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Jovem cria solução para captar água em Caculé e abre chance de reflexões sobre desenvolvimento local

Jovem cria solução para captar água em Caculé e abre chance de reflexões sobre desenvolvimento local

Sandro Lúcio Nascimento Rocha, 16 anos, foi um dos vencedores na categoria Ensino Médio do Prêmio Jovem Cientista — Foto: Arquivo Pessoal

Sandro Lúcio Nascimento Rocha, 16 anos, foi um dos vencedores na categoria Ensino Médio do Prêmio Jovem Cientista — Foto: Arquivo Pessoal

Filho dos agricultores Luciana e João e irmão de Henrique, o estudante Sandro Lúcio Nascimento Rocha, 16 anos, está se preparando para sair de sua cidade natal, Caculé, no interior da Bahia, e pegar um avião até Brasília. Será sua primeira viagem aérea. No Distrito Federal, ele vai ser recebido pela equipe da 28ª edição do Prêmio Jovem Cientista , pois foi um dos vencedores na categoria Ensino Médio.

Quando eu soube da premiação e li sobre o projeto defendido por Sandro, fiquei com vontade de conversar com o jovem e trazer aqui algumas de suas reflexões. Já me explico.

É que Sandro, que frequenta as aulas do Ensino Médio no Colégio Estadual Norberto Fernandes e foi orientado pela professora Edjane Alexandre Costa Soares, se deixou parar para pensar num jeito de solucionar o problema de escassez de água na região onde mora – Caculé fica no semiárido e cada vez chove menos por lá. E imaginou uma cisterna. Mas não uma cisterna parecida com as cisternas rurais que são construídas e distribuídas em parceria com o governo e a organização Articulação do Semiárido (ASA). Sandro pensou num jeito mais ecológico de construir um reservatório para reter a água da chuva e poder utilizá-la para plantas , banheiros, lavagem de louças.

Um segundo momento de observação fez Sandro perceber que em sua escola há um enorme uso e descarte de pets. Na área rural de Caculé, onde mora e estuda, o caminhão do lixo não recolhe os descartáveis. Para se livrar do problema, os cidadãos têm o péssimo hábito de juntá-las e queimá-las, o que provoca uma fumaça desagradável e polui o ambiente. Foi aí que Sandro imaginou fazer cisternas, substituindo os tijolos por garrafas pet. Um jeito de solucionar dois problemas de uma só tacada.

Ainda assim, o cimento que teria que ser usado para juntar e colar as pets, como se sabe, produz impactos ambientais relevantes em sua fabricação. Para fugir disso, o rapaz imaginou que poderia utilizar como “liga” em sua cisterna um cimento feito a partir da cinza da fibra de côco, fruto que abunda em sua região.

E dessa forma, juntando o útil ao ecologicamente correto, Sandro também puxou a esteira de outras questões muito relevantes que não devem ficar de fora dos debates sobre mudanças climáticas e a necessidade de se criar novos paradigmas de produção e consumo. O rapaz pensou e resolveu um problema de sua localidade, usando produtos da região. Claro que não pode ser feito em grande escala, mas se o poder público tivesse um olhar cuidadoso para a solução encontrada por Sandro, poderia viabilizar em outras frentes. Por conta da visibilidade que teve seu projeto, o diretor da escola disse que poderá viabilizá-lo. E Sandro sonha: quem sabe empresas também se interessam, ou mesmo algumas casas residenciais da região? São passos que podem ser dados para se conseguir o desenvolvimento local.

Minha conversa com Sandro teve que ser através do whatsapp porque estava chovendo bastante em Caculé, o que dificulta as comunicações por telefone. Sandro é um garoto que se preocupa com as questões ambientais e se ressente de que outros jovens de sua idade não tenham, como ele, foco nas mudanças do clima que, no fim das contas, vão tornar a vida deles mais complicada.

“Às vezes o jovem fica muito acomodado com o que está acontecendo e não tem senso crítico. Acho muito importante para a juventude, como um todo, se unir em prol do meio ambiente”, disse ele.

Quis saber dele como é viver numa cidade tão pequena, de 22 mil habitantes e tão distante dos grandes centros (a cidade fica a mais de 600 quilômetros da capital, Salvador). Sandro gosta de sua cidade, mas queria muito que ela tivesse um recolhimento de lixo adequado, menos poluição. E adoraria poder seguir carreira, continuar estudando perto dos pais e da avó. Mas em Caculé não existe a possibilidade de o rapaz cursar a faculdade de Medicina, como pretende.

“Quero poder estudar os impactos da poluição na saúde humana, fazer projetos paralelos sobre a questão do meio ambiente. Queria poder estudar aqui. Mas vou sempre voltar para as minhas raízes, para onde eu nasci”, disse ele.

Convidei Sandro para refletir e encontrar alguns sites que pensam sobre desenvolvimento local, uma espécie de mudança de paradigma necessária diante de tantas privações provocadas por um sistema econômico que implica diretamente em desigualdade. Há pessoas pensando a respeito, por exemplo, entre os membros da organização “New Economics Foundation”, que prega uma “economia para as pessoas, pelas pessoas”.

As Nações Unidas também têm um programa específico para financiar desenvolvimento local, considerando que mais da metade da população dos 47 países menos desenvolvidos do mundo vive com menos de US $ 1,25 por dia e bilhões de pessoas ainda não têm os serviços e o emprego necessários para desfrutar de uma qualidade de vida decente. Mas ali há problemas de distribuição do financiamento.

O desafio está posto. As mudanças climáticas nos exigem esforços para buscar uma vida mais saudável diante de tantas ameaças, e jovens como Sandro podem transformar o risco em oportunidade. A chance de pensar meios para resistir é não negar o tamanho do problema, é fazer contato com uma realidade que se apresenta mais difícil, mas não impossível.

Espera-se dos líderes de nações uma visão sistêmica para o problema do aquecimento global, estratégias econômicas que visem a pensar o desenvolvimento com outras lentes, para se pavimentar o caminho da mudança para uma vida com menos dependência dos combustíveis fósseis. Espera-se dos líderes empresariais que acompanhem este ritmo e invistam, seriamente, em tecnologias que possam diminuir seu impacto, além de uma revisão dos limites de produção.

Mas se cada região puder ter um olhar mais cuidadoso no sentido de criar soluções para seus próprios problemas, já se conseguirá caminhar bastante no sentido de melhorar a qualidade de vida. Neste sentido, Sandro tem muito a colaborar.

Por G1 Natureza.

Paraná, São Paulo e Santa Catarina registram 14 focos de ferrugem da soja

Paraná, São Paulo e Santa Catarina registram 14 focos de ferrugem da soja

Maurício Meyer - Detalhe de folha com ferrugem da soja

Detalhe de folha com ferrugem da soja (Foto: Maurício Meyer)

O Consórcio Antiferrugem registra 14 focos de ferrugem-asiática da soja, em áreas comerciais, na safra 2018/2019, sendo um em Quilombo (SC), dois em São Paulo (São Miguel Arcanjo e Itapeva) e onze no Paraná (Mariópolis, São Pedro do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon (Porto Mendes), Nova Santa Rosa, Nova Cantu, Ubiratã, Juranda, Campo Mourão, Peabiru, São João do Ivaí e Jaguariaíva).

Desde o primeiro foco registrado no último dia 31 de outubro, em Porto Mendes (PR), o número de focos vem crescendo rapidamente e em pontos bem distribuídos. De acordo com a pesquisadora Cláudia Godoy, da Embrapa Soja, a maioria das lavouras com ferrugem foram semeadas no início de setembro e encontram-se com o dossel fechado (12 lavouras estão em fase de desenvolvimento R1 e uma em V8). “O problema é que as chuvas atrasaram as semeaduras e temos soja em várias fases de desenvolvimento e, em algumas regiões, ainda estão semeando soja. Por isso, é preciso atenção para não perder o controle nessas primeiras áreas que podem gerar grande quantidade de inóculo para lavouras que ainda estão sendo semeadas”, alerta a pesquisadora.

Até agora, o ambiente tem sido favorável para a infecção do fungo, com presença de molhamento foliar. A orientação da pesquisadora da Embrapa Soja, Cláudia Godoy, é para que os produtores das regiões onde há registro da ferrugem que apresentam lavouras em fase de fechamento, iniciem o controle para proteger as lavouras.

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“As chuvas frequentes que favorecem a doença, muitas vezes, impedem a aplicação de fungicidas no momento ideal”, explica a pesquisadora da Embrapa. “E é importante manter a lavoura protegida, uma vez que a eficiência curativa dos fungicidas atualmente disponíveis é baixa”, alerta.

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Cláudia Godoy orienta os produtores a consultarem os resultados de eficiência dos fungicidas para o controle da ferrugem e utilizar os multissítios para aumentar a eficiência de controle.

 

Por Embrapa.

Motivos e curiosidades para se fazer uma pós-graduação a distância!

Motivos e curiosidades para se fazer uma pós-graduação a distância!

Atualmente, tempo para se dedicar a frequentar um curso de pós-graduação e questões financeiras são alguns dos principais dificultadores para um possível aluno, porém, se encontram no mercado oportunidades mais práticas como os cursos a distância. Além de conseguir se conectar de qualquer lugar que estiver, preços em conta e flexíveis também se encontram mais disponíveis.

Confira abaixo alguns pontos a serem levados em conta quando o assunto é uma pós-graduação.

 

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Flexibilidade para Estudar

Hoje em dia, temos a opção de fazer cursos a distância que, muitas vezes, encaixam melhor na nossa rotina de tempo, no nosso dia-a-dia, já que, não precisamos sair de casa para assistir às aulas. Além disso, na educação a distância, você faz o seu horário de estudo, adequando-o ao seu tempo disponível. Com isso, o profissional continua a aperfeiçoar os conhecimentos por ele adquiridos, conseguindo conciliar estudo e trabalho.

 

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Autonomia do aluno

O aluno não precisa de pressa e tem mais controle sob seu processo de aprendizado, podendo destacar seus pontos fortes, ou seja, agilizar as partes que tem mais facilidade, e ir com mais calma naquelas em que se tem mais dificuldade.

Os cursos possuem equipes muito bem preparadas, com professores de alta qualidade e aulas ao vivo, dessa forma o aluno consegue interagir e tirar dúvidas sem sair de casa (uns com os outros, com os professores e tutores) ou até, assistindo as gravações das mesmas posteriormente, quantas vezes quiser e julgar necessário.

 

Possibilidade de ascensão profissional

Como Especialista, você consegue se realocar no mercado encontrando melhores oportunidades de emprego ou posição comercial, fortalecendo seu currículo. Você consegue se capacitar mais e melhor em funções e/ou atuações da sua formação/cargo.

Além de mais portas se abrirem, as ofertas salariais podem ser melhores, ou, até mesmo, no emprego vigente um aumento pode acontecer.

Algumas pessoas solicitam cursos de pós-graduação com a intenção de conseguir melhorias de salário, que muitas empresas oferecem àqueles que possuem.

Ao participar de concursos, possuir uma especialização contribui diretamente na pontuação para vagas com exigência de nível médio e superior, com a avaliação de títulos.

Títulos de pós-graduação também podem ser utilizados como critério de desempate.

 

Você sabe qual é o perfil de profissional mais procurado pelas empresas?

 

Estar bem capacitado para as necessidades do mercado

Não podemos deixar de lado o aprendizado, não é mesmo? Estar preparado para as necessidades do mercado pode mudar sua vida.

Alcançar um bom desemprenho no mercado de trabalho é a chave para o sucesso. E o conhecimento está alinhado com tudo isso.

É preciso se preparar, tem um ensino de qualidade e, muitas vezes, apenas com a graduação, não nos sentimos tão aptos a desempenhar certas funções.

Os cursos de pós-graduação a distância buscam solucionar esses problemas e ajuda você a se tornar um profissional competente e altamente capacitado.

 

Conteúdo sempre disponível e atualizado

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Os cursos de pós-graduação a distância são realizados através de plataformas virtuais, nas quais o conteúdo é armazenado e criando constantemente e o aluno pode acessar a qualquer hora, de qualquer lugar.

Além disso, os cursos ficam antenados nas novidades do mercado e, até mesmo, do ensino, para atualizar o aluno de conhecimentos arcaicos e deixa-lo a par das melhores técnicas e aprendizados para o mercado de trabalho.

 

Rede de contatos

Os cursos online permitem um intercâmbio de conhecimento muito grande entre os alunos que podem estar em diversos lugares do mundo, além da possibilidade de aumento de sua rede de contatos e conhecimento sobre profissões de suas áreas de interesse, que só tem a nos acrescentar.

networking é de suma importância nos dias atuais, devido à alta concorrência, pois traz muitas vantagens para os profissionais, como oportunidades de indicações para vagas de emprego e ofertas de parcerias.

 

Importância e reconhecimento

Os cursos de pós-graduação hoje em dia conseguem ter o mesmo reconhecimento que cursos presenciais, sendo, inclusive, suas instituições avaliadas pelo MEC.

 

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A tecnologia que limpará os oceanos do lixo está pronta para começar a limpeza

A tecnologia que limpará os oceanos do lixo está pronta para começar a limpeza


Uma das questões ambientais que somos forçados a enfrentar com urgência é a grave incidência de plásticos em nossos mares e oceanos. São quase dois bilhões de pedaços de plástico que flutuam na superfície do Oceano Pacífico, no que hoje é conhecido como a grande ilha de lixo. Encontrar uma solução não parece fácil, mas os projetos estão começando a surgir e podem ajudar.

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Este é o caso da Ocean Cleanup, uma empresa dedicada ao desenvolvimento de tecnologias para o que eles mesmos chamam de: a maior limpeza dos oceanos da história. O projeto que até agora só tinha passado por testes, começou sua atividade alguns dias atrás e seu plano parece simples: crie uma barreira no mar, concentre o plástico e, finalmente, remova-o. O sistema consiste em uma barreira flutuante de 600 metros de comprimento e 3 metros de profundidade que impedirá que o plástico passe tanto acima quanto abaixo.

A barreira projetada pela Ocean Cleanup é equipada com sistemas elétricos, sensores e câmeras que serão alimentadas por energia solar para operar de forma autônoma. Seu desenho em forma de “U” levou em conta as características físicas e dinâmicas dos ventos e das correntes para obter a barreira de lixo e acumulá-la até o momento de sua coleta.

Os planos de curto prazo da Ocean Cleanup são fascinantes porque não só irá implantar uma barreira, mas o projeto tem até 60 barreiras idênticas que totalizarão quase 40 quilômetros.

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As previsões são realmente otimistas. Segundo a própria empresa, essas barreiras poderão limpar metade do lixo da ilha do Pacífico em apenas cinco anos. Isso significa que eles coletarão quase um milhão de peças de plástico até 2024. Além disso, seus planos incluem a conclusão de 90% da ilha até 2040.

Em 8 de setembro, o primeiro sistema de limpeza oceânica partiu de seu ponto de montagem em Alameda, na Baía de São Francisco, de onde será rebocado para a Ilha do Lixo do Pacífico.

Por Instituto de Engenharia.

Bagaço da cana-de-açúcar: um potencial na geração de energia elétrica do país

Bagaço da cana-de-açúcar: um potencial na geração de energia elétrica do país

Nesta segunda-feira (05), o Brasil Rural entrevista o pesquisador do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), Marcos Djun Barbosa Watanabe. Ele falou do projeto SUCRE (Sugarcane Renewable Electricity) sobre a bioeletricidade gerada a partir da palha e do bagaço de cana-de-açucar.

O Projeto SUCRE, desenvolvido pelo CTBE – Laboratório Nacional de Ciência e Tecnologia do Bioetanol –  tem como objetivo principal aumentar a produção de eletricidade com baixa emissão de gases de efeito estufa na indústria de cana-de-açúcar, por meio da palha gerada durante a colheita da cultura.

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“O benefício ambiental dessa fonte (biomassa) é ainda maior. O que acontece é que dentro das avaliações que a gente faz no projeto, a gente compara muito a eletricidade gerada a partir da biomassa de cana com fontes que são um pouco mais poluentes, que são fontes fósseis, por exemplo, a eletricidade que é produzida a partir do gás natural. Quando a gente compara a eletricidade de biomassa com a do gás natural, os estudos que a gente tem feito mostram que a redução na emissão de gases de efeito estufa pode ser até 8 vezes menor”, esclarece Marcos Djun.

Biomassa de cana de açúcar

O pesquisador explica que a geração de energia começa após a cana passar pelo processo de esmagamento e que a sobra vai para fornalha gerando energia elétrica. Esse processo vem desde a década de 70. Ele acrescenta ainda que cálculos do projeto indicam um potencial de geração de energia elétrica na casa do 100 TWh, cinco vezes do que já é produzido, do que é exportado pra rede eletríca e que poderiam suprir 80% de todo consumo de energía do país.

 

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Ouça a entrevista no player abaixo:

O Brasil Rural vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 5h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional do Rio de Janeiro; sábado, às 5h, pela Rádio Nacional do Alto Solimões e, às 7h, pelas rádios Nacional AM Brasília e Nacional da Amazônia.

Por EBC – Brasil Rural