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Manejo de praga diminuiu em 50% o uso de inseticida

Manejo de praga diminuiu em 50% o uso de inseticida

Foto: Divulgação/ Emater

Manejo de praga diminuiu em 50% o uso de inseticida

Sustentabilidade na lavoura e boas práticas garantem qualidade ao alimento e economia.

O manejo integrado de pragas da soja, de acordo com o Instituto Emater, diminuiu em 50% o uso de inseticidas nas últimas quatro safras no Paraná até o início de 2017. O assunto foi apresentado pelo Instituto por meio da campanha “Plante o seu Futuro” que reúne práticas agrícolas para reduzir a quantidade de inseticidas na lavoura.

Segundo o Emater, o monitoramento das doenças da soja representou redução de 25% na aplicação de fungicidas. O engenheiro agrônomo Onobio Vicente Werner, técnico do EMATER, afirma que o monitoramento da ferrugem da soja possibilita que se retarde em 15 dias a entrada dos fungicidas nas lavouras. Desta forma, de acordo com o técnico, se elimina, no mínimo, uma aplicação de fungicida.

Werner diz ainda que, se todos os agricultores do estado fizessem o monitoramento da ferrugem da soja, a economia poderia chegar R$ 600 milhões em todo o estado.

Além da questão econômica, vale destacar os benefícios que a redução de fungicidas e inseticidas promove ao meio ambiente e à qualidade do alimento e à saúde do produtor.

Fonte: G1

Doença ataca lavouras de café conilon no Espírito Santo

Doença ataca lavouras de café conilon no Espírito Santo

Doença ataca lavouras de café conilon no Espírito Santo

Pesquisadores ainda não identificaram o fungo causador, mas já orientam produtores para evitar que ele se espalhe.

Por Erika Carvalho | Espírito Santo | Globo Rural

Em Jaguaré, no Espírito Santo, uma doença atingiu 15% dos 42 hectares de uma lavoura, um prejuízo que tem deixado produtores de café conilon preocupados.

De acordo com o agrônomo e pesquisador da Fundação Procafé, José Matiello, a origem da doença ainda não é conhecida e o fungo não foi identificado por enquanto. Ao fazer um corte na planta dá para perceber o estrago, já que o fungo ataca pelo caule.

A lavoura de café tem o momento certo de fazer a poda, mas esse cuidado pode ser um grande vilão, pois os pesquisadores perceberam que o fungo só age depois da primeira poda.

Para evitar a doença, é necessário usar um inseticida e desinfetar os equipamentos usados para o corte da planta e do próprio pé.

Em outra propriedade em Aracruz, 30% da plantação de café conilon em 150 hectares de terra foi comprometida pela doença, só que o que chamou a atenção foi que algumas plantas resistiram ao fungo.

A dica é se após os cuidados iniciais a doença voltar a aparecer, é preciso erradicar permanente as plantas. No caso do produtor rural Edison Schmito, ele vai fazer a troca dos pés doentes por clones mais resistentes.

Enquanto isso, o INCAPER, o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural estuda a doença. O agrônomo José Aires Ventura explica que amostras das plantas foram coletadas e estão sendo analisadas para tentar identificar o fungo causador.

“Nós fizemos um isolalmento das amostras. Dentro dos fungos nós procuramos olhar as espécies do gênero fusário e então separamos duas espécies que estavam associados a amostras na região de Linhares e Aracruz. Nesse caso, agora nós temos que fazer a inoculação em mudas para comprovar se aquele fungo que foi isolado causa a doença ou não”, explica.

Confira a reportagem completa.

 

Empresa brasileira usa Internet das Coisas para acabar com as pragas das fazendas

Empresa brasileira usa Internet das Coisas para acabar com as pragas das fazendas

Empresa brasileira usa Internet das Coisas para acabar com as pragas das fazendas

A empresa está desenvolvendo um aplicativo para obter maior eficiência no combate às pragas com menor custo e impacto ao meio ambiente.

Por Agência Fapesp | Reproduzido de Pequenas Empresas & Grandes Negócios

A Agrosmart, empresa de agricultura digital, quer mudar cenário de pragas e doenças (Foto: Divulgação)

O valor das perdas anuais causadas por pragas doenças na agricultura brasileira é de R$ 55 bilhões, de acordo com dados da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Agrosmart, empresa de agricultura digital sediada em Campinas, no interior de São Paulo, pretende mudar esse cenário utilizando a tecnologia da Internet das Coisas (IoT). 

A empresa está desenvolvendo um aplicativo que, conectado a uma armadilha de pragas, ajudará o produtor a aplicar o defensivo agrícola no momento certo e na quantidade exata, para obter maior eficiência no combate às pragas com menor custo e impacto ao meio ambiente.

O projeto foi um dos oito selecionados, em dezembro de 2017, em chamada do Programa PIPE/PAPPE Subvenção, resultado de acordo entre a FAPESP e Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) para o financiamento de pesquisa inovativa em pequenas empresas.

Coordenado pelo engenheiro agrônomo Marcus Vinicius Sato, o projeto da Agrosmart baseia-se em técnicas do Manejo Integrado de Pragas (MIP).

O MIP surgiu na década de 1960 para tornar mais eficiente o controle de pragas agrícolas integrando diferentes ferramentas de controle, como defensivos químicos, agentes biológicos (predadores e bactérias, por exemplo), armadilhas luminosas e feromônios sintéticos (substâncias químicas que, à semelhança das naturais, podem atrair ou repelir os insetos).

“Vamos realizar o manejo integrado de pragas contando com inteligência artificial para qualificar e quantificar os insetos”, diz Sato. Serão usados feromônios para atrair insetos a armadilhas dotadas de sensores, estrategicamente espalhadas pela plantação.

Os sensores, conectados a sistemas eletrônicos embarcados, farão a coleta de dados, enviando-os para a internet, onde será feito o processamento das imagens, contagem e identificação dos insetos.

Internet das Coisas será utilizada para controlar pragas e doenças no campo (Foto: Divulgação)

Conforme a quantidade de insetos encontrados por metro quadrado, será recomendada, ou não, a aplicação de defensivos agrícolas. A análise desses dados chegará pronta ao agricultor, por meio de um smartphone ou tablet.

O pesquisador garante que a conexão com a internet será possível mesmo nas regiões mais distantes dos grandes centros – um dos principais desafios do projeto. “O acesso à internet em região de lavoura é muito difícil.

Em certos locais o 3G não funciona nem no centro da cidade. Mas a Agrosmart transpôs essa barreira de conectividade: temos soluções customizadas para cada região. Onde não pega o 3G recorremos à tecnologia via satélite”, explicou ele.

Mestre em Ciências do Solo pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq), da Universidade de São Paulo (USP), Sato tem um bom diálogo com a equipe especializada em tecnologia da informação: antes de cursar Agronomia na Esalq, fez o curso Técnico em Mecatrônica no Colégio Técnico de Campinas (Cotuca), vinculado à Unicamp. “Essa formação está sendo útil: ajudou-me a ter uma noção básica do desenvolvimento do hardware”, afirma.

O engenheiro agrônomo, que atua na área de Pesquisa & Desenvolvimento da Agrosmart desde 2015, diz que a empresa já tinha planos de buscar apoio da FAPESP para um de seus projetos. “Escolhemos um produto para o qual ainda não existe um correspondente nacional.”

Segundo ele, no exterior já existem armadilhas inteligentes que usam tecnologia de aprendizado de máquina para identificação de insetos. Porém, elas são pouco acessíveis ao agricultor. “Pretendemos desenvolver um produto que seja viável economicamente”, afirma Sato.

A Agrosmart já tem alguns protótipos em teste e o agrônomo afirma que é alto o grau de confiabilidade do sistema, sobretudo quando são usados feromônios já estabelecidos para o inseto-alvo. “O erro máximo que registramos até agora foi de 5%”, diz Sato.

O pesquisador conta que serão feitos, também, testes com outros tipos de isca. “Parte do orçamento do projeto é para viagens. Vamos testar o sistema em propriedades de agricultores com os quais já temos relacionamento, em São Paulo, no sul de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul.”

Ao longo dos próximos 18 meses, os pesquisadores da Agrosmart esperam ter os dados validados e o aplicativo pronto para comercialização.

Parceria com a Nasa e com a Embrapa

Fundada em 2014 por três jovens empreendedores – Mariana Vasconcelos, Thales Nicoleti e Raphael Pizzi –, a Agrosmart já tem experiência no campo da agricultura digital, oferecendo serviços de monitoramento de áreas agrícolas com sensores capazes de avaliar mais de 10 variáveis ambientais.

Associada à EsalqTec desde 2015, a empresa foi acelerada pela Baita, em Campinas. Em 2016, venceu o concurso de soluções hídricas Call to Innovation, organizado no Brasil pela Faculdade de Informática e Administração Paulista (Fiap), e, no mesmo ano, foi convidada para um programa de transferência de tecnologia com a Nasa, agência espacial norte-americana, na área de imagem de satélites.

Em novembro de 2017, a Agrosmart estabeleceu uma parceria com a Embrapa, para automatizar o diagnóstico e monitoramento de doenças agrícolas. O projeto está sendo desenvolvido no âmbito do “sitIoT” (junção das palavras sítio e IoT, Internet das Coisas), um ambiente colaborativo criado pela Embrapa para fomentar a agricultura digital. A Agrosmart é a primeira startup a participar da iniciativa.

A empresa instalará sensores em pés de café do campo experimental da Embrapa Meio Ambiente, em Jaguariúna, interior de São Paulo, a fim de avaliar o efeito das mudanças dos níveis atmosféricos de CO2 sobre a cultura do café.

O experimento é chamado de FACE (Free Air Co2 Enrichment). Pesquisadores da Embrapa já identificaram que o aumento dos níveis de dióxido de carbono na atmosfera tem efeitos deletérios sobre a cafeicultura – aumentando, por exemplo, a intensidade da ferrugem, uma das principais doenças que acometem os pés de café.

O objetivo da parceria é colocar no mercado uma tecnologia capaz de oferecer um modelo de previsão e controle de doenças agrícolas.

Fonte: Pequenas Empresas & Grandes Negócios

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Especialistas da Emater e da Embrapa trabalham conscientização dos agricultores para diminuir uso de produtos químicos na produção.

Por G1 PR, Curitiba

Especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) têm visitado produtores de soja do Paraná, para divulgarem um plano de manejo de pragas.

Com a conscientização dos agricultores, segundo os agrônomos, o uso de agrotóxico nas lavouras do estado pode diminuir pela metade. Assista à reportagem.

Tecnologias para auxiliar no controle dos efeitos nocivos da broca-do-café

Tecnologias para auxiliar no controle dos efeitos nocivos da broca-do-café

Tecnologias para auxiliar no controle dos efeitos nocivos da broca-do-café

Adoção de boas práticas agrícolas e de gestão da propriedade rural também são fundamentais para o controle do Hypothenemus hampei

Florada de café | Foto: Kátia Braga / reprodução do site da Embrapa

A broca-do-café (Hypothenemus hampei) foi identificada no Brasil em 1922, quando o café constituía a principal fonte de receita das exportações brasileiras. Nesse ano, um produtor rural notificou o Instituto Agronômico – IAC, do Estado de São Paulo, sobre a ocorrência da praga em seus cafeeiros. Em 1924, a gravidade da situação dos cafezais de São Paulo levou o governo estadual a instituir uma comissão científica para promover uma campanha de combate e controle da broca-do-café (1924-1929). A despeito desse esforço, a partir da década de 60, a broca-do-café tornou-se uma das principais pragas e está presente ainda hoje nas lavouras de cafés em várias regiões produtoras.

A broca-do-café é um pequeno besouro (coleóptero) de cor escura brilhante, cuja fêmea quando fecundada perfura o fruto do café, normalmente na região da coroa do fruto, na qual faz uma galeria no seu interior para postura de ovos, dos quais surgem as larvas que se alimentam das sementes (grãos de café). Os principais danos causados pela praga, em geral, são a queda prematura dos frutos nos estádios de chumbinho a verde aquoso, o que prejudica a produção de sementes, e ainda reduz o peso dos grãos e diminui substancialmente o rendimento das lavouras.

Evoluindo no tempo, com a expansão da cafeicultura para outras regiões do País, a incidência da praga aumentou devido a práticas como o cultivo de cafezais mais adensados ou sombreados e uso da irrigação, o que propicia a praga sobreviver durante a entressafra no interior dos frutos úmidos remanescentes da colheita e, também, nos frutos que permanecem nas plantas e sobre o solo. Outro fator que tem contribuído para o ataque dessa praga é a ausência de defensivos mais eficientes para o seu controle. Informações sobre ingredientes ativos e produtos existentes podem ser consultadas no Portal do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento – Mapa, no Sistema de Agrotóxicos Fitossanitários (AGROFIT).

Em síntese, medidas recomendadas para controle do Hypothenemus hampei baseiam-se principalmente na adoção de práticas que visam a redução das condições favoráveis à proliferação do inseto, tais como: colheita bem-feita; derriça de todos os frutos da planta, se possível com repasse; podas, quando necessárias; redução de áreas de sombra; e eliminação de lavouras com café abandonadas. Além disso, a condição de lavouras abertas, arejadas, com boa penetração de luz diminui a umidade interna na lavoura, reduzindo as condições favoráveis à proliferação da broca.

No âmbito do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, instituições de pesquisa, ensino e extensão possuem um conjunto de publicações e recomendações técnicas que podem auxiliar os produtores de café a controlarem e mitigarem os efeitos dessa praga nas diferentes regiões produtoras de café do País. Tais publicações estão disponíveis na íntegra no site do Observatório do Café. A seguir apresentamos um sumário de cada uma delas para estimular os interessados as lerem e acessarem cada artigo técnico-científico postado na íntegra.

EPAMIG – Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais – A publicação Controle alternativo de pragas do cafeeiro apresenta as principais características de produtos alternativos, como a calda sulfocálcica e extratos de semente de nim que, ao serem aplicados nas lavouras, conforme as recomendações técnicas dessa publicação, têm-se destacado no controle da broca, cuja eficiência foi comprovada e apresentada em trabalhos de pesquisa realizados em laboratório e em campo. Além disso, a simplicidade de uso desses produtos, o custo reduzido, e por serem aceitos pela maioria das certificadoras de café orgânico, podem também ser utilizados no controle alternativo dessa praga.

EPAMIG – Outro artigo objeto de divulgação, intitulado Cafeicultor: saiba como monitorar e controlar a broca-do-café com eficiência, apresenta uma planilha na qual deverá ser anotada a incidência do inseto em 6 pontos de 30 plantas por talhão (preferencialmente, talhões de 5 a 6 ha), que  foram estrategicamente definidos na metodologia utilizada na pesquisa, de tal maneira que essas anotações possibilitam a avaliação do percentual de infestação da praga, que, se estiver em nível considerado crítico, segundo os padrões técnicos da pesquisa, os cafeicultores deverão implementar medidas para o manejo e controle da broca.

EMATER – MG – Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais – O folheto constante da Série Tecnológica Cafeicultura Controle Alternativo da Broca do Cafeeiro apresenta uma armadilha desenvolvida pelo Instituto Agronômico do Paraná – IAPAR que visa promover o controle da broca do cafeeiro. Essa armadilha constitui-se basicamente de uma garrafa pet na qual são colocados um frasco com um atrativo para a broca e o líquido no qual ela é capturada.

IAPAR – Essa armadilha, citada anteriormente, desenvolvida pelo Instituto Agronômico do Paraná, constante do folheto divulgado pela EMATER MG, intitulado Nova armadilha IAPAR para o manejo da broca-do-café, ensina o passo a passo sobre como construir um artefato prático (armadilha) para realizar o monitoramento e a captura da broca-do-café (Hypothenemus hampei). Esse artefato constitui-se basicamente de uma garrafa pet, conforme mencionado, na qual são colocados no seu interior um atrativo para a broca, cujo líquido para sua captura, na forma de isca, inclui metanol e álcool etílico, além de café torrado e moído para atrair o inseto no interior da garrafa pet. Leia esse folheto e constate como é simples e prático a construção e a utilização dessa armadilha.

INCAPER – Instituto Capixaba de Pesquisa Extensão Rural e Assistência Técnica – O livro Café Conilon – Técnicas de Produção com Variedades Melhoradas tem o objetivo principal de disponibilizar recomendações técnicas de produção de café conilon, visando proporcionar condições para que as variedades melhoradas expressem, de forma viável, o máximo das suas potencialidades e características. Para tal, são abordados os seguintes assuntos: variedades melhoradas, mudas e condução de viveiros, escolha e preparo da área, espaçamento e densidade de plantio, plantio em linha, calagem e adubação, poda de produção e desbrota, conservação do solo, controle de ervas daninhas, pragas e doenças, irrigação, colheita, controle cultural e secagem, processamento e armazenamento. Dessa forma, esse conjunto de tecnologias e de boas práticas agrícolas e de gestão da propriedade rural, se bem empregadas, possibilitará aos cafeicultores também promoverem o controle e a mitigação dos efeitos nocivos da broca-do-café na lavoura.

INCAPER – Em outro livro dessa instituição, Técnicas de Produção de Café Arábica – Renovação e Revigoramento das Lavouras no Estado do Espírito Santo, são descritas as principais tecnologias para renovação, revigoramento e produção de arábica no Espírito Santo com sustentabilidade, abordando os seguintes aspectos: escolha de área, cultivares indicadas, espaçamento e plantio, calagem e adubação, conservação do solo, controle de plantas daninhas, podas de produção e revigoramento, controle de pragas e doenças, colheita, secagem, processamento, beneficiamento e qualidade, além de considerações sobre irrigação, café orgânico e produção de sementes, que também auxiliam no controle da praga.

Em complemento com essas informações técnicas sumarizadas, esse livro do INCAPER enfatiza e reforça que a praga é muito influenciada pelos fatores climáticos, e que sua incidência deve ser monitorada por meio de amostragens periódicas, principalmente na época em que os insetos-adultos se deslocam dos frutos caídos no chão ou ainda estão aderidos às plantas de café remanescentes da safra anterior. A maior população do inseto ocorre em locais mais fechados, ou seja, talhões mais adensados e plantados em locais baixos que têm mais possibilidade de serem infestados. Dessa forma, a intervenção com controle químico deve ser realizada quando o nível populacional atingir de 3% a 5% de frutos infestados com insetos vivos. E, conclui, que a melhor forma de controle da praga é a redução de sua população inicial por meio da colheita bem-feita e do repasse dos frutos remanescentes no chão ou nas plantas do cafeeiro.

Fundação Procafé – Por meio dos Boletins de Avisos Fitossanitários emite informações técnicas sobre temperaturas, volume de chuvas, percentual de enfolhamento, balanço hídrico comparado com a média histórica da região, crescimento vegetativo, incidência de doenças e pragas, entre essas a broca (Hypothenemus hampei). Dessa maneira, com base nesses dados, o cafeicultor poderá racionalizar o uso de defensivos diminuindo e, assim, as aplicações preventivas de agrotóxicos permitirão redução dos custos de produção e, consequentemente, aumento da rentabilidade das lavouras. E, ainda, tais informações técnicas obviamente contribuíram para um melhor controle e mitigação dessa praga.

UFLA – Universidade Federal de Lavras – A revista científica Coffee Science (vol.11, n.2, 2016) publicou, entre vários, o artigo Adaptação de técnicas de criação da broca-do-café [Hypothenemus hampei (Ferrari) com o objetivo de avaliar técnicas de criação da broca-do-café, utilizando diferentes fontes de alimento natural, formas de assepsia e armazenamento. Foi avaliado o número de descendentes produzidos com o café arábica em coco, café arábica pergaminho e café robusta em coco. Acesse o link e leia na íntegra esse artigo.

UFLA – Outro artigo da Coffee Science (Vol.10, n.3, 2015),  Toxicidade do óleo de mamona à broca-do-café [Hypothenemus hampei (FERRARI) (COLEOPTERA: CURCULIONIDAE: SCOLYTINAE)], demonstra que o óleo extraído da semente da mamoneira tem demonstrado ser muito promissor no controle de insetos-praga. Nessa pesquisa avaliou-se a eficiência do óleo de duas cultivares de mamona, sob duas formas de aplicação, e em sete concentrações para o controle de Hypothenemus hampei. Também o link para ler o artigo.

UFV – Universidade Federal de Viçosa – Possui o SBICafé (Sistema de Informação do Café) disponível site da UFV e acessível pelo Observatório do Café, Sistema que constitui-se num repositório temático do conhecimento científico e tecnológico, contendo teses e dissertações de mestrado e doutorado; palestras, artigos e demais trabalhos apresentados nos Simpósios de Pesquisa dos Cafés do Brasil e nos Congressos Brasileiros de Pesquisas Cafeeiras. Tem por objetivo unificar e facilitar o acesso à produção científica das instituições consorciadas, contribuindo para a transferência de tecnologias, produtos e serviços ao setor produtivo e agroindustrial do café, para todos os segmentos da cadeia, além de professores, pesquisadores e extensionistas. Para ter acesso gratuito a esse repositório temático do conhecimento científico e tecnológico da cafeicultura clique no link http://www.sbicafe.ufv.br/. Referido SBiCafé tem publicações técnico-científico do controle e mitigação da broca-do-café, como exemplo, citamos o Controle químico da broca-do-café com cyantraniliprole e Mineração de dados espectrais para modelagem de ocorrência da broca do café.

Embrapa Rondônia – No livro intitulado ‘Amazônia’, a broca-do-café também foi abordada como sendo a principal praga do cafeeiro na região, em virtude de a maioria das lavouras da Região Amazônica cultivarem a espécie de café robusta (C. canephora), a qual é preferencialmente atacada pelo inseto Hypothenemus hampei. Nessa publicação são apresentados métodos de monitoramento e controle da broca nas lavouras infestadas, que consistem basicamente na determinação das características biológicas do inseto, grau de infestação, emprego de controle químico ou biológico natural e, ainda, o controle cultural, por meio do qual se permite fazer a colheita de forma criteriosa, evitando deixar frutos remanescentes, e um repasse na lavoura, se necessário, para evitar a sobrevivência da praga nos frutos da próxima safra. Acesse gratuitamente esse livro aqui.

 

Conheça a história do broca-do-café no Brasil acessando a publicação “A campanha contra a broca do café em São Paulo” (1924-1929) por meio do link: http://www.scielo.br/pdf/hcsm/v13n4/09.pdf

Saiba mais sobre o controle e mitigação da broca-do-café consultando no Observatório do Café no item intitulado “Consorciadas dispõem de tecnologias para monitoramento e controle da broca-do-café”.

Confira todas as análises e notícias divulgadas pelo Observatório do Café no link abaixo:

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/imprensa/noticias

Acesse Publicações sobre café e portfólio de tecnologias do Consórcio Pesquisa Café

http://www.consorciopesquisacafe.com.br/index.php/publicacoes/637

Fonte: Embrapa Café | Lucas Tadeu Ferreira | Anísio José Diniz