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Os inseticidas são os defensivos agrícolas, que atuam na prevenção e controle de insetos e pragas, responsáveis por grande perda nas lavouras. Eles classificados de acordo com sua composição química. Neste post vamos falar tudo que você precisa saber sobre a classe do inseticida Piretróide.

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Inseticida piretróide: saiba tudo sobre o assunto!

 

Os inseticidas são os defensivos agrícolas, que atuam na prevenção e controle de insetos e pragas. Responsáveis por grande perda nas lavouras.

Além de reduzir na produtividade, dependendo da intensidade da infestação e danos causados, os insetos podem matar a lavoura.

Os inseticidas são substâncias químicas ou biológicas e são usados para controlar doenças e plantas daninhas que afetam as culturas. Neste post vamos abordar sobre a classe piretroide, sendo o inseticida mais utilizado na agricultura.

 

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O que é inseticida piretróide?

O inseticida piretróide é um éster do ácido crisantêmico produzido pelas plantas do gênero Chrysanthemum.

Durante muito tempo, a piretrina foi utilizada no combate de insetos, primeiro por ser eficaz nessa função e agir sobre uma grande diversidade de espécies. E depois por ser pouco tóxica ao indivíduos expostos.

No entanto, ela detém propriedades que muito prejudicam sua ação. Como por exemplo, o fato de ser facilmente decomposta pela luz solar e ser instável ao ar.

É eficaz contra pulgões, lagartas, cochonilhas, moscas brancas e formigas. De acordo com estudos, os piretroides possuem uma toxicidade muito baixa para os mamíferos. Sendo extremamente seguros para utilização doméstica.

 

Origem e evolução do inseticida piretróide

Os primeiros usos destes inseticidas datam por volta de 1840 na região de Dalmácia (atualmente abrange territórios da Croácia, Bósnia e Herzegovina e Montenegro), onde um preparado de flores secas de Chrysanthemum cinerariifolium e Chrysanthemum coccineum, originárias desta região, foi utilizado no combate de mosquitos.

Hermann Staudinger e Lavoslav Ružicka em 1924 descreveram as primeiras estruturas químicas envolvidas na ação inseticida dos extratos dessas flores, estruturas nomeadas de piretrinas.

Porém, estes extratos oxidavam-se rapidamente tornando-se inativos e perdiam atividade quando expostos a luz e ao calor. Desta forma, seu uso se dava quase que, exclusivamente, no interior das residências.

 

Tecnologias que agregam qualidade à pulverização

 

O descobrimento das estruturas das piretrinas abriu espaço para o desenvolvimento de Piretróides 30. Equivalentes sintéticos, nomeados de algumas piretrinas naturais.

 

Utilização do inseticida piretróide

Os piretróides são utilizados em ambientes domésticos, comerciais, industriais, agrícolas, veterinário, área médica e saúde pública.

Na área agrícola, sua utilização se dá, principalmente, no controle de insetos (principalmente pulgões e carunchos) em plantações plantações e no armazenamento de grãos. No uso doméstico, o combate visa eliminar as baratas, mosquitos e formigas.

Na veterinária, se utiliza no controle de ectoparasitas, como por exemplo, carrapatos e pulgas, na medicina humana no controle de ectoparasitas como os piolhos, e na malária na saúde pública

Porém, cabe salientar que alguns piretróides como a bifentrina, cialotrina e deltametrina apresentam isômeros específicos mais potentes. Como a cis-bifentrina, a cialotrina e a cis- deltametrina. Nestes casos, as formulações comerciais são enriquecidas com estes isômeros.

 

Mecanismo de ação dos inseticidas

Existem várias formas do inseticida afetar a praga. Os principais modos de ação, são por contato direto do produto no alvo ou a ingestão de folhas que contenham o princípio ativo.

 

Modo de ação dos inseticidas

 

  • Ingestão: É absorvido pelo intestino médio, circula na hemolinfa e atinge o sistema nervoso. Inseticidas mais antigos possuíam este tipo de ação;
  • Contato: Sua ação se dá pelo contato com o corpo do inseto, penetrando na epicutícula e sendo conduzido através do tegumento, onde irá atuar sobre as terminações nervosas. Pode matar insetos-praga pelo simples contato com superfícies atingidas pelo inseticida;
  • Fumigação: O inseticida age pelas vias respiratórias, devendo ser inalado na forma de gás pelo inseto. O gás penetra através dos espiráculos e age sobre o sistema nervoso.
  • Profundidade: Inseticida capaz de atingir insetos através do tecido vegetal (ação translaminar), como sob uma folha ou dentro de um fruto;
  • Sistêmico :É aquele inseticida que, aplicado sobre folhas, troncos, ramos, raízes e sementes é capaz de ser absorvido e circular com a seiva para todas as partes da planta.

 

Diretrizes de uso do inseticida piretróide

A crescente popularidade dos inseticidas piretróides levou a um aumento do risco de transferência dos resíduos para o ecossistema, através da cadeia alimentar e via resíduos na água, frutas e vegetais.

Consequentemente, para proteger a saúde dos consumidores, foram estabelecidos limites máximos de resíduos (LMRs), que significa a quantidade máxima de resíduo de agrotóxico/medicamento veterinário que pode estar presente naquele alimento veterinários40.

Seguindo as boas práticas agrícolas/boas práticas de uso de medicamentos Os LMRs estão definidos para uma ampla gama de produtos alimentares de origem vegetal e animal e geralmente, se aplicam ao produto in natura.

 

Efeitos adversos

A utilização de pesticidas causa efeitos tóxicos nos sistemas ecológicos.

 

Efeitos adversos no meio ambiente

O inseticida piretróide podem passar para a cadeia alimentar e, por fim atingir os seres humanos. Podem-se considerar três fontes: a contaminação do solo e da água; o processo de fabricação e os produtos aplicados em vegetais e animais.

De uma maneira geral, a circulação dos tóxicos, é feita entre o ar, a água e o solo. Os piretróides são disseminados no meio ambiente, por exemplo por pulverização na agricultura e concentrados em tecidos adiposos por serem lipofílicos.

 

Efeitos adversos em animais

O inseticida piretróide ao entrarem em circulação nos sistemas ecológicos atingem organismos não-alvo. Os estudos toxicológicos confirmaram que a toxicidade para mamíferos é baixa.

Como já referido, a toxicidade para mamíferos é baixa. Indicam um baixo potencial de bioacumulação e desintoxicação.

 

Efeitos adversos em humanos

Os sinais e sintomas de envenenamento podem ocorrer em diversas formas. E os sintomas da exposição aguda aos inseticidas piretróides podem durar até dois dias.

Os inseticidas piretróides podem agir como alergenos respiratórios e da pele, provocando reacções asmáticas e de dermatite de contacto.

Outros sintomas de toxicidade aguda por inalação incluem espirros, dor de cabeça, náuseas, descoordenação, tremores, convulsões, rubor e inchaço facial, sensação de ardor e comichão. Os sintomas mais severos estão descritos em crianças e em idosos.

 

Como evitar danos à saúde e ao meio ambiente

Para tomarmos esses cuidados, devemos ficar atentos às seguintes recomendações antes, durante a após o manuseio e utilização desses produtos:

  • A aquisição de um produto deve ser feita via obtenção de um receituário agronômico, prescrito por um profissional habilitado (engenheiro agrônomo);
  • Seguir todas as recomendações sobre transporte e armazenamento dos produtos, em conformidade com a legislação e com as recomendações do fabricante/distribuidor;
  • Não colocar os produtos químicos junto a sacos de alimentos ou adubos;
  • Impedir o acesso de pessoas não autorizadas, crianças e animais ao depósito são medidas para evitar problemas antes mesmo da aplicação;
  • Realizar a leitura do rótulo e da bula antes da utilização do produto;
  • Utilizar Equipamento de Proteção Individual (EPI) durante todo o processo de manuseio, incluindo preparo da calda e aplicação;

 

Aplicação dos inseticidas

Na prática, antes de se tomar qualquer decisão, deve-se ter em mente três questões relativas à tecnologia de aplicação: o que aplicar (qualidade do produto), como aplicar (qualidade da aplicação) e quando aplicar (momento da aplicação).

Para se definir o que aplicar, antes se tem que fazer uma análise correta do problema a controlar e qual impacto econômico e ambiental que esse problema poderá causar, se não for devidamente controlado.

Uma vez definido que é necessário fazer uma intervenção, qual o melhor produto a ser aplicado e onde esse produto deve ser depositado, ou seja, qual alvo deverá ser atingido.

É necessário bom planejamento antes do plantio, para que tudo possa ser executado no momento necessário e de forma correta.

O sucesso de uma aplicação depende da capacidade operacional da fazenda. Ou seja os equipamentos disponíveis devem permitir aplicar os defensivos de forma correta e no momento necessário.

 

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Conclusão

Portanto, os inseticidas piretróides são os grandes responsáveis pelo controle de pragas nas lavouras e até mesmo doméstica. Porém, deve haver muito cuidado na hora de se utilizar esses recursos na aplicação.

Isso porque, se forem usados de forma inadequada, podem gerar consequências para os trabalhadores, para a lavoura, para o consumidor e até mesmo para o meio ambiente.

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Escrito por Michelly Moraes.

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