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Cigarrinha do milho: conheça agora as 3 formas de controle!

Cigarrinha do milho: conheça agora as 3 formas de controle!

A cigarrinha do milho é a praga vetora de doenças como Spiroplasma kunkelli (enfezamento pálido) e fitoplasma (enfezamento vermelho).

Essas doenças são mais comuns em regiões quentes, podendo atingir um dano de 70% na produção da lavoura.

Quer saber mais detalhes sobre a cigarrinha do milho e métodos de controle?

Venha comigo na leitura desse artigo.

 

Cigarrinha do milho: conheça agora as 3 formas de controle!

 

O que é a cigarrinha do milho?

A cigarrinha D. maidis é um inseto de cor branco-palha, podendo apresentar cor levemente acinzentada, com cerca de 0,5 cm.

Ela se alimenta da seiva da planta de milho e realiza postura sob a epiderme da folha, preferencialmente na nervura central de folhas do cartucho da plântula.

A infecção com molicutes ocorre na plântula de milho em estádios iniciais de desenvolvimento.

Esses micro-organismos patogênicos proliferam nos tecidos do floema e a planta apresenta os sintomas do enfezamento apenas na fase de produção.

Esse inseto-vetor dos molicutes sobrevive apenas no milho, habitualmente, migra de lavouras com plantas adultas para lavouras com plântulas recém emergidas.

 

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Importância do controle da cigarrinha do milho

A família Poaceae reúne espécies de interesse agrícola de extrema importância para a alimentação humana, a produção animal, bem como, para a geração de bioenergia, tendo como um dos principais representantes dessa família, o milho (Zea mays).

A safra de milho 2019/2020 do Brasil foi estimada pela Safras & Mercado em 105,8 milhões de toneladas.

Por isso a importância do controle da cigarrinha, onde, seu ataque pode causar grandes prejuízos ao produtor.

Logo abaixo vamos apresentar as principais doenças causada pela cigarrinha do milho.

 

Enfezamentos na cultura do milho

Há dois tipos de enfezamento na cultura do milho, o enfezamento pálido e o enfezamento vermelho.

Primeiramente, uma grande dificuldade é a distinção da doença, até porque, os agentes que causam os enfezamentos (espiroplasma e o fitoplasma) podem ser transmitidos simultaneamente.

Uma vez, que ambos são transmitidos pela cigarrinha do milho (Dalbulus maidis).

Devido ao difícil controle químico, a opção é o uso de um manejo integrado da doença.

Neste manejo incluem-se operações em que se deve considerar a multiplicação e o desenvolvimento tanto do inseto vetor como do fitoplasma ou espiroplasma.

As principais medidas que podem ser adotadas são o uso de cultivares resistentes, adequação da época de plantio, evitar plantios consecutivos e eliminar plantas voluntárias no campo que possam servir de hospedeiras.

Vejamos a caracterização de cada um dos enfezamentos separadamente.

 

Enfezamento pálido

O enfezamento pálido é caudado por um espiroplasma (Spiroplasma kunkelii).

Seus sintomas são aumento do número de espigas, com pouco ou nenhum grão e o encurtamento dos internódios da planta.

O enfezamento pálido inicialmente apresenta a clorose (cor esbranquiçada ou pálida) na base foliar e depois se estende por toda a folha.

 

Enfezamento vermelho

Esta doença é causada por um fitoplasma (Candidatus Phytoplasma asteris).

Os sintomas dessa doença são avermelhamento das folhas, inicialmente com clorose marginal e seguida do avermelhamento das pontas das folhas, que se manifesta na fase de produção do milho.

Nas plantas doentes, você pode observar maior número de espigas.

Mas, essas espigas produzem poucos ou nenhum grão e também há um encurtamento dos internódios das plantas.

 

Raiado Fino

Esse vírus é transmitido pelo mesmo inseto vetor que transmite os agentes causais do enfezamento vermelho e do enfezamento pálido, geralmente ocorre simultaneamente com essas doenças.

Contudo, sua incidência é variável em áreas e em anos distintos, em geral sem atingir os mesmos níveis de incidência e danos dos enfezamentos.

Os primeiros sintomas aparecem como pequenos pontos cloróticos na base e ao longo das nervuras das folhas jovens.

Tornam-se evidentes com grande número de pontos cloróticos, que se fundem, tomando aspecto de riscas curtas.

Em geral, os primeiros sintomas dessa virose aparecem em plantas jovens no campo, cerca de 30 dias após a semeadura, e permanecem visíveis mesmo nas plantas em fase de produção.

Os sintomas da risca podem ser melhor discriminados observando-se as folhas infectadas contra a luz.

Plantas infectadas podem apresentar espigas e grãos menores que o tamanho normal.

 

Controle da cigarrinha do milho

Primeiramente, para o seu controle eficaz, é necessário o conhecimento da época que ela ocorre, desse modo, facilitando seu monitoramento.

A incidência das doenças está associada à alta densidade populacional da cigarrinha, que ocorre no final do verão (plantios tardios). Também causa danos diretos pela sucção de seiva dos adultos e ninfas.

Evitar o plantio de milho pipoca e milho doce em áreas com histórico recente de alta incidência dos enfezamentos dado à alta susceptibilidade da maioria dessas cultivares.

Em seguida veremos mais detalhados os principais métodos de controle da cigarrinha do milho.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

3 métodos de controle da cigarrinha do milho.

 

Controle cultural da cigarrinha do milho:

Os métodos de controle mais eficientes são os culturais evitando-se a multiplicação do vetor em plantios sucessivos, erradicação de plantas voluntárias na área antes do plantio e uso de cultivares menos susceptíveis aos patógenos.

Adequar a época de plantio, evitar sobreposição de ciclos da cultura e a realização da rotação de cultura são formas de manejar a cigarrinha na sua lavoura.

 

Controle químico da cigarrinha do milho:

O melhor método químico é através do tratamento das sementes com inseticidas, o que vai propiciar uma maior proteção as plântulas de milho.

 

Controle biológico da cigarrinha do milho:

O controle biológico  é feito através de produtos que contenham como ingrediente ativo o fungo Beauveria bassiana.

Os fungos têm a capacidade de penetrar na cutícula do inseto e se multiplicar no seu interior.

Há diversos produtos já registrado no mercado para manejar a cigarrinha.

 

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Monitoramento para bons resultados na lavoura

A cigarrinha do milho é considerada uma praga de grande importância econômica, quando medimos a produtividade da lavoura, podendo gerar grandes prejuízos ao produtor.

Neste artigo conhecemos as principais doenças causadas pela cigarrinha do milho, sintomas e formas de controle.

Porém, é bom lembrar a importância da consulta de um profissional da área qualificado para identificar corretamente a doença, antes de utilizar qualquer produto químico ou realização de algum tipo de controle.

Por fim, para evitar e eliminar o aparecimento de doenças na plantação de milho, é fundamental realizar o monitoramento constante, desde o plantio até a colheita.

 

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Buva: como manejar essa planta daninha!

Buva: como manejar essa planta daninha!

A buva é uma planta daninha que tem causado grandes preocupações e prejuízos aos agricultores. Neste artigo vamos discutir um pouco sobre algumas curiosidades dessa planta, além de aprendemos como maneja-las.

Venha comigo!

 

Buva: como manejar essa planta daninha!

 

O que é buva?

A buva é uma planta classificada como invasora, muito frequente nas regiões que vão do Sul ao Centro-Oeste do Brasil.

Seu nome científico é Conyza bonariensis e ela pode ser um problema principalmente nas lavouras de trigo, soja e milho.

Na lavoura é sempre sinal de alerta. Essa planta invasora se alastra muito rapidamente e interfere no desenvolvimento da planta, o que afeta a produtividade da safra.

Só que controlar essa planta daninha não é simples. Inúmeros casos de resistência fazem com que muitos herbicidas não funcionem mais para seu combate.

 

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Características da buva

  • As plantas de buva pertencem a família Asteraceae, são anuais ou bianuais, eretas, chegando até 2,5 m de altura;
  • Possuem fácil disseminação através do vento;
  • Toleram bem condições de seca;
  • Uma planta é capaz de produzir de 100.000 a 200.000 sementes;
  • As sementes não possuem dormência;
  • Ótima germinação entre 20 a 25 °C.

 

Plantas daninhas: o que é?

Plantas daninhas são todas as plantas que estão na lavoura e não são parte da cultura principal.

Elas também podem ser conhecidas como erva daninha, mato, planta invasora, planta infestante, erva má, entre outros nomes.

O manejo e controle das plantas daninhas é considerado difícil porque elas são plantas pioneiras, com vasta produção de sementes e poder de adaptação a diversos lugares, inclusive com intempéries para o seu desenvolvimento.

Além disso, elas possuem um sistema de dormência em suas sementes, podendo ficar no solo sem germinar por um longo período.

E neste caso a buva é uma dessas ervas afetando diversas culturas como; Feijão, soja, girassol, cana de açúcar, algodão, arroz, soja e pastagens entre outras.

 

Espécies de buva

Distinguir as espécies no campo é difícil, mas algumas diferenças existentes na inflorescência auxiliam nessa identificação. Conheça algumas delas;

  • O Conyza bonariensis – os ramos laterais passam do ramo terminal e as inflorescências ficam na ponta dos ramos.
  • O Conyza sumatrensis – a inflorescência é na forma piramidal, com alta densidade de pelos na haste principal
  • E o Conyza canadensis – a inflorescência também é na forma piramidal, mas com baixa densidade ou mesmo sem pelos na haste principal.

 

Buva no brasil

A buva pode produzir até 200 mil sementes durante sua fase de reprodução. Com o vento, então, estas sementes chegam a quilômetros de distância, fazendo com que a invasora alcance culturas muito distantes.

Essa planta daninha está amplamente disseminada na região Sul, expandindo-se rapidamente para outros locais do Brasil. É uma espécie que causa sérios prejuízos na produtividade de diversas culturas.

Uma boa maneira de evitar o aparecimento da planta, então, é através do manejo de plantas. Ou seja, prevenir o seu nascimento no campo.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Como prevenir o aparecimento da buva?

Podendo causar danos de até 80% na lavoura, as plantas daninhas exigem cuidados de prevenção que, muitas vezes, passam despercebidos pelos produtores.

Um deles é utilizar a rotação dos princípios ativos de herbicidas. Ou seja, utilizando diferentes tipos de herbicidas e trocando os princípios ativos, a planta invasora não tem “meios” para se tornar resistente ao produto.

Além do controle químico, então, é importante que se faça rotação de cultura entre as plantações – o que pode quebrar o ciclo de desenvolvimento da buva.

 

Resistência aos herbicidas

A resistência de plantas daninhas aos herbicidas é consequência da ocorrência de um ou mais mecanismos na planta, responsáveis por não deixarem o herbicida atuar de forma eficiente sobre o local de ação.

O manejo que tem se mostrado eficiente para o controle de buva compreende a aplicação na pré-semeadura de paraquate, porém nos últimos anos confirmou-se a presença de resistência a este importante herbicida em biótipos de buva (Conyza sumatrensis).

Havendo a possibilidade de que resistência tenha se desenvolvido também nas outras espécies. A dificuldade de manejo, principalmente em um cenário de impossibilidade de uso do paraquate.

Tanto pelos casos de resistência como pelo seu banimento, faz com que se faça necessário o uso de outros mecanismos de ação herbicida, de maneira combinada para que não se selecione novamente resistência a um outro mecanismo de ação.

 

Prática de manejo

Nas áreas com a presença de biótipos de plantas resistentes é indispensável a adoção de práticas de manejo que incluam ações como:

  1. Não utilizar, por mais do que duas vezes seguidas, na mesma área, herbicidas com o mesmo mecanismo de ação. Em casos de seleção de espécies resistentes e/ou tolerantes, deve ser implantado um sistema de rotação de mecanismos de ação de herbicidas eficazes sobre as espécies-problema;
  2. Monitorar e destruir plantas suspeitas de resistência. Após a aplicação do herbicida, as plantas que sobreviverem devem ser arrancadas, capinadas, roçadas, ou seja, controladas de alguma forma para evitar a produção e disseminação de sementes na área;
  3. Implantar programa de rotação de culturas baseado em sistema de produção. A rotação de culturas oportuniza a utilização de um número maior de mecanismos de ação herbicidas;
  4. Limpar máquinas e equipamentos. Máquinas e implementos utilizados em áreas infestadas podem disseminar as plantas daninhas, especialmente entre propriedades que adotam o aluguel de equipamentos, como colhedoras.

As oportunidades de manejo de buva ocorrem em diferentes épocas do ano, e incluem ações no inverno, dessecação pré-semeadura e controle ou catação na pós emergência da cultura.

 

Manejo no inverno

Todas as estratégias possíveis devem ser utilizadas, objetivando reduzir o número e o tamanho de plantas de buva presentes na área, para facilitar o controle com uso de herbicidas na pré-semeadura de culturas de verão.

 

Uso de herbicidas

Os herbicidas usados na cultura do trigo, como iodosulfurom, metsulfurom e o 2,4-0 controlam buva, mas seu uso deve atender as recomendações de uso para a cultura e para a planta daninha com relação ao estádio, época de aplicação e dose.

Metsulfurom deve ser utilizado, no mínimo, 60 dias antes da semeadura da soja ou do milho. A decomposição deste produto no solo pode ser reduzida, pela falta de umidade ou por temperaturas muito baixas por longos períodos, exigindo, assim, um intervalo maior entre a sua aplicação e a semeadura da soja.

 

Manejo pré-semeadura (dessecação)

As aplicações sequenciais têm apresentado excelentes resultados. Nesse caso, o glifosato associado ao 2,4-0 ou ao clorimurom é aplicado 10 a 15 dias antes da segunda aplicação.

Na qual deve ser 13 feita um a dois dias antes da semeadura, usando-se dicloreto de paraquate (2,0 Llhade produto comercial) ou dicloreto de paraquate + diurom (1,5 a 2,0 Llha de produto comercial) ou, ainda, amônioglufosínato (1,5 a 2,0 Llha de produto comercial).

 

Controle em pré-emergência

Esses herbicidas, quando utilizados na pré-emergência da soja (semear/aplicar ou aplicar/semear), proporcionam controle residual de, aproximadamente, 20 dias.

 

Controle em pós-emergência

Na pós-emergência da soja, podem ser utilizados herbicidas à base de clorimurom ou cloransulam.

Entretanto, estes herbicidas não apresentam altos níveis de controle nestas condições e muitas vezes proporcionam somente efeito supressor sobre a buva, que se recupera e completa seu ciclo, produzindo semen14 teso.

Além disso, a aplicação de herbicidas pós-emergentes associados ao glifosato pode provocar fitotoxicidade para a cultura da soja, resultando em perdas de rendimento de grãos.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Como vimos acima a Buva na lavoura é sempre sinal de alerta, pois essa erva daninha pode gerar sérios prejuízos em sua safra. Com isso, é importante que o agricultor conheça essa erva daninha e como maneja-las.

A importância na prevenção da buva é de extrema importância, pois uma vez que encontrada em sua cultura o manejo precisa ser feito de imediato, em caso de dúvidas o ideal é que o agricultor procure um especialista da área.

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O que você precisa saber sobre métodos de controle de pragas!

O que você precisa saber sobre métodos de controle de pragas!

Neste artigo preparamos para você quais são as principais técnicas de controle de pragas agrícolas que podem ser utilizadas no campo. Confira!

O ataque de pragas na lavoura, podem trazer enormes prejuízos ao agricultor. E geralmente o produtor rural recorre ao uso de defensivos agrícolas.

Apesar de ser um método de controle eficiente, atualmente existem diversas outras medidas de controle que podem ser utilizadas para o controle das pragas agrícolas.

 

O que você precisa saber sobre métodos de controle de pragas!

 

O que são pragas?

Pragas são o conjunto de insetos e outros seres que podem causar danos às plantas, porém só quando há um grande comprometimento da área plantada, é que podem ser considerados pragas. Conforme a espécie e o tamanho da praga, a proporção do prejuízo pode variar. De qualquer forma, é preciso encontrar meios seguros de eliminar esse mal.

Vários insetos podem causar danos às plantas, no entanto, somente quando uma grande parte da área plantada é afetada, é que são considerados pragas.

Por ser um país tropical, o clima do Brasil favorece o surgimento de algumas espécies de pragas agrícolas que podem gerar grandes prejuízos ao produtor.

Dentre as principais pragas agrícolas presentes no Brasil estão a mosca branca, pulgões, lagartas e cigarrinhas.

 

Fitossanidade

 

Nível de dano econômico e nível de controle de pragas

Para o monitoramento e acompanhamento do nível populacional da praga sejam realizados corretamente, é preciso conhecer o nível de dano econômico e o nível de controle.

O nível de dano econômico refere-se à densidade populacional da praga que gera prejuízo na lavoura igual ou maior ao custo necessário para controla-la.

Já o nível de controle indica qual o momento correto para a adoção de medidas controle do alvo, antes que esta cause perda econômicas à cultura.

Conhecer o nível de controle de pragas, ou seja, o nível abaixo daquele que a praga causa dano econômico irá determinar a melhor medida de manejo e quando ela deve ser aplicada.

 

Quais os principais métodos utilizados para o controle de pragas?

A princípio a técnica mais conhecida para o controle de pragas agrícolas é o controle químico.

No entanto, na busca de métodos mais sustentáveis e visando a diminuição da utilização de produtos químicos outros métodos eficientes no controle de pragas têm sido utilizados.

Portanto, além do controle químico temos, o controle biológico, cultural, controle genético e o manejo integrado de pragas (MIP) que engloba mais de um método para controle de pragas.

Agora vamos ver um pouco mais sobre cada um deles!

 

Controle químico

O controle químico consiste na aplicação de inseticidas visando a eliminação das pragas da lavoura.

Apesar de ser muito eficiente, a utilização destes produtos químicos deve ser utilizados pelo produtor com muita cautela.

Pois o uso desenfreado de inseticidas pode ocasionar o aparecimento de populações de pragas resistentes.

Por tanto, recomenda-se a utilização do controle químico para o manejo de pragas somente quando a população do inseto atingir níveis críticos.

 

Herbicida glifosato: vantagens e desvantagens!

 

Controle biológico

O controle biológico tem sido uma alternativa de controle de pragas muito empregada nas lavouras atualmente.

Este método de controle consiste na utilização de inimigos naturais para a redução da população dos insetos pragas.

Os inimigos naturais são organismos irão atuar como agentes de controle biológico através de ralações de parasitismo ou predação.

O papel dos inimigos naturais é manter os insetos pragas em um nível populacional que não seja capaz de causar danos econômicos à lavoura.

No Brasil temos vários casos bem-sucedidos da utilização do controle biológico nas lavouras, como por exemplo a utilização da microvespa (Cotesia flavipes) para controle da broca-da-cana (Diatraea saccharalis).

 

Controle Biológico: como ter lavouras mais sustentáveis e rentáveis!

 

Controle cultural

O controle de pragas agrícolas também pode ser realizado através da utilização de estratégias de manejo cultural.

Como por exemplo podemos citar a rotação de culturas, manejo de plantas daninhas, densidade de plantio, época de semeadura e colheita corretas.

No entanto, as medidas visando o controle cultural das pragas, em sua maioria devem ser pensadas e aplicadas antes da implementação da cultura no campo.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Controle genético

Atualmente existem cultivares resistentes as principais pragas agrícolas que causam enormes prejuízos as lavouras.

O uso destas cultivares deve ser sempre que possível priorizado, pois permite a adoção de outras medidas de controle, além de ser mais econômico.

No entanto, o produtor deve sempre alternar o uso de cultivares resistentes com não resistentes visando a durabilidade da resistência no campo.

 

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Manejo Integrado de Pragas – MIP

O manejo integrado de pragas (MIP) é uma maneira de manejar pragas agrícolas usando princípios ecológicos e com o mínimo de danos ao meio ambiente e à saúde humana.

O MIP integra o uso de todos os métodos de controle de pragas disponíveis, visando manter o nível da população da praga abaixo do nível de dano de maneira econômica, ambiental e ecologicamente viável.

Dessa maneira, as medidas utilizadas no Manejo Integrado de Pragas contribuem na diminuição da utilização de produtos químicos, devido ao monitoramento constante da lavoura.

No entanto, o MIP não é um método único de controle de pragas, os produtores devem sempre estarem cientes do potencial de infestação de praga para dotarem as medidas cabíveis no tempo certo.

 

Conclusão

As pragas agrícolas podem causar grandes perdas de produtividade das lavouras, gerando prejuízos econômicos para o produtor rural.

Portanto, é necessário conhecer os métodos de controle de pragas para combate-las de maneira eficiente, e assim minimizar os danos ocorridos nas lavouras, perdas na produtividade e prejuízos financeiros.

 

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Trapoeraba: veja o controle dessa planta daninha!

Trapoeraba: veja o controle dessa planta daninha!

Você sabe o que é trapoeraba? Neste artigo vamos entender o que é e como realizar um controle eficiente dessa planta daninha, além de conhecermos algumas espécies mais comuns. Venha comigo, não fique de fora.

Acompanhe!      

 

Trapoeraba: veja o controle dessa planta daninha! 

 

O que é trapoeraba?

Trapoeraba é o nome mais comum de plantas daninhas da família botânica denominada Commelinaceae. Essa planta pode afetar a produtividade em praticamente todo tipo de cultura, com elevada capacidade competitiva por recursos (luz, água e nutrientes) ou competir por espaço.

Suas espécies possuem ainda alto teor de água no caule, o que pode dificultar, em muito, a colheita de grãos. Podem também hospedar insetos que prejudicam o pleno desenvolvimento da lavoura.

Basicamente, quatro são as espécies mais comuns de trapoeraba no Brasil, abaixo vamos falar de algumas delas.

 

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Principais características da trapoeraba

A trapoeraba é uma planta daninha anual e pode alcançar até 40 cm de altura. No campo, ela é facilmente identificada pela sua distinta coloração, ou seja, as folhas e os caules são roxos, ao passo que as flores apresentam coloração rosa, roxa ou azul.

As diferentes tonalidades variam conforme as diferentes espécies. Além disso, a trapoeraba tem preferência por locais com solos encharcados e ricos nutricionalmente. Entretanto, ela pode resistir a longos períodos de seca, caso segmentos das suas ramificações sejam deixados no solo.

Desta forma, a trapoeraba permanece em estado de “dormência” até que as condições ambientais se tornem favoráveis ao seu desenvolvimento, período em que ela rebrotará. E consequentemente, dará origem a novas plantas.

 

Quais são os prejuízos da erva daninha?

Os problemas que a erva daninha causa podem variar de acordo com os seguintes aspectos: espécie da erva daninha, sensibilidade da cultura atacada e quantidade de dano que a erva daninha pode causar. Em geral gera alguns prejuízos como;

  • Competitividade por recursos limitados;
  • Acréscimo no custo de produção;
  • Obstáculo na hora da colheita;
  • Redução da qualidade do produto;
  • Atração de outras pragas;
  • Aumento da possibilidade de doenças;
  • Liberação de produtos químicos da erva daninha em decomposição;
  • Redução do valor de venda.

Segundo a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), a erva daninha causa 95 bilhões de dólares de prejuízo para a produção global de alimentos. Além disso, um problema com plantas daninhas pode gerar uma perda de até 70% do cultivo.

 

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Principais espécies de trapoerabas no Brasil

Entre as principais plantas daninhas infestantes das áreas agrícolas brasileiras, pode-se destacar;

 

Trapoeraba (Commelina benghalensis)

É uma planta anual, no entanto, pode ocorrer perenização por alastramentos sucessivos. A reprodução dessa espécie ocorre, geralmente, por sementes, mas pode haver a produção de rebentos a partir de gemas caulinares, que podem formar novas plantas.

A trapoeraba apresenta dois tipos de sementes, as aéreas e as subterrâneas, fenômeno denominado anficarpia. As sementes aéreas podem ser carregadas para outras áreas, enquanto as sementes subterrâneas podem favorecer para que a trapoeraba se perpetue.

 

Trapoeraba (Commelina difusa)

Essa é a espécie mais frequente em quase todo o Brasil, infestando principalmente aqueles cultivos perenes. Prefere solos mais férteis, que apresentem boa umidade e semi-sombreados.

Suas folhas apresentam lâminas que lembram uma gramínea, já os rizomas são ausentes.

 

Trapoeraba (Commelina erecta)

Também infesta cultivos perenes, porém é uma espécie menos frequente no Brasil. Preferem solos férteis, com boa umidade. Tem por característica ser bastante suscetível a geadas e ao cultivo mecânico do solo.

Erva prostrada ou ereta, extremamente ramificado, chegando a medir até 40 cm de comprimento. Folhas alternas, sem pecíolo, com formato variando de elíptico a linear, com 0,6 a 1,8 cm de largura e 3 a 9 cm de comprimento.

Inflorescência do tipo cincino, pétalas azuis. Fruto do tipo cápsula. Cresce espontaneamente em diferentes áreas, desde áreas altamente antropizadas até em bordas de matas.

 

Danos causados pela trapoeraba

De modo generalizado, as plantas daninhas causam danos as culturas principais através da interferência. O processo de interferência pode ocorrer de duas formas:

Interferência direta: ocorrem devido a competição entre plantas daninhas e a cultura principal por recursos necessários ao desenvolvimento (água, luz e nutrientes). Além de, alelopatia e parasitismo, podendo atrapalhar também as operações de colheita e tratos culturais.

Interferência indireta: pode acontecer de várias formas, mas principalmente, quando as plantas daninhas atuam como hospedeiras alternativas de pragas e doenças.

Sendo assim, para a trapoeraba este cenário não é diferente. Existem diversos relatos na literatura científica do potencial de interferência causado pelas diferentes espécies desta planta em culturas de interesse agrícola. Dentre os quais, podemos citar:

A inibição por alelopatia de C. benghalensis, sobre a germinação de sementes de soja. A capacidade de C. benghalensis para servir como fonte de inóculo para o vírus da leprose dos citros.   Habilidade para servir como hospedeira intermediária de nematoides (Meloidogyne incognita).

Interferência causada pelas espécies C. benghalensis e C. erecta no desenvolvimento de mudas de café. Neste caso, a trapoeraba retardou o desenvolvimento do diâmetro do caule, número de folhas, altura e peso da biomassa seca aérea e radicular.

 

Trapoerabas em produção de sementes

Nas áreas destinadas a produção de sementes, especialmente, de pastagens como a Brachiaria spp., a trapoeraba se torna uma verdadeira dor de cabeça. Isto ocorre em função da semelhança entre as sementes de trapoeraba e as sementes de braquiária.

Durante o beneficiamento das sementes de Brachiaria spp. na UBS, os métodos convencionais que promovem a separação das sementes das impurezas não são eficientes para separar as sementes de braquiária das sementes de trapoeraba.

Por isso, quando o volume de contaminação das sementes de braquiária com trapoeraba é muito alto, os lotes destas sementes não podem ser comercializados.

Dessa forma, a melhor saída é manejar de forma definitiva estas plantas daninhas das lavouras, seja ela destinada a produção de sementes, de grãos, frutos etc.

 

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Manejo e controle da trapoeraba

Alguns trabalhos mostram que a trapoeraba é uma planta tolerante ao glifosato, principalmente quando este é usado com maior frequência. Essa limitação ocorre por limitações impostas na absorção e translocação do herbicida.

Assim, o emprego inadequado do glifosato para controlar a trapoeraba, em seus diferentes estádios fenológicos, pode promover gasto desnecessário (dose demasiadamente elevada nos estádios iniciais) ou mesmo resultar em baixa eficiência no controle (estádios mais avançados).

Com isso, o controle pode ser via herbicidas pós-emergentes e herbicidas pré-emergentes. Veja um exemplo do controle desta planta daninha nas culturas da soja e do milho.

 

Controle via herbicidas pós-emergentes

O controle eficiente desta planta daninha via uso de herbicidas em pós-emergência depende, sobretudo, do estádio de desenvolvimento das plantas-alvo.

A eficácia dos herbicidas é maior quando aplicados em plantas jovens, até 4 folhas. Assim que a planta se desenvolve mais o controle cai e podem ser necessárias aplicações sequenciais de diferentes herbicidas.

Outro ponto importante a ser considerado é a tecnologia de aplicação utilizada. Estas são plantas que têm menor capacidade de absorção, por isso devemos seguir os princípios básicos para uma aplicação eficiente.

Carfentrazone – Oferece ótimo controle em pós-emergência desta planta daninha, principalmente quando ela tem até 4 folhas, geralmente associado a outros herbicidas sistêmicos (ex: glifosato). 2,4 D – Quando em estádios iniciais (até 4 folhas), tende a ser eficiente no controle desta planta daninha.

 

Controle via herbicidas pré-emergentes

Além do controle via herbicidas pós-emergentes, há a possibilidade de uso de herbicidas com ação pré-emergente.

Flumioxazin: Esse é um herbicida com ação residual para controle de banco de sementes, sendo utilizado na primeira aplicação do manejo outonal associado a herbicidas sistêmicos (ex: glifosato ou 2,4 D).

Sulfentrazone: Também é um herbicida com ação residual para controle de banco de sementes. Esse herbicida é utilizado na primeira aplicação do manejo outonal associado a herbicidas sistêmicos (ex: glifosato e 2,4 D).

 

Controle da trapoeraba na pós-emergência das culturas de soja e milho

Na pós-emergência da soja, pode ser utilizado chlorimuron. Se a soja for RR, há a possibilidade de realizar aplicações sequenciais de glifosato.

Já para a pós-emergência do milho, pode-se usar a Atrazina, quando esta tem até 4 folhas. Quando a planta estiver com 2 a 6 folhas, pode-se aplicar o Nicosulfuron na pós-emergência do milho.

 

Conclusão

A trapoeraba possui cada vez mais importância em nossa agricultura. Sua interferência nas lavouras pode ser direta ou indireta, com ambas podendo comprometer a produtividade.

Por isso é preciso conhecer a fisiologia desta planta daninha para que possamos realizar um manejo e controle eficiente da sua presença em lavouras.

Neste controle, o estádio de aplicação e uso da correta tecnologia de aplicação são determinantes na eficiência de controle desta daninha. Em caso de dúvidas o ideal e consultar um profissional da área.

Escrito por Michelly Moraes.

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Conheça 9 pragas da soja e como combatê-las!

Conheça 9 pragas da soja e como combatê-las!

As pragas da soja são organismos que reduzem a produção das culturas, seja por atacá-las, por serem transmissores de doenças ou por reduzirem a qualidade dos produtos agrícolas. Neste post vamos abordar as principais pragas e como combatê-las em sua cultura.

Acompanhe, e não fique de fora!

 

Conheça 9 pragas da soja e como combatê-las!

 

A cultura da soja no Brasil é atacada por inúmeros insetos todos os anos, causando muitos prejuízos ao setor produtivo. O controle tardio e uso incorreto de produtos são a combinação perfeita para causar perdas ao bolso do produtor.

Durante o ciclo de cultivo da soja, muitas plantas daninhas, pragas e doenças podem afetar a produtividade das lavouras.

Mesmo no estádio reprodutivo de desenvolvimento, é preciso estar atento para a manutenção do potencial produtivo que foi obtido pela cultura desde sua emergência. Neste artigo vamos abordar as principais pragas da cultura da soja e como manejá-las.

 

As 9 principais pragas da soja

São inúmeras as pragas da soja que podem atacar as plantações que, se não forem controladas, podem resultar na perda total das lavouras. Saiba um pouco mais sobre as principais pragas que ocorrem com maior incidência:

  1. A lagarta da soja (Anticarsia gemmatallis)
  2. A lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda)
  3. Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)
  4. Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens)
  5. Mosca branca (Bemisia sp.)
  6. Percevejo castanho (Scaptocoris spp.)
  7. Bicudo-da-soja (Sternechus subsignatus)
  8. Ácaros verde (Mononychellus planki)
  9. Corós (Phyllophaga cuyabana)

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Lagarta da soja (Anticarsia gemmatallis)

A lagarta-da-soja é uma das pragas da soja de hábitos noturnos que, quando dia, fica em áreas sombreadas. Inicialmente as lagartas são de coloração verde-clara e possuem quatro pares de pernas no abdômen, sendo duas vestigiais.

Sua identificação é mais simples que a lagarta Helicoverpa. Conta com três linhas longitudinais claras no dorso. Em condições de pouco alimento ou altas infestações, torna-se de coloração mais escura. Fases em que ocorre o ataque a incidência é no início da cultura e floração

 

Danos

Os danos causados por essa praga são raspagens inicialmente em pequenas áreas das folhas. Quando as lagartas são maiores, alimentam-se da folha deixando grandes “buracos” ou mesmo se alimentando da folha inteira.

A desfolha pode chegar a 100% se a lagarta-da-soja não for monitorada e controlada corretamente. 

 

Controle

É importante monitorar constantemente. O controle deve ser feito quando houver, em média, 40 lagartas grandes por pano-de-batida.

Quando a desfolha atingir 30%, antes da floração, e 15%, assim que surgirem as primeiras flores, é preciso agir.

 

Lagarta do cartucho (Spodoptera frugiperda)

A lagarta-do-cartucho é uma espécie canibal e, por isso, geralmente são encontradas poucas lagartas por planta.

Sua coloração varia entre marrom, verde ou preta. Tem, na cabeça, uma listra que se inicia em Y invertido, que facilita muito a sua identificação.

Com um ciclo de vida completado em 30 dias e o número de ovos podendo variar de 100 a 200 por postura/fêmea (totalizando uma média de 1.500 a 2.000 ovos colocados por uma única fêmea).

 

Danos

Essa espécie penetra no colmo, criando galerias, e causa danos consumindo as folhas. Depois do segundo ou terceiro ínstar, começam a fazer buracos nas folhas, alimentando-se do cartucho e deixando uma grande quantidade de excrementos na planta.

 

Controle

O manejo da lagarta-do-cartucho deve iniciar com a dessecação da cultura de cobertura para a produção de palha no Sistema Plantio Direto (SPD). Se, durante o plantio for observada a presença de lagartas, deve ser realizada a aplicação de inseticidas para evitar redução do stand de plantas.

 

Lagarta-elasmo (Elasmopalpus lignosellus)

A lagarta-elasmo geralmente é cíclica, mas os surtos em soja têm sido frequentes, principalmente em solos arenosos e em anos com estiagem prolongada, na fase inicial das lavouras. O período de ataque começa logo após a germinação da soja, podendo estender-se por 30 a 40 dias.

Muitas vezes o inseto já está presente na área antes da instalação da cultura, sendo necessário ter conhecimento de possíveis infestações em lavouras vizinhas e levar em conta a ocorrência de período de estiagem prolongada.

 

Danos

Quando pequenas, as lagartas alimentam-se raspando o parênquima foliar. À medida que crescem, perfuram um orifício na planta ao nível do solo construindo aí uma galeria ascendente que vai aumentando de comprimento e largura com o crescimento da lagarta e o consumo de alimento.

 

Controle

 Os solos sob sistema de semeadura direta, por geralmente reter mais umidade, têm menores problemas com a praga. Áreas sem coberturas e que sofreram com fogo na entressafra tendem a apresentar maiores danos por favorecer o desenvolvimento das lagartas.

 

Lagarta-falsa-medideira (Chrysodeixis includens)

No Brasil, a espécie tem se tornado um sério problema fitossanitário na cultura da soja, com vários surtos ocorrendo isolados ou associados à lagarta-da-soja.

Seus ovos são globulares, medem cerca de 0,5 mm de diâmetro e apresentam coloração creme-clara logo após a oviposição e marrom-clara próximo à eclosão. O desenvolvimento embrionário se completa em torno de 2,5 dias.

 

Danos

As lagartas atacam as folhas, raspando-as enquanto são pequenas, ocasionando pequenas manchas claras; à medida que crescem, ficam vorazes e destroem completamente as folhas, podendo danificar até as hastes mais finas.

 

Controle

O controle químico desta lagarta quando ocorrendo só ou associada à lagarta-da-soja, deve ser feito quando forem encontradas, em média 40 lagartas grandes por pano de batida, ou se a desfolha atingir 30% até o final do florescimento, ou 15%, tão logo apareçam as primeiras flores. Recomenda-se o uso de produtos registrados para a cultura.

 

Mosca branca (Bemisia sp.)

mosca branca, Bemisia tabaci, apesar do nome comum de mosca, trata-se de um inseto sugador comum em diversas culturas.

Os adultos medem 0,8mm de comprimento e, aparentemente, são de coloração geral branca, mas apresentam asas brancas e corpo amarelo.

Sob condições climáticas favoráveis, seu ciclo de vida pode ser de duas a quatro semanas, podendo produzir até 15 gerações por ano.

 

Danos

Os insetos têm ação toxicogênica, sendo que os maiores prejuízos são devidos a transmissão de viroses. Para o feijoeiro é transmissor do vírus do mosaico dourado e do mosaico anão. São mais prejudiciais no período do florescimento.

 

Controle

Tratamento de sementes com inseticidas carbamatos sistêmicos ou sistêmico granulado no sulco de plantio ou, ainda, pulverizar com fosforados sistêmicos. Uso de armadilhas de cor amarela ajudam a diminuir número de adultos na área.

 

Tudo o que você precisa saber sobre a mosca branca (Bemisia tabaci)

 

Percevejo castanho (Scaptocoris spp.)

Percevejo-castanho-da-raiz (Scaptocoris castanea) é um inseto que apesar de ter ocorrência em todo Brasil, no entanto, tem causado frequentes danos a lavoura da região dos cerrados. Essa praga aparece devido ao período chuvoso.

Muitos produtores tem dificuldades de identificá-lo, pois o inseto se aprofunda no solo e no momento do plantio pode estar em profundidades superiores a 30cm.

É uma praga polífaga, isto é, pode atacar diversas culturas como sorgo, milho, soja, algodão e pastagens.

 

Danos

Seus danos são provocados por ninfas e adultos, que possuem hábito subterrâneo e fazem a sucção da seiva das raízes, causando atrofiamento das raízes e subdesenvolvimento das plantas.

 

Controle

O controle biológico com o fungo Metarhizium anisopliae apresenta bons resultados. O método cultural pode ser empregado para o manejo desse inseto, já que a aração e a gradagem pode expor os insetos aos predadores e causam o esmagamento das ninfas e adultos, sendo que a aração com arado de aiveca é o que apresenta maior eficiência no controle do percevejo castanho.

 

Bicudo-da-soja (Sternechus subsignatus)

O tamanduá ou bicudo da soja é considerado um inseto de difícil controle e vem ganhando importância pelos danos que tem causado às lavouras de vários municípios do Paraná, de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Tem ocorrido com maior intensidade, desde 1984, principalmente, onde é realizado o cultivo mínimo e a semeadura direta.

 

Danos

O adulto raspa o caule e desfia os tecidos no local do ataque. Quando a população é alta e ocorre na fase inicial da cultura, o dano é irreversível e as plantas morrem podendo haver perda total de parte da lavoura.

Quando o ataque acontece mais tarde e as larvas se desenvolvem na haste principal, formando galhas, a planta pode quebrar pela ação do vento e das chuvas.

 

Controle

A rotação de culturas é a técnica mais eficiente para o seu manejo, mas sempre associada a outras estratégias, como plantas-iscas e controle químico na bordadura da lavoura.

Resultados recentes de pesquisas têm mostrado reduzido percentual de plantas mortas e danificadas e maior produtividade, no final do período de rotação soja-milho-soja, quando comparado ao monocultivo de soja.

 

Ácaros verde (Mononychellus planki)

Os ácaros são importantes pragas em algodão, citros, feijão, hortaliças. Em soja ocorre, esporadicamente, em populações elevadas, causando danos a cultura da soja.

A disseminação do ácaro ocorre pelo vento. Sob da face inferior da condições adversas de alimentação e de ambiente, os ácaros se penduram por fios de teia e são levados pelas correntes de ar até outras plantas hospedeiras.

 

Danos

Esses insetos são encontrados na face inferior das folhas removendo o conteúdo citoplasmático das células através de seu estilete, comprometendo o desenvolvimento normal da planta.

 

Controle

Devem ser realizadas amostragens nos talhões em que, na safra anterior, foram observados ataques severos da praga e na entressafra.

A rotação de cultura (com por exemplo, milheto, Crotalaria juncea ou mucuna-preta), é uma boa opção de controle.

 

Corós (Phyllophaga cuyabana)

Os corós são larvas escarabeiformes (corpo recurvado em forma da letra “C”), de coloração geral branca, com cabeça e pernas (três pares) marrons.

As espécies rizófagas que ocorrem em milho podem atingir de 4 a 5 cm de comprimento quando em seu tamanho máximo.

Para a safrinha, em lavouras instalada em semeadura direta sobre a resteva da soja, os danos são mais acentuados. Em áreas anteriormente cultivadas com poáceas (gramíneas), a população do inseto geralmente é elevada.

 

Danos

Seus danos são decorrentes da destruição de plântulas, as quais são puxadas para dentro do solo ou secam e morrem pela falta de raízes, ou ainda originam plantas adultas pouco produtivas. O nível de dano para esse inseto ocorre a partir de 5 larvas.m-2.

 

Controle

Controle biológico através do uso de Beauveria bassiana Metarhizium anisopliae e parasitóides da ordem Diptera.

O preparo de solo com implementos de disco é uma alternativa de controle cultural da larva. Com essa prática, ocorre o efeito mecânico do implemento sobre as larvas que possuem corpo mole e são expostas a radiação solar e aos inimigos naturais, especialmente pássaros.

O controle químico pode ser utilizado via tratamento de sementes ou pela pulverização de inseticidas que sejam registrados para a cultura, no sulco de semeadura.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Vimos neste artigo as quatro principais pragas da soja que podem causar danos no momento do plantio como; corós, percevejos-castanhos-da-raiz, lagarta-elasmo entre outros.

Para todas elas é muito importante fazer o Manejo Integrado de Pragas (MIP). Fazer o monitoramento vai evitar gastos desnecessários com insumos.

Cada praga tem sua peculiaridade, mas, caso necessário, o tratamento de sementes vai contribuir muito para seus controles. Em caso de dificuldade no controle o recomendado é chamar um especialista da área.

Escrito por Michelly Moraes.

Pós-graduação Fitossanidade