[VIDEOAULA] Dano causado pela ferrugem da soja.
O Professor Laércio Zambolim apresenta os danos causados pela doença da ferrugem na cultura da soja. Assista a uma aula gratuita!
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A Bayer lançou o Sivanto Prime 200SL, (Bula do Produto) que, de acordo com a empresa, possui grande eficiência no combate ao bicho mineiro do café, praga que pode reduzir a produtividade entre 30% e 40%. Quem mais sofre com esse inseto praga é a variedade arábica, espécie mais produzida no Brasil. Além desse inseto praga o produto também é eficaz contra vários outros, veja:
De acordo com estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o bicho mineiro se instala nas folhas dos cafeeiros, deixando um buraco e uma cor de ferrugem na superfície. Um ataque desse inseto causa uma considerável perda de folhas, que ficam desidratadas, secas e fracas, trazendo enormes prejuízos para os cafeicultores. Estudos comprovaram que a capacidade produtiva do cafeeiro pode ser reduzida em até 80%, conforme a região, a época e a intensidade da ação do inseto.
Fábio Maia, gerente de Marketing da Bayer para Frutas e Vegetais, Café, Citrus e Tabaco, explica que o princípio ativo de Sivanto possui um modo de ação diferenciado, pois age dentro do sistema nervoso do inseto. “Não existe nenhum produto no mercado com esta tecnologia. Outro diferencial é que ele pode ser pulverizado tanto no solo quanto na folha, único do mercado com esta característica, facilitando o manejo do cultivo”.
A Bayer afirma que seguindo as recomendações do engenheiro agrônomo e constantes em bula para a sua aplicação, “o produto não oferece risco ao meio ambiente e insetos benéficos, isto é, aos inimigos naturais do cultivo, como joaninhas e vespas, que fazem a predação natural no café”, pontua o executivo. Além de proteger o café o mesmo produto pode ser utilizado em diversas culturas, veja:
Antes do produto chegar ao campo, a empresa acompanhou seus resultados em 50 áreas demonstrativas nas regiões do Cerrado Mineiro, Mogiana e Alta Paulista. “Obtivemos resultados expressivos quando o Sivanto foi aplicado na planta. Se compararmos o manejo sem o inseticida, tínhamos 17% de folhas com minas vivas, que, depois da aplicação de Sivanto, identificamos a redução de quase 100% dessas minas”, comemora Maia.
O volume de calda pode variar de acordo com o estádio de desenvolvimento da cultura.
Para o preparo da calda, deve-se utilizar água de boa qualidade, livre de coloides em suspensão (terra, argila ou matéria orgânica), a presença destes pode reduzir a eficácia do produto;
O equipamento de pulverização a ser utilizado para a aplicação do SIVANTO PRIME 200 SL deve estar limpo de resíduos de outro defensivo.
Preencher o tanque do pulverizador com água até a metade de sua capacidade, inserir a dose recomendada do SIVANTO PRIME 200 SL, acrescentar óleo metilado de soja na proporção recomendada para o cultivo/alvo, completar a capacidade do reservatório do pulverizador com água, mantendo sempre o sistema em agitação e retorno ligado durante todo o processo de preparo e pulverização para manter homogênea a calda de pulverização. Prepare apenas a quantidade de calda necessária para completar o tanque de aplicação, pulverizando logo após sua preparação.
Na ocorrência de algum imprevisto que interrompa a agitação da calda, agitá-la vigorosamente antes de reiniciar a aplicação.
Equipamentos Costais (manuais ou motorizados):
Utilizar pulverizador costal dotado de ponta de pulverização do tipo leque (jato plano), calibrando de forma a proporcionar perfeita cobertura com tamanho de gota média a grossa e direcionando para o alvo desejado. Observar para que não ocorram sobreposições nem deriva por movimentos não planejados pelo operador.
Aplicação via drench (esguicho/jato dirigido): esta modalidade pode ser utilizada após o transplantio de mudas. Aplicar o produto diluído em água na forma de jato dirigido planta a planta (esguicho) através de pulverizador manual, motorizado ou tratorizado, de forma que o produto atinja o caule e escorra até o solo, utilizando o volume de calda de 15 mL/planta ou 50 ml/planta para a cultura do café, e a dose recomendada por hectare do produto.
Utilizar pulverizadores tratorizados de barra ou autopropelidos, com pontas de pulverização hidráulicas, adotando o espaçamento entre pontas e altura da barra com relação ao alvo recomendados pelo fabricante das pontas. Certificar-se que a altura da barra é a mesma com relação ao alvo em toda sua extensão, devendo esta altura ser adequada ao estagio de desenvolvimento da cultura de forma a permitir uma perfeita cobertura das plantas.
O equipamento deve ser regulado e calibrado de forma a produzir espectro de gotas médias a grossas.
Utilizar pulverizador tratorizado montado, semimontado ou de arrasto, dotado de ponta do tipo cone vazio com espaçamento entre pontas determinado pelo fabricante. As pontas devem ser direcionadas para o alvo de acordo com cada cultura, as pontas superiores e inferiores podem ser desligados para que não seja feita a pulverização no solo ou acima do topo da cultura, além do emprego de pontas com perfil de gotas variando entre grossa e muito grossa nas posições superiores, a fim de evitar a perda dessas gotas por deriva. A regulagem do ventilador deve oferecer energia suficiente para que as gotas sejam impulsionadas para o interior do dossel da cultura, conferindo a melhor cobertura no interior da estrutura da planta.
O equipamento deve ser regulado e calibrado de forma a produzir espectro de gotas médias a grossas.
Para aplicação aérea utilizar bicos rotativos ou barras equipadas com bicos hidráulicos de acordo com a vazão calculada ou recomendada pelo fabricante dos mesmos, devendo ser considerado o tamanho do orifício dos bicos, o ângulo de inclinação (em graus), a pressão (PSI) e a velocidade de voo (km/h), que permita a liberação e deposição de uma densidade mínima de 70 gotas/cm² e uma cobertura de pulverização uniforme, adotando classe de gotas que variam de média a grossa. Recomenda-se o volume de 30-50 L/ha de calda, altura média de voo de 3 metros da copa das plantas alvo e largura de faixa de deposição efetiva de 15-18 metros (de acordo com a aeronave utilizada).
Volume de calda | Tamanho de gotas | Cobertura mínima | Altura de voo | Faixa de aplicação | Distribuição das pontas |
30 – 50 L/ha | Média – Grossa | 70 gotas/cm² | 3 metros | 15 – 18 metros | 65% |
Temperatura | Umidade do ar | Velocidade do vento |
menor que 30°C | maior que 55% | entre 3 e 10km/h |
Não entre na área em que o produto foi aplicado antes da secagem completa da calda (no mínimo 24 horas após a aplicação). Caso necessite entrar antes desse período, utilize os equipamentos de proteção individual (EPIs) recomendados para o uso durante a aplicação.
Os usos do produto estão restritos aos indicados no rótulo e bula.
Quando este produto for utilizado nas doses recomendadas, não causará danos às culturas indicadas.
Não faça mistura de tanque com fungicidas do grupo azol (FRAC grupo 3) quando for aplicar o produto durante o período de florescimento.
Os limites máximos e tolerâncias de resíduos para as culturas tratadas com este produto podem não ter sido estabelecidas em nível internacional ou podem divergir em outros países, em relação aos valores estabelecidos no Brasil. Para culturas de exportação verifique estas informações previamente à utilização deste produto.
Este produto deve ser utilizado em total conformidade com as recomendações de uso contidas nesta bula.
É de inteira responsabilidade do usuário do produto a verificação prévia destas informações, sendo ele o único responsável pela decisão da exportação das culturas tratadas com este produto. Caso tenha alguma dúvida, consulte seu exportador, importador ou a Bayer S.A. antes de aplicar este produto.
É recomendada a manutenção do registro de todas as atividades de campo (caderno de campo), especialmente para culturas de exportação.
A resistência de pragas a agrotóxicos ou qualquer outro agente de controle pode tornar-se um problema econômico, ou seja, fracassos no controle da praga podem ser observados devido à resistência. O inseticida SIVANTO PRIME 200 SL pertence ao grupo 4D (moduladores competitivos de receptores nicotínicos da acetilcolina – Butenolide), Flupiradifurona, e o uso repetido deste inseticida ou de outro produto do mesmo grupo pode aumentar o risco de desenvolvimento de populações resistentes em algumas culturas.
Para manter a eficácia e longevidade do SIVANTO PRIME 200 SL como uma ferramenta útil de manejo de pragas agrícolas, é necessário seguir as seguintes estratégias que podem prevenir, retardar ou reverter a evolução da resistência:
Adotar as práticas de manejo a inseticidas, tais como:
Fonte: BAYER
Monitoramento inédito identificou 105 espécies de plantas daninhas na cultura do tomate, grau de infestação, frequência e dominância de cada uma delas. O trabalho destaca a Solanum americanum (popularmente conhecida como Maria-pretinha) como a espécie com maior potencial para causar prejuízos à cultura do tomate rasteiro. Ela foi identificada em 87% dos locais pesquisados.
O resultado é de um levantamento fitossociológico de plantas daninhas em áreas de produção de tomate rasteiro nos estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo. Foram analisadas 69 áreas em 24 municípios, que juntos são responsáveis por 98% da produção de tomate para processamento industrial no Brasil.
Prejuízos à cultura do tomate
As plantas daninhas podem causar depreciação na quantidade e na qualidade dos frutos. Algumas vezes, essas espécies podem inviabilizar a lavoura e, por isso, o seu controle é fundamental para manter o potencial produtivo da cultura. O levantamento traz elementos fundamentais, como definição das espécies e frequência de infestação, o que ajuda os produtores na escolha do manejo mais adequado para controlar as plantas daninhas e minimizar os prejuízos causados por elas.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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A pesquisadora da Embrapa Hortaliças (DF) Núbia Maria Correia, responsável pelo trabalho, explica que esse levantamento comprova a necessidade de um manejo integrado nas culturas que antecedem o cultivo do tomate. “Em 96% das áreas pesquisadas, a sucessão foi feita com milho ou soja”, informa.
“O manejo de plantas daninhas nas culturas usadas na rotação influencia a dinâmica da infestação no tomateiro. Vimos neste trabalho a soja e o milho atuando como daninhos ao tomate. Nessas situações, eles são conhecidos como plantas voluntárias ou tigueras. Por isso, a necessidade de o produtor ver o sistema de produção como um todo. Pensar de forma isolada faz com que um processo realizado na cultura atual interfira negativamente na próxima cultura. Nas áreas em que a soja antecedeu o plantio do tomate, principalmente em Goiás, há plantas como o capim-amargoso (Digitaria insularis) infestando o tomate”, exemplifica a pesquisadora.
Segundo estimativas da professora Abadia dos Reis Nascimento, da Universidade Federal de Goiás (UFG), e do vice-presidente da Associação Brasileira de Tomate para Processamento (Abratop), Rafael Sant´Ana, a área plantada com tomate para a indústria ocupa no País cerca de 17,6 mil hectares, com uma produção estimada em 1,4 milhão de toneladas ao ano. Os dados são referentes a 2014, mas refletem o cenário atual. De acordo com os estudiosos, entre os problemas que podem afetar a rentabilidade da produção estão pragas e doenças. Como as plantas daninhas atuam como hospedeiras, o manejo dessas espécies pode minimizar os prejuízos.
Manejo integrado de culturas é fundamental
As principais características das plantas daninhas são a grande produção de sementes, dormência e longevidade (a semente está viva, mas não germina, podendo permanecer por anos no solo). O manejo dessas espécies, na cultura anterior ao tomate, tende a diminuir o potencial de germinação e a produção de sementes de plantas daninhas.
A Maria-pretinha é um desses exemplos. O fruto que ela produz tem milhares de sementes e está presente em todas as regiões pesquisadas. Núbia Correia afirma que o manejo dessa planta tem que começar durante a cultura da soja ou do milho, porque existe apenas um herbicida registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) para a cultura do tomate com ação em plantas de folhas largas, como a Maria-pretinha – e ele não está sendo efetivo para essa espécie, conforme mostra o levantamento. Já para as culturas da soja e do milho existem herbicidas registrados e mais eficazes contra a Maria-pretinha.
Correia reconhece que o manejo integrado pode onerar o sistema de produção no primeiro momento, porém, o produtor precisa avaliar os benefícios. “É necessário pensar que os gastos com a redução de banco de sementes de plantas daninhas no solo é um investimento a médio e longo prazo”, enfatiza.
Prejuízos indiretos das plantas daninhas
O levantamento mostrou que, além do manejo químico, os produtores geralmente precisam fazer a catação, aumentando o custo de produção com mão de obra. A pesquisadora chama a atenção ainda para os prejuízos indiretos provocados pela estrutura das plantas daninhas. “Algumas espécies formam uma parte aérea densa que funciona como um guarda-chuva, impedindo que o jato da aplicação de inseticidas e fungicidas atinja a praga ou a doença instaladas no tomateiro”, explica.
Outro ponto que dificulta o controle das plantas daninhas é a percepção equivocada que o produtor tem em relação às espécies existentes em sua área. “Um produtor me disse que tinha duas ou três espécies de plantas daninhas e, após a avaliação, eu verifiquei cerca de 30 espécies”, conta a pesquisadora, acrescentando que, nesses casos, a percepção é bem diferente da situação real que se observa no campo.
Pesquisas testam herbicida eficiente contra a Maria-pretinha
Desde a coleta de dados para a consolidação do Levantamento Fitossociológico de Plantas Daninhas em Áreas de Produção de Tomate Rasteiro dos Estados de Goiás, Minas Gerais e São Paulo, em 2014, a pesquisadora Núbia Correia vem testando um herbicida, já registrado no Ministério da Agricultura para outra cultura olerícola, que tem apresentado potencial para o tomate destinado à indústria.
Os testes ocorreram em casa de vegetação. “Comecei esse trabalho depois que constatei a grande incidência da Maria-pretinha na cultura do tomate e realizei alguns estudos para selecionar herbicidas com potencial para o controle”, explica, acrescentando que esse produto atende a duas questões: controla a planta daninha e não prejudica a cultura do tomateiro, mesmo aplicando sobre as plantas.
O próximo passo é testar esse herbicida em área de produção comercial, com o registro especial temporário (RET automático) fornecido pelo Mapa. É preciso ampliar as pesquisas para o campo e verificar o desempenho desse herbicida.
Plantio direto reduz infestação em 86%
O controle químico é a principal estratégia de manejo das plantas daninhas nas culturas agrícolas, mas existem práticas conservacionistas como o plantio direto que mantêm a cobertura morta na terra e não revolve o solo. A Embrapa Hortaliças conduziu uma pesquisa sobre o manejo de plantas daninhas na cultura do tomate rasteiro sob o plantio direto com palha de milho e a influência na produtividade da cultura. O trabalho comparativo com o plantio convencional apresentou dados promissores com relação à emergência de plantas daninhas e não houve prejuízo à produção.
“Houve redução de 86% na infestação de plantas daninhas comparado com o plantio convencional, o que ocasionou menor aplicação de herbicidas. O plantio direto também resultou em produtividade comercial de frutos similar ao sistema de preparo convencional”, ressalta Núbia Correia. Durante a condução da área de plantio direto foi realizada uma única aplicação do herbicida metribuzin para manutenção do controle e não houve aplicação de graminicida. Já no sistema de plantio convencional houve necessidade de duas aplicações de metribuzin e duas de graminicida (cletodim e quizalofop-pethyl).
Os trabalhos foram realizados no período de novembro de 2016 a setembro de 2017 no campo experimental da Embrapa Hortaliças, na área rural do Gama (DF). O uso da palhada do milho como cobertura morta foi adotado porque, além da quantidade e da qualidade do material, essa cultura é comum no sistema de rotação com o tomate rasteiro. Mais de 50% das áreas de tomateiro são ocupadas anteriormente por milho, conforme demonstrou o levantamento fitossociológico.
A pesquisadora ressalta que a eficácia da palhada do milho no controle de plantas daninhas depende do tipo e da quantidade de material colocado no solo e da espécie de planta daninha, que pode ser afetada ou não pela cobertura morta. “Dependendo da espécie, a palhada pode estimular a germinação das sementes, decorrente da quebra da dormência”, reforça a pesquisadora. Ela acrescenta, no entanto, que existem outros estudos com hortaliças, como o melão, que comprovam os benefícios da palha no manejo de plantas daninhas.
Raio-X das áreas produtoras de tomate
O trabalho foi realizado em 69 áreas de produção comercial de tomate rasteiro, sendo 67 pivôs e duas áreas de gotejamento, com tamanhos variáveis entre 20 e 150 hectares. As áreas foram definidas em função da colheita do tomateiro, que é mais concentrada no período de julho a setembro.
Durante a coleta de dados, os produtores foram questionados sobre culturas utilizadas na rotação, transplante de mudas, espaçamento, tipos de cultivar, herbicidas usados na cultura, assim como as dosagens e pulverizações antes e após o transplante das mudas. Essas e outras informações possibilitaram a caracterização das áreas de produção de tomate industrial pesquisadas.
Foram encontradas 26 cultivares de tomate, o que indica grande diversidade de materiais genéticos. Destaque para dez cultivares, que juntas representam mais de 76% da área amostrada de tomate rasteiro nos três estados avaliados. Das 105 espécies de plantas daninhas encontradas, 99 eram verdadeiras e seis provenientes de restos culturais de feijão, milho, soja, sorgo granífero, tomate, trigo e milheto infestando a cultura do tomate rasteiro, distribuídas em 72 gêneros e 23 famílias.
Existem plantas boas ou ruins?
Mesmo quando se trata das plantas daninhas, a denominação sobre boa ou ruim vai depender do contexto em que essas espécies estão inseridas. A denominação vem do aspecto agronômico porque, biologicamente, a planta não é boa ou ruim. O capim-braquiária, por exemplo, é uma forrageira usada para pastagem, mas em contrapartida é considerado daninha se estiver em uma cultura agrícola, como soja ou tomate.
Fonte: Gislene Alencar | Embrapa Hortaliças
O CRISPR já demonstrou ter vários usos potenciais, e o mais novo deles pode nos ajudar a preservar uma das frutas mais populares do mundo: a banana. Pesquisadores de uma startup britânica chamada Tropic Bioscences estão usando a ferramenta de edição genética para criar bananas melhores, mais à prova de pragas do que as atuais, além de tentarem aprimorar grãos de café também, dois produtos, além de populares, importantes para a economia de diversos locais no mundo.
A empresa anunciou no dia 13 que levantou US$ 10 milhões para comercializar suas bananas e grãos de café desenvolvidas com o uso do CRISPR. A ferramenta de edição genética pode ser usada neste caso para editar com precisão o DNA, possibilitando a retirada de uma pequena porção do código genético, por exemplo, sem falar em outras técnicas de edição de gene. E isso se mostra importante neste momento porque, mais uma vez, a banana se vê sob risco de ser atingida por pragas e doenças e afetar a indústria no mundo todo.
Depois de dizimar uma variedade anterior e mais saborosa de banana, um fungo voltou a ameaçar a fruta, com uma nova estirpe letal que vem se espalhando pela África Oriental e apodrecendo bananas.
As bananas são criadas clonando outras árvores, portanto, isso significa que se uma árvore é suscetível à praga, as outras também são. Gilad Gershon, CEO da Tropic Biosciences, em entrevista à Fast Company, explica que isso “cria muita exposição para a indústria, porque uma doença que mata uma banana pode acabar com toda a indústria. Um besouro que ataca uma banana pode atacar todas elas”.
“Como a criação tradicional não é uma opção, a edição de genes faz muito sentido”, completa Gershon, afirmando também que a genética é o único caminho atual para se alterar bananas.
Outra vantagem apontada pelo CEO da Tropic Biosciences seria a possível diminuição de custos na produção das bananas. Gershon afirma que cerca de um quarto dos custos de produção de bananas hoje em dia vai para fungicidas e que, se as bananas forem mais resistentes, o uso de agroquímicos poderia diminuir.
A Tropic Biosciences trabalha também para prolongar o prazo de validade da banana usando a técnica de edição de genes sem envolver métodos de organismos geneticamente modificados. “Estendendo o prazo de validade, você pode reduzir significativamente o desperdício”, disse Gershon.
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Pós-graduação lato sensu a distância em Avanços no Manejo Integrado de Pragas em Culturas Agrícolas e Florestais
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Quanto ao café, a startup já conseguiu editar geneticamente uma variedade de grão naturalmente sem cafeína. No momento, o comum na indústria é remover a cafeína em um processo de encharcar e vaporizar os grãos, o que é custoso e até agressivo, diz Gershon, afetando também a nutrição e o sabor do café. “Se você cultivar o feijão sem a cafeína ou com uma quantidade menor de cafeína em primeiro lugar, então pode obter um produto final mais próximo do sabor do café normal e pode manter um conteúdo maior dos compostos mais saudáveis que são naturalmente encontrados no café.”
É de se imaginar que alimentos geneticamente modificados enfrentem alguma resistência de início por parte do consumidor médio, mas o número de testes por parte de diferentes empresas pelo mundo tem crescido.
Fonte: Fast Company | reproduzido de GIZMODO/UOL
As estratégias futuras para o combate à ferrugem asiática da soja foram discutidas em um painel realizado no último dia 13, durante o VIII Congresso Brasileiro de Soja, em Goiânia (GO). Pesquisadores da Universidade Federal de Viçosa, Embrapa e da Basf mostram diferentes avanços tecnológicos que auxiliarão os produtores nos próximos anos, mas foram unânimes em dizer que o controle da doença só será possível integrando diferentes ferramentas e ações de manejo.
A ferrugem asiática é a doença de maior impacto na cultura da soja no Brasil. Presente em todas as regiões produtoras, se não controlada, pode causar perdas de 30 a 90% da produção. Estima-se que por ano, os produtores brasileiros gastem cerca de US$ 2,2 bilhões com aplicação de fungicidas para controlar a doença.
Atualmente o controle é feito principalmente com o uso de fungicidas, porém, devido à grande capacidade mutagênica do fungo e à sua variabilidade genética, os produtos disponíveis no mercado estão perdendo sua eficiência ano a ano. Estratégias de manejo também são adotadas para reduzir a reprodução do fungo, como a adoção de períodos de vazio sanitário e o estabelecimento de épocas de plantio.
Outra forma de combater a doença é com o uso de cultivares resistentes. Atualmente já há dois materiais no mercado brasileiro e pesquisadores trabalham no lançamento de novas cultivares.
Para o professor da UFV Sérgio Brommonschenkel, é preciso que as novas cultivares combinem mais de um gene de resistência, de modo a garantir maior durabilidade na eficiência dos materiais. Para encontrar esses genes, pesquisadores trabalham com diferentes frentes. Uma delas é buscando em outras leguminosas não hospedeiras do fungo, como o feijão-guandu e feijão comum, por exemplo.
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Utilizando tecnologias de clonagem, edição gênica e transgenia, o objetivo é o de conferir à soja a resistência à doença sem deixar de lado características de alta produtividade e resistência à herbicidas e a pragas.
“O gene tem que funcionar quando transferido para a soja, tem que conferir resistência a um amplo espectro e tem que ter mecanismos de ação diferentes”, resume o professor da UFV.
A pesquisadora da Basf Karen Century mostrou o trabalho que vem sendo desenvolvido pela empresa para o desenvolvimento de cultivares resistentes. Otimista com os resultados obtidos nos testes de campo, confirmou para a próxima década o lançamento no mercado.
“Estamos em busca de uma solução durável, que gere segurança para os produtores. A solução está no uso de tecnologias e diferentes formas de ação. Só assim será possível dar mais segurança ao produtor”, disse a pesquisadora norte-americana.
Conhecendo o inimigo
Outra linha de ação dos cientistas está na busca por alternativas por meio do melhor conhecimento do fungo Phakopsora pachyrhizi. Como ele tem elevada variabilidade genética, é preciso entender os mecanismos de ação para encontrar possíveis formas de evita-las.
Nesse sentido, pesquisadores identificaram 851 proteínas que o fungo injeta no tecido vegetal. Isoladas, as proteínas foram testadas como forma de se saber quais delas provocam reações de defesa da planta. Esse conhecimento, juntamente com a finalização do sequenciamento genômico do fungo possibilitarão trabalhos em busca de se encontrar formas de silenciar os efeitos danosos do microrganismo.
“Quanto mais a gente conhecer o fungo e pudermos explorar as opções que nós temos, mais chances teremos de sucesso no combate à ferrugem asiática”, afirma a pesquisadora da Embrapa Soja Francismar Marcelino.
Fonte: Embrapa Soja