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Árvore mais alta da Amazônia é descoberta por pesquisadores

Árvore mais alta da Amazônia é descoberta por pesquisadores

Um grupo de pesquisadores de instituições brasileiras e britânicas confirmou, através de uma expedição, a existência de um santuário de árvores gigantes na divisa do Pará com o Amapá.

O santuário, composto por árvores da espécie Dinizia excelsa, conhecida popularmente como Angelim Vermelho, está localizado na Floresta Estadual do Paru, na divisa entre os dois estados amazônicos. A maior árvore do grupo chega a medir 88 metros de altura e 5,5 metros de circunferência.

A descoberta das árvores gigantes na região foi feita por um grupo de pesquisadores da Universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri (UFVJM), em Minas Gerais, coordenado pelo professor Eric Bastos Gorgens, em parceria com pesquisadores das universidades britânicas de Cambridge e Swansea.

Eles contaram com apoio logístico das secretarias de Meio Ambiente (Sema), Ciência e Tecnologia (Setec) e Diagro, além do auxílio do Corpo de Bombeiros do Amapá, no caso de haver necessidade de primeiros socorros.

A descoberta

Os pesquisadores realizavam um estudo com sensor remoto aeroembarcado, em parceria com o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), na região, quando se depararam com dados que chamaram a atenção. Eram árvores com alturas superiores às comuns encontradas na Floresta Amazônica. O grupo decidiu, então, organizar a expedição para identificar as árvores.

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De acordo com Eric Bastos, a espécie do angelim é comum na região, mas, causou espanto a altura alcançada. “Geralmente, as árvores chegam a 60 metros. Temos aqui uma grande descoberta e, agora, um compromisso de preservar as maiores arvores da Amazônia”.

Foto: Rafael Aleixo

Foto: Rafael Aleixo

Pesquisadores do Amapá foram convidados para compor a equipe e colaborar na coleta de dados da descoberta. Participaram os pesquisadores Perseu Aparício e Robson Lima, do curso de engenharia florestal, da Universidade do Estado do Amapá (Ueap); Wegliane Campelo, do curso de ciências biológicas, da Universidade Federal do Amapá (Unifap) e; Diego Silva, do curso técnico em floresta, do Instituto Federal do Amapá (Ifap).

Para Perseu, a expedição mostrou a importância da cooperação entre as instituições participantes. “Realizamos em conjunto um inventário florestal e a coleta de amostras do solo e vegetação. Isso servirá para analisar se há uma relação das árvores gigantes com as demais que as circundam”, informou o professor.

Iniciada em 13 de agosto, a expedição partiu de Laranjal do Jari, no sul do Amapá, e percorreu 220 quilômetros no Rio Jari. Após a chegada da equipe, que teve a colaboração de moradores da comunidade de Iratapuru para chegar ao local, os trabalhos de entrada na floresta fechada e densa iniciaram.

O primeiro grupo de árvores foi localizado a cerca de um quilômetro da margem esquerda do Rio Jari. Foram constatadas a existência de 15 árvores no primeiro aglomerado. Além desses, outros grupos já haviam sido diagnosticados por um sistema remoto, entretanto, o relevo impossibilitou a chegada da equipe ao local. A maior árvore, que está a 10 quilômetros floresta a dentro, continua intocável.

Também participaram pesquisadores da Embrapa Acre, Universidade Federal de Alagoas (Ufal), e das universidades britânicas de Cambridge e Oxford. Para auxiliar, no caso da necessidade de primeiros socorros, uma equipe do Corpo de Bombeiros do Amapá, comandada pelo capitão Arel Gomes, também compôs a expedição. Nenhuma ocorrência grave ocorreu durante o percurso.

As informações são do Governo do Estado do Amapá.

Fonte: CicloVivo

Processo de registro do Nematec, principal forma de combate à vespa-da-madeira, é concluído

Processo de registro do Nematec, principal forma de combate à vespa-da-madeira, é concluído

Foto: Francisco Santana

A principal forma de combate à vespa-da-madeira, principal praga dos plantios de pínus no país, agora tem registro junto ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). O nematoide Deladenus siricidicola, agente de controle biológico da vespa-da-madeira, passa a atender pelo nome comercial de Nematec. O processo de registro levou seis anos e passou por diversas fases de análise, inclusive com registro de marca e identidade junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI).

A concessão do registro do produto é feita pelo MAPA, que trabalha com a ANVISA e o IBAMA em análises técnicas e específicas para conceder o registro. “O registro de um produto reconhece a adequação do mesmo à legislação vigente no país”, explica a pesquisadora Susete Chiarello Penteado, da Embrapa Florestas. “Isso garante ao usuário que o produto atende aos critérios estabelecidos em leis e à regulamentação específica de cada órgão envolvido”, completa. Segundo Marcelo Bressan, Auditor Fiscal Federal Agropecuário do Mapa, “a ação da Embrapa para registrar o produto demonstra a seriedade do trabalho em cumprimento à legislação brasileira, além de ser um ponto importante para ajudar a difundir a tecnologia, que agora possui rótulo, bula com indicação de uso, entre outros requisitos importantes”.

Por se tratar de um agente de controlo biológico, o Deladenus siricidicola recebeu a recomendação de ser registrado via “Agricultura Orgânica – Produtos Fitossanitários com Uso Aprovado para a Agricultura Orgânica”.  Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, “os agrotóxicos ou afins que tiverem em sua composição apenas produtos permitidos na legislação de orgânicos, recebem, após o devido registro, a denominação de “produtos fitossanitários com uso aprovado para a agricultura orgânica”. Por serem considerados produtos de baixo impacto ambiental e também de baixa toxicidade, a legislação foi idealizada no intuito de acelerar o seu registro sem deixar de lado a preocupação com a saúde, o meio ambiente e a eficiência agronômica”. O Nematec é o primeiro produto com este registro para uso do Deladenus siricidicola. “O registro confere maior segurança técnica e jurídica aos usuários do produto”, ressalta Susete.

O nematoide Deladenus siricidicola foi incluído no rol de “Agrotóxicos com Monografias Autorizadas”, que indica que o ingrediente ativo passou pela avaliação regulamentar e está apto para uso agrícola, domissanitário, não agrícola, em ambientes aquáticos ou mesmo como preservante de madeira. A Monografia indica ainda informações como os nomes comum e químico, a classe de uso, a classificação toxicológica e as culturas para as quais os ingredientes ativos encontram-se autorizados, com seus respectivos limites máximos de resíduo.

A vespa-da-madeira é a principal praga de plantios de pinus no país. Um amplo programa de Manejo Integrado de Pragas (MIP) é conduzido pela Embrapa Florestas e pelo Funcema (Fundo Nacional de Controle de Pragas Florestais), em uma parceria público-privada que acontece desde 1988, ano em que a vespa-da-madeira foi introduzida no país. “O sucesso deste programa faz com que a praga esteja sob controle e evite um prejuízo de cerca de U$ 25 milhões anuais ao setor de base florestal”, explica o Chefe-geral da Embrapa Florestas, Edson Tadeu Iede. Um dos pilares do MIP é o uso do nematoide Deladenus siricidicola como agente de controle biológico. “Chegamos a uma média de 70% de parasitismo da praga e, em alguns locais, a até 100%. O uso do Nematec é extremamente eficaz, além de não prejudicar o meio ambiente”, atesta.

Para o registro do Nematec, a Embrapa Florestas desenvolveu uma série de ações, junto aos órgãos do estado do Paraná, que resultaram em: a) Certificação de Registro à Embrapa Florestas, de fabricante e formulador do agente de controle biológico – nematoide Deladenus siricidicola, emitido pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (ADAPAR), bem como na Autorização da ADAPAR para uso e circulação do produto NEMATEC no Estado do Paraná; b) Declaração de Dispensa de Licenciamento Ambiental Estadual (DLAE) do Instituto Ambiental do Paraná (IAP), ao laboratório de entomologia florestal da Embrapa Florestas (fabricante/formulador da produção do nematoide Deladenus siricidicola). O laboratório também passou a fazer parte do Sistema de Gestão da Qualidade da Embrapa. “Foi uma ampla articulação entre atores internos e externos à Unidade”, ressalta Regina Siewert Rodrigues, analista da Embrapa Florestas que coordenou todo processo de registro, incluindo as ações de propriedade intelectual e de negócios do produto NEMATEC.  “Em todas as fases deste processo fizemos importantes adequações em procedimentos, que trouxeram benefícios ao modo de produzir e disponibilizar o Nematec”, finaliza.

Por Embrapa Florestas.

Doenças causam erradicação de lavouras de mamão no Norte do ES

Doenças causam erradicação de lavouras de mamão no Norte do ES

Doenças causam erradicação de lavouras de mamão no Norte do ES (Foto: Raphael Verly/ TV Gazeta)

Pés de mamão em propriedades no Norte do Espírito Santo tiveram que ser erradicadas por causa das doenças mosaico e meleira. Elas são causadas por um inseto e prejudicam a venda da fruta para o mercado externo.

Para evitar que o problema se espalhe para outros pés, o Ministério da Agricultura recomenda fiscalizações frequentes nas lavouras.

O produtor que não seguir as orientações do Instituto de Defesa Agropecuária e Florestal (Idaf) pode pagar multa que varia de acordo com o número de lavouras e as dimensões da área de produção, podendo chegar a R$ 50 milhões. No Norte do estado, Linhares e Jaguaré foram os municípios com o maior número de plantas doentes.

“Eu tinha 5 mil pés de mamão aqui, com expectativa boa de produção. Aos poucos, com essa doença, eu tive que vir retalhando, cortando, por conta do controle que tinha que ser feito. É um prejuízo imenso, porque isso faz parte do meu salário e, praticamente, foi cortado”, falou o produtor rural Edmar Pretti.

Em outra propriedade, o mamoeiro ainda está de pé, mas o prejuízo começou a se aproximar. “A gente tem outras lavouras de mamão. Então, a gente não quer passar dessa para outras. Assim, estamos fazendo o trabalho de erradicação”, disse o produtor Gilson Barros.

As duas doenças são quase imperceptíveis e podem causar problemas para quem já fez a derrubada e para outros produtores.

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“O mosaico apresenta anéis nos frutos, como se fossem círculos. São sintomas bem característicos da doença e bem avançados. Há estrias compridas e oleosas na parte que liga a planta à folha. Na folha, ele forma um verde mais intenso com uma parte mais amarelada. Já a meleira começa com o látex mais aquoso. À medida que o sistema avança, ele tende a secar e nem sair mais látex ao picar a fruta”, detalhou o engenheiro agrônomo do Idaf Jacildo Ruy.

As doenças não afetam o sabor da fruta, mas alteram o desenvolvimento e a estética do mamão, o que atrapalha a venda. O mercado externo rejeita a fruta desse jeito.

“São pragas que não existem no território americano. Então, para conseguirmos vender nosso produto lá, precisamos fazer esse controle internamente”, explicou o diretor-executivo da Brapex, José Roberto Fontes.

Essas doenças são passadas para a árvore por um inseto chamado pulgão, e a única forma de controle é a derrubada do pé infectado.

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“A doença não tem outro controle. É erradicar as plantas que apresentam sintomas, para impedir que a doença se alastre naquela lavoura e nas demais”, disse Ruy.

Por isso, o Idaf, sob orientação do Ministério da Agricultura, tem fiscalizado as propriedades e, se identifica o mosaico, recomenda o corte ao produtor.

“Nós damos um prazo para que o produtor faça a erradicação das plantas doentes. Nós retornamos ao local e, se não tiver feito a eliminação das plantas doentes, a gente parte para o corte compulsório e autuação do proprietário”, falou o engenheiro agrônomo do Idaf Rafael Braga.

Todo o rigor é para evitar que aconteça com o mamão o que aconteceu com o cacau anos atrás, quando praticamente toda lavoura da fruta no estado foi devastada por uma doença típica, a vassoura de bruxa.

“É importante lembrar que o estado de São Paulo, que era um dos maiores produtores de mamão, inviabilizou a cultura, justamente, por não controlar a virose lá”, destacou Fontes.

No entanto, se um pé estiver condenado, não significa que os outros também estejam. Numa fazenda, com meio milhão de pés, o controle é feito com frequência.

“Semanalmente, o controle é feito. Nós temos profissionais treinados, que passam nas lavouras duas vezes por semana, identificando os sintomas bem iniciais da virose, cortando e eliminando essas plantas das lavouras”, afirmou o diretor agrícola Geraldo Ferreguetti.

Por Kaio Henrique, TV Gazeta

‘Cidade das Árvores’ vai orientar população sobre preservação e plantio de espécies adequadas a área urbana no MS

Pós-graduação em Gestão da Arborização Urbana e do Paisagismo

Com o objetivo de orientar a população sobre a importância da preservação e de se plantar árvores adequadas para áreas urbanas foi lançado na manhã desta terça-feira (3), em Campo Grande, o projeto Cidade das Árvores. Iniciativa da TV Morena, conta com a parceria da prefeitura de Campo Grande, da concessionária de energia elétrica, Energisa, e do Ministério Público Estadual (MP-MS).

No lançamento do programa, na sede da TV Morena nesta manhã, o diretor de Marketing da Rede Matogrossense de Comunicação (RMC), Antonio Alves, destacou que o fato de Campo Grande ser a capital mais arborizada do país.
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“Como veículo de comunicação temos noticiado situações envolvendo árvores, como quedas de árvores de grande porte ou os problemas que o uso de uma espécie inadequada pode trazer. Mas queríamos fazer mais, daí nasceu o Cidade das Árvores. Buscamos a parceria com o Poder Público e como a iniciativa privada, para que por meio de uma campanha educativa, possamos dar luz a iniciativas positivas”, explicou.

Antonio Alves adianta que já a partir deste mês de julho e até dezembro, a TV Morena e o portal de notícias da Globo – G1 – farão coberturas das principais ações do projeto, ressaltando a importância da preservação e do plantio de espécies adequadas de árvores.

O prefeito Marquinhos Trad (PSD) ressaltou que a iniciativa é excelente e que o município não poderia deixar de ser parceiro. Ele reiterou o que disse Alves sobre o orgulho de Campo Grande ser a capital mais arborizada do Brasil e que isso, além de melhorar a qualidade de vida da população e embelezar a cidade traz muita responsabilidade.

Trad lembrou que sozinho o município não consegue atender todas as demandas da população, para, por exemplo, fazer a poda de árvores, que pela localização ou estado sanitário, ameaçam imóveis, rede elétrica e vias públicas. O índice é de 96,4%, ou seja, que de cada 100 edificações particulares, 96 possuem árvores, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

“Temos quatro equipes e cerca de 25 homens trabalhando neste serviço, mas é pouco para atender a demanda da cidade. A partir do momento em que assinamos esse convênio, vamos ter condições de ter uma cidade mais arborizada. A cidade é de todos, ninguém consegue administrar sozinho. A participação de empresas, instituições e órgãos é sempre bem vinda”, ressaltou.

Já o presidente da Energisa-MS, Marcelo Vinhaes, revelou que um dos aspectos do programa que mais chamou a atenção da concessionária e a levou a ser parceria da iniciativa foi a questão educacional. “A assinatura desde projeto possibilitando trabalhar a questão da educação, da conscientização, partindo desde as crianças até os adultos, vai possibilitar estarmos fazendo a orientação sobre qual árvore deve ser plantada embaixo da rede, como deve ser feita a poda e ainda os cuidados que se deve ter com uma árvore para que ela não cause transtornos futuramente, porque se a gente se descuida disso, pode ser prejudicial a sociedade. A cidade arborizada é uma coisa fantástica, mas como outros parceiros do programa disseram, demanda responsabilidade”, destacou.

Por sua vez, o procurador-geral do MP-MS, Paulo Passos, comentou que o papel da instituição na parceria vai ser interagir tanto com a iniciativa privada quanto com o Poder Público, nas questões envolvendo a orientação da população e ainda na fiscalização das ações executadas, para que procedimentos, como o corte e as podas das árvores, por exemplo, obedeçam a legislação do município e da União, de modo a assegurar um meio ambiente seguro e saudável para os moradores.

O programa
De acordo com o diretor de Marketing da Rede Matogrossense de Comunicação (RMC), o programa Cidade das Árvores será implementado por meio de três estratégias:

  • Educação ambiental – Durante todo o desenvolvimento da iniciativa serão realizadas ações de educação ambiental com moradores e/ou proprietários de áreas direta ou indiretamente afetadas pelas intervenções de diagnóstico, plantio, manejo das árvores ou interferências com diversos elementos que compõem uma cidade, destacando a rede de distribuição de energia.
  • Plantio – Orientação e plantio de espécies adequadas nas áreas direta ou indiretamente afetadas pelas intervenções;
  • Manejo – Diagnóstico quanto ao estado fitossanitário e manejo das árvores nas áreas direta ou indiretamente afetadas pelas intervenções.

Ele comenta ainda que será elaborado um plano de ação que detalhará todas as medidas que serão implementadas, os responsáveis, prazos, áreas de intervenção, insumos necessários, metodologia de trabalho, estratégias de acompanhamento, monitoramento e avaliação dos resultados.

Fonte: G1 MS