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Broca do café: aprenda como controlar para aumentar a produtividade!

Broca do café: aprenda como controlar para aumentar a produtividade!

A broca do café é considerada uma das pragas de maior impacto econômico para cafeicultura brasileira.

Algumas medidas simples podem ser adotadas pelo produtor para evitar prejuízos e impactos negativos na qualidade do café.

Vamos agora conhecer melhor essa praga e quais medidas podem ser tomadas para seu controle, evitando a queda da produtividade da sua lavoura.

 

Broca do café: aprenda como controlar para aumentar a produtividade!

 

O que é a broca do café?

A broca do café (Hypothenemus hampei) é um besouro, as fêmeas adultas medem aproximadamente 1,7mm de comprimento e 0,7mm de largura, são elas que atacam a coroa do fruto, perfuram os grãos e ali depositam seus ovos.

As larvas que nascem desses ovos se alimentam dos grãos do café, o que os danifica ou destrói completamente.

Essa praga tem sua origem na África, assim como o cultivo do café, sendo observada aqui no Brasil pela primeira vez em 1913 no estado de São Paulo.

Sua disseminação pela regiões cafeeiras do país se deu de maneira bem acelerada se tornando uma das principais pragas que acomete o lavoura de café.

 

Pós-graduação Fitossanidade

 

Broca do café: prejuízos na produção

De acordo com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), as perdas em peso podem chegar a 20% em momentos de alta infestação.

Assim como, havendo também, perda na qualidade devido ao aumento do número de grãos brocados, o que deprecia o produto durante a classificação física.

Essa praga é considerada importante, uma vez que ela ataca os frutos em qualquer estágio de maturação, inclusive grão já seco, causando grandes prejuízos na produtividade da lavoura.

 

Comportamento da broca do café

Primeiramente, a broca sobrevive e se multiplica entre uma safra para outra, nos frutos que ficam na planta ou no solo.

Os machos da broca sobrevivem dentro dos frutos, tendo a função de apenas de fecundar as fêmeas. As fêmeas vivem em torno de 156 dias e ao serem fecundadas saem em busca dos frutos para colocar seus ovos.

 Porém, os frutos na fase que apresentam em torno de 86% de umidade não apresentam condições favoráveis para o desenvolvimento de suas larvas, pois as sementes encontram-se com elevada umidade.

Dessa forma, a fêmea apenas realiza uma marcação nos frutos e após 50 dias quando as condições já estão favoráveis para o desenvolvimento das larvas, as brocas voltam nesse mesmo fruto e realizam a postura.

 

Como monitorar broca do café

Para que o controle da broca seja eficiente, ele deve ser iniciado na época correta, devem ser efetuadas amostragens periódicas dos frutos, nos diversos talhões da lavoura, começando pelas partes mais baixas e úmidas.

Nesse sentido, é recomendável que o monitoramento da broca seja iniciado entre novembro a janeiro, aproximadamente três meses após a grande florada (outubro), quando forem observados nas rosetas os primeiros frutos broqueados.

Esse acompanhamento deve ser realizado até o mês de abril.

O monitoramento da broca pode ser feito por meio da contagem de frutos ou utilizando armadilhas.

É realizada a contagem dos frutos pela avaliação de 20 plantas/hectare, em “zigue-zague”, como demonstrado na figura abaixo.

 

Como monitorar broca-do-café

Fonte: Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA)

 

Ao avaliar as plantas, deve-se coletar uma amostra de 100 frutos/planta e realizar a contagem dos grãos brocados e não brocados.

Já no monitoramento por armadilha, deve-se utilizar 1 armadilha/hectare com cairomônio (semioquímicos envolvidos nas interações interespecíficas dos insetos).

O controle será adotado se caso o percentual de frutos brocados exceda a 3%, para o método de contagem.

Já para o método de amostragem por armadilha, ele será feito caso seja verificada uma média de insetos adultos/armadilha superior a 100.

 

Condições que favorecem a praga

A ocorrência de chuva no inverno, os cultivos adensados, baixa incidência de luz e pouco arejamento são condições que favorecem o desenvolvimento dessa praga.

Qualquer manejo que visa à alteração dessas condições será benéfico no controle da broca do café.

Por isso que é de suma importância o conhecimento de um controle eficiente da praga. Agora veremos como realizar esse controle na sua lavoura de café.

 

Controle da broca do café

Atualmente, para o controle da broca do café, o mais utilizado é o controle químico, porém não tem apresentado boa eficiência e vem causando problemas de resistência e desequilíbrio do meio ambiente.

Por isso, a utilização do manejo integrado de pragas (MIP) se torna mais eficiente. Essa é uma estratégia de controle múltiplo que se fundamenta no monitoramento das populações para tomada de decisão adequada.

Dessa forma, a utilização do controle biológico, cultural e químico torna-se uma ferramenta eficaz no controle de pragas nas lavouras cafeeiras.

Vejamos cada uma das maneiras de controle da broca do café separadamente.

 

Manejo Integrado de Plantas Daninhas

 

Controle biológico

O controle biológico é um método de combater pragas agrícolas através da utilização de seus inimigos naturais, que podem ser insetos predadores, parasitoides e microrganismos (fungos, bactérias ou vírus).

Os fungos entomopatogênicos são agentes de controle de inúmeras pragas, como a broca do café.

Dentre os diferentes agentes de controle natural da broca está o fungo Beauveria bassiana, existem vários estudos descrevendo a eficiência desse fungo no combate da broca em campo.

Logo, uma imagem demonstra como o fungo infecta a broca do café.

 

Controle químico convencional

Como o ataque da broca não se distribui uniformemente, recomenda-se o controle apenas para os talhões em que a infestação da praga já tenha atingido 3 a 5%.

Agindo dessa forma, evitam-se gastos desnecessários com mão de obra e inseticida, como também, tem-se uma diminuição dos problemas relacionados ao uso do produto.

Mesmo após a aplicação do inseticida, o monitoramento deve continuar, e quando a infestação alcançar o nível de controle, pulverizar novamente, respeitando o período de carência do produto usado.

Para a execução do controle químico se deve obedecer alguns cuidados, são eles:

  • Usar equipamento de proteção individual (EPI);
  • Utilizar produtos registrados no MAPA;
  • Fazer rotação de princípio ativo;
  • Respeitar a dose recomendada e período de carência.

 

Controle cultural

Considerado o mais eficiente método de controle da broca do café, o controle cultural realizado de forma adequada, consegue alcançar resultado bastante positivo no controle da praga.

Onde podemos destacar as seguintes formas de manejo:

  1. Plantio do cafeeiro em espaçamentos que permitam maior arejamento e penetração de luz, condições essas que são desfavoráveis à praga, além de permitir a circulação de pulverizadores acoplados a tratores.
  2. Eliminação de cafezais velhos e abandonados, nos quais a broca encontra abrigo e se multiplica livremente.
  3. A colheita deve ser sempre iniciada nos talhões que apresentem os cafeeiros mais infestados, a fim de que sejam evitados maiores prejuízos.
  4. Por fim, deve ser realizada de uma colheita bem feita, evitando que fiquem frutos nas plantas e no chão, em que a broca poderá sobreviver na entressafra.

Contudo, deve ser realizado um repasse na lavoura, se necessário, para evitar a sobrevivência dessa praga e que passe para os frutos novos da próxima safra.

 

Controle comportamental

Esse controle se dá por meio de armadilhas alternativas, podendo ser construídas com garrafas pet.

A substância que atrai os insetos pode ser feita com a mistura de 1:3 de etanol e metanol, acrescida de 1% de ácido benzoico.

Para o controle eficiente recomenda-se a utilização de 30 armadilhas por hectare. A substância atraente deve ser substituída a cada duas semanas.

Portanto, esse tipo de controle é mais eficaz a sua utilização em propriedades menores.

 

Plataforma Agropós

 

Importância do controle da broca do café

Nós vimos nesse artigo que a broca do café é considerada uma das pragas de maior impacto econômico para cafeicultura brasileira e de como é importante o manejo adequado da lavoura.

Atualmente, estudos relatam que a maneira mais eficaz de manter a praga da broca do café sob baixa incidência é a utilização de manejo integrado de pragas (MIP), ou seja, estratégia de controle múltiplo que se fundamenta no monitoramento das populações para tomada de decisão adequada.

Dessa forma, espero ter contribuído para aprimorar os resultados no manejo do sua lavoura, assim, conquistando resultados incríveis de produtividade e de qualidade do seu café.

Deixo abaixo um vídeo produzido pelo Sistema FAEMG com as principais informações sobre a broca do café que provoca perdas na produção cafeeira. Assista!

Escrito por Juliana Martins Medina.

Pós-graduação Fitossanidade

Conheça empresas que faturam alto criando insetos para a “guerra agrícola”

Conheça empresas que faturam alto criando insetos para a “guerra agrícola”

Conheça empresas que faturam alto criando insetos para a “guerra agrícola”

Impulsionado pela adoção de novas tecnologias, o segmento de controle biológico de pragas cresce 15% ao ano no país. Empresas usam até drones para espalhar minivespas e ácaros sobre as lavouras

Abelha: inseto ajuda setor de agronegócios (Foto: Reprodução)

Por Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Nuvens de insetos sobrevoando plantações costumam significar tempos difíceis para produtores agrícolas. A não ser quando esses mesmos insetos são liberados por aviões para exterminar pragas em lavouras. Conhecida como controle biológico aplicado, a técnica tem crescido exponencialmente no Brasil. “A demanda por alimentos com menos resíduos químicos é a principal razão para a popularização do segmento”, afirma a engenheira agrônoma Amália Borsari.

Atualmente, existem cerca de 50 empresas que oferecem esse tipo de serviço no país. Entre elas, está a BUG. Fundada em 2005, a startup paulista possui uma carteira composta por mais de 300 clientes — a maioria deles agricultores de cana-de-­açúcar. “Comecei a estudar o segmento enquanto fazia um mestrado em entomologia. Percebi que o mercado apresentava grande potencial comercial e ainda era pouco explorado por aqui”, afirma o sócio Diogo Carvalho, 47 anos. A startup deve fechar 2017 com um faturamento de R$ 18 milhões.


Baseadas no uso de insetos e ácaros que se alimentam de ovos e larvas de pragas, soluções de empresas como a BUG vêm sendo adotadas em conjunto com agrotóxicos. O objetivo é reduzir o uso de produtos químicos e os seus impactos sobre o solo e os lençóis freáticos, além de melhorar o grau de salubridade para agricultores e consumidores.

Conheça as técnicas para reduzir o uso de defensivos e aumentar a produção com a pós-graduação a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais.

Em tempos de incerteza econômica, a diminuição de custos (agentes biológicos exigem menos aplicações do que defensivos tradicionais) é outra característica que tem ajudado a impulsionar o crescimento do setor.

Segundo Mateus Mondin, gestor da incubadora ESALQTec, especializada em tecnologias para o agronegócio, a popularização dos drones deve dar ainda mais fôlego para empresas da área. “Estamos alterando uma cultura de uso de veneno construída ao longo de cinco décadas. O aprimoramento e o acesso a novas tecnologias tende a derrubar custos e ajudar o mercado de agentes biológicos a crescer ainda mais rapidamente”, afirma Mondin.

Três empresas de controle biológico

Promip
Fundada em 2006 pelos engenheiros agrônomos Marcelo Poletti e Roberto Konno, a empresa paulista aposta em microvespas e ácaros para combater pragas em plantações de tomate, milho e hortaliças. Em 2014, recebeu um investimento de R$ 4 milhões do FIP (Fundo de Inovação Paulista ).

Stoller
A empresa americana opera no mercado brasileiro desde a década de 1970. No ano passado, a Stoller adquiriu a Rizoflora Biotecnologia, startup mineira especializada no controle natural de nematoides (parasitas de formato cilíndrico que atacam as raízes de plantas).

Gênica
Spin-off da FertiAgro, produtora goiana de fertilizantes especiais. A empresa é sediada em Rondonópolis e comercializa sete tipos de produtos.Compostos por fungos e bactérias, seus agentes combatem pragas que atacam lavouras de grãos (soja, milho e algodão).

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Tecnologias para auxiliar no controle dos efeitos nocivos da broca-do-café

Tecnologias para auxiliar no controle dos efeitos nocivos da broca-do-café

Tecnologias para auxiliar no controle dos efeitos nocivos da broca-do-café

Adoção de boas práticas agrícolas e de gestão da propriedade rural também são fundamentais para o controle do Hypothenemus hampei

Florada de café | Foto: Kátia Braga / reprodução do site da Embrapa

A broca-do-café (Hypothenemus hampei) foi identificada no Brasil em 1922, quando o café constituía a principal fonte de receita das exportações brasileiras. Nesse ano, um produtor rural notificou o Instituto Agronômico – IAC, do Estado de São Paulo, sobre a ocorrência da praga em seus cafeeiros. Em 1924, a gravidade da situação dos cafezais de São Paulo levou o governo estadual a instituir uma comissão científica para promover uma campanha de combate e controle da broca-do-café (1924-1929). A despeito desse esforço, a partir da década de 60, a broca-do-café tornou-se uma das principais pragas e está presente ainda hoje nas lavouras de cafés em várias regiões produtoras.

A broca-do-café é um pequeno besouro (coleóptero) de cor escura brilhante, cuja fêmea quando fecundada perfura o fruto do café, normalmente na região da coroa do fruto, na qual faz uma galeria no seu interior para postura de ovos, dos quais surgem as larvas que se alimentam das sementes (grãos de café). Os principais danos causados pela praga, em geral, são a queda prematura dos frutos nos estádios de chumbinho a verde aquoso, o que prejudica a produção de sementes, e ainda reduz o peso dos grãos e diminui substancialmente o rendimento das lavouras.

Evoluindo no tempo, com a expansão da cafeicultura para outras regiões do País, a incidência da praga aumentou devido a práticas como o cultivo de cafezais mais adensados ou sombreados e uso da irrigação, o que propicia a praga sobreviver durante a entressafra no interior dos frutos úmidos remanescentes da colheita e, também, nos frutos que permanecem nas plantas e sobre o solo. Outro fator que tem contribuído para o ataque dessa praga é a ausência de defensivos mais eficientes para o seu controle. Informações sobre ingredientes ativos e produtos existentes podem ser consultadas no Portal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, no Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários (AGROFIT).

Em síntese, medidas recomendadas para controle do Hypothenemus hampei baseiam-se principalmente na adoção de práticas que visam a redução das condições favoráveis à proliferação do inseto, tais como: colheita bem-feita; derriça de todos os frutos da planta, se possível com repasse; podas, quando necessárias; redução de áreas de sombra; e eliminação de lavouras com café abandonadas. Além disso, a condição de lavouras abertas, arejadas, com boa penetração de luz diminui a umidade interna na lavoura, reduzindo as condições favoráveis à proliferação da broca.

No âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, instituições de pesquisa, ensino e extensão possuem um conjunto de publicações e recomendações técnicas que podem auxiliar os produtores de café a controlarem e mitigarem os efeitos dessa praga nas diferentes regiões produtoras de café do País. Tais publicações estão disponíveis na íntegra no site do Observatório do Café. A seguir apresentamos um sumário de cada uma delas para estimular os interessados as lerem e acessarem cada artigo técnico-científico postado na íntegra.

EPAMIG – Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – A publicação Controle alternativo de pragas do cafeeiro apresenta as principais características de produtos alternativos, como a calda sulfocálcica e extratos de semente de nim que, ao serem aplicados nas lavouras, conforme as recomendações técnicas dessa publicação, têm-se destacado no controle da broca, cuja eficiência foi comprovada e apresentada em trabalhos de pesquisa realizados em laboratório e em campo. Além disso, a simplicidade de uso desses produtos, o custo reduzido, e por serem aceitos pela maioria das certificadoras de café orgânico, podem também ser utilizados no controle alternativo dessa praga.

EPAMIG – Outro artigo objeto de divulgação, intitulado Cafeicultor: saiba como monitorar e controlar a broca-do-café com eficiência, apresenta uma planilha na qual deverá ser anotada a incidência do inseto em 6 pontos de 30 plantas por talhão (preferencialmente, talhões de 5 a 6 ha), que  foram estrategicamente definidos na metodologia utilizada na pesquisa, de tal maneira que essas anotações possibilitam a avaliação do percentual de infestação da praga, que, se estiver em nível considerado crítico, segundo os padrões técnicos da pesquisa, os cafeicultores deverão implementar medidas para o manejo e controle da broca.

EMATER – MG – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais – O folheto constante da Série Tecnológica Cafeicultura Controle Alternativo da Broca do Cafeeiro apresenta uma armadilha desenvolvida pelo Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR que visa promover o controle da broca do cafeeiro. Essa armadilha constitui-se basicamente de uma garrafa pet na qual são colocados um frasco com um atrativo para a broca e o líquido no qual ela é capturada.

IAPAR – Essa armadilha, citada anteriormente, desenvolvida pelo Instituto Agronômico do Paraná, constante do folheto divulgado pela EMATER MG, intitulado Nova armadilha IAPAR para o manejo da broca-do-café, ensina o passo a passo sobre como construir um artefato prático (armadilha) para realizar o monitoramento e a captura da broca-do-café (Hypothenemus hampei). Esse artefato constitui-se basicamente de uma garrafa pet, conforme mencionado, na qual são colocados no seu interior um atrativo para a broca, cujo líquido para sua captura, na forma de isca, inclui metanol e álcool etílico, além de café torrado e moído para atrair o inseto no interior da garrafa pet. Leia esse folheto e constate como é simples e prático a construção e a utilização dessa armadilha.

INCAPER – Instituto Capixaba de Pesquisa Extensão Rural e Assistência Técnica – O livro Café Conilon – Técnicas de Produção com Variedades Melhoradas tem o objetivo principal de disponibilizar recomendações técnicas de produção de café conilon, visando proporcionar condições para que as variedades melhoradas expressem, de forma viável, o máximo das suas potencialidades e características. Para tal, são abordados os seguintes assuntos: variedades melhoradas, mudas e condução de viveiros, escolha e preparo da área, espaçamento e densidade de plantio, plantio em linha, calagem e adubação, poda de produção e desbrota, conservação do solo, controle de ervas daninhas, pragas e doenças, irrigação, colheita, controle cultural e secagem, processamento e armazenamento. Dessa forma, esse conjunto de tecnologias e de boas práticas agrícolas e de gestão da propriedade rural, se bem empregadas, possibilitará aos cafeicultores também promoverem o controle e a mitigação dos efeitos nocivos da broca-do-café na lavoura.

INCAPER – Em outro livro dessa instituição, Técnicas de Produção de Café Arábica – Renovação e Revigoramento das Lavouras no Estado do Espírito Santo, são descritas as principais tecnologias para renovação, revigoramento e produção de arábica no Espírito Santo com sustentabilidade, abordando os seguintes aspectos: escolha de área, cultivares indicadas, espaçamento e plantio, calagem e adubação, conservação do solo, controle de plantas daninhas, podas de produção e revigoramento, controle de pragas e doenças, colheita, secagem, processamento, beneficiamento e qualidade, além de considerações sobre irrigação, café orgânico e produção de sementes, que também auxiliam no controle da praga.

Em complemento com essas informações técnicas sumarizadas, esse livro do INCAPER enfatiza e reforça que a praga é muito influenciada pelos fatores climáticos, e que sua incidência deve ser monitorada por meio de amostragens periódicas, principalmente na época em que os insetos-adultos se deslocam dos frutos caídos no chão ou ainda estão aderidos às plantas de café remanescentes da safra anterior. A maior população do inseto ocorre em locais mais fechados, ou seja, talhões mais adensados e plantados em locais baixos que têm mais possibilidade de serem infestados. Dessa forma, a intervenção com controle químico deve ser realizada quando o nível populacional atingir de 3% a 5% de frutos infestados com insetos vivos. E, conclui, que a melhor forma de controle da praga é a redução de sua população inicial por meio da colheita bem-feita e do repasse dos frutos remanescentes no chão ou nas plantas do cafeeiro.

Fundação Procafé – Por meio dos Boletins de Avisos Fitossanitários emite informações técnicas sobre temperaturas, volume de chuvas, percentual de enfolhamento, balanço hídrico comparado com a média histórica da região, crescimento vegetativo, incidência de doenças e pragas, entre essas a broca (Hypothenemus hampei). Dessa maneira, com base nesses dados, o cafeicultor poderá racionalizar o uso de defensivos diminuindo e, assim, as aplicações preventivas de agrotóxicos permitirão redução dos custos de produção e, consequentemente, aumento da rentabilidade das lavouras. E, ainda, tais informações técnicas obviamente contribuíram para um melhor controle e mitigação dessa praga.

UFLA – Universidade Federal de Lavras – A revista científica Coffee Science (vol.11, n.2, 2016) publicou, entre vários, o artigo Adaptação de técnicas de criação da broca-do-café [Hypothenemus hampei (Ferrari) com o objetivo de avaliar técnicas de criação da broca-do-café, utilizando diferentes fontes de alimento natural, formas de assepsia e armazenamento. Foi avaliado o número de descendentes produzidos com o café arábica em coco, café arábica pergaminho e café robusta em coco. Acesse o link e leia na íntegra esse artigo.

UFLA – Outro artigo da Coffee Science (Vol.10, n.3, 2015),  Toxicidade do óleo de mamona à broca-do-café [Hypothenemus hampei (FERRARI) (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE: SCOLYTINAE)], demonstra que o óleo extraído da semente da mamoneira tem demonstrado ser muito promissor no controle de insetos-praga. Nessa pesquisa avaliou-se a eficiência do óleo de duas cultivares de mamona, sob duas formas de aplicação, e em sete concentrações para o controle de Hypothenemus hampei. Também o link para ler o artigo.

UFV – Universidade Federal de Viçosa – Possui o SBICafé (Sistema de Informação do Café) disponível site da UFV e acessível pelo Observatório do Café, Sistema que constitui-se num repositório temático do conhecimento científico e tecnológico, contendo teses e dissertações de mestrado e doutorado; palestras, artigos e demais trabalhos apresentados nos Simpósios de Pesquisa dos Cafés do Brasil e nos Congressos Brasileiros de Pesquisas Cafeeiras. Tem por objetivo unificar e facilitar o acesso à produção científica das instituições consorciadas, contribuindo para a transferência de tecnologias, produtos e serviços ao setor produtivo e agroindustrial do café, para todos os segmentos da cadeia, além de professores, pesquisadores e extensionistas. Para ter acesso gratuito a esse repositório temático do conhecimento científico e tecnológico da cafeicultura clique no link http://www.sbicafe.ufv.br/. Referido SBiCafé tem publicações técnico-científico do controle e mitigação da broca-do-café, como exemplo, citamos o Controle químico da broca-do-café com cyantraniliprole e Mineração de dados espectrais para modelagem de ocorrência da broca do café.

Embrapa Rondônia – No livro intitulado ‘Amazônia’, a broca-do-café também foi abordada como sendo a principal praga do cafeeiro na região, em virtude de a maioria das lavouras da Região Amazônica cultivarem a espécie de café robusta (C. canephora), a qual é preferencialmente atacada pelo inseto Hypothenemus hampei. Nessa publicação são apresentados métodos de monitoramento e controle da broca nas lavouras infestadas, que consistem basicamente na determinação das características biológicas do inseto, grau de infestação, emprego de controle químico ou biológico natural e, ainda, o controle cultural, por meio do qual se permite fazer a colheita de forma criteriosa, evitando deixar frutos remanescentes, e um repasse na lavoura, se necessário, para evitar a sobrevivência da praga nos frutos da próxima safra. Acesse gratuitamente esse livro aqui.

 

Conheça a história do broca-do-café no Brasil acessando a publicação “A campanha contra a broca do café em São Paulo” (1924-1929) por meio do link: http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v13n4/09.pdf

Saiba mais sobre o controle e mitigação da broca-do-café consultando no Observatório do Café no item intitulado “Consorciadas dispõem de tecnologias para monitoramento e controle da broca-do-café”.

Confira todas as análises e notícias divulgadas pelo Observatório do Café no link abaixo:

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/imprensa/noticias

Acesse Publicações sobre café e portfólio de tecnologias do Consórcio Pesquisa Café

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/publicacoes/637

Fonte: Embrapa Café | Lucas Tadeu Ferreira | Anísio José Diniz