(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br
A biodiversidade brasileira e a sua preservação!

A biodiversidade brasileira e a sua preservação!

A biodiversidade brasileira é assunto abordado no mundo inteiro, devido a sua riqueza de fauna e flora.

Para sua preservação e manutenção, se faz necessário ações do poder público para orientar, legislar e fiscalizar sobre o meio ambiente e como homem interfere nesse meio.

Por isso é preciso que haja um movimento de conscientização de toda a sociedade para que toda nossa riqueza de fauna e flora seja preservada e cada vez mais apreciada pelo mundo.

Vamos conhecer um pouco mais sobre o assunto?

 

A biodiversidade brasileira e a sua preservação!

 

O Brasil de riquezas

O Brasil, devido a sua dimensão continental apresenta uma variação muito grande vida. E o que implica em diferentes ecossistemas, colocando em destaque a biodiversidade brasileira. Onde é considerada com maior biodiversidade do mundo.

Estimativas da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) apontam que nosso país detém 20% da biodiversidade do planeta e 30% das florestas tropicais.

Nesse contexto, a biodiversidade brasileira é caracterizada através dos biomas que demarca e distingue uma região de outra. Através dos tipos de vegetação e seus organismos vivos.

Além disso, os distintos biomas e condições favoráveis de clima e solo, a vasta flora do Brasil. Tantas espécies conhecidas e que ainda não foram identificadas nos faz entender que a nossa biodiversidade é algo que ainda há muito o que se estudar.

 

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

 

Florestas plantadas e a conservação da biodiversidade brasileira

A indústria nacional de florestas plantadas tem dado importantes demonstrações de seu comprometimento para que o Brasil siga liderando esse ranking. Dedicando recursos a pesquisas que envolvam o levantamento, monitoramento e manejo da fauna e fitossociologia, restauração da flora e gestão da paisagem.

O setor está atento a estes dados valiosos e buscam conservar a natureza e suas riquezas.

Uma vez que, estudos desenvolvidos por empresas do setor traz dados relevantes. Havendo muitas razões para se comemorar que mais da metade das espécies registradas no Brasil foram encontradas nos registros das empresas florestais.

Os indicadores apontaram ainda para a existência de 161 espécies de anfíbios, 174 répteis, 241 mamíferos e uma rica flora de mais de 1570 espécies.

Além de suprir a demanda por produtos madeireiros, o setor florestal atua também na recomposição dos biomas, na implantação e manejo adequado de APPs e áreas de RL.

Vamos agora conhecer um pouco mais sobre os biomas brasileiros, confira!

 

Produtos Madeireiros e não Madeireiros: Conheça quais são e sua Importância.

 

Biomas brasileiros e sua biodiversidade

O Brasil é formado por uma fauna e flora muito diversificada e para melhor conhecimento sobre toda essa biodiversidade. De acordo com suas diferentes características e composições temos o que denominamos de biomas.

Cada um desses ambientes abriga uma diversidade enorme de vegetação e de fauna.

A biodiversidade presente nesses biomas está diretamente relacionada com a manutenção esse meio ambiente equilibrado do ponto de vista ecológico.

Para alcançar este objetivo, além da organização do poder público para orientar, legislar e fiscalizar as ações que possam impactar o meio ambiente. É preciso que haja um movimento de conscientização de toda a sociedade.

Nesse sentido, um trabalho interessante, é o das unidades de conservação que temos distribuídas por todo país. Essas são áreas, com características naturais relevantes, criadas e protegidas pelo poder público com objetivos de conservação. Podendo ser na esfera municipal, estadual e federal.

Porém, é comum vermos espécies da fauna e flora exóticas invasoras em nossos biomas. Elas levam essa denominação por não serem próprias da área. Como vimos acima sobre a abordagem das florestas plantadas, onde, muitas das vezes utilizam de espécies exóticas para esse povoamento arbóreo.

Vejamos a seguir a caracterização de cada bioma e como eles contribuem com a biodiversidade brasileira.

 

Bioma Mata Atlântica

A floresta da Mata Atlântica é reconhecida como uma floresta tropical. Que se encontra associada aos ecossistemas costeiros de mangues, restingas e às florestas com Araucária no planalto do Paraná, Santa Catarina e do Rio Grande do Sul.

Por isso, o bioma Mata Atlântica é formado por um mosaico de ecossistemas. Com estruturas e composições bastante diferenciadas, acompanhando a diversidade dos solos, relevos e características climáticas.

Uma característica comum em toda sua vasta extensão é a exposição aos ventos úmidos que sopram do Oceano Atlântico.

Como a formação florestal é marcada por sua fisionomia alta e densa, com estratificação vertical. Geralmente a vegetação dos estratos inferiores vive em um ambiente úmido e menos iluminado.

Entretanto, essa cobertura florestal que abrangia uma área superior a 1.360 milhões km², encontra-se reduzida a menos de 8% de sua área original. Ainda assim, tem apenas 0,69% de áreas especialmente protegidas.

Este bioma abriga a grande maioria dos animais e plantas ameaçados de extinção do Brasil e apresenta um grande número de espécies endêmicas.

 

Bioma Mata Atlântica

 

Bioma Caatinga

O bioma Caatinga, que na língua indígena tupi-guarani quer dizer “Mata Branca”, está localizado na Região Nordeste brasileira. Correspondendo a parte da superfície dos Estados do Maranhão, Piauí, Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba, Pernambuco, Alagoas, Sergipe, Bahia e Minas Gerais.

Segundo apontamentos feitos no Seminários Biodiversidade da Caatinga, a área aproximada do bioma abrange cerca de 735 mil km² (10% do território brasileiro) é o único totalmente brasileiro. Sendo um dos biomas mais degradados pelo homem.

A expressão bioma Caatinga é um termo abrangente para caracterização das diversas fisionomias da região semi-árida do Nordeste brasileiro. Porém ainda é pouco conhecido apesar de ser mais diversa em espécies endêmicas.

 

Bioma Caatinga

 

Bioma Cerrado

O bioma Cerrado está localizado no Planalto Central do Brasil e é o segundo maior do país em área, ocupando 24% do território nacional, superado apenas pela Floresta Amazônica.

A vegetação do bioma Cerrado apresenta formações florestais (Mata ciliar, Mata de Galeria, Mata Seca e Cerradão), savânicas (Cerrado sensu strictu, Parque de Cerrado, Palmeiral e Vereda) e campestres (Campo Sujo, Campo Rupestre e Campo Limpo).

As formações florestais do Cerrado apresentam predominância de árvores e arbustos. Com formação de dossel, enquanto as formações savânicas se caracterizam pela presença dos estratos arbóreo e arbustivo-herbáceo.

 

Bioma Cerrado

 

Bioma Pantanal

O Pantanal Matogrossense constitui um tipo de ambiente de transição que liga o Cerrado, no Brasil Central, o Chaco, na Bolívia, e a Região Amazônica. Ao norte, correspondendo, aproximadamente, à Bacia do Alto Paraguai.

No planalto e nas terras altas da bacia, predominam formações vegetais abertas. Tais como campos limpos, campos sujos, cerrados e cerradões, vinculados, principalmente, ao tipo de solo e fatores climáticos.

Encontram-se também, florestas úmidas, como extensão ou contato com o ecossistema amazônico.

A planície inundável que forma o Pantanal propriamente dito constitui uma das áreas úmidas de maior importância na América do Sul.

Esses ambientes, que atuam como grandes reservatórios de água, apresentam regime de inundação periódica. Que determina uma alta produtividade biológica e grande diversidade de fauna.

 

bioma Pantanal

 

Bioma Amazônia

A Amazônia possui 4,2 milhões de Km². É reconhecida nacional e internacional por sua rica biodiversidade.

Com a posição de maior floresta tropical remanescente do mundo, representando cerca de 40% das florestas tropicais do planeta.

Em termos de abrangência territorial, ultrapassa as fronteiras brasileiras, envolvendo países vizinhos como Bolívia, Colômbia, Equador, Guiana, Guiana Francesa, Peru, Suriname e Venezuela.

Apenas no território brasileiro, abrange os Estados do Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima, Maranhão, Tocantins e Mato Grosso.

Estudos revelam que esse bioma existe, mais de 600 tipos e habitat, tanto terrestre como de água doce.

 

Bioma Amazônia

 

Bioma Pampa

Os Campos da Região Sul do Brasil são denominados como “pampa”, termo de origem indígena para “região plana”.

O bioma pampa também conhecido como Campos do Sul ou Campos Sulinos, existe no Brasil, apenas no estado do Rio Grande do Sul, ocupando 63% do território gaúcho. Está presente também em territórios da Argentina e Uruguai.

 

Bioma Pampa

 

Bioma Costeiro

Por último, o bioma costeiro, ele é formado por vários ecossistemas que compõem o litoral brasileiro.

São eles, manguezais, restingas, dunas, praias, ilhas, costões rochosos, baías, brejos e recifes de corais, entre outros.

Dessa forma, por abranger toda a costa brasileira, há uma variação nas suas características muito grande. Uma vez que, espécies de animais, vegetais e os aspectos físicos são diferentes em cada um de seus ecossistemas.

 

Bioma Costeiro

 

Conservação da biodiversidade: dever de todos

Vimos nesse artigo como a biodiversidade brasileira é ampla e como cada bioma participa de um todo orquestrado pela fauna e flora que o compõe.

 

Plataforma Agropós

 

Muitas das nossa atitudes contribuem para a manutenção da biodiversidade. Como o mal uso dos recursos naturais podem degradar meio ambiente extinguindo vidas, cada vez mais raras. Somos todos corresponsáveis!

Por isso a importância sobre a abordagem do assunto e te convido a conhecer mais, ler mais. Já imaginou você conhecendo mais de mil espécies de arvores e animais da nossa flora e fauna? Fique rico de conhecimento, assim como é rica a nossa biodiversidade.

Escrito por Juliana Medina.

Geoprocessamento e Licenciamento Ambiental

Sistemas integrados garantem produção sustentável na Caatinga

Sistemas integrados garantem produção sustentável na Caatinga

Em Ibaretama (CE), o sistema ILPF garante reserva de alimento para rebanho

Além de aumentar renda do produtor, sistemas integrados podem combater desertificação no semiárido

Produtores do Semiárido encontraram no sistema Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) e nos sistemas agroflorestais um jeito eficiente de diversificar as atividades de suas propriedades. Com isso, conseguiram aumentar o faturamento da atividade, sem impactar o meio ambiente, adotando manejo mais sustentável. Com a ILPF é possível ainda recuperar áreas degradadas e combater a desertificação.

Na comunidade Sítio Areias, em Sobral (CE), desde 2012 alguns produtores já experimentam com sucesso a prática de sistemas de produção agroflorestais, com a criação de bovinos, caprinos, ovinos e suínos; a lavoura de milho e feijão; a produção agrícola de verduras e ervas medicinais.

Madeira garante renda na seca
Segundo o zootecnista Rafael Tonucci, pesquisador da área de Forragicultura e Pastagens da Embrapa Caprinos e Ovinos (CE) o sistema permite integrar a produção vegetal, animal e florestal na propriedade. Em anos de seca muito intensa, quando a lavoura produz pouco é possível obter renda com o corte e comercialização da madeira.

Na região de Sobral, a Embrapa desenvolve experimentos em áreas pequenas, com menos de dois hectares, combinando o cultivo de espécies de mata nativa com culturas agrícolas e gramíneas para formação de pasto, possibilitando a diversificação da produção.

“São exemplos de como o sistema ILPF pode ser viável no âmbito da agricultura familiar”, diz Tonucci. Em Ibaretama, município do Sertão Central do Ceará, por exemplo, em duas áreas de um hectare cada, foi registrada uma produção de 25 a 30 toneladas de matéria verde, suficiente para garantir alimento para o rebanho (silagem) para um período de dois anos. “Para isso, foi preciso apenas conhecer os princípios desses sistemas e adequá-los à realidade daquele local”, enfatiza o pesquisador.

Alguns agricultores estão obtendo produtividades maiores em suas lavouras mudando apenas uma prática baseada no uso do fogo para uma produção ambientalmente sustentável. “No meu quintal tudo dá. Já colhi abacaxi, verdura, tomate, pimentão. E já doei sacolas de verduras para a escola da cidade”, conta a agricultora Regina de Sousa.

http://materiais.agropos.com.br/webinar-recuperacao-de-areas-degradadas

ILPF recupera solos degradados
No experimento em Ibaretama, estão sendo usadas duas áreas cedidas por um produtor rural. Em uma delas, de 1,5 hectare, foram plantadas linhas de sabiá (árvore da Caatinga) para composição de floresta, além de feijão caupi, milheto, sorgo e girassol. Os resultados do plantio foram usados de forma diversificada: o feijão foi aproveitado para colheita, sorgo e girassol foram usados para silagem aos animais, o milheto serviu para compor a cobertura vegetal do solo (condição importante em áreas de solos menos férteis).

“Em uma área de solo pobre, onde não se produzia nada, conseguimos plantar floresta com sucesso, usando essas técnicas para recuperação de solo degradado, e já temos forragem disponibilizada para os animais na estação seca”, explica Rafael Tonucci. Em outra área, de um hectare, além do sorgo e milheto, foram introduzidas plantas leguminosas (leucena e gliricídea), entre outras espécies nativas, e também o capim Massai, na expectativa de compor pasto para os animais nos próximos anos.

Sistemas em base comunitária
Outra prática adotada por produtores da região é a de adequação dos sistemas de produção locais a uma perspectiva de base agroecológica, o chamado redesenho para compor sistemas agroflorestais. Na comunidade Sítio Areias, em Sobral, a Embrapa incentivou este trabalho em base comunitária: os produtores locais integram suas áreas de criação de animais para produção e lavoura às áreas de uso sustentável da caatinga nativa, inclusive com o intercâmbio de forragem ou esterco entre os agricultores.

Segundo o zootecnista Éden Fernandes, analista da Área de Transferência de Tecnologia da Embrapa Caprinos e Ovinos, estas trocas são outro benefício para comunidades de agricultores familiares. “O produtor que optou por um componente mais agrícola acaba cedendo a forragem para outro produtor que já tem um sistema de natureza pastoril. “Ele colhe o milho por exemplo, para sua alimentação e cede a palhada como forragem para outro agricultor que cria caprinos ou bovinos. Esse outro produtor também faz a partilha, devolvendo leite produzido em sua propriedade”, detalha.

Busca da sustentabilidade
Uma das perspectivas das pesquisas em sistemas de produção integrados no semiárido brasileiro é contribuir para a sustentabilidade da produção agropecuária, em seus diversos aspectos. “As vantagens deste tipo de sistema para aquela região são de natureza biológica e socioeconômica. Biológica porque tem componentes diferentes no sistema, explorando luz, água e nutrientes, além da conservação do solo e da água. Nas questões socioeconômicas, temos a oportunidade do retorno de renda e a diversificação dos bens e serviços gerados”, destaca Fernandes.

Em sistemas dessa natureza, há diversas possibilidades para uso das árvores, desde sua utilização como um fator contribuinte para preservação do solo e como sombra para o bem-estar dos animais até a exploração da madeira de algumas espécies para incremento da renda dos agricultores.

“No Semiárido, é possível manter sempre a cobertura vegetal, mantendo assim, um pouco de água no solo. Além disso, as árvores também servem de barreira para um outro problema sério nesta região: a erosão eólica (provocada pelos ventos)”, acrescenta o pesquisador Rafael Tonucci.

Outra perspectiva é de que os experimentos mostrem a viabilidade de um arranjo espacial que, ao combinar lavoura, pecuária e florestas, otimizando e intensificando o uso das áreas produtivas, permita a futura introdução de máquinas agrícolas.

https://materiais.agropos.com.br/checklist-software-agricola

Sistemas de produção integrados 
Os sistemas de integração envolvem a produção de grãos, fibras, madeira, energia, leite ou carne na mesma área, em plantios em rotação, consorciação ou sucessão. O sistema funciona basicamente com o plantio, durante o verão, de culturas agrícolas anuais (arroz, feijão, milho, soja ou sorgo) e de árvores, associado a espécies forrageiras (braquiária ou panicum). Existem várias possibilidades de combinação entre os componentes agrícola, pecuário e florestal, considerando espaço e tempo disponível, resultando em diferentes sistemas integrados, como lavoura-pecuária-floresta (ILPF), lavoura-pecuária (ILP), silvipastoril (SSP) ou agroflorestais (SAF).

Adoção de ILPF no Nordeste brasileiro
Uma pesquisa realizada em 2016 pela empresa Kleffman Group, por solicitação da Rede ILPF [parceria público-privada formada por Embrapa, Cocamar, Bradesco, John Deere, Soesp e Syngenta, com objetivo de acelerar adoção das tecnologias de integração no país] apresentou alguns dados sobre a realidade dos sistemas de integração na região Nordeste. Dos 493 produtores rurais entrevistados (com bovinocultura como atividade predominante), 60% já conhece o conceito de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta, embora a adoção do sistema na região ainda seja de 41% – alguns dos estados apresentam índices de adoção acima dessa média, como é o caso de Alagoas (51%) e Sergipe (44%).

Um fator positivo mostrado neste levantamento é que entre os produtores entrevistados que já adotam sistemas ILPF, 78% dizem estar satisfeitos ou muito satisfeitos. Os maiores índices de aprovação estão no Rio Grande do Norte (89%), Bahia (87%) e Ceará (85%). Entre aqueles que já adotam este tipo de sistema ou pretende adotar no futuro, as motivações apontadas com maior frequência pela pesquisa são: promover recuperação de pastagens, reduzir o impacto ambiental e fazer rotação de culturas agrícolas.

 

Por Embrapa.