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Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Especialistas da Emater e da Embrapa trabalham conscientização dos agricultores para diminuir uso de produtos químicos na produção.

Por G1 PR, Curitiba

Especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) têm visitado produtores de soja do Paraná, para divulgarem um plano de manejo de pragas.

Com a conscientização dos agricultores, segundo os agrônomos, o uso de agrotóxico nas lavouras do estado pode diminuir pela metade. Assista à reportagem.

Manejo Integrado de Pragas favorece boa produção da safra-safrinha de milho

Manejo Integrado de Pragas favorece boa produção da safra-safrinha de milho

Foto: Sandra Brito/ reprodução do site da Embrapa

Mais do que a escolha de uma boa semente, o manejo e o preparo da área de plantio de milho são fundamentais para obter bons resultados no sistema safra-safrinha de milho, explica o pesquisador da Embrapa Milho e Sorgo, Ivênio Rubens de Oliveira. Ivênio afirma que “sementes de alta tecnologia só funcionam com o manejo adequado, o que inclui o trato fitossanitário para o controle de pragas e doenças”.

O pesquisador adiciona que “o mau uso de agrotóxicos compromete o meio ambiente, a saúde do trabalhador e a segurança dos alimentos”. Ele recomenda o Manejo Integrado de Pragas (MIP) como solução. “Mais do que uma tecnologia, o MIP é uma filosofia”, indica o pesquisador. Trata-se de um sistema operacional ecológico agrícola, cujas práticas economicamente compatíveis visam à regulação de populações e pragas por meio da preservação e do aumento dos inimigos naturais.

Ivênio alerta que existem pragas que precisam ser controladas, assim como os insetos, quando se tornam praga devido ao uso de elementos químicos de forma desequilibrada. O MIP concilia controle cultural, biológico, comportamental, genético, das variáveis da propriedade e químico. Ou seja, é necessário conhecer bem as condições do ambiente, incluindo a taxonomia, que é o conhecimento das pragas que atacam ou podem beneficiar as culturas.

A partir do preparo para a implantação de um sistema de manejo integrado, a propriedade está pronta para o estabelecimento das estratégias, que consistem em: preservação e incremento da população de inimigos naturais, preservação e incremento da diversidade no agroecossistema, redução da suscetibilidade hospedeira e, finalmente, redução da infestação inicial de pragas.

Fonte: Embrapa Gado de Leite | Embrapa Milho e Sorgo | Embrapa Produtos e Mercado | Marcos Lopes La Falce

Embrapa e Mapa discutem ações para evitar a entrada de 20 pragas quarentenárias ausentes no Brasil

Embrapa e Mapa discutem ações para evitar a entrada de 20 pragas quarentenárias ausentes no Brasil

Reproduzido do site da Emprapa

São pragas consideradas prioritárias pelos danos que podem causar à economia do País, além da proximidade geográfica, entre outros fatores.

Especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) se reuniram na Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, DF, nos dias 16 e 17 de novembro de 2017 durante o workshop “Levantamento de demandas de pesquisa com pragas priorizadas” para discutir ações de pesquisa, transferência de tecnologia e comunicação para evitar a entrada no Brasil de 20 pragas quarentenárias consideradas prioritárias. Estas pragas foram listadas em conjunto entre as duas instituições em outubro de 2017 e são consideradas prioritárias pelos prejuízos econômicos que podem causar às culturas de milho, soja, mandioca, batata e arroz, além de várias frutas, caso entrem no País. É considerada também a proximidade das áreas onde ocorrem com as fronteiras brasileiras, entre outros fatores.

https://agropos.com.br/pos-graduacao-em-avancos-no-manejo-integrado-de-pragas/

Existem atualmente cerca de 500 pragas quarentenárias – entre fungos, insetos, bactérias, vírus, nematoides e plantas daninhas – oficialmente reconhecidas como ausentes no Brasil. A priorização é importante porque permite desenvolver um trabalho mais específico para evitar a entrada das pragas listadas. Caso não seja possível, auxilia também o País na adoção de medidas para sua erradicação e controle.

Participaram do Workshop além dos pesquisadores da Embrapa envolvidos com a gestão da pesquisa em pragas quarentenárias, representantes do Departamento de Sanidade Vegetal do MAPA e o pesquisador do Centro de cooperação internacional em pesquisa agronômica para o desenvolvimento (CIRAD/França), Michel Dollet, parceiro em projetos de pesquisa com pragas quarentenárias.

Durante o evento, foram discutidas diversas questões relacionadas às pragas quarentenárias, como por exemplo, metodologia e resultado da priorização; importância de monitoramento de cenários relacionados a sua ocorrência; instrumentos de cooperação científica da Embrapa e as demandas de pesquisa, transferência de tecnologia e comunicação para as 20 Pragas quarentenárias ausentes priorizadas para o Brasil. Foi relatado também um exemplo de pesquisa realizada com uma das pragas ausentes, o Amarelecimento Letal do Coqueiro.

Foram definidos ainda os temas e as linhas de demandas que serão levantadas para cada praga, as prioridades e dificuldades para cada linha de pesquisa, potenciais instituições parceiras, financiadores de projetos e especialistas.

Segundo o pesquisador da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Marcelo Lopes, durante o evento foi iniciado o levantamento de ações e demandas de pesquisa para algumas pragas, como o Amarelecimento Letal do Coqueiro, Brevipalpus chilensisDitylenchus destructor Boeremia foveata. Posteriormente ao evento, a Embrapa e o MAPA darão continuidade ao trabalho com as demais pragas listadas.

O levantamento de demandas para as pragas priorizadas é de fundamental importância para ações quarentenárias, além de servir de apoio à tomada de decisões pelo MAPA. Terminada esta etapa, o desafio será buscar especialistas e parceiros para proposição de projetos com foco nas pragas priorizadas.

Segundo Marcelo, o tema “pragas quarentenárias” tem aumentado de importância no mundo por duas razões: a primeira, pelo interesse mundial na expansão do comércio de produtos agrícolas que podem enfrentar obstáculos à exportação pelas barreiras fitossanitárias. A outra razão é a introdução de pragas com resistência a diversos métodos de controle, ocasionando impactos econômicos e ambientais significativos nos países. Para o pesquisador, “essas preocupações deixaram de ser exclusivas de agentes de defesa vegetal para se tornarem objetos de pesquisa para os cientistas”.

Saiba quais são as pragas prioritárias:

As 20 pragas quarentenárias ausentes prioritárias são (em ordem alfabética):

African Cassava Mosaic Virus – vírus (mandioca)
Anastrepha suspensa – inseto (goiaba)
Bactrocera dorsalis– inseto (frutíferas)
Boeremia foveata – fungo (batata)
Brevipalpus chilensis – ácaro (kiwi, videira)
Candidatus Phytoplasma palmae – fitoplasma (coqueiro)
Cirsium arvense – planta daninha (trigo, milho, aveia, soja)
Cydia pomonella – inseto (maçã)
Ditylenchus destructor – nematoide (milho, batata)
Fusarium oxysporum f.sp. cubense Raça 4 Tropical – fungo (banana)
Globodera rostochiensis – nematoide (batata)
Lobesia botrana – inseto (videira)
Moniliophthora roreri – fungo (cacau)
Pantoea stewartii – bactéria (milho)
Plum Pox Virus – vírus (pessegueiro, ameixeira)
Striga spp. – planta daninha (milho, caupi)
Tomato ringspot virus – vírus (frutíferas e tomate)
Toxotrypana curvicauda – inseto (mamão)
Xanthomonas oryzae pv. oryzae – bactéria (arroz)
Xylella fastidiosa subsp. fastidiosa – bactéria (videira)

Fonte: Fernanda Diniz | Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Identificada a primeira ocorrência de ferrugem da soja na safra 2017/18

Identificada a primeira ocorrência de ferrugem da soja na safra 2017/18

Foto: Rafael Soares | Reproduzido do site da Embrapa

Publicado originalmente pela Embrapa | 22/11/2017

A primeira ocorrência de ferrugem asiática em lavoura comercial da safra 2017/18 acaba de ser relatada pelo Consórcio Antiferrugem, em Itaberá (SP). A identificação foi realizada por pesquisadores da Fundação ABC em lavoura semeada em setembro (estádio R3), logo após o término do vazio sanitário. Comparando-se a safra atual com a safra 2016/17, houve um atraso na ocorrência da doença, já que na safra passada o primeiro relato da doença no Brasil foi em 11 de novembro (em estádio R2), em Taquarituba (SP).

https://agropos.com.br/pos-graduacao-em-avancos-no-manejo-integrado-de-pragas/

 

A lavoura de Itaberá (primeiro foco de ferrugem dessa safra) foi a primeira a ser semeada na região, por isso, a equipe da Fundação ABC monitorou a área desde a sua emergência, para servir de alerta para a região. “Apesar de terem sido observadas pústulas de ferrugem, a incidência na área é baixa”, ressalta o pesquisador da Fundação ABC, Alan Cordeiro Vaz. A região de Itaberá tem ainda soja perene (leguminosa perene usada em pastagens consorciadas) que também é hospedeira do fungo Phakopsora pachyrhizi. No entanto, o pesquisador explica que a severidade nessa espécie em 2017 foi baixa em razão do tempo seco observado no início da safra.

Nessa mesma região, no início do vazio sanitário, a quantidade de soja voluntária (guaxa) com ferrugem era alta, mas no final do vazio sanitário, os pesquisadores da Fundação ABC observaram redução significativa na quantidade de soja guaxa. “Essa redução deve ter sido favorecida pela ocorrência de geadas na região e, principalmente, pelo período seco, especialmente setembro”, destaca Vaz.

Nessa safra, houve atraso da semeadura da soja, em virtude da falta de chuvas, o que levará a soja a entrar em estádio reprodutivo na época onde as chuvas são mais regulares. “Por isso, os produtores devem estar alertas e intensificar o monitoramento nas primeiras áreas semeadas”, diz a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja. “Os produtores devem observar a eficiência dos fungicidas em ensaios recentes e os problemas de resistência ocorrido na última safra, principalmente na região sul do País. Além disso, devem fazer a rotação de fungicidas com princípios ativos diferentes e a adotar fungicidas multissítios no programa de controle”, ressalta.

Fonte: Embrapa Soja | Lebna Landgraf