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Como a indústria de suco e os produtores de laranja se juntaram para combater uma praga

Como a indústria de suco e os produtores de laranja se juntaram para combater uma praga

LARANJAS AFETADAS PELO GREENING (FOTO: JOE RAEDLE/GETTY IMAGES)

 

Em 2004, foi detectada pela primeira vez nos laranjais brasileiros uma praga conhecida como greening. Sem cura, a doença surgiu na Ásia e é causada por uma bactéria e transmitida por um inseto. É conhecida por ser uma das mais devastadoras pragas para a citricultura. Mais de dez anos depois, a incidência de greening nos laranjais brasileiros é de 17%. Nos Estados Unidos, onde a doença foi detectada em 2005, mais de 90% das árvores estão infectadas atualmente, o que derrubou a produção de laranjas na Flórida, principal estado produtor da fruta. Como o Brasil conseguiu controlar a disseminação da doença?

Juliano Ayres, diretor do Fundo de Defesa da Citricultura (Fundecitrus), falou sobre o tema durante evento organizado pela American Society of São Paulo. O fundo privado foi criado há 40 anos pelas empresas Cutrale, Citrosuco e Dreyfus, em parceria com produtores brasileiros de laranja.

Segundo ele, o Brasil focou no manejo da praga. “Antes do greening, nós tínhamos enfrentado várias pragas menos severas. Já existia todo um sistema de manejo”, diz Ayres. Nos Estados Unidos, o foco principal foi a busca pela cura da doença – o que ainda não foi alcançado.

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O primeiro passo foi diagnosticar as árvores doentes e isolar as novas árvores, para que não fossem contaminadas. “Hoje, todas as mudas são plantadas em estufas”, diz Ayres. “Desde 2003, foram produzidas 200 milhões de novas árvores”.

A dificuldade maior é que esse controle precisa ser feito em todas as árvores da região – não adianta um produtor erradicar o greening ou outra praga em sua propriedade se o vizinho tiver o laranjal afetado. Hoje, o Fundecitrus tem um sistema de armadilhas naturais para detectar o greening nos estágios iniciais, seja em fazendas produtivas, árvores em quintais de casas na região ou pomares abandonados. Outro controle é sobre a população do mosquito transmissor da doença — quando o número aumenta demais, uma das possibilidades é a criação e liberação de vespas, que são inimigos naturais da Diaphorina citri, o inseto transmissor do greening.

A pós-graduação em Manejo Integrado de Pragas da AgroPós possui um seleto e qualificado grupo de professores, que também são titulares na Universidade Federal de Viçosa, saiba mais.

Outra frente é o auxílio para que os produtores usem os pesticidas corretos, na quantidade necessária e na fase ideal de aplicação. Para isso, a instituição criou um programa chamado Sistema de Pulverização Integrado (SPIF), que calcula a quantidade de pesticida necessária para cada propriedade, considerando a área, concentração das árvores e condições climáticas. “Com isso, conseguimos reduzir em 50% o uso de pesticidas”.

Agora, o foco da pesquisa realizada pelo Fundecitrus é a busca por soluções mais sustentáveis na citricultura. O uso de água já foi reduzido em 30% a 70%, dependendo da região – apenas 25% da área plantada com citros no Brasil é irrigada artificialmente. Em parceria com outras instituições de pesquisa, como a Universidade de São Paulo (USP) e a Embrapa, o fundo está desenvolvendo biopesticidas e outras formas de manter os insetos que transmitem doenças longe das lavouras, como o uso de feromônios que atraem os mosquitos para fora das plantações e de plantas como a jasmim-laranja, que mata o inseto que transmite o greening.

Fonte: Época Negócios

Aplicativo gratuito identifica inimigos naturais de pragas agrícolas

Aplicativo gratuito identifica inimigos naturais de pragas agrícolas

 

Imagem: divulgação/Embrapa

 

Um dos maiores desafios para o produtor é identificar os inimigos naturais das pragas que atacam sua lavoura. Nesse processo, ele pode confundir um agente natural de controle de pragas com a própria praga. Para evitar essa confusão, especialistas da Embrapa Agrobiologia (RJ) desenvolveram um aplicativo gratuito, chamado Guia InNat, que permite consultar imagens dos agentes naturais de controle mais comuns. O programa está disponível apenas para Android e o download pode ser feito na loja de aplicativos do Google.

Com um smartphone em mãos, o produtor pode comparar um inseto coletado em campo com a galeria de imagens do aplicativo. Ele também pode ir para o campo, fotografar um inseto presente na lavoura e comparar no mesmo momento a foto tirada com as imagens da galeria do Guia InNat. O aplicativo ainda contém informações sobre cada grupo de inimigo natural e sua função na natureza. “De nada adianta a presença de insetos benéficos na lavoura se o agricultor confundi-los com os que podem causar danos à plantação”, alerta, em nota à imprensa, a pesquisadora da Embrapa Alessandra de Carvalho Silva, especialista em controle biológico de pragas e uma das idealizadoras do aplicativo.

A galeria de imagens do Guia InNat contém informações de 13 famílias de insetos predadores, além de parasitoides e aranhas. São inimigos naturais generalistas, ou seja, não são muito específicos e comem uma grande quantidade de insetos-praga. Dessa maneira, a ferramenta possibilita a identificação de um determinado inseto visto com frequência na lavoura. “É também uma forma de o produtor saber se a área dele está bem ecologicamente. Se há mais inimigos naturais é porque o manejo está adequado”, explica Alessandra.

O fato de o aplicativo conter informações sobre o papel dos inimigos naturais como agente de controle ajuda o agricultor no momento de tomar decisões. A joaninha, por exemplo, alimenta-se de pulgões, cochonilhas, ácaros, moscas-brancas, larvas e também de ovos de diferentes insetos. Todas essas informações são dadas pelo aplicativo. Portanto, se o produtor encontrar joaninhas em uma lavoura atacada por pulgões, ele saberá que, em breve, a população da praga será reduzida. “O InNat pode facilitar o entendimento sobre quem são os vilões e quais os insetos benéficos para as lavouras”, enfatiza a pesquisadora da Embrapa.

Se há lagartas na lavoura e o agricultor encontra o inseto conhecido por “tesourinha” na plantação, com o InNat em mãos, ele vai constatar que este é um inimigo natural muito útil. “[Tesourinhas] São predadores de ovos, pulgões, moscas-brancas, lagartas pequenas…”, informa o aplicativo, que traz ainda dez fotos desse agente de controle. Na dúvida, basta fotografar o inseto que está presente na lavoura e comparar com as fotos do aplicativo.

A Embrapa lembra que o Guia InNat também é um facilitador para os produtores que fazem uso do manejo integrado de pragas (MIP). Reconhecer os inimigos naturais das pragas é um passo importante para o sucesso do MIP. “Sem o devido reconhecimento desses organismos benéficos, as etapas seguintes do MIP ficam comprometidas”, explica Alessandra.

Fonte: Globo Rural

Vídeo: manejo sustentável dos insetos-praga da soja

Vídeo: manejo sustentável dos insetos-praga da soja

Vídeo: manejo sustentável dos insetos-praga da soja

A cultura da soja está sujeita, durante todo o seu ciclo, ao ataque de diferentes espécies de insetos-praga. O complexo de lagartas que se alimenta de folhas e os percevejos que sugam os grãos estão entre os mais importantes. O controle das principais pragas da soja deve ser feito com base nos princípios do “Manejo Integrado de Pragas”. Essa metodologia consiste na tomada de decisão de controle com base no nível de ataque, no número e tamanho dos insetos-pragas e no estádio de desenvolvimento da soja.

Veja a reportagem a partir do minuto 13 do vídeo a seguir:

Manejo de praga diminuiu em 50% o uso de inseticida

Manejo de praga diminuiu em 50% o uso de inseticida

Foto: Divulgação/ Emater

Manejo de praga diminuiu em 50% o uso de inseticida

Sustentabilidade na lavoura e boas práticas garantem qualidade ao alimento e economia.

O manejo integrado de pragas da soja, de acordo com o Instituto Emater, diminuiu em 50% o uso de inseticidas nas últimas quatro safras no Paraná até o início de 2017. O assunto foi apresentado pelo Instituto por meio da campanha “Plante o seu Futuro” que reúne práticas agrícolas para reduzir a quantidade de inseticidas na lavoura.

Segundo o Emater, o monitoramento das doenças da soja representou redução de 25% na aplicação de fungicidas. O engenheiro agrônomo Onobio Vicente Werner, técnico do EMATER, afirma que o monitoramento da ferrugem da soja possibilita que se retarde em 15 dias a entrada dos fungicidas nas lavouras. Desta forma, de acordo com o técnico, se elimina, no mínimo, uma aplicação de fungicida.

Werner diz ainda que, se todos os agricultores do estado fizessem o monitoramento da ferrugem da soja, a economia poderia chegar R$ 600 milhões em todo o estado.

Além da questão econômica, vale destacar os benefícios que a redução de fungicidas e inseticidas promove ao meio ambiente e à qualidade do alimento e à saúde do produtor.

Fonte: G1

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Plano de manejo de pragas reduz uso de agrotóxicos em lavouras de soja do Paraná

Especialistas da Emater e da Embrapa trabalham conscientização dos agricultores para diminuir uso de produtos químicos na produção.

Por G1 PR, Curitiba

Especialistas da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) têm visitado produtores de soja do Paraná, para divulgarem um plano de manejo de pragas.

Com a conscientização dos agricultores, segundo os agrônomos, o uso de agrotóxico nas lavouras do estado pode diminuir pela metade. Assista à reportagem.