Ciclo do besouro metálico é estudado por pesquiadores da Prefeitura de Belo Horizonte. (Foto: Daniel Alves/PBH/Divulgação)
Começa a ser desvendado o problema com o besouro metálico (Euchroma gigantea) que foi responsável por contaminar mais de 500 árvores no ano passado em Belo Horizonte. Uma pesquisa feita pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (SMMA) e Fundação de Parques Municipais e Zoobotânica (FPMZ) mostra que o ciclo do inseto, do ovo até o indivíduo adulto, pode durar mais de um ano e não cerca de 300 dias, como apontam estudos anteriores.
O besouro se alimenta do tronco e das raízes das árvores, principalmente as mungubas e paineiras, deixando-as ocas e com risco de cair em via pública. O inseto chega a ter 10 centímetros de comprimento, assim como suas larvas.
De acordo com a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH), a partir dos estudos sobre o ciclo do besouro metálico, será possível traçar estratégias para combater a praga.
A pesquisa começou em 2016. Mais de 70 besouros foram coletados para observação. Segundo a engenheira agrônoma e responsável pela pesquisa, Maria Aparecida Rocha Resende, a coleta foi necessária para descobrir se seria mais eficaz combater o inseto na fase adulta ou na fase larval.
Uma das descobertas foi que a fêmea do besouro quando se sente ameaçada pões todos os ovos de uma vez. Rapidamente, eles se aglutinam formando uma massa resistente, dura feito cimento.
Agora, o estudo ganhou reforço de cientistas da Universidade Federal de Alagoas (UFAL). O desafio é entender como os besouros metálicos se comunicam e copulam. Para isso, os feromônios, substâncias químicas que fazem com que os animais se atraiam, serão foco da pesquisa.
Os compostos exalados pelos besouros serão coletados e colocados em contato com os insetos por meio de solvetes para verificar qual será reação. Os pesquisadores também vão avaliar fungos e bactérias capazes de controlar a praga.
“Essa é uma etapa do processo de pesquisa do besouro, outras pesquisas também são necessárias. Queremos estudar um fungo ou bactéria para controlar o besouro, vamos pesquisar homeopatia pra acabar com o besouro, vamos tentar todas as alternativas para termos um resultado consistente”, concluiu Maria Aparecida.
A tecnologia é capaz de reconhecer por meio de visão computacional e aprendizado o terreno, plantas, folhas e os frutos.
Os primeiros testes estão sendo realizados em uma área de milho, além de outra de uva de vinho, ambas na região. Estas culturas foram escolhidas porque agregam valor.
O projeto que teve início há dois anos tem parceria da Embrapa Instrumentação, em São Carlos (SP), e da Unicamp. O apoio financeiro na casa dos R$ 200 mil é da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp).
De acordo com o líder do estudo, o pesquisador da Embrapa Thiago Teixeira Santos, a proposta é construir um robô com câmeras e escâner a laser que faça uma varredura na área escolhida, o mesmo sistema usado na indústria automobilística para os veículos autônomos.
“Já estamos importando as câmeras com RGB e os sensores a laser, como dos carros autônomos”, explica o líder da pesquisa.
Drone usado para avaliar plantas no campo pela Embrapa (Foto: Graziella Galinari)
Ainda segundo o pesquisador, a ideia é monitorar a lavoura com o uso de robôs com rodas e os drones.
Em certas culturas, o espaço entre um pé e outro é pequeno, o que pode dificultar o trabalho de um robô, por exemplo, sendo os drones mais viáveis neste casos.
Mas o desenvolvimento do sistema pode levar ainda a uma tecnologia embarcada nas máquinas agrícolas, que também podem em um futuro próximo realizar este mapeamento.
A demanda partiu da empresa de processamento Cepêra, instalada no município paulista de Monte Alto, e mobilizou – no período de 13 a 15 de maio último – pesquisadores da Embrapa Hortaliças (Brasília, DF) com o objetivo de diagnosticar os problemas fitossanitários das lavouras que vinham afetando a produção de tomate indústria na região.
No cenário encontrado pelas pesquisadoras Alice Quezado e Alice Nagata (fitopatologistas) e pelo pesquisador Miguel Michereff Filho (entomologista) foram observadas evidências preocupantes relacionadas à presença do vírus causador da doença vira-cabeça, que pode necrosar e matar as plantas do tomateiro em poucas semanas e que tem os tripes (insetos-praga) como vetor.
A proteção contra o vira-cabeça envolve mudanças nas formas de manejo, e que incluem o plantio longe das lavouras de amendoim, por exemplo, “uma difícil receita, tendo em vista a importância econômica da oleaginosa para a região”, conforme explica a pesquisadora Alice Nagata. Segundo ela, essas visitas “in loco” ajudam a traçar linhas de atuação mais precisas nos projetos de pesquisa.
“Por enquanto, a mosca-branca é o nosso principal foco, em termos de combate às pragas que ameaçam as lavouras de tomate no Brasil, e não podemos ficar no meio caminho sem apresentar resultados consistentes”, avalia Nagata. “Por outro lado, o tripes está batendo à nossa porta, então vamos ter que olhar também nessa direção”, acrescenta.
Além do vira-cabeça, todas as lavouras apresentavam sintomas de mancha bacteriana, favorecida pelos longos períodos de molhamento foliar que se observa na região em função do orvalho e da irrigação por pivô-central.
“Nessas condições, a doença pode levar a perdas na produção, sendo necessário o emprego de produtos de proteção fitossanitária para a sua contenção”, afirma a pesquisadora Alice Quezado. De acordo com a pesquisadora, pelo aspecto dos sintomas, com as lesões necróticas foliares associadas a perfurações é quase certo que a espécie Xanthomonas perforans esteja presente nas lavouras visitadas, o que será confirmado após testes laboratoriais.
—– Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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Ao longo da visita, foram apresentadas medidas de controle de pragas em geral, considerando a baixa eficiência de alguns produtos de proteção fitossanitária para o controle do tripes e a importância do manejo integrado de pragas, priorizando também o plantio de variedades com algum nível de resistência às doenças observadas.
Professor Acelino Alfenas, referência na área de fitopatologia, apresenta os procedimentos laboratoriais para a diagnose de doenças florestais de causa fúngica. Assista a uma videoaula gratuita!