes, com menores impactos de contaminação do meio ambiente e das pessoas, podendo ainda reduzir o percentual de destruição da produção agrícola por ataques de pragas e outros patógenos, estimado entre 10% e 40% no mundo.
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Redução da deriva alcança 79%
O estudo, realizado em culturas de soja e cana-de-açúcar com o uso de atomizadores rotativos, observou que é possível reduzir em 79% – em média – a deriva, com o emprego dos equipamentos adequados e sua regulagem.

De acordo com os pesquisadores da Embrapa Meio Ambiente (SP), Robson Rolland Monticelli Barizon e da Universidade Federal de Uberlândia (UFU), João Paulo Arantes Rodrigues da Cunha, assim é possível manter a alta a eficiência de controle do complexo de lagartas (Anticarsia gemmatalis e Pseudoplusia includens) e de percevejos (Euschistus heros, Nezara viridula e Scaptocoris castanea). Os atomizadores geram níveis menores de deriva em relação aos bicos hidráulicos ajustáveis, comparando-se a eficácia dos tratamentos no combate a essas pragas.

Barizon explica que na ausência desse controle, podem ocorrer grandes prejuízos na produtividade esperada. “Nesse processo, frequentemente é dada maior importância ao produto a ser utilizado, e menor importância à forma de utilização”, relata. “No entanto, para o sucesso da operação, é necessário dominar a forma adequada de aplicação, de modo a garantir que o produto alcance o alvo de forma eficiente, minimizando as perdas e reduzindo a contaminação do ambiente”, recomenda o cientista.

Esse método foi validado em experimentos conduzidos em área comercial de produção de grãos, localizada em Minas Gerais. No Paraná, pesquisadores também estudaram dois sistemas de tecnologia de aplicação de agrotóxicos – terrestre e aérea – para o controle de plantas daninhas, pragas e doenças na cultura da soja. Mais detalhes desse experimento podem ser obtidos nessa matéria.

O pesquisador da Embrapa Soja (PR) Rafael Soares avaliou ainda o impacto e a eficiência do inseticida químico clorantraniliprole, em aplicação aérea e terrestre para o controle da lagarta-falsa-medideira em soja (Chrysodeixis includens). A partir dos resultados obtidos com o estudo realizado no Paraná, Soares observou que as melhores eficiências de controle foram com aplicação tratorizada e aérea com atomizador rotativo.

“É importante destacar que foram avaliadas lagartas de segundo instar, uma fase em que habitualmente as lagartas são mais suscetíveis aos inseticidas”, afirmou o pesquisador. A pesquisa mostrou que praticamente não houve diferença entre o sistema terrestre e o aéreo na aplicação de defensivos para o controle da lagarta. Entretanto, a aplicação terrestre utilizou um volume maior de calda e a aplicação aérea permitiu cobertura de área maior. A eficiência observada no controle de praga foi quase a mesma.

Frota brasileira é a segunda maior do mundo
De acordo com um levantamento do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB) da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) realizado pelo engenheiro agrônomo e consultor do Sindag, Eduardo Cordeiro de Araújo, no fim de 2017, a frota de aviões agrícolas do País era de 2.115, ficando atrás apenas dos Estados Unidos, que contava com cerca de 3,6 mil aeronaves. O número mostra um crescimento de 1,5% na comparação com 2016 e mais de 45% na última década.

Segundo o levantamento, o Mato Grosso conta com 464 aeronaves registradas, seguido do Rio Grande do Sul, com 427 aviões, e São Paulo, com 312. O Brasil tem 244 empresas de aviação agrícola, responsáveis por 68% da frota nacional.

Dosagem correta para controle de pragas
O estudo elaborou um novo método para avaliar a quantidade de produto biológico a ser aplicado no controle de cigarrinhas-da-raiz (Mahanarva fimbiolata, M. liturata e M. spectabilis são as espécies atualmente conhecidas) na cana-de-açúcar, uma das principais pragas que se hospeda na base da planta e gera perdas de 30% a 40%, caso não seja reprimida.

A pesquisa observou que tanto a adoção de inseticida biológico como químico são eficientes para o controle dessa praga, ajustando-se apenas a quantidade do fungo Metarhizium anisopliae aplicado. Uma alteração na dosagem de 8kg para 10 kg por hectare de micoinseticida granulado e de 20L para 30L por hectare na formulação líquida trouxeram resultados positivos, com 100% do alvo atingido, além de permitir maiores produtividades.

Embora a formulação granulada do fungo seja uma das mais utilizadas em canaviais do Brasil, não havia até então um método que viabilizasse a quantidade adequada de produto e seu tempo de vida para as bases das plantas de cana quando aplicado por avião agrícola. Para o pesquisador da Embrapa Cerrados (DF) Roberto Teixeira, o resultado inovador é um diferencial para o controle dessa praga na cana-de-açúcar utilizando controle biológico e aviação agrícola (leia a matéria completa sobre esse trabalho).

Modelos dão suporte à decisão
A rede de pesquisa – conduzida no âmbito da Redagro, voltada para aplicação aérea de agrotóxicos – também desenvolveu modelagem matemática avançada para sistemas de injeção direta de produtos químicos. Os cientistas desenvolveram ainda um novo método para avaliar o sistema hidráulico e a queda de pressão nas barras onde estão instalados os bicos de pulverização.

O pesquisador e coordenador da Redagro, Paulo Cruvinel, explica que a Embrapa Instrumentação (SP) desenvolveu métodos e sensores para melhorar a qualidade da aplicação e, consequentemente, minimizar problemas de deriva.

Os cientistas criaram modelos de auxílio à decisão por computador para subsidiar a avaliação de processos de pulverização nas culturas de soja e cana-de-açúcar. O sistema apresenta ao produtor o diâmetro médio das gotas e os ângulos dos bicos pulverizadores que devem ser utilizados.

“Nesse caso, é preciso fornecer ao modelo informações sobre características dos bicos, o produto a ser pulverizado, as condições de pressão e fluxo de operação, a velocidade das aeronaves, sua distância em relação ao alvo e a taxa de aplicação”, detalha Cruvinel.

Para o cientista, a pesquisa em rede é um modo de potencializar as ações, envolvendo diferentes competências. “Essa experiência em rede tem sido bastante enriquecedora e vai contribuir para o desenvolvimento de soluções adequadas para amenizar os problemas da aplicação de defensivos”, diz o professor do Departamento de Tecnologia de Aplicação da Universidade Federal de Lavras (Ufla), Wellington Pereira Alencar de Carvalho, vice-líder do projeto.

Sensores inteligentes
A parceria entre a Embrapa Instrumentação e a Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de São Paulo (USP) resultou no desenvolvimento de um sensor que permite medir e qualificar as resistências hidráulicas dos bicos pulverizadores, para proporcionar menor custo e maior precisão.

A avaliação do tempo de resposta de um sistema pulverizador também é importante para a qualidade da aplicação. Por isso, também foi desenvolvido um novo sensor de condutividade elétrica, inteligente e customizado para a medida em tempo real dessa resposta. Os sensores inteligentes são dispositivos modernos que podem pré-processar dados medidos, e oferecem informações qualificadas para auxiliar sistemas autônomos nos processos de decisão, inclusive podendo operar em plataforma na Internet das Coisas (IoT, na sigla em inglês). Ou seja, o equipamento pode se regular de maneira autônoma a partir de informações desses sensores.

Paulo Cruvinel explica que para o controle das plantas invasoras da cultura da soja, arroz e cana-de-açúcar o tempo de resposta é um fator crítico. “Esse sensor viabiliza esse monitoramento, assim como permite trabalhar com aplicação imediata de correções que venham a garantir os resultados esperados para o controle dessas plantas invasoras”, esclarece.

A pesquisa ainda consolidou, em prova de conceito, o uso de rede de sensores de deriva sem fio. Esse desenvolvimento considerou a possibilidade de se acoplar até 35 unidades de monitoramento de deriva para cobertura de uma área sob aplicação. A informação desses sensores associada às da umidade relativa do ar, velocidade do vento, altura e velocidade do avião poderá auxiliar na definição do mapa de navegação das aeronaves utilizadas para aplicação dos defensivos agrícolas.

Agregação de valor e maior competitividade
Para o pesquisador da Embrapa Clima Temperado (RS) José Martins, a pesquisa na área das tecnologias aéreas da aplicação de agrotóxicos pode agregar valor aos processos agrícolas e proporcionar ganhos de competitividade.

“Esse aspecto pode ser alcançado conjugando os esforços para se obter maior qualidade e eficiência da aplicação em função do atendimento de questões fitotécnicas encontradas nos sistemas agrícolas, em conformidade com a preservação e conservação dos recursos naturais”, diz o pesquisador.

Na avaliação do presidente do Sindag, Júlio Augusto Kampf, o projeto está sendo muito importante para que a ciência auxilie no processo de melhoria do setor de aviação agrícola. O Sindicato já articula com a Embrapa e outras instituições uma nova etapa de pesquisas.

“Devemos cada vez mais incentivar pesquisas focadas em desenvolver o segmento. Com isso, será possível termos operações cada vez mais seguras e eficientes. Espera-se que o projeto possa continuar para gerar conteúdos relevantes”, finaliza Kampf.

Projeto ajuda na geração de dados e políticas sobre pulverização
Para a operação da rede de pesquisa foi desenvolvido um software que utiliza um conjunto de indicadores de compartilhamento, processamento e propagação de informações.

A iniciativa viabilizou a estruturação de processos de gestão envolvendo produtores, empresas de aviação agrícola, centros de pesquisa e ampliação de suas conectividades com a sociedade brasileira. Com isso, abre-se caminho para a geração de um banco nacional de dados sobre o controle de pragas e de apoio à elaboração de políticas públicas, que fortaleçam a segurança alimentar e o desenvolvimento sustentável do agronegócio.

O auditor fiscal federal agropecuário da Coordenação de Mecanização e Aviação Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) Luís Gustavo Asp Pacheco acredita que a pulverização aérea tem um papel importante nas fases críticas de desenvolvimento das culturas, quando é necessário fazer aplicações em grandes extensões, em curto espaço de tempo, de forma a diminuir as perdas por pragas ou doenças.

“Entendemos, assim, que o desenvolvimento dessas tecnologias de aplicação aérea contribuirá para aplicações cada vez mais eficientes, com menores riscos de contaminação ao meio ambiente e às pessoas envolvidas na atividade, garantindo a sustentabilidade dessa atividade”, diz.

O auditor lembra ainda que uma das entregas dos estudos é a geração de dados nacionais sobre as pulverizações aéreas, uma vez que hoje são utilizados dados produzidos em outros países.

“Com isso, será possível se trabalhar em uma mudança de paradigma, uma vez que os dados gerados poderão ser utilizados para o embasamento técnico para avaliar a aviação agrícola nacional e responder a várias iniciativas que vêm sendo propostas por alguns Poderes Legislativos Estaduais e Municipais visando limitar ou mesmo coibir as atividades aeroagrícolas”, afirma.

O auditor frisa a necessidade de implantação de programas obrigatórios de boas práticas em quaisquer atividades que envolvam pulverização de agrotóxicos, independentemente do tipo de tecnologia de aplicação empregada, terrestre ou aérea. “Entre essas práticas, a inspeção obrigatória de pulverizadores terrestres é a mais premente”, ressalta.

Para ele, também é necessária a regulamentação visando à obrigatoriedade de cursos específicos para aplicadores profissionais e usuários de agrotóxicos – aéreos e terrestres, com atualização periódica obrigatória, inclusive para os revendedores de agroquímicos. “Algumas normas existentes já tratam do tema, porém, entendemos que é necessário o aprofundamento das discussões com vistas a sua efetiva implementação no meio rural”, conclui.

Fonte: Embrapa – Joana Silva, Breno Rodrigues Lobato, Edilson Pepino Fragalle, Eliana Lima, Lebna Landgraf

Sivanto Prime: Descubra tudo sobre esse produto

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Detalhes do Produto: fonte Bayer

 

Sivanto Prime 200 HF

A Bayer lançou o Sivanto Prime 200SL, (Bula do Produto) que, de acordo com a empresa, possui grande eficiência no combate ao bicho mineiro do café, praga que pode reduzir a produtividade entre 30% e 40%. Quem mais sofre com esse inseto praga é a variedade arábica, espécie mais produzida no Brasil. Além desse inseto praga o produto também é eficaz contra vários outros, veja:

sivanto bula - Pragas

De acordo com estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o bicho mineiro se instala nas folhas dos cafeeiros, deixando um buraco e uma cor de ferrugem na superfície. Um ataque desse inseto causa uma considerável perda de folhas, que ficam desidratadas, secas e fracas, trazendo enormes prejuízos para os cafeicultores. Estudos comprovaram que a capacidade produtiva do cafeeiro pode ser reduzida em até 80%, conforme a região, a época e a intensidade da ação do inseto.

https://materiais.agropos.com.br/checklist-software-agricola

Fábio Maia, gerente de Marketing da Bayer para Frutas e Vegetais, Café, Citrus e Tabaco, explica que o princípio ativo de Sivanto possui um modo de ação diferenciado, pois age dentro do sistema nervoso do inseto. “Não existe nenhum produto no mercado com esta tecnologia. Outro diferencial é que ele pode ser pulverizado tanto no solo quanto na folha, único do mercado com esta característica, facilitando o manejo do cultivo”.

A Bayer afirma que seguindo as recomendações do engenheiro agrônomo e constantes em bula para a sua aplicação, “o produto não oferece risco ao meio ambiente e insetos benéficos, isto é, aos inimigos naturais do cultivo, como joaninhas e vespas, que fazem a predação natural no café”, pontua o executivo. Além de proteger o café o mesmo produto pode ser utilizado em diversas culturas, veja:

sivanto

Culturas que podem ser utilizadas

Antes do produto chegar ao campo, a empresa acompanhou seus resultados em 50 áreas demonstrativas nas regiões do Cerrado Mineiro, Mogiana e Alta Paulista. “Obtivemos resultados expressivos quando o Sivanto foi aplicado na planta. Se compararmos o manejo sem o inseticida, tínhamos 17% de folhas com minas vivas, que, depois da aplicação de Sivanto, identificamos a redução de quase 100% dessas minas”, comemora Maia.

MODO DE APLICAÇÃO DO SIVANTO:

O volume de calda pode variar de acordo com o estádio de desenvolvimento da cultura.

Preparo de Calda:

Para o preparo da calda, deve-se utilizar água de boa qualidade, livre de coloides em suspensão (terra, argila ou matéria orgânica), a presença destes pode reduzir a eficácia do produto;

O equipamento de pulverização a ser utilizado para a aplicação do SIVANTO PRIME 200 SL deve estar limpo de resíduos de outro defensivo.

Preencher o tanque do pulverizador com água até a metade de sua capacidade, inserir a dose recomendada do SIVANTO PRIME 200 SL, acrescentar óleo metilado de soja na proporção recomendada para o cultivo/alvo, completar a capacidade do reservatório do pulverizador com água, mantendo sempre o sistema em agitação e retorno ligado durante todo o processo de preparo e pulverização para manter homogênea a calda de pulverização. Prepare apenas a quantidade de calda necessária para completar o tanque de aplicação, pulverizando logo após sua preparação.

Na ocorrência de algum imprevisto que interrompa a agitação da calda, agitá-la vigorosamente antes de reiniciar a aplicação.

 

Equipamento de aplicação:

Equipamentos Costais (manuais ou motorizados):

Utilizar pulverizador costal dotado de ponta de pulverização do tipo leque (jato plano), calibrando de forma a proporcionar perfeita cobertura com tamanho de gota média a grossa e direcionando para o alvo desejado. Observar para que não ocorram sobreposições nem deriva por movimentos não planejados pelo operador.

Aplicação via drench (esguicho/jato dirigido): esta modalidade pode ser utilizada após o transplantio de mudas. Aplicar o produto diluído em água na forma de jato dirigido planta a planta (esguicho) através de pulverizador manual, motorizado ou tratorizado, de forma que o produto atinja o caule e escorra até o solo, utilizando o volume de calda de 15 mL/planta ou 50 ml/planta para a cultura do café, e a dose recomendada por hectare do produto.

https://agropos.com.br/pos-graduacao-em-avancos-no-manejo-integrado-de-pragas/

Pulverizadores de Barra:

Utilizar pulverizadores tratorizados de barra ou autopropelidos, com pontas de pulverização hidráulicas, adotando o espaçamento entre pontas e altura da barra com relação ao alvo recomendados pelo fabricante das pontas. Certificar-se que a altura da barra é a mesma com relação ao alvo em toda sua extensão, devendo esta altura ser adequada ao estagio de desenvolvimento da cultura de forma a permitir uma perfeita cobertura das plantas.

O equipamento deve ser regulado e calibrado de forma a produzir espectro de gotas médias a grossas.

Hidropneumáticos (Turbo-atomizadores):

Utilizar pulverizador tratorizado montado, semimontado ou de arrasto, dotado de ponta do tipo cone vazio com espaçamento entre pontas determinado pelo fabricante. As pontas devem ser direcionadas para o alvo de acordo com cada cultura, as pontas superiores e inferiores podem ser desligados para que não seja feita a pulverização no solo ou acima do topo da cultura, além do emprego de pontas com perfil de gotas variando entre grossa e muito grossa nas posições superiores, a fim de evitar a perda dessas gotas por deriva. A regulagem do ventilador deve oferecer energia suficiente para que as gotas sejam impulsionadas para o interior do dossel da cultura, conferindo a melhor cobertura no interior da estrutura da planta.

O equipamento deve ser regulado e calibrado de forma a produzir espectro de gotas médias a grossas.

 

Aplicação aérea do sivanto: a aplicação aérea deve ser feita apenas nas culturas de algodão e citros.

Para aplicação aérea utilizar bicos rotativos ou barras equipadas com bicos hidráulicos de acordo com a vazão calculada ou recomendada pelo fabricante dos mesmos, devendo ser considerado o tamanho do orifício dos bicos, o ângulo de inclinação (em graus), a pressão (PSI) e a velocidade de voo (km/h), que permita a liberação e deposição de uma densidade mínima de 70 gotas/cm² e uma cobertura de pulverização uniforme, adotando classe de gotas que variam de média a grossa. Recomenda-se o volume de 30-50 L/ha de calda, altura média de voo de 3 metros da copa das plantas alvo e largura de faixa de deposição efetiva de 15-18 metros (de acordo com a aeronave utilizada).

  • Utilize bicos e pressão adequados para produzir uma cobertura de pulverização uniforme com tamanhos de gotas de média a grossa;
  • Condições diferentes das ideais devem ser avaliadas pelo técnico responsável pela aplicação.
  • Não aplicar este produto utilizando sistema eletrostático.
  • Para a aplicação aérea, a distância entre os bicos na barra não deve exceder 75% do comprimento do diâmetro do rotor (ou envergadura), preferencialmente utilizar 65% do comprimento do diâmetro do rotor (ou envergadura) no limite da
  • Não aplicar em uma distancia menor que 40 m (quarenta metros) da divisa com áreas não alvo próximas à aplicação, onde podem existir plantas em florescimento, apiários, meliponários ou habitats de abelhas

 

Volume de calda Tamanho de gotas Cobertura mínima Altura de voo Faixa de aplicação Distribuição das pontas
30 – 50 L/ha Média – Grossa 70 gotas/cm² 3 metros 15 – 18 metros 65%

 

Condições meteorológicas para pulverização:

 

Temperatura Umidade do ar Velocidade do vento
menor que 30°C maior que 55% entre 3 e 10km/h

 

Recomendações gerais para evitar deriva:

  • Não permita que a deriva proveniente da aplicação atinja culturas vizinhas, áreas habitadas, leitos de rios e outras fontes de água, criações e áreas de preservação
  • Siga as restrições existentes na legislação
  • O potencial de deriva é determinado pela interação de muitos fatores relativos ao equipamento de pulverização (independente dos equipamentos utilizados para a pulverização, o tamanho das gotas é um dos fatores mais importantes para evitar a deriva) e ao clima (velocidade do vento, umidade e temperatura).
  • O aplicador deve considerar todos estes fatores quando da decisão de Evitar a deriva é responsabilidade do aplicador.

 

Diâmetro das gotas:

  • A melhor estratégia de gerenciamento de deriva é aplicar com o maior diâmetro de gotas possível para dar uma boa cobertura e controle, ou seja, de média a
  • A presença nas proximidades de culturas para as quais o produto não esteja registrado, condições climáticas, estádio de desenvolvimento da cultura, entre outros devem ser considerados como fatores que podem afetar o gerenciamento da deriva e cobertura da planta. Aplicando-se gotas de diâmetro maior reduz-se o potencial de deriva, mas não previne se as aplicações forem feitas de maneira imprópria ou sob condições desfavoráveis.

Ebook -Pulverização

Técnicas gerais para o controle do diâmetro de gotas:

  • Volume: use bicos de maior vazão para aplicar o maior volume de calda possível considerando suas necessidades práticas. Bicos com vazão maior produzem gotas
  • Pressão: use a menor pressão indicada para o bico. Pressões maiores reduzem o diâmetro de gotas e não melhoram a penetração através das folhas da cultura. Quando maiores volumes forem necessários, use bicos de vazão maior ao invés de aumentar a pressão.
  • Tipo de bico: use o modelo de bico apropriado para o tipo de aplicação desejada. Para a maioria dos bicos, ângulos de aplicação maiores produzem gotas maiores. Considere o uso de bicos de baixa
  • O equipamento de aplicação deve estar em perfeitas condições de funcionamento, isento de desgaste e vazamentos.

 

Temperatura e Umidade:

  • Em condições de clima quente e seco regule o equipamento para produzir gotas maiores a fim de evitar a evaporação.

 

Inversão térmica:

  • O potencial de deriva é alto durante uma inversão térmica. Inversões térmicas diminuem o movimento vertical do ar, formando uma nuvem de pequenas gotas suspensas que permanecem perto do solo e com movimento lateral. Inversões térmicas são caracterizadas pela elevação da temperatura com relação à altitude e são comuns em noites com poucas nuvens e pouco ou nenhum vento. Elas começam a ser formadas ao por do sol e frequentemente continuam ate a manhã seguinte. Sua presença pode ser identificada pela neblina no nível do solo. No entanto, se não houver neblina as inversões térmicas podem ser identificadas pelo movimento da fumaça originária de uma fonte no solo. A formação de uma nuvem de fumaça em camadas e com movimento lateral indica a presença de uma inversão térmica; enquanto que se a fumaça for rapidamente dispersa e com movimento ascendente, há indicação de um bom movimento vertical de

 

INTERVALO DE REENTRADA DE PESSOAS NAS ÁREAS TRATADAS:

Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.

 

LIMITAÇÕES DE USO DE SIVANTO

Os usos do produto estão restritos aos indicados no rótulo e bula.

Quando este produto for utilizado nas doses recomendadas, não causará danos às culturas indicadas.

Não faça mistura de tanque com fungicidas do grupo azol (FRAC grupo 3) quando for aplicar o produto durante o período de florescimento.

Os limites máximos e tolerâncias de resíduos para as culturas tratadas com este produto podem não ter sido estabelecidas em nível internacional ou podem divergir em outros países, em relação aos valores estabelecidos no Brasil. Para culturas de exportação verifique estas informações previamente à utilização deste produto.

Este produto deve ser utilizado em total conformidade com as recomendações de uso contidas nesta bula.

É de inteira responsabilidade do usuário do produto a verificação prévia destas informações, sendo ele o único responsável pela decisão da exportação das culturas tratadas com este produto. Caso tenha alguma dúvida, consulte seu exportador, importador ou a Bayer S.A. antes de aplicar este produto.

É recomendada a manutenção do registro de todas as atividades de campo (caderno de campo), especialmente para culturas de exportação.

 

RECOMENDAÇÕES PARA O MANEJO DA RESISTÊNCIA A INSETICIDAS DE SIVANTO

A resistência de pragas a agrotóxicos ou qualquer outro agente de controle pode tornar-se um problema econômico, ou seja, fracassos no controle da praga podem ser observados devido à resistência. O inseticida SIVANTO PRIME 200 SL pertence ao grupo 4D (moduladores competitivos de receptores nicotínicos da acetilcolina – Butenolide), Flupiradifurona, e o uso repetido deste inseticida ou de outro produto do mesmo grupo pode aumentar o risco de desenvolvimento de populações resistentes em algumas culturas.

Para manter a eficácia e longevidade do SIVANTO PRIME 200 SL como uma ferramenta útil de manejo de pragas agrícolas, é necessário seguir as seguintes estratégias que podem prevenir, retardar ou reverter a evolução da resistência:

Adotar as práticas de manejo a inseticidas, tais como:

  • Rotacionar produtos com mecanismo de ação distinto do Grupo 4D. Sempre rotacionar com produtos demecanismo de ação efetivos para a praga
  • Usar SIVANTO PRIME 200 SL ou outro produto do mesmo grupo químico somente dentro de um “intervalode aplicação” (janelas) de cerca de 30
  • Aplicações sucessivas de SIVANTO PRIME 200 SL podem ser feitas desde que o período residual total do“intervalo de aplicações” não exceda o período de uma geração da praga-alvo.
  • Seguir as recomendações de bula quanto ao número máximo de aplicações No caso específicodo SIVANTO PRIME 200 SL, o período total de exposição (número de dias) a inseticidas do grupo químico dos Butenolides não deve exceder 50% do ciclo da cultura ou 50% do número total de aplicações recomendadas na bula.
  • Respeitar o intervalo de aplicação para a reutilização do SIVANTO PRIME 200 SL ou outros produtos doGrupo 4D (Flupiradifurona) quando for necessário;
  • Sempre que possível, realizar as aplicações direcionadas às fases mais suscetíveis das pragas a seremcontroladas;
  • Utilizar as recomendações e da modalidade de aplicação de acordo com a bula do produto;
  • Sempre consultar um Engenheiro Agrônomo para o direcionamento das principais estratégias regionaispara o manejo de resistência e para a orientação técnica na aplicação de inseticidas;
  • Informações sobre possíveis casos de resistência em insetos e ácaros devem ser encaminhados para oIRAC-BR (www.irac-br.org.br), ou para o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (www.agricultura.gov.br).

 

Fonte: BAYER