(31) 9 8720 -3111 contato@agropos.com.br

Acor que nós vemos hoje nos oceanos pode mudar até o final deste século. É o que mostra um estudo publicado na Nature Communications, que afirma que os mares tropicais ficarão mais azuis e brilhantes, enquanto águas frias e ricas em nutrientes estarão mais verdes e escuras.

Isso acontecerá porque a mudança climática afeta populações de pequenos organismos aquáticos, chamados de fitoplânctons, que convertem a luz solar em energia química através da fotossíntese. “Da mesma forma que as plantas em terra são verdes, o fitoplâncton também é verde, então a quantidade e os diferentes tipos de fitoplâncton afetam a cor da superfície do oceano”, diz Anna Hickman, co-autora da pesquisa, que acredita que ser capaz de detectar mudanças nos níveis de tais organismos é mutio importante.

“Estamos interessados ​​no fitoplâncton porque são pequenas plantas marinhas que contribuem com cerca de metade da fotossíntese global e são a base da cadeia alimentar marinha”, afirma Hickman para o periódico britânico The Guardian.

Os pesquisadores relatam que chegaram a essas conclusões utilizando um modelo computacional que prevê como fatores como temperatura, correntes oceânicas e acidez do oceano afetam o crescimento e os tipos de fitoplâncton na água, bem como os níveis de outras matérias orgânicas coloridas e detritos. Além disso, eles analisaram como tais mudanças afetariam a absorção e reflexão da luz na superfície do oceano.

Os resultados revelam que se a temperatura da superfície do mar global subir 3ºC até 2100 — como esperado do cenário atual — a cor de mais da metade dos oceanos mudará.

No entanto, a diferença na cor não será algo drástico de ser observado. “Eu provavelmente preveria que a mudança de cor não será perceptível a olho nu”, afirma Hickman.

Por Galileu.