Entrar no mercado do agronegócio vale a pena?O mercado do agronegócio é robusto, e o setor contribui de forma bastante significativa para a economia do país, pois garante não só o abastecimento interno como também um volume importante nas exportações. Números da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) mostraram que — entre as safras 1990/1991 e 2016/2017 — a produção brasileira de grãos teve um aumento de 310%. Mas vale a pena entrar no mercado do agronegócio?

Sim, vale a pena, como vamos explicar a seguir, mas vale ressaltar que esses bons resultados não acontecem sozinhos. É fundamental ter um gestor por trás das operações que consiga pensar de forma estratégica para melhorar a produtividade e entender os aspectos fiscais, trabalhistas e outros desafios desse segmento.

Se você tem interesse em atuar nesse mercado, vai gostar do post que preparamos para você. Mostramos a situação atual do agronegócio brasileiro, suas perspectivas, fatores que afetam a gestão e a importância de fazer uma pós-graduação nesse segmento. 

Qual é a situação do mercado do agronegócio no Brasil?

Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) indicam que o Brasil tem 62,6 milhões de hectares de área plantada (safra 2018/2019). Segundo informações do MAPA, em 2017, o agronegócio foi responsável por 1 a cada 3 empregos e representou 21,6% do Produto Interno Bruto (PIB).

Enquanto o PIB no país cresceu 1% naquele ano, o do setor teve um salto de 7,2% segundo o cálculo do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/USP) e Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).

É importante destacar que o PIB do agronegócio inclui não só as atividades primárias realizadas no campo, mas também as de transformação e distribuição. Isso mostra a amplitude desse mercado e as possibilidades de atuação.

Mercado externo

As informações relativas ao mercado externo do agronegócio também são positivas para os produtores nacionais. De acordo com a publicação Perfil do Agronegócio Mundial, elaborada pela Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, o Brasil é o segundo maior produtor mundial de soja e terceiro maior de milho (safra 2017/2018). No caso da soja, o país só perde para os Estados Unidos; já em relação ao milho, a produção brasileira fica atrás da norte-americana e chinesa.

Quando se trata de volume de exportações, o Brasil ocupa o primeiro lugar para a soja e a segunda posição para o milho.

Quais são as perspectivas para essa área?

Segundo a CNA, há perspectiva de crescimento do mercado de agronegócio em 2019: a previsão é que tenha um aumento de 2% no PIB. Em 2018, o PIB do setor ficou estável, principalmente por problemas na distribuição dos produtos e aumento do valor dos insumos agrícolas — ocasionados pela greve dos caminhoneiros, que paralisou a economia do país.

A produção de grãos no Brasil também deverá crescer no ano por contas das boas condições climáticas de acordo com as projeções do CNA. A produção de soja, por exemplo, deverá crescer 5 ou 6%.

Previsões da confederação também mostram um ânimo do setor por conta da recuperação da economia, já que haverá uma demanda maior nos produtos agropecuários destinados ao mercado interno.

Já no cenário internacional, a projeção é que os preços agrícolas fiquem em um patamar baixo, principalmente pela alta da produção e depreciação cambial em países exportadores de commodities.

Quais são as principais dificuldades na gestão desse segmento?

Com tantos dados otimistas, o mercado do agronegócio é sim uma boa escolha para investir. No entanto, o setor apresenta algumas especificidades e, para garantir bons resultados, o gestor enfrenta dificuldades, como:

  • sazonalidade da produção;
  • adversidades climáticas;
  • excesso de tributação, o que eleva o custo da produção;
  • legislação trabalhista;
  • gerenciamento da mão de obra;
  • aspectos relativos ao financiamento para o setor;
  • custo com transporte rodoviário e insuficiência de uma infraestrutura hidroviária e ferroviária no país;
  • questões relacionadas ao estoque e armazenagem;
  • impacto da produção no meio ambiente.

Qual é a importância de se fazer uma pós-graduação nessa área?

Se, para administrar qualquer empresa, o conhecimento em gestão é necessário, quando se trata do agronegócio, isso se torna indispensável. Desse modo, se você quer atuar nesse mercado em amplo crescimento e que apresenta boas perspectivas, a dica é se qualificar.

É importante realizar cursos de pós-graduação, para desenvolver um olhar estratégico sobre toda a cadeia que envolve o agronegócio, desde a produção agrícola ou pecuária até a comercialização dos produtos. É preciso estar preparado para lidar com diversas áreas, aspectos trabalhistas e tributários, questões relacionadas ao meio ambiente, entre outros pontos envolvidos na gestão — como finanças, recursos humanos, logística e marketing.

Ao realizar uma qualificação voltada para o segmento, o profissional adquire conhecimento e habilidades para fazer um trabalho eficiente, ou seja, que envolva planejamento e organização diante de tantas peculiaridades desse setor. Isso porque as aulas têm um enfoque mais prático e são voltadas para os desafios do mercado do agronegócio.

O curso de pós-graduação voltado para gestão do agronegócio é direcionado para quem já atua ou quer atuar nesse segmento, seja trabalhando diretamente no campo ou em empresas que fazem parte da cadeia do agronegócio — como indústrias de insumos, de máquinas agrícolas, agroindústria ou ainda comércio relacionado a essa área.

Para que você escolha um curso de qualidade, a dica é procurar por instituições de ensino de referência, que ofereçam uma boa infraestrutura e corpo docente qualificado. Desse modo, você fica tranquilo pois sabe que está investindo seu tempo e dinheiro em uma formação que vai fazer a diferença na sua carreira.

Como se vê, vale a pena entrar no mercado do agronegócio. O setor tem uma participação expressiva na economia e previsão de crescer ainda mais. Quem busca um curso de gestão específico para o segmento pode conseguir boas oportunidades.