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A utilização de fungicidas na soja envolve altos custos e riscos ambientais onde qualquer erro será crítico. Então confira esse artigo para saber como utilizar os fungicidas de modo mais eficiente e criterioso.

 

Fungicidas da soja: o que você precisa saber antes de usá-los.

 

Na safra 2020/21 o Brasil obteve uma produção de 135,861 mil toneladas de soja, 8,8% a mais do produzido na safra anterior.

Além de ser o maior produtor mundial de soja, o Brasil também é o maior exportador desse grão.

Tendo sua cadeia produtiva fortemente associada ao setor pecuário com a produção de ração. Mas também pode ser utilizada na alimentação humana de forma in natura ou derivados (óleos, farinhas, leite, queijo).

Dos diversos fatores que comprometem a produtividade da soja as doenças muitas vezes desempenham um papel de destaque.

Confira quais são principais doenças da soja e repare bem quantas dessas são causadas por fungos, em esse outro artigo do blog: Doenças da soja: Conheça as 7 principais!

Principalmente quando não tomado os cuidados necessários e básicos de seus manejos de forma integrada.

O que inclui também, um bom uso dos defensivos agrícolas da classe dos fungicidas, foco da discussão desse artigo.

Assim continue lendo esse artigo para entender a importância de manejar as doenças da soja com fungicidas de maneira técnica e criteriosa.

 

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Quais são os fungicidas da soja?

Consultando o sistema de agrotóxicos fitossanitários (Agrofit) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA).

Na seção de produtos formulados da classe de fungicidas registrados para a soja se encontra um total de 366 produtos comerciais.

Contudo muito desses fungicidas comerciais compartilham princípios ativos do mesmo grupo químico, a exemplos dos triazol, benzimidazol, estrobilurina e carboxamida.

Onde cada um desses grupos de fungicidas apresentam propriedades que vão interferir na forma em que são absorvidos (ou não), e assim, por sua vez em seu princípio de controle.

Havendo por exemplo, fungicidas que atuam por contato tendo assim um princípio de radicação e outros que agem de modo sistêmico tendo uma ação mais terapêutica.

Possuir esse conjunto de informações essências dos fungicidas em que se deseja utilizar na sua lavoura já contribui muito para responder à pergunta do tópico seguinte.

Mas não deixe de conferir quais outros fatores e ferramentas podem te dar uma resposta.

 

Fungos causadores de doenças em plantas.

 

Quando utilizar fungicidas na soja?

Os fungicidas da soja podem ser utilizados para prevenir e combater as doenças desde o tratamento de semente, durante o ciclo da soja até o armazenamento dos grãos.

Mas o ponto crítico que determina a utilização ou não de um fungicida na soja é quando se analisa o nível de dano econômico.

Isso junto a uma visão de se conviver com as doenças ao invés de tentar erradica-las, uma vez que isso já se mostrou ineficiente ao longo do tempo. Devido ao fenômeno de resistência a fungicidas que muitas doenças desenvolvem.

Assim uma importante ferramenta para uma utilização de fungicidas na soja de maneira consciente e eficiente é através do monitoramento periódico das doenças de sua lavoura de soja.

Trabalho que depende de um conhecimento mínimo de identificação das principais doenças que afetam a cultura de interesse. Somado ao conhecimento do histórico da área em que seja deseja cultivar soja.

Outra ferramenta essencial para o monitoramento de doenças são os chamados sistemas de previsão e aviso.

Esses sistemas relacionam os fatores ambientais como temperatura, pluviosidade junto a fatores de manejo ou da planta hospedeira. Como data de semeadura e os estádios fenológicos da planta.

Se você quiser relembrar estádios fenológicos da soja recomendo a leitura do seguinte artigo do blog da Agropós: Saiba os fatores que afetam o ciclo da soja.

Com a junção dessas informações podemos ter uma noção mais precisa dos momentos favoráveis para o desenvolvimento de uma doença importante.

Assim com o emprego de tais práticas e ferramentas são evitadas aplicações de fungicidas desnecessárias o que é também mais econômico e gera menos impactos ambientais.

 

Manejo dos fungicidas da soja

Quando se realiza um bom manejo dos fungicidas da soja, integrando os diversos pontos discutidos até aqui, também será mais fácil respondera perguntas como:

“Quantas aplicações de fungicida devo fazer na soja?” ou “quando devo fazer a última aplicação de fungicida na soja?”

Além de entender que cada situação é única e dependente dos demais fatores produtivos que se tem em cada ano da soja, não havendo assim um melhor fungicida para soja.

Sendo necessário a consulta de um engenheiro agrônomo. O qual é responsável pela emissão do receituário agronômico, do mesmo modo de quando vamos ao médico e precisamos de receita para a medicação.

Mas além disso o agrônomo é responsável por informar e instruir quantos aos aspectos de segurança para aplicação do fungicida.

 

Equipamentos de proteção individual

 

Assim como a compatibilidade entre princípios utilizados em misturas e a rotação de princípios ativos dos fungicidas já aplicados no local. As práticas de manejo são importantes para se evitar a seleção doenças com isolados resistentes.

Elas são possíveis de ser complementadas quando entendidas como parte de tantas outras que formam o manejo integrado de doenças da soja.

Esse manejo visa trabalhar integrando e diversificando as estratégias de controle desde uma visão mais preventiva quanto de alternativa aos fungicidas.

Nesse contexto podemos citar os produtos conhecidos como indutores de resistência, os quais são livres do ônus de gerar isolados resistentes.

Esses compostos, como o clássico acibenzolar-S-metil (ASM), irão atuar sobre a planta, potencializando seus mecanismos de defesa.

 

Plataforma Agropós

 

Conclusão

Espero que após a leitura desse artigo você tenha visto alguns dos fatores necessários para uma utilização mais eficiente e criteriosa dos fungicidas da soja.

Assim como também ter esse tipo de informação pode te ajudar a obter um manejo mais econômico e de menores impactos ambientais.

Se quiser ler mais artigos como esse e de outros assuntos de seu interesse continue navegando no blog da Agropós. Além de deixar seu comentário sobre esse conteúdo.

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